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1.O maior cão do pátio.

  Foi neste momento que ele teve certeza que fez a coisa certa. Certeza que devia ter chamado uma fada para oficializar o matrimônio. Estando ali, ao lado de sua amada. O cheiro de amor que ela exalava era como algo ácido, que o queimava. Não igual aqueles charutos humanos. Aquele prazer instantâneo as custas de seus pulmões, não... esse queimava como se o desse a luz. Como se transcendesse a sua alma para um novo nível. Rex se segurou. Segurou o nervosismo. Segurou a sensação que inibia seu racional. 
- Estão os seres, de acordo com o matrimônio eterno?
Sem discurso.
Ele sorriu, elena anuiu de sua própria forma. Foi o suficiente.
Raízes arbóreas, secas como eternas, saíram do chão de vários lados. Do lado de Elena, do lado de Rex, trespassavam-nos por todos os lados. Passavam por ele, por ela, parecia estar em todos os lugares. Aquilo exalava vida, luzes. Mesmo que não pudessem ver, com certeza poderiam sentir. Tiveram certeza que nunca veriam tanta vida de novo. Em sua essência. Aquilo com certeza era a definição do porque existimos. Da energia que é a essência.
 
  Seus olhos se abriram. Empoleirou-se a sentar. Parado ali, na grande almofada que lhe servia de cama, pôde olhar para a parede. Quando se levantasse, não haveria mais volta. 
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Atualizado em: Seg 26 Abr 2021

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