person_outline



search

LIBERDADE

Sentido de ser livre, poder respirar, rir
Mesmo sendo de si mesmo. Poder falar, chorar
Ou sonhar. Sentir-se solto estando acorrentado.

Sou livre. É como gostaria que fosse
Como nunca quis ser. Faço todos os meus sentidos atentos.
Nessa amplitude de espaços ilimitados
Sinto como é ainda inexplorado o meu próprio finito.

Sou livre para fugir dos meus medos, assumir minhas
Vitórias, magoar minhas distancias, aproximar minhas
Saudades, re-amar, re-querer todas as ignorâncias.

Sou livre para amar e tenho medo de me perder
Dentro das liberdades ousadas, mas tão desejadas.

Se sinto que adormeço estando lúcido, posso
Fechar os olhos nos sonhos da realidade.
Se quero abafar meus gritos, deixo-os saírem livremente
Como grandes gargalhadas.
Se posso ser livre para exprimir meus pensamentos
Posso deplorá-los. Assim como os faço existir,
Desapareço com eles na incoerência dos meus acertos.

Sou livre para caminhar, tentar trilhar o caminho
Que escolhi, as trilhas em que rastejar; as corridas
Que puder correr. Também sou o juiz de meus pequenos
Crimes cotidianos e das minhas virtudes despercebidas.

Sou livre para viver (apesar de não ter sido livre para escolher)
E desde o momento em que este ar poluído me enche os pulmões
Devo respirá-lo ou não; posso abrir as mãos para um carinho
Ou para a bofetada. Sou criança e velho; megera e anjo.
Às vezes sou o misto de tudo e ecôo no vazio.

E sou livre para nas horas mais simples, converter-me
Em tragédias. Posso ver nas coisas simples o mistério
Indecifrável do próprio criador: eu sou o meu Deus.
Pelo simples motivo de existir, sou ser livre
Para continuar sendo livre.

Sou apenas prisioneiro da minha própria liberdade
Sendo livre apenas para ser meu próprio carcereiro.
Pin It
Atualizado em: Qui 19 Fev 2009

Deixe seu comentário
É preciso estar "logado".

Curtir no Facebook

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br