- Ficção
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Os olhos azuis do gato cinzento
A Motorista colocou a fita e todas as três garotas começaram a cantar, acompanhando. Seguiam pela Baixada em direção à serra, terminando a travessia da região, entretanto em mão dupla, começaram a subida
-Terê, aqui vamos nós...
Começavam as curvas, que a garota de Brasília fazia perigosamente.
-Que maravilha, lá em Brasília nunca dirigi assim...Subir montanha, um sonho meu, nascida e criada no planalto e no cerrado. Lá vou eu curvas da serra! Flor do cerrado,em busca da montanha e da mata atlântica.
A cada curva a morena sentada no banco de trás gritava:
-Oké, oké! Quero sentir o friozinho dessa serra, sou baiana, filha de Oxóssi, quero procurar minha mata! - Brincava fazendo com as mãos um gesto imitando uma atiradora de flecha, gritando "Oké, oké" novamente.
A loira de longos cabelos lisos virou-se para trás exclamando:
-Que é isso doida? macumba?
A baiana retrucou:
-Nã, nã, é meu grito de chegada no Candomblé. Não vamos para a batalha do vestibular? Me deixa com minha crença filha de Iemanjá!
Lily Patricia, a motorista, exclamou:
-Ei gente, vamos parar nessa tal de Casa Grande e tomar uma água ou coca.
Desceram alegres para o estabelecimento Casa Grande na beira da estrada em estilo colonial. Pegaram biscoitos, a baiana encontrou uma rapadura e gritou:
-Essa é minha, adoro!
A loira de cabelos longos avisou:
-Aí atrás tem um laguinho cheia de carpas, vamos ver!
Alegres caminharam. As carpas nadavam airosas, no seu colorido variado, cheias de vida, beliscando uns grãos que um garotinho jogava. Luciana, a loira carioca se identificou.
-Quando criança, vivia fazendo isso quando vinha aqui...Adoro peixes, mar, rios e cachoeiras!
A baiana:
-Não disse que você é filha de Iemanjá? Seu nome devia ser Janaína ou Yara...
Lily, culta como ela só, completou:
- Ou Lorelai, a deusa das águas da mitologia alemã.
-Taí, bonito nome, melhor que o meu, Luciana Maria - respondeu a carioca.
A morena baiana replicou:
-Minha mãe era doida pela cantora...Lá fui eu batizada com essa nome...Mas, como tenho mania de chamar todos por apenas uma sílaba do nome, vai ser Li e lu.
Carpas, não concordam?
O correr dos peixes coloridos em busca do alimento foi interpretado.
-Estão vendo? Elas acharam ótimo! Adeus lindinhas, coloridinhas!
Já no carro, Lu assumiu a direção, trocando com Li. Gal foi no banco do carona para melhor apreciar a paisagem que não conhecia, afinal viera da Bahia.
-Terê, aqui vamos nós...
Começavam as curvas, que a garota de Brasília fazia perigosamente.
-Que maravilha, lá em Brasília nunca dirigi assim...Subir montanha, um sonho meu, nascida e criada no planalto e no cerrado. Lá vou eu curvas da serra! Flor do cerrado,em busca da montanha e da mata atlântica.
A cada curva a morena sentada no banco de trás gritava:
-Oké, oké! Quero sentir o friozinho dessa serra, sou baiana, filha de Oxóssi, quero procurar minha mata! - Brincava fazendo com as mãos um gesto imitando uma atiradora de flecha, gritando "Oké, oké" novamente.
A loira de longos cabelos lisos virou-se para trás exclamando:
-Que é isso doida? macumba?
A baiana retrucou:
-Nã, nã, é meu grito de chegada no Candomblé. Não vamos para a batalha do vestibular? Me deixa com minha crença filha de Iemanjá!
Lily Patricia, a motorista, exclamou:
-Ei gente, vamos parar nessa tal de Casa Grande e tomar uma água ou coca.
Desceram alegres para o estabelecimento Casa Grande na beira da estrada em estilo colonial. Pegaram biscoitos, a baiana encontrou uma rapadura e gritou:
-Essa é minha, adoro!
A loira de cabelos longos avisou:
-Aí atrás tem um laguinho cheia de carpas, vamos ver!
Alegres caminharam. As carpas nadavam airosas, no seu colorido variado, cheias de vida, beliscando uns grãos que um garotinho jogava. Luciana, a loira carioca se identificou.
-Quando criança, vivia fazendo isso quando vinha aqui...Adoro peixes, mar, rios e cachoeiras!
A baiana:
-Não disse que você é filha de Iemanjá? Seu nome devia ser Janaína ou Yara...
Lily, culta como ela só, completou:
- Ou Lorelai, a deusa das águas da mitologia alemã.
-Taí, bonito nome, melhor que o meu, Luciana Maria - respondeu a carioca.
A morena baiana replicou:
-Minha mãe era doida pela cantora...Lá fui eu batizada com essa nome...Mas, como tenho mania de chamar todos por apenas uma sílaba do nome, vai ser Li e lu.
Carpas, não concordam?
O correr dos peixes coloridos em busca do alimento foi interpretado.
-Estão vendo? Elas acharam ótimo! Adeus lindinhas, coloridinhas!
Já no carro, Lu assumiu a direção, trocando com Li. Gal foi no banco do carona para melhor apreciar a paisagem que não conhecia, afinal viera da Bahia.
Atualizado em: Seg 10 Jun 2019