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Espelho

No órgão a solidão me comia e no meu ostracismo, as luvas brancas dos meus veludos. 
Estava sonhando com a Morte, presença ímpar na minha vida sorumbática e nos meus lustros de sangue.
Ela veio.
Desceu as escadas com um cálice na mão, vazio. 
Eu ouvia seus passos.
Ela brincou comigo e com ares fantasmagóricos sussurrou ser meu espelho.
Eu estava travestido dela e a Morte então, me invadiu com velas e perfumes.
No meu quarto apenas o meu esqueleto e... Ela.
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Atualizado em: Sex 7 Dez 2018

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