person_outline



search

RANGIDOS

É seu o que restou da minha fogueira e da fumaça
que entoa a dor e a música das dobradiças da casa.
 
Irei assisti-la entre intimidades... E sobre os lados,
abrirei os meus cadeados enferrujados que faltam.

Antes de despertar, serei o seu dia, o chá, a torrada
Petrópolis, o vento de fora e a nuvem almiscarada
 
das seis; serei a sua folha de outono, o seu mágico
no final da manhã, no beijo das onze: o seu atraso
 
claro; um grito silencioso ou aquele vapor abafado
ao deitar na sua rua e me asfaltar no seu passado.
 
E virá a tarde: e serei seu; a noite e a madrugada,
e serei seu, todo, enquanto for a nossa temporada.
Pin It
Atualizado em: Qua 24 Ago 2022

Curtir no Facebook

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br