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Redenção celestial

Em um reino distante, onde os limites entre o céu e a terra se encontravam, vivia um ser cujo corpo parecia ser feito de porcelana frágil, prestes a se despedaçar a cada passo. Era como se a própria existência dele fosse uma sinfonia de fragmentos que se desprendiam, ecoando uma melodia triste até o último suspiro.
No firmamento, os desígnios divinos pareciam pesar sobre seus ombros. Sentia-se como se estivesse sendo castigado por Deus, uma punição que transcendia o entendimento humano. Os anjos, criaturas celestiais, haviam atado seus membros em uma dança de sofrimento, transformando-o em marionete de destinos entrelaçados.
A multidão celestial, que um dia o acolhera com sorrisos divinos, agora lançava olhares de nojo e arrependimento. Aquelas faces angélicas, outrora radiantes, se entristeciam ao verem-no, lamentando terem compartilhado sua glória com alguém que se perdera no caminho. A dor da decepção ecoava nos corações celestiais.
Entre as estrelas, a dúvida pairava como uma névoa densa. Teria errado de forma tão irremediável nesta jornada terrena? Seria esse o destino que verdadeiramente merecia? A incerteza tecia um manto sombrio ao redor dele, acompanhada por um amargo sentimento de culpa que impregnava a atmosfera celestial.
Assim, o  cósmico se via em um dilema, entre as amarras dos anjos e os olhares julgadores da multidão divina. Uma busca interior começava, uma jornada em busca de redenção ou compreensão. No palco cósmico, misturando as lágrimas celestiais com as angústias terrenas, numa dança entre o divino e o humano.
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Atualizado em: Sex 24 Nov 2023

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