- Prosa Poética
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APELO
Vai minha poesia, buscar nos limites do mundo a lâmina com que ceifar a amargura que me cerca,Vai e traz contigo de volta o brilho apagado dos meus olhos pela névoa da solidão,
Traz outra vez o riso fácil que habitou meus lábios e a sagacidade em meu pensamento,
Busca minha fé perdida entre as centenas de orações não atendidas ou esquecidas por Deus,
Rompe o silencio das minhas noites insones com a paz dos noturnos de Chopin.
Seca minha poesia, o pranto morno que me brota d’alma e banha meus dias,
Leva de mim essa desesperança, essa angústia e essa mágoa grudadas em meu peito
como polvos asfixiando o meu perdão,
Planta minha poesia, uma nova semente que germine um sonho tão perto da realidade
Do qual eu nunca seja capaz de despertar.
Atualizado em: Ter 27 Mar 2012
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ABRAÇOS.
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