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O Fantasma

O Fantasma

Dizem que sou os seus desejos agigantados
Que não mais se couberam nas carnes
E que se explodiram invisivelmente
Para fora do corpo,

Um ser terrivelmente morto,
Decomposto por tudo aquilo que amava,
Recomposto pela resistência de tudo aquilo que
Refutava,

Um ser disposto a ser entregue à turba de
Gente,
Uma coisa sem gosto que navega sem esbarrar na
Multidão,

Perdidamente apaixonado pela carne viva sem a
Sua,
Um olhar que não se fixa,
Um eterno lembrar relembrar,

Dois braços e duas pernas acorrentados na
Invisibilidade,
Um grito guardado para o depois de amanhã,
A verde cor que ninguém percebe passar,

A sinfonia calada meio ao caos urbano,
Um trotar de passos do animal humano
Sem barulho,

O espelho meticulosamente preso ao céu,
Desatado dos firmes apertos de mão, só porque
Amou.

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Atualizado em: Dom 26 Out 2008

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