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Entre a Espada e o Espinho (Trecho do livro que estou escrevendo)
A brasa ainda batia em sua face. A imagem da grande fogueira Bravrhera’na visitava seus sonhos. Naquela fria noite, deitou tão exausto da longa caçada que acabou esquecendo-se de apagar a pequena fogueira que fizera. O agudo som dos galhos estalando fez com que acordasse. Virou-se assustado percebendo o enorme cervo ali parado observando-o com temor. O homem tentou se levantar, mas a ferida em sua coxa o impedia dando grandes pontadas em seus nervos. Puxou seu arco, que estava preso ao elevado roble que encobria aquela grande área, mas o cervo, contudo, já estava a metros de distância.
Bufou decepcionado.
Fincou sua adaga no roble e com grande dificuldade levantou-se. A chuva havia cessado e a cintilante luz escarlate do sol começava a esquentar seu corpo. Pegou sua espada presa a bainha e a prendeu em seu sinto. Seu estomago reclamava, fazia alguns dias que não comia algo. O vento soprava forte pela manhã, bagunçando ainda mais seus negros cabelos ondulados que acompanhavam sua espessa barba, a qual estava manchada pelo sangue que escorrera durante a noite devido ao corte em seu supercílio. Deu alguns passos desajeitados, o pedaço de tecido que amarrou sobre a ferida de sua coxa para estancar o sangue estava suspenso e o sangue voltava a escorrer. A imagem da fogueira passou novamente em sua mente, dessa vez acompanhada por uma voz pacífica e suave. Assustado, amarrou o tecido fortemente, franzindo o cenho e rangendo os dentes de dor.
Atualizado em: Seg 29 Jan 2018
Comentários
Magina, eu que agradeço! Muito obrigado.
Vamos em frente sempre!
sucesso e paz para nós!
Abraço
Como andam as coisas.
Agradeço pelos comentários nos meus textos.
Fiquei feliz que você retomou o seu livro.
Cada parte esta ficando mais interessante.
Vamos em frente.
Sucesso e Paz