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A Maçã (Pecado Original)

I

Se antes, nada existia era porque os sonhos dormiam entre as estrelas,

No amanhecer de um sopro do vento,a mover os moinhos do tempo..

Por um breve momento,sentir, era o mar de saudades do verbo nascer.

Luz da vida,a se espalhar no azul profundo do céu,da retina cristalina.

Arrepio da pele macia,onde o sol deita seu calor sobre gotas d’águas.

Sentimentos, rabiscos invisíveis perpetuados nas correntezas dos rios.

São mãos invisíveis a modelar a argila, que a alma anseia por vestir.

II

Estrela da manha,olhar do mais puro brilhante, sedução crepuscular.

No espelho vêem das negras pupilas o reflexo do inverso da maçã.

Das vitrines desejos a se multiplicar em rubros tons de puro pecado .

O cair da tarde sobre as nuvens,são as lagrimas dos mares de solidão.

Provar o gosto da sabedoria,fruto iluminado pela lua nas noites tenras.

Naus das terras distantes,partem para o horizonte de um novo mundo.

Deixam os mares do Norte,a navegar sobre as estrelas de Finisterra.

III

De redondas formas renascentista tem no sabor a inspiração divina.

Desce a terra todos os céus,que te abraça na tua queda gravitacional

Trás na primavera o perfume da flor,e os desejos nas noites de verão.

Se fosse mulher seria dona de belas ancas de movimentos largos.

De fragilidade doce a provocar paixões fatais em incontáveis estórias.

Descerá a estrela da manha para seu ninho,na forma de uma serpente.

Encantadora,que do brilho do olhar,fez se a ilusão distante do paraíso

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Atualizado em: Sáb 21 Nov 2009

Comentários  

+1 #2 tania_martins 23-11-2009 12:29
Linda! Linda!
#1 Nadi 21-11-2009 19:10
'Se antes, nada existia era porque os sonhos dormiam entre as estrelas'.
Uma versão maçã, do pecado original. Favoritei
Sublime tua poesia.
Abraços

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