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PRA QUEM NÃO TEM PREGUIÇA DE LER: MEU LIVRO SOLIDÃO. PARTE VI...
Rapidamente pegou com muito cuidado o envelope e guardou-o num sapicuá, deu meia volta, caminhou alguns passos para o caminho contrário ao qual estava fazendo e deparou-se para sua boa ventura, com um amigo de Bate-Seba o Christian Wolff, que naquele dia serviu como uma luz para Kant, pois levou o mesmo até a residência de Bate-Seba por um caminho mais rápido e menos perigoso.
— Muito obrigado Wolff por me trazer até aqui.
— Por nada Kant.
— Bom, depois de toda a turbulência deste dia, minha missão ainda não está finalizada, preciso entregar este bilhete à Bate-Seba o mais rápido possível, a casa dela é logo ali na frente, acho que deve estar em casa agora...
— Kant chegou em casa de Bate-Seba e logo bateu na porta, para ver se alguém o atendia.
— Toc! Toc! Olá, tem alguém em casa?
Oi tudo bem? Você deve ser a jovem Bate-Seba correto?
— Sim, sou eu!
— Disse a jovem assustada, com aquela figura toda molhada em sua porta, ou seja, o jovem Kant.
— Meu nome é Kant e eu venho trazer-te um bilhete de Michael Arcanjo, pegue-o.
— Kant como havia prometido para seu amigo, entregou o bilhete nas mãos da moça, que muito sorridente pegou-o sem demora e meio atrapalhada, foi logo abrindo-o.
Ao receber o bilhete, a moça sem pestanejar e escondida de seu Pai, foi logo se aprontando para partir com o seu amado, para um lugar alhures que nem mesmo ela sabia ao certo onde era, contudo sabia perfeitamente que o que ela mais almejava naquele momento era exatamente viver aquela história de amor com o seu eterno amado a todo custo.
Quando ela já havia aprontando-se para partir naquela alucinante e “eletrizante” aventura de amor, chamou por um táxi que a pegou à algumas esquinas de sua casa, porém, quando a linda mulata já estava a caminho do aeroporto a encontrar-se com seu eterno amado, o destino lhe reservara um certo contratempo, que quase por um instante ofuscou de sua alma as esperanças de viver aquela linda história de amor. De repente o táxi que havia tomado furou o pneu bem na metade da trajetória.
— Vixi moça! Parece que vamos nos atrasar, o pneu do carro furou.
— Mas e agora moço o que eu faço?! Eu não posso me atrasar preciso estar no aeroporto exatamente às 14:45.
— Calma! Calma! Eu já sei o que vou fazer, vou pedir ajuda na beira da rua, para todos os motoristas que por aqui passarem ta bom?
— Tudo bem então.
— No interim daquela difícil situação —, prosseguia Sócrates com a narrativa — o tempo já se estava se tornando exíguo, já eram 14:00 da tarde e nada de alguém parar para ajudar.
De repente um outro taxista ao longe avistou aquele táxi no acostamento daquela avenida e diminuiu a velocidade até parar perto de onde estavam a jovem Bate-Seba e o taxista.
— Olá! Tudo bem? O que houve com o carro?
— Então amigo eu estou com esta jovem cliente de passageira e meu carro está com o pneu furado, será que o senhor não poderia me ajudar, levando-a até o seu destino final, o aeroporto?
— Mas é claro que sim amigo, vamos lá moça!
— Faltava bem poucos minutos, para às 14:45, quando de repente começou a cair um outro “pé-d’água” — disse-me Sócrates.
— Moça! Devido esta chuva estar muito forte eu vou ter que reduzir a velocidade.
— Nisto só aumentava a ansiedade de Bate-Seba de chegar logo ao aeroporto e encontrar seu amor.
— Tudo bem, mas não vá muito devagar pois tenho que chegar exatamente às 14:45 ao aeroporto é questão de vida ou morte!
— Atenciosamente o taxista atendeu ao pedido da mulata, e de conformidade procedeu com a sua solicitação. Enquanto isto no aeroporto estava Michael pensativo e cabisbaixa, meio contristado pela situação.
— Já são 14:30 e nada dela aparecer! — Dizia consigo mesmo o já desesperançado rapaz, o jovem Michael.
