- Poesias
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A SANHA DE POSSUIR É PROPORCIONAL AO PAVOR DE PERDER (ou ÚLTIMAS PALAVRAS, NADA MAIS A DIZER)
Onde estará a viva-corDe nossas idades?
Onde estará o átrio
de nossa vontade?
Onde estará a razão
de nossa memória?
Onde estará o abrigo
De nossa história?
Onde estará a indignação
com toda injustiça?
Onde estará a justificação
De nossa preguiça?
Onde estará o caminho
De nossas idéias?
Onde estará o rumo
Dos meus pensamentos?
Onde estará o prumo
Da minha consciência?
De que servirá
minha inteligência?
Onde estará a explicação
Para a nossa luta?
Se em cada esquina que passo
esbarro num filho-da-puta.
Como entender o avesso
Do que entendemos por certo,
se por certo ficamos
como que virados do avesso?
Pra quê ainda compor versos
Se as versões já estão todas compostas?
Pra quê perder tempo escrevendo
Se o que muda o mundo
Não são mais os poetas?
Pra que procurar entender sonhos,
decifrar enigmas, buscar esperanças,
se estão todos os caminhos nas mãos de quem
usa a força bruta?
Pra que lutar contra o dinheiro
Se é dele que precisamos para comer?
Pra que viver se ainda precisamos
Daquilo que tanto odiamos para sobreviver?
Pra que inflamar o discurso,
se ruas, cidades, gentes, corações, mentes e almas
já foram incinerados há muito?
Atualizado em: Sáb 7 Mar 2009
Comentários
Revela toda a indignação com tamanha ironia existente... 1000!
Revela toda a indignação com tamanha ironia existente... 1000!
Lerei seus trabalhos também.
Beijos.
decifrar enigmas, buscar esperanças,
se estão todos os caminhos nas mãos de quem
usa a força bruta?..."
Eduardo, eu acredito que não existe prejuízo no Universo... Porque a "força bruta" que domina tantos dos caminhos que trilhamos é a mesma que me traz aqui hoje e me proporciona o prazer de ler o seu poema.
adorei!
beijo
Patricia
decifrar enigmas, buscar esperanças,
se estão todos os caminhos nas mãos de quem
usa a força bruta?..."
Eduardo, eu acredito que não existe prejuízo no Universo... Porque a "força bruta" que domina tantos dos caminhos que trilhamos é a mesma que me traz aqui hoje e me proporciona o prazer de ler o seu poema.
adorei!
beijo
Patricia