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A SABEDORIA NATURAL DAS CRIANÇAS
“Quando reencarna na terra, o ser humano traz consigo as sementes da pureza e da bem-aventurança, sendo capaz de despertar a criança imortal que vive em cada um de nós”.
Uma expressão de dor, um pequeno gemido e uma dúzia de adultos ao redor entramem pânico. Umsorriso, uma risada, um silaba dita ou uma palavra desajeitadamente, e os que estão por perto são transportados a um estado de alegria, riem encantados, esquecem problemas e preocupações. Um adulto até brinca e fala como uma criança pelo puro prazer de mergulhar no estado primordial de unidade com a vida.
Uma criança de um a dois anos de idade confiaem todos. Seuamor é universal. Ela sorri para qualquer um e faz amizade em um instante. Não reconheça rixas ou preconceitos e ignora disputas políticas. Não vê separação entre pessoas nem percebe a si mesma como um ser independente. Amiga natural dos animais domésticos, ela inspira devoção aos cachorros e desperta a tolerância dos gatos.
È por esses e outros motivos que as crianças pequenas têm uma Aura de Divindade em torno de si. Elas não construíram ainda uma couraça de proteção Psicológica. Vivem a Harmonia Espiritual, e por isso não conhecem os perigos da vida que tem pela frente.
O Bem – aventurança só ocorre àqueles que nunca sentiram o peso de uma existência isolada, ou àqueles que aprenderam a esquecer de si mesmos. As crianças pequenas ainda não tiveram tempo para sentir solidão e por isso têm algo da felicidade dos sábios.
Na memória Inconsciente da Humanidade, a criança simboliza o estado de pureza Original. Ao mesmo tempo ser criança, é Perigoso; implica uma inocência, um não-saber, uma inadequação para lidar com as coisas do mundo e uma necessidade de ser protegido. O adulto sábio não deixa de ter a sensibilidade e a capacidade de aprender de uma criança. Mas ele defende esse centro infantil com a sabedoria de um velho e com a vigilância de um guerreiro.
A criança é Consciência Crística. Para a Filosofia Esotérica, o Novo Testamento pode ser lido como uma grande parábola. A figura de Jesus Cristo simboliza o Espírito BUDDHI, presente em cada ser Humano. O Deus-Pai que está nos Céus é ATMA o princípio supremo do qual Jesus o espírito imortal – é um veículo e um instrumento.
A primeira imagem que temos de Jesus é a do menino recém-nascido na manjedoura, com a pobreza e o despojamento exigidos dos verdadeiros iniciados. Mas essa criança Divina é perseguida pela lógica do mundo egoísta, simbolizada por Herodes que busca destruir a inteligência espiritual. Este é o processo de provação do discípulo e do iniciado, que deve enfrentar não só incompreensões e boicotes da parte de outras pessoas, incapazes de entendê-los, mas também é perseguido pelos próprios hábitos do passado e por seu carma acumulado. O caminho que vai até a ressurreição final da alma (não confundir com espírito) é longo, estreito cheio de espinhos e armadilhas.
O iniciado que vive em seu coração a unidade de todas as coisas- é considerado “AQUELE QUE NASCEU PELA SEGUNDA VEZ”. E Jesus ensinou;
“Aquele que não receber o Reino dos Céus como uma criança não entrará nele” (Lucas18: 17) e ainda; ”Deixem as crianças e não as impeçam de vir até mim, pois delas é o Reino dos Céus” (Mateus 19:13)
A força Espiritual das crianças e a magia do amor que elas derramam em torno de si não são frutos do acaso. São efeitos práticos da lei da evolução e da reencarnação. O processo reencarnatório nos ensina que na primeira grande etapa da pós-morte o espírito passa uma temporada em KAMA-LOKA (local dos desejos) e ali a uma purificação. No segundo estágio chamado de DEVACHAN, o espírito vive uma exaltação espiritual e uma longa bem-aventurança. Esse estágio é duradouro cronologicamente se atribui a uma eternidade. Daí a idéia Ocidental de que o paraíso é eterno, o Cristianismo bebeu na fonte das religiões mais antigas.
Quando o espírito imortal termina seu descanso, deseja ter novas experiências no mundo, então ele decide levar sua evolução a novas etapas, resgata a vontade de viver e provoca o processo (complicado, com escolhas de família, pelo Karmas adquiridos, e acertos a serem feitos) que o leva a uma nova encarnação. Desta forma ele trás nos primeiros anos de vida (reencarnado) nova, grande parte daquela bem-aventurança, bondade e pureza que caracterizam o DEVACHAN (estágios de pós-morte, e pré-nascimento).
Uma criança que encanta o espírito das pessoas com seu sorriso estimula nos adultos a capacidade de Amar e de compreender. Recém-chegada do Reino dos Céus, ela trás consigo o perfume sagrado da etapa celestial que há entre uma encarnação e outra. Ela faz acordar a criança imortal dentro de cada um. O sorriso que se abre como um sol cura instantaneamente as feridas do espírito.
Ela não é só um símbolo da inteligência espiritual e da compaixão universal. Ela é de fato uma consciência sagrada. Seu corpo, sua alma (que recebeu ao renascer) é um tênue ponto de apoio na Terra. A pesada mão do mundo não teve tempo de descer sobre ela, prendendo-a aos sentidos e as dezenas de ansiedades, escolhas e obrigações pessoais que virão pela frente.
Na outra ponta do ciclo, cada jovem grávida deve ser vista com respeito e admiração, porque ao olhar para ela vemos uma fotografia do processo Cósmico pelo qual a vida se reproduz. A criança que cresce dentro do corpo da mãe é como um pequeno templo dentro de um templo maior. A gravidez é um fato divino, porque realiza a manifestação periódica, no mundo, daquilo que é eterno e transcendente.
O nascimento, por sua vez, é a passagem por um portal Sagrado. O ser humano recém-nascido (recebe o sopro da vida – Alma) traz consigo no seu Espíritoo mistério do Advento, e tem em sua bagagem a memória acumulada das experiências anteriores da humanidade. Assim como o corpo que acabou de ganhar (entre outros presentes que ganhamos ao renascer) deve ser respeitado e apreciado. Ele é o Santuário habitado por um espírito, (uma alma, mortal) imortal.
Crianças ensinam e estimulam três coisas essenciais ao coração dos mais velhos; a Sinceridade, a Simplicidade e a Autenticidade. As artimanhas da Astúcia devem ser abandonadas para que possamos ser íntegros como uma criança e inofensivos como uma pomba. È claro que, ao mesmo tempo, devemos ter a prudência de uma serpente. Se ficássemos fixos em uma idade, fosse ela qual fosse, iríamos contra a lei natural da natureza, que é o constante movimento, a transmutação e a evolução. E seriamos felizes? Não totalmente infelizes. Por isso em todos os cada um de nós e simultaneamente criança e adulto, guerreiro, e pajé, lutador e sábio. Cada um tem consigo o presente o passado e o futuro. A criança leva em si a semente de um velho, e o velho tem em seu peito um coração de criança. Na natureza nada se cria nada se perde tudo se recicla Eternamente.
Fonte consulta- Cartas dos Mahatmas para A.P. Sinnet
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