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Meu poema
Meu poema é sórdido...
Não vê e julga os olhares.
Não sente e exalta sensibilidades
Não ama e declara afinidades
Nada constrói e se multiplica
Deita folhas no horizonte
Imprime a queda de outras árvores
Impõe respostas ao estranho
Não folga em me tirar na insônia o descanso de minhas horas
O
Meu poema é ódio
Desta vida conturbada
Da ilusão com o meu salário
Das portas que nunca se abriram
Dos pés dos que não me acompanharam
Dos políticos e seus princípios
Dos eleitores sanguinários
Das palavras que nunca me vieram
Dos livros que não publiquei
Da cantiga do teclado que corrói as horas vãs
Do universo de exclusão em que me criaram e me criei
Do que não é literário
Dos doutores da Lei
Do bispos, padres e papas
Das aspas que não usaram para falar o que pensei
Da virgem que finge orgasmos
Da puta que chora o passado
Do aluno que segue iletrado
Do pó de giz
De ser eu
Do que não sei
Meu poema é espera
De outra tecla no teclado
Que garanta mil leitores
Que publique meus poemas
Que acredite nos meus sonhos
Que delete meus problemas
Que conecte-me ao amor
Que edite minhas canções
Que exponha os meus quadros
Que me faça virtual
Que me cale
Que me fale
E
Que faça mais real
O meu poema
Não vê e julga os olhares.
Não sente e exalta sensibilidades
Não ama e declara afinidades
Nada constrói e se multiplica
Deita folhas no horizonte
Imprime a queda de outras árvores
Impõe respostas ao estranho
Não folga em me tirar na insônia o descanso de minhas horas
O
Meu poema é ódio
Desta vida conturbada
Da ilusão com o meu salário
Das portas que nunca se abriram
Dos pés dos que não me acompanharam
Dos políticos e seus princípios
Dos eleitores sanguinários
Das palavras que nunca me vieram
Dos livros que não publiquei
Da cantiga do teclado que corrói as horas vãs
Do universo de exclusão em que me criaram e me criei
Do que não é literário
Dos doutores da Lei
Do bispos, padres e papas
Das aspas que não usaram para falar o que pensei
Da virgem que finge orgasmos
Da puta que chora o passado
Do aluno que segue iletrado
Do pó de giz
De ser eu
Do que não sei
Meu poema é espera
De outra tecla no teclado
Que garanta mil leitores
Que publique meus poemas
Que acredite nos meus sonhos
Que delete meus problemas
Que conecte-me ao amor
Que edite minhas canções
Que exponha os meus quadros
Que me faça virtual
Que me cale
Que me fale
E
Que faça mais real
O meu poema
Atualizado em: Sex 11 Set 2009
Comentários
Abraço
com toda está 'explosão interna' que voce deixou aflorar nestes versos, é a demonstraçao disso.
estamos juntos neste mesmo caminho.
vamos juntos: vamos á luta!
sucesso!
forte abraço.