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A fé. A triste história de um vampiro Cap. 10 de 14

Capitulo dez

     Ergue-se uma mão, saindo de um tumulo no cemitério da cidade grande. Já passou do meio dia, o sol já está no alto e um corpo consegue sair da cova. Segundos atrás:
     -Está escuro, estou cega? Uma batida: - Me falta ar! Outra batida: - Estou presa! E começa a bater desesperadamente.
     -O ar me veio quando consegui erguer a mão. Uma mulher sai coberta de areia, sentiu uma breve dor na cabeça que a fez voltar a si, em suas memorias. Olhou seu nome na taba e ao ver o anel o pegou e o colocou: - Mãe!
     -Carlais, filha?! Outra mulher olhava-a incrédula.
     -Sou eu!
     -Mas Cachie disse que para salvar sua alma do mal atirou em seu peito!
     -Ele não acertou meu coração!
     -Você é um monstro agora, terá que sair dessa cidade! E Carlais pensou depois falou:
     -Se Cachie não acertou meu coração o fez de proposito, para que eu vivesse! Será que por gostar dela, amá-la?
     -O que pretende fazer agora?
     -Preciso encontrá-lo!
     -Mas ele a deixou ao te enterrar aqui!
     -Agora nós dois somos monstros e podemos fugir juntos, continuar juntos!
     -Pra sempre? A mãe se perguntou e disse: - Precisa ir antes que te cassem! Orientando-a e completou após Carlais a dar ouvido: - Boa sorte em sua vida de monstro! Carlais correu rapidíssimo. Sentiu-se como se sentisse agora o que seu namorado sentiu, o que ele passou, as decisões que tomou, entendia em parte o que aconteceu com seus sentimentos, sua vontade e obrigação de partir, para proteger-se e a quem amava. Era uma nova vida e ela acreditava que poderiam viver juntos em paz em algum lugar:
     -Eu tenho fé!
     Na casa de Cachie, uma mãe chorava ao arrumar a cama do filho que teve que partir e partiu seu coração ao se tornar um vampiro. Candelária saiu e fechou a porta do quarto de Cachie, mantinha todas as coisas dele nos devidos lugares, não pela esperança de ele voltar, mas para lembrar como ele deixou e teve que sair de sua vida. Saiu levando uma caixa que pretendia deixar no tumulo ao qual deveria estar seu filho e a namorada, pois ficou sabendo pela mãe de Carlais que Cachie havia a enterrado em sua cova. E de certa forma para Candelária os dois estavam realmente enterrados ali.
     O pai de Cachie estava em casa e ligou o aparelho de som como de costume deixava o som nas alturas:
     -Baixa este som! Candelária gritou, a vida deles seguia, foi nessa hora que Carlais saltou quebrando a janela e entrando, invadindo o quarto não sendo discreta, mas sem ninguém perceber da mesma forma.
     Começou a pegar as roupas de seu namorado, jogá-las na cama e depois começou a cheirá-las:
     -Preciso de seu cheiro, sentir seu cheiro, sei que vou te encontrar! Estava desesperada: - Tenho que encontrá-lo! Será que ele fez o que fez sabendo que eles se veriam outra vez? Enquanto ele tinha o objetivo de ir a outra dimensão onde todos são felizes, ela tinha a intenção de encontrá-lo, a todo custo e serem felizes juntos.
     Candelária ouviu um barulho vindo do quarto, após ela mesma baixar o som e o ouvinte não se importar, foi ver o que era e deu de cara com Carlais:
     -Você, não está morta?!
     -É Cachie fez por mim o que Carlos fez por ele!
     -É o que parece, agora que te vejo vivinha, o que está fazendo, procurando algo? Ela disse um nome:
     -Cachie!
     -Nessa bagunça? Ele não está aqui, partiu com Carlos!
     -O cheiro dele, é o que preciso! Sendo mulher loba o encontrará fácil.
     -Não vá agora, tenho uma coisa pra você! Candelária pegou a caixa e disse que era para Carlais que perguntou curiosa:
     -O que é isto?
     -Abra! Ela abriu e tirou de dentro um lindo colar: - É o presente que meu filho ia te dar antes de morrer, ele me mostrou e agora pouco o encontrei e ia levá-lo ao tumulo de vocês já que foram enterrados juntos. E estando Carlais ali ela resolveu entregar: - Deixe que eu coloque em você!  Ela coloca e ouve:
     -Obrigada, agora tenho que ir!
     -Sim, encontre meu filho e sejam felizes se possível.
     -É possível, será! Afirmou Carlais antes de sair por onde entrou deixando também um adeus.

Veja em seguida o capitulo onze.
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Atualizado em: Sáb 20 Maio 2017

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