- Prosa Poética
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Elisa
Ela não escolheu como viver
Se quer poderia pensar em que vida ter
Tudo já estava traçado, Antes mesmo dela nascer.
Seu nome era Elisa, mas ninguém a chamava
Para todos, ela era só mais uma “menina do lixão”
Comendo restos e catando sucatas.
Elisa sempre estava triste
Porém nunca chorava
Talvez porque tentava parecer forte
Talvez por não saber produzir lágrimas.
Pobre menina nunca conheceu seus pais
Sua mãe a “chutou” logo depois de concebe-la
Era um verdadeiro milagre Elisa ainda estar viva.
Elisa nunca cresceu
Morreu ainda criança, intoxicada com uma espécie de patê.
– Coma. – Disse o amigável velho. – Isso vai te ajudar a se manter.
Aquela foi sua última refeição.
O velho sorriu tristemente ao vê-la caída no chão:
– Desta maldita vida eu te liberto
Quanto a mim?
Lamentavelmente sei que irei para o inferno.
Atualizado em: Seg 1 Abr 2024