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PROCESSO

(sou, todo eu, um único
ponto, franco e rústico)

Quando não mais relampejarem
em tuas mãos as rosas dos trogloditas
serás, no todo, diamante
de inaudita pureza, simples
brilhos faíscantes
embriagantes.

Um ser lapidado da tosca forma
O teu molar intelectualizado
esmigalhará a rosa bruta.
Os passos na areia, desaparecerão:
rudes pegadas mortas ao vento
que sopra de paleolíticos e neolíticos
acometendo de lapidação os pés.

Teus dedos s'arredondam e neles terás
a pedra que envolve os crentes e estúpidos
que não emergem do espanto
emergem do asfalto
(zás dos púlpitos)

Teus olhos contemplarão a nova abóboda
Já terás um passado
Quando pouco te apercebas
não mais viverás nas árvores milenares
que mais tarde serão pedras.

Dos teus olhos escorrem algumas
lágrimas que, límpidas
não mais serão tão insalobres
como foram um dia
como fostes
HOJE.
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Atualizado em: Qui 5 Mar 2009

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