- Sociedades Secretas
- Postado em
Judaísmo, Islamismo: Semelhanças e diferenças
- O profeta Maomé viveu entre os séculos VI e VII, tendo sido o responsável pela criação da religião islâmica. Como estava o Cristianismo nessa época?
A religião cristã já estava consolidada no Ocidente. Com a promulgação do EDITO DE TESSALÔNICA, pelo imperador romano TEODÓSIO, no final do século IV, o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano e, dessa forma, a Igreja Católica tinha total apoio e liberdade para organizar sua estrutura clerical teórica e prática. Entretanto, no Oriente, o Cristianismo não era a única religião monoteísta. Nesse período, disputava terreno com o Judaísmo e também com a Igreja Ortodoxa no Império Bizantino. No Extremo Oriente, o Budismo, Bramanismo, Taoísmo também eram religiões com grande número de adeptos.
- O Cristianismo e o Islamismo são considerados religiões abraâmicas. Qual a importância de Abraão para essas religiões?
Abraão é personagem comum às tradições judaica, cristã e islâmica. É conhecido por sua próxima relação com Deus especialmente no que se refere à fé. Também é conhecido pelo fato de Deus firmar uma aliança com ele e prometer-lhe um povo abençoado, antecedendo muitos outros profetas bíblicos, como: Moisés, Salomão, Jesus e o próprio Maomé. Abraão é o progenitor de Israel e um dos patriarcas da Bíblia, sendo assim, figura central para a formação do Judaísmo, islamismo e Cristianismo. No Islã, Abraão é amigo de Allah e o pai de Ismael e Isaque, sendo avô de Jacó. Nas tradições muçulmanas, é comum a oração em nome desse grande profeta pelos muçulmanos em um dos seus pilares, principalmente o 2º que se refere à prática das cinco orações diárias. Há uma oração específica para saudar e honrar o nome de Abraão, apresentando assim o respeito dos muçulmanos, judeus e cristãos pelo profeta.
- O arcanjo Gabriel é uma figura presente em ambas as religiões. A Bíblia tem registros de diversas aparições suas; já no Islamismo, é o responsável pela revelação do Alcorão a Maomé. Ele também está presente em outros momentos da vida do profeta?
Quando Maomé tinha aproximadamente 40 anos, recebeu a primeira aparição do arcanjo Gabriel, descrito no Alcorão e no Sunna como “A noite da aparição ou do destino”. Nesse encontro, Gabriel teria revelado a Maomé que havia apenas um Deus (ALLAH) e que ele (MOHAMED) seria o maior profeta da religião que naquele momento estava se formando. Acrescentou ainda que, para todos os seguidores e adeptos da nova religião, haveria um paraíso de deleites após a vida terrena, que consistia em: uma poltrona com pedras preciosas, água gelada que brotaria das nuvens, comida farta e variada, 72 virgens e a visão de DEUS que provocaria um grande êxtase. Com essa pregação, Maomé converteu rapidamente, cerca de 200 beduínos (povos nômades que vivia no deserto da Arábia) nos primeiros dois anos de pregações.
- O Alcorão faz referência aos “adeptos” ou “povos do livro”, que seriam os cristãos e judeus. De acordo com o livro, como deve ser a relação entre muçulmanos e os povos de outras religiões?
Quando Maomé, definitivamente criou o Islamismo no ano de 622, destruindo os ídolos da Caaba (santuário religioso em Meca – cidade onde o Islamismo teve sua origem), promovendo a conversão em massa dos árabes à nova religião monoteísta, chegou a tentar converter comunidades judaicas ao Islã ou fazê-los se prostrar virados à Meca em suas orações, como não obteve êxito, expulsou os judeus de cidades árabes. No Alcorão, os judeus e cristãos são vistos com respeito, mas com diferenças em relação à ligação com Deus ou com o verdadeiro profeta: Mohamed. Dessa forma, os conflitos históricos que separam cristãos e judeus dos povos muçulmanos estão na fé religiosa e como lidam com a cultura Islâmica. Segundo os muçulmanos: “de maneira preconceituosa e desrespeitosa” em relação à sua religião e cultura.
- Como o Cristianismo se posicionou em relação ao Islamismo ao longo da História no aspecto religioso?
Para os cristãos, os seguidores de Allah e da religião Islâmica, são considerados “infiéis”, ou “àqueles que devem ser convertidos”. Em vários momentos da História são vistos como inimigos. Durante os eventos que antecederam o início das CRUZADAS RELIGIOSAS, o Papa Urbano II, conclamou toda a cristandade a retirar JERUSALÉM das mãos dos muçulmanos. A 1º Cruzada evidenciou a grande mortandade de seguidores do Islã. Muitos bispos anunciavam o paraíso celeste para quem convertesse algum muçulmano, e até suas terras para quem os vencesse em batalha. Até hoje a Igreja Católica não reconhece como fiel o seguidor da religião Islâmica.
Comentários
NÃO DÁ.
Obrigado pelo texto informativo.