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A carta - Parte 1
A carta chega e logo é digitalizada. Nos tempos da computação, uma carta escrita manualmente requer atenção pela excentricidade. O destinatário está numa sala e a recebe já entendendo previamente do conteúdo ao vê-la selada com uma rosa branca. Pergunta para quem entregou:- Tem quantos anos?
- Foi o neto dele que enviou. Está com quase 97.
Uma rápida leitura e move-se uma quantidade de pessoas que tiram cópias impressas e são disparadas mensagens via aplicativos alcançando a redes sociais quase imediatamente. Uma parte chama a atenção:
“Há muitos deles aqui. O MRB precisa voltar atuando energicamente. Não podemos repetir a história seja aí ou aqui. O tempo urge”.
O destinatário final diz:
- Tentarei reestabelecer o Movimento. A raiz é aqui. Obrigado. Envie saúde ao nosso amigo que sofreu duramente.
- Sim.
Ao final da aula, protestos iniciam em frente a Universidade de Munique exigindo o retorno real e prático do Movimento Rosa Branca.
Duas horas depois, uma mega concentração popular encontra-se em frente a Universidade chegando aos milhões. Ruas tomadas, o caos estabelece na cidade.
Solidário, o Bayern de Munique emite nota. Jogadores e jogadoras do clube alemão ajudam na condução da marcha antinazista.
Caos implantado, os holofotes caem sobre a Alemanha e o resto do mundo. Cartazes chamam a atenção em Munique para o Brasil:
“Diga não ao Nazismo, Brasil”.
“Hitler nunca mais, brasileiros(as)”.
Células do Movimento Rosa Branca ganham força em segundos via redes sociais e os aplicativos no Brasil. Milhões saem às ruas dando apoio.
“Adriana Dias vive!”.
“Viva o Movimento Rosa Branca. Viva Sophie Scholl!”.
Há décadas não se via coisa parecida no Brasil. As capitais param e cidades do interior ganham mais adeptos(as) que saem às ruas.
“Prisão para golpistas e extremistas”.
“A Democracia vive”.
Naquele Fevereiro de 2025, poucos dias antes da morte de membros do Rosa Branca em 1943, aquela carta incendiaria diversos países.
O temor era o crescimento emergente do Nazismo, erroneamente chamado de Neonazismo. É Nazismo, é letal, acabou. Não queremos isto aqui.
Nos EUA, as células do Rosa Branca pedem a queda de Donald Trump e uma massa mais enfurecida ataca o Kremlin na Rússia depondo Putin.
Uma onda toma conta do mundo e ditadores começam a cair. Extremistas de direita são presos e políticos com tendências autoritárias incluindo gente da mídia.
Não escapa nem a Coreia do Norte com seu ditador Kim Jong-un sendo deposto, preso e levado para o Tribunal Internacional.
A ordem também inclui a extrema-esquerda. Após muita pressão, são exigidas novas cartas constitucionais impedindo usar a Democracia como trampolim para a implantação de ditaduras.
Todos os continentes entram nesta Navalha de Ockham. Supremacistas brancos são presos. A ideia é prender gente maluca. Uma nova lei proíbe armas aos civis nos EUA.
No Brasil, o verdadeiro remetente cuida do seu jardim. Poda uma rosa branca. Ao final da tarde, ela abrirá recebendo os primeiros raios de Sol.
Atualizado em: Seg 27 Jan 2025