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PRA QUEM NÃO TEM PREGUIÇA DE LER: MEU LIVRO SOLIDÃO. PARTE III...
Linda... oh! Minha exuberante e tenra Linda... como a idealizei em meus incontáveis pensamentos, assim com Machado de Assis idealizou a mulher inalcançável em seus romances; agora entendes tu, aquela minha pusilanimidade em entregar-me totalmente a ti, ou seja, ao teu amor? — Era um receio que assombrava e assolava meu coração, de por ter-te idealizado tanto, tu acabasse por rejeitar-me... Como a busquei Linda, por díspares e inumeráveis vias, logradouros, avenidas, travessas, becos, ruas, esquinas, quadras; tal qual um policial em busca de um réu impenitente em estado de evasão (perdi as contas de quantas foram as vezes em que, às portas de sua mãe bati!) ... Como pelo seu amor submeti-me à incansáveis diligências assíduas sem nenhum tempo para o ócio; tal qual um filósofo em busca da verdade, rebusca, revira, esmiúça, minuciosamente todos quantos livros puder, até seus últimos dias perecer desfalecido, do excesso de carga da consecução de verdades ou mesmo de mentiras... Como por ti, dei ordens amiúde ao meu coração, para que se não atrevesse de todo, aviltar-se, inclinando-se para outra que não fosse tu, mesmo estando eu a par da severa recomendação outrora pronunciada pela boca de Nietzsche, sobre o homem amarrar bem seu próprio coração, fazendo deste um manietado prisioneiro, destarte, permitindo ao espírito muitas liberdades; assim como está esta máxima de Nietzshe ao par, das recomendações do próprio Paulo em suas epístolas, quando ele recomenda a todos os homens se puderem permanecerem como ele mesmo em status quo de completa abstinência de casamento e consequentemente prazeres sexuais, para poderem desta forma, evitar tribulação na carne... Como por ti minha Linda, cheguei ao estado mais baixo que se pôde no passado caracterizar-se um ser humano, ou se pode no presente século caracterizá-lo, de tal sorte esta, que envileci toda minh´alma, todo meu espírito, toda a minha vida, em congêneres e oprobriosas atitudes de um eterno apaixonado, um eterno poeta, um eterno “tenor” do amor; tal qual um incomparável Oséias, filho de Beeri, que teve de amar uma “mulher da vida” (sem comentários!). Mesmo assim! Mesmo assim minha Linda, não consigo emascular de meu coração estes sentimentos, não consigo castrar de minha alma esses desejos que não me são ignotos, todavia, me são apodíticos. Este é o meu obséquio inegável, que sempre para ti guardei e que sempre para ti guardarei... Com efeito, ainda continuo nutrindo estes sentimentos de amor e desejo por sua pessoa Linda, adubando-os e regando-os com muito esmero e carinho, como um hortelão orgulhoso de seu trabalho, que cuida da horta de seu senhor em uma fazenda; como alguém que afinco, durante toda uma vida consagrada ao estudo de uma disciplina, estudando Engenharia Agronômica por ex., com o intuito de torna-se um perito naquilo que mais tem anelo, para conseguintemente ter condições bem solidas para saber exatamente no “terreno em que pisa”; como o próprio Rei do gado contente e orgulhoso de sua grande boiada mesmo depois de amarrar um boi em cada pé de café do Rei do café lhe sobrando ainda uma grande boiada...
O AMANTE RELEMBRA-SE DAS AVENTURAS DO PASSADO COM SUA AMADA.