De repente o rapaz avistou uma pequena mulata sair de um táxi amarelo com uma faixa azul na lateral, quando mirou melhor, percebeu que era sua amada que, não obstante estar caindo muita chuva do céu, sorridente vinha correndo ao seu encontro, sem mais delongas ele também correu ao encontro da moça para abraçá-la e congratular-se com ela por aquele encontro maravilhoso.
— Eu sabia que realmente tu me amas, Bate-Seba!
— Sim eu te amo muito meu amor, eu quero muito me casar com você, nem que para isto tenhamos que fugir para bem longe de meu pai!
— Os dois jovens apaixonados subiram a bordo do avião e foram direto para Nova Iorque, onde ali se casaram e construíram uma linda família juntos, tiveram um casal de filhos, o pequeno Leibniz Arcanjo Engels e a pequena Cecília Meireles Engels, viveram todo o restante de suas vidas na grande Nova Iorque, onde Michael retomara seus estudos como Advogado, formando-se conseguintemente e seguindo uma proeminente carreira como Advogado de uma grande Multinacional, a famosíssima “Sociedade Sem Preconceitos e Sem Fronteiras Para o Conhecimento a Todos Ltda”, empresa esta que atuava no ramo da qualificação intelectual de professores e acadêmicos.
As famílias dos dois “pombinhos” tiveram notícias dos dois, anos mais tarde, o seu Ulisses nunca havia conseguindo perdoar sua pobre e apaixonada filha, até o exato momento em que recebera da mesma, anos depois do ocorrido, umas cartas com pedidos solenes de desculpas e algumas fotos de Leibniz e Cecília fazendo travessuras dentro de casa; desmanchou-se em lágrimas e sorrisos de alegria o velho carrancudo ao ver as fotos de seus netos brincando e fazendo travessuras, especialmente por ter dentre as fotos, uma em que o pequeno Leibniz brincava com uma fantasia de cangaceiro e uma pequena espingarda de brinquedo.
O Dr. Friedrich Engels havia voltado para Alemanha onde anos depois de muita cólera e amargura que estava sentido por causa do que havia feito seu filho, acabou por adoecer de uma fatal enfermidade no seu aparelho digestivo, onde teve que ser internado em um hospital particular de onde iria sair somente para o cemitério.
Michael ao saber do ocorrido foi sem demora visitá-lo e pedir-lhe o seu perdão, pois depois do tal ocorrido em Copacabana nunca mais os dois houveram trocado sequer palavra alguma.
Ao chegar no hospital em que seu velho e enfermo Pai estava a desfalecer-se sob atrozes dores e agonias, Michael chorou muito e pediu desculpas a seu Pai que prontamente o perdoou, sua mãe estava sentada ao lado do Dr. Engels observando atentamente o diálogo que ocorria entre Pai e filho, muito comovida com a sena não conseguiu conter-se e logo as lágrimas lhe rebentaram nos olhos.
Assim terminou esta linda história de amor de dois jovens apaixonados meu bom amigo —, encerrando assim Sócrates a história e me dando alguns conselhos — jovens estes que tiveram de enfrentar grandes obstáculos financeiros, sociais e até mesmo culturais para poder se amarem e serem felizes; por isso, lembre-se sempre do que este velho amigo e conselheiro irá te dizer agora: o tempo passa e não para, existe poucas coisas nesta nossa curta passagem por esta vida, que são de suma importância, realmente são bem poucas as coisas que são importantes nesta matéria que nós vivemos chamada mortalidade, corpo, vida; todavia, um amor verdadeiro como sendo uma dessas poucas coisas importantes nesta vida, suporta tudo e todos, independentemente da situação e das circunstâncias, quando um homem realmente ama uma mulher ele dá sua própria vida por ela se for preciso e quando uma mulher realmente ama um homem ela nunca o trai com outro homem, nunca desista meu amigo de um verdadeiro amor, seja lá por qual motivo for, vá em busca do verdadeiro amor de sua vida, pois o amor é a linguagem intrínseca e extrínseca do coração, é o idioma sem sons das almas enamoradas, é a idiossincrasia sem dúvida de Deus.
APÓS CONTAR A HISTÓRIA DE AMOR PARA SUA AMADA, O AMADO SE LAMENTA,
Atualizado em: Ter 29 Jan 2019