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A Maçã (Pecado Original)
I
Se antes, nada existia era porque os sonhos dormiam entre as estrelas,
No amanhecer de um sopro do vento,a mover os moinhos do tempo..
Por um breve momento,sentir, era o mar de saudades do verbo nascer.
Luz da vida,a se espalhar no azul profundo do céu,da retina cristalina.
Arrepio da pele macia,onde o sol deita seu calor sobre gotas d’águas.
Sentimentos, rabiscos invisíveis perpetuados nas correntezas dos rios.
São mãos invisíveis a modelar a argila, que a alma anseia por vestir.
II
Estrela da manha,olhar do mais puro brilhante, sedução crepuscular.
No espelho vêem das negras pupilas o reflexo do inverso da maçã.
Das vitrines desejos a se multiplicar em rubros tons de puro pecado .
O cair da tarde sobre as nuvens,são as lagrimas dos mares de solidão.
Provar o gosto da sabedoria,fruto iluminado pela lua nas noites tenras.
Naus das terras distantes,partem para o horizonte de um novo mundo.
Deixam os mares do Norte,a navegar sobre as estrelas de Finisterra.
III
De redondas formas renascentista tem no sabor a inspiração divina.
Desce a terra todos os céus,que te abraça na tua queda gravitacional
Trás na primavera o perfume da flor,e os desejos nas noites de verão.
Se fosse mulher seria dona de belas ancas de movimentos largos.
De fragilidade doce a provocar paixões fatais em incontáveis estórias.
Descerá a estrela da manha para seu ninho,na forma de uma serpente.
Encantadora,que do brilho do olhar,fez se a ilusão distante do paraíso
Comentários
Uma versão maçã, do pecado original. Favoritei
Sublime tua poesia.
Abraços