person_outline



search

A menina do mar

É possível ganhar ou perder,
O impossível é ao menos entender,

O que o destino nos reserva,
Às vezes amargoso feito uma erva

Venenosa que, quando ingerida,
Mata lentamente uma paixão contida:

Assim surgiu minha beleza, na areia,
Do mar, reluzente a mim, em candeia,

Corpo escultural, bronzeado ao sol,
Olhares cintilantes tal qual o farol,

Do canto do Forte... Algo muito forte,
Imenso, profundo similar a um corte,

Certeiro, impactante ao meu coração,
Caso ao acaso, um amor de verão...

Era linda, inexplicavelmente linda,
Como não desejá-la aquela menina?

De curvas e sorrisos delineados,
De cabelos negros encaracolados,

Procurei palavras não encontradas
Para dizer-lhe... Enfim, cantadas...

Beijos e beijos, tão logo o prazer,
Era pra ser eterno o amor, aquele viver...

Apenas o mar imenso assistia a cena,
E bramia suas ondas para o meu dilema,

Que aconteceria logo em seguida:
Eu inerte via minha alma perdida

Sendo levada pelo vento, pelas águas...
E, naquela praia, chorei minhas magoas,

Minha tristeza e toda a minha dor,
Em perder para o mar, meu único amor.
Pin It
Atualizado em: Qua 25 Fev 2009

Curtir no Facebook

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br