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¿Queríamos?

Entre os monólogos atuais da minha alma, anseio por esquecer antigos amores. 

Entre os amores, porém, prefiro considerar que todos, de fato são. Assim, não tardo, com pouquíssima calma, o processo falho de engavetamento deste passado específico, e sem raízes. Não desmonto esse fato, o amor decorrido, como uma série de ações e coincidências que ligaram o "Eu" a você. É impossível julgar um amor verdadeiro, que chegara ao fim, se este estiver inserido no emaranhado de memórias que fazem parte do conjunto que me forma. 
Se, eu julgo essas memórias específicas, como verdadeiramente especiais, elas se sobressaem as outras.
Terminantemente?
De imediato eu diria...
Um amor profundo que se vai logo, nunca deixa de existir, nem mesmo se esvai da fina crosta do nosso olhar.
Tão rápido se enraizou, quanto rapidamente apodreceu. Dois olhos constituem uma visão periférica. Para começar a entender a dúvida, que chamávamos de "te querer", como eu lhe julgava sentir, necessito lembrar que nossos olhos só enxergavam um futuro a três palmos de distância. Quando os rumos de memórias, que ainda iriam se criar, não são palpáveis ao nosso tato, aos nossos gostos, a nossa sensibilidade, individualidade, ora ganância de querer o bem único e somente de si próprio, nada é. Porque não foi, e não conseguimos criar um será.
Eu sei que você duvida
que eu te amo tanto
[...]
Se você quiser eu abro meu peito
e eu te mostro meu coração
"Miedo de Hablarte"
Julio Jaramillo, 1959.
Desaparesinto
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Atualizado em: Qua 22 Mar 2023

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