Quem sou eu?

Hoje, o não cuidado das minhas unhas fez com que eu refletisse sobre quem verdadeiramente sou. Quando retornei para a casa dos meus pais para me dedicar exclusivamente aos estudos, questionei-me se cuidaria das unhas das mãos e dos pés da mesma forma que cuidava quando trabalhava. Como sou eu mesma que demando o ofício de manicure e que gasto uma boa parte do dia para fazê-lo, decidir em não lixar, não tirar cutícula e nem pintar as unhas dos vinte dedos que tenho, assim teria todo o meu tempo disponível para estudar, então decidir apenas cortar as unhas de uma forma rústica e rápida.

Neste exato momento, encontro-me totalmente ociosa pois espero o resultado das minhas últimas provas, todas às vezes que me lembro disso sinto um frio na barriga. Todas as minhas energias bem como as minhas forças e motivações foram queimadas e consumidas nos estudos para concursos anteriores e que os resultados não foram os almejados. Definitivamente, enquanto não vier qualquer tipo de motivação externa, como um resultado positivo, não terei mais força para continuar. Por isso a minha ansiedade quanto aos resultados das provas. Penso que um resultado desejado neste momento me renderia um gás, um up grade, seria a motivação que eu preciso.

Então! Já que não tem nada para fazer, por agora, por que não cuidar das unhas já que estão horríveis? Pergunto para mim mesma e daí inicia-se um monólogo: – eu não tenho um porquê de cuidar das unhas já que não saio e não trabalho. Se pelo menos tivesse um namorado para agradá-lo! Depois, dessa auto reflexão me veio várias dúvidas: - por que o fato de me cuidar depende do olhar do outro? Logo eu, que busco minha independência e que se orgulha do meu poder de se auto motivar e de decidir e de se arriscar em conquistar os objetivos profissionais? Quem realmente sou? Logo eu, que amo minha solitude mas ao mesmo tempo anseia pelo olhar do outro? Quem sou eu?

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