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Trança em mim seus cabelos

Desde que "vivocê" passando pelos corredores da cantina, tão alta, tão risonha, tão esbelta, tive tanta vontade de possuir seu riso, sua gargalhada fêmea se rejubilando aos meus abraços e beijos.

Sim, lhe sondava. Esses seus olhos arregalados, tão grandes, tão olheiros, tão projetados para o mundo, ah... como lhe quero olhar mais próximo e mergulhar em suas íris e firmar-me em suas retinas.

Como quero cheirar seu cheiro e fazer-se erguer como bailarina nas pontas dos pés, para em seguida precipitar-se sobre meus braços amparadores.

Via seus cabelos presos, como uma potência contida, pronta a qualquer hora arrebentar-se, como uma grande rede que lançada a capturar cardumes ariscos.

Como eu lhe vejo agora, de olhos fechados, de boca semi-cerrada, e os cabelos soltos a balançar para um lado e para o outro, filtrando os raios da lua, cadenciando nosso filme, de um cinema só nosso, tão lírico e ao mesmo tempo, tão sóbrio, um emocio-racional.

E assim moldo você, como uma brasa viva que consome esse eu rio de mágoas. Você nem sabia que era assim, nem eu. Será só por agora, e quando ler, não será mais. Nem eu rio, nem sorrio, nem choro, nem brasa. Sou eu, é você, seres que buscam eternizarem-se nos coalhos da Lua.

Te quero, te quero.

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Atualizado em: Dom 26 Out 2008

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