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Diários de caça - Capítulo 7 – Predadores

Ficar fora de minha cidade por duas semanas, causou mais saudades do que eu imaginava. Lembro de ainda estar arrumando as malas quando minha mãe anunciou que um amigo veio me ver. Ela tinha acabado de falar quando Breno apareceu em meu quarto, com aquela cara que eu conhecia bem.
- Tá doido, garoto? - ri, quando ele pediu pra me chupar - Minha mãe está aí.
- Fábio, estou saindo para a feira. Quer alguma coisa, filho? - a escuto gritar, já na porta de saída.
- Ah... Nada não, mãe. Obrigado.
E escuto a porta fechar. Trocamos olhares e então vi que não tinha mais argumentos.
*
- Você não pode ficar tanto tempo fora assim - protestou, enquanto gemia daquele jeito manhoso que só ele sabia fazer.
Breno estava deitado da minha cama de frango, eu tinha tirado seu short e cueca, mas deixei a blusa e os chinelos que usava.
- Foi mal, garoto - pedi, enquanto metia - coisas de família, sei que entende.
Gozei a primeira e, depois de chupar bastante aquele orifício deflorado, enfiei a pica e comecei a meter de novo.
Adorava admirar o cuzinho de Breno após um trabalho bem feito.
E não foi só Breno. Bianca também me procurou no dia seguinte a minha chegada. Disse que queria pedir a minha ajuda com a luz do seu quarto, que parecia ter queimado devido a algum problema na fiação. Não questionei o porquê de não pedir a seu pai ou namorado. Pois foi só chegar ao seu quarto e subir na cadeira, para perceber que o tal problema elétrico nada mais era do que uma questão de enroscar melhor a lâmpada no bocal.
Eu iria avisar isso a ela, mas não quis incomodar, já que estava tão ocupada arriando minha bermuda e me chupando o pau.
As brincadeiras com Bianca eram sempre divertidas, pois envolviam muita imaginação. Uma vez que ela se recusava terminantemente a perder a virgindade biológica. Mas seu fogo e sua expertise eram sem dúvidas compensadoras.
Do contrário, seu namorado Oscar, já não me apetecia mais. Pois imaginei que, após a primeira foda, aquele joguinho de fingir que não gostava pra cima de mim ia acabar. Mas não. E sinceramente aquilo já me cansava. Pois ao contrário do que era com Gustavo, ele não me oferecia muito desafio era só cu doce mesmo.
Bianca e Breno, por outro lado, eram mais vivos, mais ativos. E me davam muito mais prazer.
Com Bianca, qualquer momento furtivo era válido. Ou pra um sexo oral, ou para uma penetrada entre suas coxas. Mas foi numa tarde nublada de quinta, após sua reunião de leitura da bíblia que, nos fundos da igreja, um terreno abandonado, que surgiu a ideia.
- Será que se você fizer por trás, vai doer muito? - ela sugeriu, enquanto segurava meu pau, parecendo medir mentalmente o desafio
Nesse instante, os sinos da loteria tocam em minha cabeça.
- Bem, é como qualquer primeira vez, indo com calma, tudo se ajeita - tentei parecer apenas considerar a ideia.
Ela olhou em volta e levantou a saia, virou de costas e empinou aquele monumento de bunda.
Tirei sua calcinha com delicadeza e lhe dei um beijo molhado no orifício. Ao que ela riu.
- Faz cócegas - comentou - Mas é gostoso. Você fez muito isso?
Apenas olhei para ela com minha maior cara de sonso, sem responder.
- Você é um perdido - acusou, deliciando-se com as linguadas
Quando levantei, encaixei com cuidado, indo aos poucos. Bianca era uma ótima colaboradora, rebolando suavemente a bunda enquanto procurava a melhor posição para o encaixe. Com essa parceria, sem grandes dificuldades, fomos vencendo a barreira inicial
Ao contrário do namorado, não reclamou uma única vez, apesar de ser visível a dificuldade que enfrentava. Com as mãos, acariciei seu seio e a outra desceu até sua vulva, massageando os lábios.
Ela soltou um gemidinho e meu pau escorregou pra dentro após o relaxar da musculatura.
- Nossa. Ainda tem coisa pra entrar?
Adorava ouvir esse tipo de reclamação. Massageava o ego
- Só um cadinho - e fiz mais uma leve pressão até o final - Pronto. Entrei.
Massageei mais a região entre suas pernas até tocar o clitóris. Ela segurou o grito, levou as mãos para trás para agarrar minha blusa. Esperei, lendo suas reações. Seu gemidinho contigo, o suor em seu cabelo. Continuei massageando, fazendo ela se contorcer. O bico do peito estava rígido e senti meu órgão deslizar de dentro para fora com mais facilidade.
