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Dicas para famílias desestruturadas

Quem sou eu para dar conselhos? A morte do meu pai é o estímulo para escrever este texto com o objetivo central de ajudar famílias desestruturadas ou pessoas que pensem em formar uma família. Esta semana completa dois anos da sua partida. Serão dicas que julgo importantes evitando um caos.
O primeiro ponto é todo mundo estar trabalhando, filhos devem começar a ser jovens aprendizes logo cedo e estudando ao mesmo tempo. A ideia aqui é valorizar as dificuldades do outro e entendê-las mostrando como é difícil ganhar dinheiro. O pior cenário são filhos só estudando e um dos cônjuges estando em casa. Siga a minha dica senão você não será valorizado e até criticado quando não puder dar assistência por limitações financeiras. Isto também evita os mimos e gastos que não podem ser suportados em casa, vindos de gente que não trabalha ou nem estuda. Quando todos trabalham cria-se um cenário de pertencimento no ambiente pois todas as pessoas querem o melhor uns aos outros.
Um detalhe é ter engatilhado atividade empreendedora quando os filhos completarem 18 anos caso não consiga emprego. Dê este estímulo, peça para fazer cursos e nunca deixe filhos parados. Isto inibe bastante os vícios como bebidas e cigarros ou até coisas piores. Jovem com 18 já bebendo e fumando sinaliza que houve erro no passado. Neste sentido, oriente, evitando os filhos torrarem dinheiro em bebidas, saídas noturnas e etc. Quem ganha e torra tudo na primeira chance ficará sem caixa no futuro. O momento requer cautela. Isto também não indica que a pessoa deva transformar sua vida em monastério. É controle e inteligência.
Acredito que isto resolva mais de 90% dos problemas familiares. Evitar beber e fumar ou frequentar ambientes não saudáveis já alivia bastante os problemas internos. Outro ponto importante é trabalhar a questão do autoritarismo. Pais precisam dialogar e não impor. O mundo do século XXI não é mesmo que nossos pais e avós viveram sendo outro. Não significa dar liberdade incondicional. Não é isto. Saber acompanhar filhos e orientá-los é função vital dos pais. Por outro lado é importante servir de exemplo. Pais dependentes de bebidas, cigarros ou drogas não terão poder de referência alguma, criando uma atmosfera de medo, gerando um ambiente familiar extremamente nocivo e arruinando a boa convivência.
Abro aqui um gigante parênteses em relação aos mimos. Mimar é colocar uma corda no teu pescoço para ser enforcado no futuro. Como se evita os mimos? Uma dica que acredito funcionar é a reunião familiar semanal colocando na mesa as contas que devam ser pagas estando todos os filhos presentes. Isto deve começar logo cedo para mostrar o grau de importância do dinheiro e a dificuldade em ganhá-lo. Escolas nos dias atuais já tem curso de Educação Financeira ajudando pais na tarefa em educar filhos descontrolados com grana. Esta técnica da reunião familiar para mostrar dificuldades, insere níveis de responsabilidades aos filhos e dá uma dimensão que a vida não é fácil. Alinhar visitas ao Conselho Tutelar para melhor orientar crianças e adolescentes neste sentido será bem útil. Conselho Tutelar não é somente para separação dos pais apontando com quem ficará a guarda ou quando filhos aprontam alguma coisa grave. Pense nisto. Um "passeio" mensal ao Conselho Tutelar te ajudará muito nesta tarefa. Esta ida até ajudará a melhor formação dos filhos e detectará problemas não vistos até na convivência do casal. Vai por mim que estou calejado nesta arte.
Quanto ao casal em si (hoje existe o trisal) é importante termos uma convivência pacífica e democrática, evitando transformar a casa em inferno com brigas e até vias de fato. Filhos sentem medo e ficam com psicológico abalado. Se os pais não se controlam sendo adultos, isto não servirá de referência para os filhos. A primeira medida mais básica é evitar a todo custo palavras ríspidas, grossas, palavrões, caras feias, xingamentos e etc. Casais precisam estar maduros e capazes de criar atmosfera propícia ao desenvolvimento dos filhos. Na época dos celulares é extremamente vital solicitar todo mundo desligar os aparelhos e se olharem, perguntar como foi o dia, evitar deixar jovens encavernados em quartos (estou tendo problema sério em relação a minha sobrinha com isto) propiciando um ambiente de pertencimento familiar. Possíveis divórcios devem ser amigáveis e a pior coisa é possessividade um sobre o outro. Isto arrebenta tudo. Antes de tomar atitude impensadas, pense nos filhos e como eles te julgarão no futuro.
Entendo perfeitamente que as condições financeiras podem dificultar um processo de boa estrutura familiar. Isto não significa jogar a culpa na falta de dinheiro pois conheço famílias estremamente pobres que possuem estrutura familiar correta e filhos focados em estudo e trabalho como os pais. O ponto central, portanto, é saber orientar e conduzir com atenção o relacionamento e filhos. Este apoio vem da escola e do Conselho Tutelar. O diálogo é a chave. Olhar atentamente a convivência social é altamente importante. Filhos que encontram pais em bar, voltando tarde da noite e sós em casa, não são bons exemplos. Responsabilidade é algo que nem precisaria ser dito. Espero que este texto tenha ajudado em algo. Abraços.
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Atualizado em: Qua 12 Mar 2025

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