- Prosa Poética
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Lippo, o menino sem olhos
Lippo acordou sem ver a luz do dia
Não ficou com medo do escuro
Pois, acostumado com a escuridão, ele tudo distinguia.
Lippo acordou sozinho naquela manhã fria
Porém não sabia.
Sua mãe havia ido fazer compras
Mas encontrou um ex-namorado, e transou em plena via.
Sua cadela, com raiva foi levada para ser sacrificada.
E seu irmão, o Jô
Estava na sala, com os olhos “grudados” no televisor
(Mas ele não conta).
Lippo, como sempre, tentou se levantar sozinho
(Pobrezinho)
Tropeçou no próprio calcanhar
E com o chão sua face foi se encontrar.
Lá caído ele ficou,
Sentido extraordinária dor
Porém de seu rosto nenhuma lágrima viajou.
Atualizado em: Seg 25 Jun 2018
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