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Quanto ao tempo

- Alguém aí falou em se encontrar?
- Eu juro, ouvi que alguém tava tentando se encontrar.
Sim, eu tô querendo me encontrar. Ah, sim, vamos nos encontrar?
Qual o melhor lugar?
- Espera só um minuto. Estamos falando do mesmo encontro?
É preciso marcar a hora.
- É agora, agora mesmo.
 Ah, não tenho pressa, o encontro sendo certo, tá ótimo.
- Eu tenho pressa.
Quem somos nós, afinal, após o auto encontro? O que nos resta? Guarde bem, pois esse conteúdo pode significar seu verdadeiro eu. Há tantos devaneios em meu coração, existem tantas formas de perceber com pressa ou sem ela como me constituo dia após dia que de uma coisa sei e é a única: a poesia da vida de cada um precisa ir além dos muros. Nossos muros. Construções de anos, pedra e concreto. Que valiosas essas construções, não? São muitos os acenos com a cabeça a fim de demonstrar que, sem dúvidas, entendemos a mensagem do outro, mas quantos meneios para dizer a nós mesmos que não, não está confortável a aparência. É chegada a hora do encontro.
 Não vai se entender agora. Não há tempo. Depois vocês conversam.
- Quando?
Que tal agora, penso eu? Que tal no seu tempo sem o verbo adiar incluso no dicionário? Como linha de frente do processo é possível que você pense: a lide consigo mesmo é tudo, menos confortável, sobretudo, há horas que a mente e o corpo exigem em uníssono:
É preciso se encarar: no espelho ou no teto durante às noites insones com a lanterna ligada.
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Atualizado em: Qua 10 Jun 2020

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