person_outline



search

Palavra

Estava na ponta da língua e caiu;

ao chão foi. Sumiu. Que lástima!

A que caiu não foi a tal que fugiu;

desencantou-se; fez-se de vítima.


Quando dela se precisa, não vem;

quando roda a boca, não se quer.

Palavra com vontade própria tem;

diferente de tudo, como é aluguer.


A imagem está lá; a palavra, não.

Dá nos nervos, ataca o coração.

Só retornará quando der na telha;


virá do nada, a luminosa centelha.

E onde mesmo seria empregada?

Ah, maldita, malvada, sua folgada!

Pin It
Atualizado em: Qui 27 Fev 2025

Curtir no Facebook

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br