Levei a mão que estava em seu sexo e reparei estar toda melada. Levei a boca, provando do gosto de seu prazer.
Então voltei a tocar com tudo, Bianca segurava para não gritar. A essa altura, já colidia meu corpo contra suas nádegas.
Tirei a mão dos seus seios e agarrei os cabelos, enrolando em meu punho como quem doma uma montaria
Ver o rosto de êxtase de Bianca despertou o que há de mais profano em mim. Meti com mais força e ela continuava a gemer. Durante toda a minha vida acreditei que as mulheres não gostassem de fato de sexo anal. Que não eram fisiologicamente preparadas para isso. E que só o faziam para agradar aos homens.
Tal perspectiva acabava tornando o fato de conseguir sodomizar uma menina, um feito digno de nota. Mas agora vendo que Bianca delirava ao me receber, devo admitir, causou uma sensação ainda melhor.
- Gosta de ser montada, não é? - e puxei como uma crina.
- Eu sou uma montaria melhor que o Oscar? - sussurrou, enquanto recebia as penetradas.
Aquilo me pegou de surpresa. Teriam os dois conversado? Teria eu enfim a chance de profanar aquele casal ao mesmo tempo? Em tal perspectiva, até aceitaria voltar a foder o Oscar, só para que sua namorava me visse dominando seu varão, enquanto se tocava com a cena
- O que ele te disse? - perguntei
E nesse momento, percebi que caí na armadilha. Bianca virou o rosto para trás, sorrindo em triunfo.
- Ele, nada. Mas você, sim.
- Sua... - um misto da raiva de ter sido enganado junto da dominação do ato me fez querer ainda mais. Meti com ainda mais força.
- Vai. Isso - pediu baixinho - me mostra como fez com ele.
Meti mais e mais, sentindo ela vazar por entre as pernas, tamanho seu tesão. Quando gozei, foi como se eu tivesse sido drenado junto do meu leite, para o interior de Bianca. Imediatamente fiquei sem forças e ela também.
Perdemos alguns instantes, ainda recuperando o fôlego, enquanto meu órgão adormecia lentamente em seu interior
Então, recuperados, nos vestimos.
- Há quanto tempo você sabe? - resolvi perguntar. Já que tinha sido pego mesmo. Mesmo um predador como eu devia saber reconhecer quando caiu na armadilha de um outro caçador.
- Que Oscar gosta de outros garotos, ou que você o têm feito de montaria? - e riu. - Oscar é um bom amigo e somos úteis um para o outro. Obviamente ele jamais admitiu ou admitiria pra mim ou qualquer outra pessoa. Então, eu fingo que acredito nele e, enquanto isso, temos uma relação aceitável para meus pais. Oscar é um bom pretendente, e gosto dele. Não como homem, mas como companheiro.
Sorri, compreendendo. Mas nosso momento de paz infelizmente foi cortado por um vulto que vi se mexer na janela dos fundos da igreja.
Bianca não viu, mas ao perceber meu olhar, o seguiu, ficando alarmada.
- Têm alguém ali?
- Provavelmente.
- Há quanto tempo? - perguntou. Já estávamos vestidos àquela altura.
- Não sei - praguejei. Me deixei distrair.
Criamos coragem e entramos nos fundos da igreja, como quem não tem nada a esconder. Parecia vazia, o seminário deveria ter acabado mais cedo naquela tarde. Andamos em direção a saída até que ouvimos a voz do pastor Felipe atrás de nós.
- Com licença. Bianca e Fábio, poderíamos ter uma conversa em minha sala?
Aquele tom educado de quem sabe que está por cima no jogo.
Olhamos um para o outro sem demonstrar qualquer receio. E fomos
Felipe nos ofereceu uma água, a qual recusamos. Com a expressão pesada, de quem está prestes a dar uma grave notícia.
- Não vou me delongar em questões retóricas, garotos. Eu vi o que vocês estavam fazendo no fundo e vocês sabem disso - foi direto ao ponto.
- O senhor ficou quanto tempo olhando? - rebati sua audácia com o mesmo ímpeto.
Felipe conseguiu conter o espanto com minha atitude. Estava na cara que tinha o costume de, quando começava a falar naquele tom, era ouvido sem interrupções.
- Fábio.
- Fico me perguntando porque um homem como o senhor ficaria muito tempo bisbilhotando, o que quer que tenha visto - continuei, mas Bianca segurou meu braço com firmeza.
Sua expressão estava impassível, mas deu para sentir em sua voz que ela estava com medo
- Fábio, por favor.
Aquilo desestabilizou um pouco minha convicção. Bianca não era do tipo de garota que se intimidava, mas ela estava realmente preocupada ali
- Não sei o que passa pela sua cabeça, Fábio, mas saiba que não sou nenhum tipo de bisbilhoteiro. E devo lembrar que vocês estavam na minha propriedade e que os único que estavam fazendo coisas que não deviam onde não deviam, são vocês. - e respirou fundo - talvez seja besteira falar com adolescentes sobre assuntos tão delicados. Podem ir. No próximo encontro, falarei com seus responsáveis...
