- Epopéia
- Postado em
Elogio aos Pretos Velhos
Lembram-se dos Srs. como Elegias cantadasCom atabaques e agogôs,
Lembram-se de um luto que não se passa,
E da promessa feita em Cabo Verde - Liberdade.
Um amor que perpassa os séculos, e os indizíveis
Esforços acumulados para reerguer um reino uno,
Pautado por um canto fraterno, faz-nos parar
Um instante, neste silencioso momento noturno.
São eles anônimos, contentes e celebrantes,
Amigos vitoriosos, benzedeiros, congadeiros,
Curandeiros e reinantes,
São painhos distantes a todo momento nos
Abençoar, pelas idas ligeiras da vida e neste
Eterno remar, por águas que desconhecemos
E assim só temos que confiar,
Aos sempiternos errantes a nos amparar
Pelos comboios e embates da lida ter que
Contar.
Por isso, não falhemos agora, com palavras
Amigas em lhes agradar: Deus abençoe seus dias,
Obrigado por nos embalar,
Nesta canoa ligeira, que confio aonde chegar.
Atualizado em: Dom 26 Out 2008