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A Dinastia dos 101 Demônios - Capítulo I
"Eu ainda acho isso meio bobo, mas a Sophi falouque seria bom escrever aqui, foi difícil encontrar os matérias para montar esse diário, então é bom valer a pena. Como se começa a escrever num diário? E por que estou escrevendo tudo que estou pensando? ENFIM, hoje foi divertido, finalmente pude ir até a Floresta de Yekun, fomos com a madre, ela não me deixou pegar em nada, mas eu ainda volto lá! E..."
- MAX!
Um garoto estava deitado em um vasto campo com grama alta, ele se concentrava ao máximo enquanto escrevia em seu novo diário, mal percebia a passagem de tempo e as pessoas à sua volta, foi quando uma voz gritou seu nome Max, era uma voz feminina, o garoto perdeu a concentração e se assustou escondendo o diário dentro de seu casaco.
- Então você não resistiu ao poder do diário HAHA. – Uma risada num tom maligno que definitivamente não combina com a aparência da garota.
A voz que conversava com Max era de uma garota, ela possuía cabelos longos e loiros num tom platina, seus olhos eram grandes e azuis, pareciam duas safiras em seu rosto, a afeição do rosto era de uma criança inocente, que não condizia com sua personalidade.
- Diário? Eu não tenho nada aqui e outra não me assusta assim.
- Eu te chamei várias vezes e você não me respondia.
Notando um objeto escondido no casaco de Max, rápida como uma onça, Sophia salta na direção dele o derrubando, ela coloca a mão dentro do casaco procurando o tal diário, ela acha e puxa para fora:
- Então o que é isso aqui Maxwell? Vamos ver hmmmmm...
Ela abre o diário direto na primeira página e vê o que o garoto estava escrevendo antes de ser interrompido.
- Ah eu devia ter esperado, poderia ter adquirido mais informações.
Sophia estava sentada em cima de Max enquanto tranquilamente lia o diário, o garoto já começava a ficar roxo sem ar, então com um movimento brusco a derruba de volta na grama, por conta da queda Sophia solta o diário, assim Max pega rapidamente e o guarda.
- Isso é para futuras anotações, ok?
- Credo, você não tem a mínima ideia de como tratar uma dama – levanta limpando a poeira de seu vestido.
- Dama? Você? Sempre gostei do seu senso de humor.
Max recebe um golpe mais rápido que um relâmpago sendo nocauteado instantaneamente por Sophi, que havia ficado levemente irritada.
- Você é muito indelicado, tem que aprender bons modos.
Enquanto Max estava agonizando no chão, ambos avistam uma borboleta que passa voando, mas não uma simples borboleta, pela sua aparência, vinha da floresta de Yekun, ela possuí quatro asas que ficavam transitando de cor dentro todas do prisma, ela voava numa trajetória estranha, mas sempre seguindo em frente, é nesse momento que o clima entre Max e Sophia muda completamente, os dois se sentam no gramado um do lado do outro encostados em uma arvore que doava sua sombra para eles descansarem do calor que fazia naquele dia. As duas crianças olhavam para o céu com um olhar de inspiração, aspiram fundo no mesmo instante que uma brisa sopra, fazendo algumas pétalas voarem.
- Max, como que você acha que é o mundo além daqui? – Questiona enquanto olhava para o garoto.
- Eu sinceramente não sei, espero ser surpreendido. – Respondia com um sorriso no rosto.
O momento entre eles é interrompido, por uma mulher que os chamava os:
- Crianças venham, está na hora do almoço
Os dois se levantam de onde estavam.
- Já vamos madre! – Max pegava no pulso de Sophia e a puxa em direção a uma parede rochosa que havia perto do campo. – Vem comigo quero te mostrar uma coisa.
- Aí aí.
Depois de alguns segundos caminhando lá estavam os dois de frente a parede, no meio das pedras havia uma espécie de esconderijo, com vários objetos camuflados, Max pega um papel que havia entre eles:
- Olha, eu consegui esse mapa, olha como ele é grande, mas olha isso...
Max explicava o mapa, que estava com todas as coordenadas, mas estranhamente apenas a região de Yekun, que era onde eles moravam, estava no mapa, o resto estava em branco.
- Primeiro de tudo Max, como você conseguiu esse mapa?
- Lembra daquele mercador que veio aqui um dia? Então... meio que eu peguei emprestado sem ele saber.
- Você roubou? Olha só, o certinho Maxwell roubando. – Demonstrava um sorriso com malícia.
- Isso não importa. Que tal eu e você fugirmos daqui para explorar o mundo?
- O que?? Mas e as crianças do orfanato? E a madre? Como nos vamos sobreviver?
- Nah, nem se preocupe, olha eu tenho suprimentos. – Apontava para os objetos entre as pedras. – E as crianças tem a madre. Sophia com a minha inteligência e a sua coragem, nós vamos ser os primeiros a descobrir o mundo... pensa, podemos ser os donos de mundo!
- Ah eu não sei... mas se bem que, você é um inútil completo sem mim, então sou obrigada a topar.
Max ficava feliz, então eles começam a planejar como seria a fuga, quando a madre os chama novamente, então eles correm em direção ao orfanato e encontram a madre esperando-os na porta.
- Onde vocês estavam crianças? – Madre pergunta irritada.
- Eu já disse, eu não sou criança. – Max respondia bravo.
- Vocês só têm 13 anos, ainda são bebezinhos. – Madre começava a apertar o rosto de Max.
- Sabe como é madre, o Max e sua mania de explorador, tive que busca-lo enquanto ele observava os animais yekurianos. – Respondia Sophi.
- Muito bem entrem logo então.
Ambos entravam e se dirigiam para o refeitório, o almoço lá era algo sempre divertido, havia crianças de todas as idades, então quando reunidas sempre causava bagunça, Sophi e Max como os mais velhos do orfanato, a maior parte das vezes tinham que ser responsáveis e cuidar das crianças menores, mas quem realmente cuidava de todas era a madre, ela basicamente era a dona do orfanato, e uma dos principais fundadores.
Após muita bagunça, a hora do almoço acaba, após isso todos tem um tempo livre, para brincar ou fazer o que quiser, já que o tempo reservado para os estudos era de manhã.
A tarde continuava tranquila e calma, nada fora da rotina, o sol aos poucos vai dando o lugar para a brilhante lua, logo as crianças tinham que entrar para o orfanato.
O orfanato era uma grande case envolta de um campo de grama alta e algumas arvores e flores, a direta havia uma parede rochosa imensa, e a esquerda um caminho que possuía uma bifurcação, um lado levava para a Cidade Central de Yekun e o outro para a Floresta de Yekun, da Cidade Central era possível ir para a região sul onde era sempre inverno, a região norte onde era sempre verão, a região oeste que era repleta de rios e cachoeiras, e a região leste que era completamente abandonada, ninguém de Yekun conhece algo além desses caminhos.
O céu se torna escuro com algumas estrelas em pontos específicos, formava o contraste perfeito, a lua tornava tudo apenas uma pintura da natureza, quando a noite cai, vagalumes incandescentes ficam rodeando a campo gramado, lobos gigantes começam a uivar, e alguns animais pequenos se escondem no topo das arvores.
Já estava começando a ficar tarde, as crianças eram mandadas cada uma a seu quarto. Max e Sophi combinavam o resto do plano por algum tempo, quando madre aparece a manda cada um para seu quarto.
Max em seu quarto observa a lua pela janela e ela sempre o encantava, estava animado demais para dormir, apenas imaginando o que a mundo afora.
Atualizado em: Sáb 4 Jan 2020