- Dia dos Pais
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Natim. Meu pai, Meu poeta
É tão bom! Tão emocionante! Lembrar, falar do maior dos homens, do melhor dos pais. Meu inesquecível pai: Raimundo Nonato de Sousa. “O Natim” Apelido carinhoso colocado por sua querida e amada esposa Mosa. Minha querida, idolatrada e também inesquecível mamãe.
Natim! Pai, esposo, poeta, filosofo e escritor. Nasceu no sertão de Itapajé “no meu querido Ceará”; filho de um ex-escravo, agricultor e protestante. Quando menino já realizava coisas que hoje muitos adolescentes e adultos são incapazes de realizar. Como auto alfabetizar-se sem nunca ter freqüentado uma sala de aula. E melhor! Com uma simples cartilha de ABC e uma tabuada que comprara com sacrifício. Pois, seu pai o proibia que estudasse. “Época que trabalhar no roçado e cuidar dos animais eram mais importantes”. Persistente, insistente, pesquisador e sonhador com força de vontade, perseverança, criatividade e curiosidade lia embaixo de sol quente, no roçado enquanto trabalhava na enxada e, à noite ao deitar, antes de adormecer.
Começou unindo as letras formando silabas, percebeu que a união das silabas formava palavras e mais palavras; motivou-se com as palavras que conseguia formar e começou a criar frases. Começando assim a transmitir suas idéias, a contar acontecimentos, muitos em estrofes.
Sua Faculdade foi o roçado. Suas viagens de burro e jumentos como caixeiro viajante; suas observações ao tempo; aos acontecimentos que o modificava a todo o momento.
Seu pensamento selecionou o conhecimento do senso comum (popular); desprezou o conhecimento teólogo (dogmas e ilusões); aderiu o conhecimento filosófico (o raciocínio e a lógica) e admirou o conhecimento cientifico e tecnológico.
Incentivador da educação, da aprendizagem, da sabedoria. Em seus comentários, versos e poesias abordavam qualquer tema deste, que tal tivesse repercussão municipal, nacional ou internacional que o motivasse e envolvesse a opinião publica.
Tinha e nos transmitiu valores e qualidades, o amor a família era sua essência fundamental e primordial. Seu slogan jamais será esquecido: “Nós somos nós, depois de nós, é nós de novo”. Quando se referia a humanidade a sociedade em geral seu slogan era: “Quem não serve para servir, não serve para viver”.
Como meu Deus, pai! Tu não morreste. És eterno... Morrerás quando eu morrer.
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