- Não - a voz de Bianca saiu mais aguda do que pretendia, e pigarreou antes de continuar - Pastor Felipe, eu...
Eu nunca a tinha visto tão assustada. Nesse momento, fiz um esforço para me por no lugar dela. Com certeza, as consequências da descoberta de nossas aventuras pesariam muito mais nela do que em mim. Primeiro, meus país não se importariam. Minha mãe talvez ficasse um pouco desapontada, mas ela me conhecia e de certa forma esperaria aquilo. Meu pai, riria a plenos pulmões. E também, aquele acontecimento ainda serviria para aumentar minha fama na cidade, nada com que me importasse
Mas Bianca, ela tinha uma família mais tradicional, tinha um namorado e, infelizmente, para uma sociedade machista como a que vivíamos, era uma garota.
- Não se preocupe, Bianca. Você não seria a primeira que se deixa cair nas tentações mundanas. Apenas seria bom termos uma conversa com seus pais e ..
- Pastor, com todo o respeito - interrompi, dessa vez segurando um pouco a marra. - Mas Bianca não tem culpa de nada. Sou eu quem a estou tentando desde muito tempo. Ela tem me dito "não" todas as vezes... Mas hoje... Posso ter forçado um pouco a barra - admiti a contra gosto. Odiava dar a entender que eu teria forçado alguém a ficar comigo, mas não queria ver minha amiga ainda mais prejudicada.
- Muito nobre de sua parte, senhor Fábio. Mas acredito que Bianca já tenha idade...
- É uma garota. - rebati, como se aquilo fosse algum tipo de atestado. E que funcionou, pois o vi ponderar - Eu sou mais velho. Devia ter sido eu a me controlar.
Bianca não se atreveu a falar nada. Concentrando toda a sua fibra em manter o rosto sem emoções. Mascarando o medo brutal que devia sentir
- Bem, devo admitir que estou decepcionado com o senhor, Fábio. Cheguei a acreditar que estivéssemos tendo progressos.
- Eu sinto muito - fiz minha melhor cara de arrependimento. Não era só Bianca quem sabia dissimular. - Eu apenas peço. Por favor. Deixe os pais dela fora disso. Se não fosse eu, nada disso teria acontecido. Só peço que não prejudique ela, por minha culpa.- e resolvi tentar uma isca - Se eu pudesse fazer alguma coisa, qualquer coisa...
Eu tinha lançado mão desta cartada de propósito, pois precisava conferir uma coisa. E de fato, minhas suspeitas se confirmaram. Por um instante apenas, ao ouvir a expressão "qualquer coisa", percebi os olhos de Felipe se voltarem para mim. Aqueles mesmos olhos que eu conhecia bem, pois eram iguais aos meus: os olhos de um predador.
- Entendo... - comentou simplesmente, assumindo rapidamente seu papel de bom instrutor e recostando na cadeira.
Provavelmente nem se deu conta de que por breve momento sua máscara havia caído e eu tinha dado um bom vislumbre em seu verdadeiro eu.
- Acho que, no fundo, o senhor tem razão. Se ambos concordarem, podemos deixar esse incidente entre nós. E eu pensarei em algo para o senhor, Fábio.
Bianca me olhou e eu apenas fiz um sinal afirmativo com a cabeça. Ela aceitou.
- Estão liberados por agora.
Não esperamos novo convite. Levantamos e saímos. Quando já estávamos longe da igreja, Bianca veio falar comigo:
- O que foi que aconteceu ali?
- Ainda não tenho certeza. Mas irei descobrir
Ficamos em silêncio, até ela dizer:
- Obrigado.
- Disponha. Bem. Acho melhor irmos separados para nossas casas. Não devemos dar mais bandeira.
- Concordo - e sorriu de forma fraca, ainda abalada com os últimos acontecimentos. - Boa tarde.
Nos despedimos, mas eu ainda fiquei um tempo imóvel, olhando em direção a igreja, sentindo um sorriso brotar involuntariamente de meus lábios.
Então eu havia encontrado um predador, tal como eu. Isso seria interessante.
Em determinadas situações na natureza, alguns caçadores se fingem de presas para atrair a vítima. A tartaruga aligátor, que usa a própria língua como isca para atrair o peixe no fundo do oceano é um exemplo. A presa, até então convencida de que era um predador, não tem chance de reagir quando é atacada. Estava ansioso para ver o rosto de Felipe quando ele se descobrisse caça, ao invés de caçador.

 

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Atualizado em: Seg 28 Nov 2022

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