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RANGIDOS
É seu o que restou da minha fogueira e da fumaça
que entoa a dor e a música das dobradiças da casa.
Irei assisti-la entre intimidades... E sobre os lados,
abrirei os meus cadeados enferrujados que faltam.
Antes de despertar, serei o seu dia, o chá, a torrada
Petrópolis, o vento de fora e a nuvem almiscarada
das seis; serei a sua folha de outono, o seu mágico
no final da manhã, no beijo das onze: o seu atraso
claro; um grito silencioso ou aquele vapor abafado
ao deitar na sua rua e me asfaltar no seu passado.
E virá a tarde: e serei seu; a noite e a madrugada,
e serei seu, todo, enquanto for a nossa temporada.
Atualizado em: Qua 24 Ago 2022