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O que nunca foi dito

Já faz tempo que o fenômeno da globalização e o advento mais recente das redes sociais inundam o nosso dia a dia com informações acerca de tudo e sobre tudo o que, em tese, devemos saber.

Com efeito, a todo momento, somos estimulados e temos as nossas atenções e foco disputados pelas mais variadas formas de comunicação, acessadas instantaneamente através dos smartphones, "relógios de pulso" tipo iphones e congêneres.

Ainda em meados dos anos 90, tínhamos um monopólio da informação, na medida em que as opiniões das pessoas eram formadas tão somente através da imprensa escrita (jornais e revistas impressos) e televisão, dada a ausência da internet em banda larga e, por conseguinte, das redes sociais.

Após os anos 2000, com o surgimento das redes sociais, em que pese tenhamos colhido frutos desse processo de ampliação do acesso à informação, é notável que estamos caminhando a passos largos em detrimento das nossas relações interpessoais.

Este tema é tratado, por exemplo, na série do Netflix "O dilema das redes", em que o cerne da questão se refere à inteligência artificial através de logaritimos que são aplicados pelo instagram de modo a obter a nossa atenção focando-a em determinados temas, tal como a polarização da política em "direita" ou "esquerda", "conservadores" ou "liberais", induzindo em alguns casos a atos e condutas humanas extremas de amor, ódio e violência.

Não obstante, na própria série televisiva, há um contra ponto interessante, em outras palavras "não há nada ou fenômeno que tenha acontecido na história do mundo que não tenhamos sido capazes de nos adaptarmos".

E de fato já se percebe um movimento de desaceleração das redes sociais por parte de muitos de nós, que passamos a perceber o valor da privacidade, da relação interpessoal verdadeira com um grupo fechado de poucos amigos presentes fisicamente no ambiente de interação, longe nesse momento do whatsapp.

A toda sorte, em meio a esse turbilhão de informações, podemos concluir que, desde muito antes, não há nada que nunca tenha sido dito, pois não foram as redes sociais, tão pouco os podcasts, influencer digitais ou youtubers, mas sim o Livro Sagrado, em Eclesiastes 1:9, que trouxe uma das mais belas passagens e poderosa expressão da vida do homem sobre a terra: "O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente, não há nada novo debaixo do sol".
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Atualizado em: Qua 24 Ago 2022

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