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Desfibrilador D´alma

(Ao eterno amor)

 

Já passei da hora de te amar,

Já passaste do ponto de me testar,

Das convicções que guardo a teu respeito,

Do enorme carinho pelo beijo desfeito,

 

Que guardei em papel branco borrado,

Pedaço vivo teu para este eterno enamorado,

Que sempre te quiseste e nunca te encontraste,

Sob o sol, a lua, ou sob qualquer contraste,

 

Enamoraremos-nos ante juras impuras,

Devassando todos os seres que já fomos,

Prestando honras pagãs ao que compomos,

Em sinfonias dissonantes sem mais lamúrias,

 

Enternecidos em lençóis amarrotados e úmidos,

Ofegantes, abraçados, permutando a respiração,

Pulso mudo verte tuas veias em lances súbitos,

Mãos se apertam celebrando a consagração,

 

Da vida, dos dias, da tua amada companhia,

Ao lado meu sem estar presente,

Nas horas em que também fui ausente,

“Há pesares” de alguma coisa – Tu oh, Harmonia!

 

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Atualizado em: Sáb 21 Nov 2009

Comentários  

#1 Abreu 22-11-2009 03:28
Espero que o desabafo tenha restabelecido teu ritmo cardíaco.

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