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O Suplício de Suplicy

(ao meu Senador Guerreiro)

Era apenas um homem e
sua armadura um paletó cinza,
Mas investiu-se contra o Dragão,
E perdeu, sofreu, pereceu, por um dia,

Fui correndo à T.V.,
ver a queda do monstro,
e vi meu herói quedado
por dentro e esmagado por fora,
Magoado por tudo de errado neste país,

Machucado, Eduardo, não fez-se morrer,
a não ser por hoje, dia da vergonha
nacional, da falta de moral, do bacanal,
dos vorazes vermes silenciosos de meu Brasil,

Esses momos ridículos reinam neste Carnaval,
impiedosamente vestidos com o ouro nosso,
ludibriantes de nossa juventude verde-amarela,
pragas sem vacinas, votos vomitados sobre vós,

Dragões não! Hienas! Ensebadas pela nobre
carnificina de povo meu. Não são dignos do
nosso café, de nosso céu, de nossas matas, de
nosso amor! Coragem Eduardo, novo sol há de nascer.

O Pai ouvirá nossas súplicas, Suplicy. Fora canalheiros!
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Atualizado em: Qua 29 Out 2008

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