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A saúde no Brasil em 3D
Não é novidade que a saúde pública em nosso país não é lá essas coisas, mas porque tudo isso acontece? Porque tantos casos de negligência médica? Porque cada vez mais enfermeiros comentem erros em seus procedimentos? Será que não já é hora de se tentar reverter essa situação. Até quando vamos aguentar isso calado? Levando em consideração uma matéria escrita pelo jornalista e colunista do Portal R7, Fábio Ramalho temos como melhor entender essa inércia que paira sobre a saúde no Brasil. Ele menciona: Não entendo político que tem visão dupla. Aquele que parece que está olhando a vida como se fosse um filme em 3D só que sem colocar os óculos especiais: vê tudo embasado, fora de foco ou finge mesmo não enxergar.
Essa é a sensação que tenho quando falamos de saúde pública no nosso país. E não estou falando de saúde municipal, estadual ou federal. Estou falando da doença moral que afeta essas autoridades legitimamente eleitas em quase todas as esferas, ou seus próprios representantes escolhidos “à dedo” para serem secretários, ministros é várias outras“autoridades” que tenham a ver com a pasta tão traumática.
Faça um teste rápido com qualquer um deles que seja responsável por esse problema chamado “saúde”: colocoque-o de frente às câmeras e deixe a população reclamar dos hospitais, dos postos de saúde, do atendimento em geral. O que você impreterivelmente vai ver é uma série de argumentos para desmentir quem está na ponta da fila, na porta do hospital. Isso me irrita. Seja nas cretinas notas enviadas por e-mail ou nas entrevistas vazias, sempre o que se escuta é que não faltou médico, não faltou medicamento, não faltou hospital. Como um político pode colocar o eleitor como seu melhor amigo na hora do voto, mas como um mentiroso e algoz quando é cobrado?
Macas nos corredores: realidade em quase todos os hospitais do país. / Foto: R7.
Outro dia, via um “secretino” desses – de algum rincão do nosso país – que ao ser entrevistado desmentia solenemente o telespectador usuário do sistema de saúde. Quando a mãe dizia que percorreu cinco hospitais atrás de um ortopedista, ele dizia que em todas as unidades visitadas havia sim médicos. Quando outro telespectador reclamava que faltava remédio, a “autoridade” no assunto argumentava que os medicamentos estavam sim na prateleira. Quando o protesto era de quem precisava de ambulância, a culpa era jogada para outra área do governo que não tinha comprado óleo para cuidar do motor do veículo. Mas dava para rodar…
Que eleitor é esse que se passa por ovelha dócil e meiga na eleição e vira “lobo-mau” depois do pleito? Que sociedade civil organizada é essa que consegue “combinar” de fazer as mesmas reclamações em vários locais do país e ao mesmo tempo? Ora, se não é a saúde que está podre, precisamos arruma r uma vacina contra eleitor descontente, mentiroso e que faz complô contra seus próprios escolhidos!
Lamentável: um problema que já virou piada. / Fonte: humortadela.com.br
Perguntaria e esses “técnicos” de colarinho branco se alguma vez já precisaram de saúde pública no nosso país. Se alguém da família já pegou fila para tentar ver de perto um clínico geral. Não falta nada? Então porque a população reclama tanto? Tenho medo de um dia tentarem me convencer disso. De tentarem me fazer uma lavagem cerebral de que tudo está bem e que a culpa da saúde pública ser tão ruim é exatamente nossa, por teimarmos inconseqüentemente em adoecer.
O eleitor pobre, “vira-casacas” não. Esse talvez mereça morrer na fila esperando a triagem do hospital só porque agora resolveu reclamar. Que eleitorzinho barato nosso país tem, hein?
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Abraços.
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