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Desnorteio
Entre sonho e devaneioMe desperto,
mas se despersa o que vejo.
Me desloco,
mas sou ser deslocado do meio.
Esmoreço
Tudo em volta desconheço
Tudo em dentro
me cobra reconhecimento...
Me adentro.
Me reviro em busca
de momentos
de lembranças
encravadas no peito
- Que é o que se tem
Que é do que se é feito -
Nada.
Nem traumas de infância
Nem ações feitas na última semana
Nenhum rastro de vida
Em minha vida humana.
Vivo?
Existo?
Já ouvi que estar morto
é o mesmo que não ser visto
E não me vejo.
Cogito, ergo sum
Cogito, ergo sum
Seria feliz e ingênuo
se acreditasse em Descartes
Ainda assim, não seria um.
Atualizado em: Dom 12 Maio 2019