[...] Jamais esquecer-me-ei Linda, daqueles nossos passeios matutinos mata adentro nas florestas de Rondônia. Quão belas e incontáveis paisagens eram aquelas, quais nós desfrutávamos e desbravávamos juntos incansavelmente, você se lembra? Lembra-me perfeitamente Linda, aquele dia em que tu e eu apeamos de nossos velozes quadrúpedes crinudos, na beira de uma linda fonte de águas cristalinas, um pouquinho “geladinhas” confesso, estavam aquelas águas, devido haver uma quantidade muito grande de sombra emitida pela exacerbada quantidade de árvores e arbustos que circunscrevia aquela região, mui precisamente àquela fonte de águas em que nos achegamos... sim! Um verdadeiro lugar paradisíaco algures, que não dou o endereço a ninguém, diga-se de passagem, este lugar é só nosso Linda! ... Outrossim, estava muito quente o dia, uns 39º graus mais ou menos, o céu estava com uma pequena quantidade de nuvenzinhas, a umidade relativa do ar me parecia mui baixa, quase que inexistente e/ou imperceptível, pouquíssimos ventos nos cortava as cabeleiras de quando em quando, era por volta de umas 11:00 da manhã aproximadamente; como pode fugir-me da memória aquela doce e nostálgica lembrança, aquela vivida imagética que enraizou-se de vez no solo de minha mente; — você feito uma menina travessa pulado e sapateando dentro daquelas águas descalça, erguendo duma forma graciosa e ao mesmo tempo delicada, as pontas do seu belo vestido de passeio... sim! — Aquele vestidinho vermelho decorado com toda sorte de flores tropicais coloridas, com alguns furinhos na orla e uma discreta manchinha branquinha de água sanitária, bem em cima do ombro direito —, ah! Linda, como foi mágico aquele dia, principalmente quando depois de você dar-me uns belos esguichos de água com a concha que suas graciosas e pequenas mãos formavam, eu acabei-me por ser despertado como que de assalto, do sono de embriaguez facultado pelo vinho chamado de sedução; — exatamente na hora em que eu estava recostado a um pé de Buriti já de idade bem avançada, observando minunciosamente com todo cuidado de guarda-costas, seu deleitoso banho naquelas águas, quando de repente tu viras e atinge-me com um pouco de água apanhando-me de surpresa, [...] todavia, depois de muito resistir, finalmente cedi as suas petições (pois como resistir àquele seu olhar mavioso, com que me pedias tal petição?), e entreguei-me a banhar o corpo naquelas frescas e brilhosas águas juntamente contigo...
O AMANTE RELEMBRA-SE DAS AVENTURAS DO PASSADO COM SUA AMADA.
[...] Jamais esquecer-me-ei Linda, daqueles nossos passeios matutinos mata adentro nas florestas de Rondônia. Quão belas e incontáveis paisagens eram aquelas, quais nós desfrutávamos e desbravávamos juntos incansavelmente, você se lembra? Lembra-me perfeitamente Linda, aquele dia em que tu e eu apeamos de nossos velozes quadrúpedes crinudos, na beira de uma linda fonte de águas cristalinas, um pouquinho “geladinhas” confesso, estavam aquelas águas, devido haver uma quantidade muito grande de sombra emitida pela exacerbada quantidade de árvores e arbustos que circunscrevia aquela região, mui precisamente àquela fonte de águas em que nos achegamos... sim! Um verdadeiro lugar paradisíaco algures, que não dou o endereço a ninguém, diga-se de passagem, este lugar é só nosso Linda! ... Outrossim, estava muito quente o dia, uns 39º graus mais ou menos, o céu estava com uma pequena quantidade de nuvenzinhas, a umidade relativa do ar me parecia mui baixa, quase que inexistente e/ou imperceptível, pouquíssimos ventos nos cortava as cabeleiras de quando em quando, era por volta de umas 11:00 da manhã aproximadamente; como pode fugir-me da memória aquela doce e nostálgica lembrança, aquela vivida imagética que enraizou-se de vez no solo de minha mente; — você feito uma menina travessa pulado e sapateando dentro daquelas águas descalça, erguendo duma forma graciosa e ao mesmo tempo delicada, as pontas do seu belo vestido de passeio... sim! — Aquele vestidinho vermelho decorado com toda sorte de flores tropicais coloridas, com alguns furinhos na orla e uma discreta manchinha branquinha de água sanitária, bem em cima do ombro direito —, ah! Linda, como foi mágico aquele dia, principalmente quando depois de você dar-me uns belos esguichos de água com a concha que suas graciosas e pequenas mãos formavam, eu acabei-me por ser despertado como que de assalto, do sono de embriaguez facultado pelo vinho chamado de sedução; — exatamente na hora em que eu estava recostado a um pé de Buriti já de idade bem avançada, observando minunciosamente com todo cuidado de guarda-costas, seu deleitoso banho naquelas águas, quando de repente tu viras e atinge-me com um pouco de água apanhando-me de surpresa, [...] todavia, depois de muito resistir, finalmente cedi as suas petições (pois como resistir àquele seu olhar mavioso, com que me pedias tal petição?), e entreguei-me a banhar o corpo naquelas frescas e brilhosas águas juntamente contigo...
[...] Aquele ambiente não tem outro ao mesmo pé de igualdade (ai sou obrigado a concordar com B. F. Skinner em sua concepção sobre a influência que o ambiente exerce sobre nós), algo que é totalmente fora das loucuras e “correrias” do ambiente de cidade grande, tipo São Paulo, Curitiba, Distrito federal etc., etc., um lugar que não é nem de longe, as latrinas que são as muitas grandes metrópoles em muitos lugares algures, não só algumas cidades grandes por exemplo do Brasil, da Corea do Norte, do Afeganistão, todavia, e sobretudo, várias metrópoles do mundo inteiro...
Atualizado em: Ter 29 Jan 2019