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Grasso 2014: 112 Seguir Em Frente
A sala de aula está agitada. José está sentado em sua mesa, digitando freneticamente no computador. Magrão está ao lado dele, olhando ansiosamente para o relógio.
— José, você tem que terminar isso agora! Temos que ir ensaiar!
José suspira, visivelmente estressado, e continua digitando.
— Eu sei, eu sei! Só falta mais um parágrafo... E... Pronto, enviei.
A professora Eliza se levanta.
— Ótimo, pessoal! Estou orgulhosa do progresso de vocês. — O sinal toca e os alunos se levantam. — José...
José levanta a cabeça, nervoso ao ouvir seu nome.
— Eu preciso falar com você depois da aula.
José engole em seco, preocupado. Magrão bate as mãos na perna, irritado.
— Vou te esperar lá fora.
José se aproxima da professora.
— Eu percebi que sua última nota não foi muito boa.
— Sim... eu sei. Eu tentei, mas...
Eliza interrompe gentilmente.
— José, estou preocupada com você. É por isso que gostaria que você e seus pais se encontrassem comigo e com o seu psicólogo para discutir algumas coisas.
José olha para a professora, preocupado e cheio de dúvidas.
Personagens Regulares (ordenados alfabeticamente por sobrenome)
Katia Cardellini
José Ferreira
Natasha Jonsson
André “Magrão” Kimmich
Bruno Roberto de Lima
Leandra Lopes
Elizabeth “Liz” Muller
Cleiton Reis
Felipe Rodrigues
Amanda Souza
Valéria Tralli
Estevão Motta Zieler
Claiton se aproxima de Katia no corredor, que ainda está irritada por ele ter terminado com ela.
— Katia, posso falar com você?
Katia revira os olhos.
— O que você quer?
— Me desculpa pela forma como as coisas aconteceram. Podemos ser amigos? Por favor.
— Eu só vou te perdoar se você voltar comigo. — respondeu Katia, determinada.
— Por que você tem que agir assim? Eu não menti pra você. Estou sendo honesto ao dizer que não tenho sentimentos por você.
Ele sai, e Valéria se aproxima.
— Katia, o melhor para você agora é seguir em frente, pois você não pode forçar ninguém a ficar com você.
Katia olha para Valéria.
— Mas acontece, Valéria, que eu estou apaixonada pelo Claiton.
Katia se vira para sair e dá de cara com José, que está com um sorriso sarcástico.
— Agora você sabe como eu me senti.
Katia fica chateada e vai embora.
Valéria olha para José e balança a cabeça em negativa.
Esperança, do 9º ano, está com dificuldades em ciências, assim como muitos outros alunos de sua turma. Ela está encostada na parede, visivelmente nervosa. Olha ao redor até avistar Sara, que está saindo de uma sala de aula, e vai falar com ela.
— Oi, Sara.
Sara olha com desdém.
— O que você quer, cachinhos dourados!?
— Eu preciso da sua ajuda... Estou desesperada com ciências. Não consigo entender nada e estou com medo de ser reprovada!
— Mas... você é boa em todas as outras matérias, não é? Por que ciências está sendo tão difícil?
— Eu sei! Eu sempre fui boa em tudo, mas ciências é diferente. Eu tenho que fazer aulas de reforço e, mesmo assim, não estou conseguindo. Se eu não passar no teste, posso ser reprovada no curso!
Sara parece pensativa, mas ainda relutante.
— Isso é complicado, Esperança... Eu realmente não sei se posso ajudar.
— Por favor, Sara! Você teve média 10 em ciências no ano passado! Você pode me ajudar a entender algumas coisas. Eu prometo que vou me esforçar!
Sara suspira, olhando para o chão.
— Ok... Mas você tem que prometer que não vai contar a ninguém que eu estou te ajudando. Não quero que os outros fiquem sabendo.
— Prometo! Ninguém vai saber!
— Meu irmão teve aula com o professor Fernando três anos atrás e guardou todos os testes dele. O professor costuma usar os mesmos testes todos os anos.
— Sério? Isso vai me ajudar!
— Vamos nos encontrar na biblioteca amanhã? Podemos tirar cópias dos testes e ver como ele faz as perguntas.
— Sim! Obrigada, Sara!
— Você vai ficar me devendo uma.
Na reunião entre Eliza, o psicólogo de José e os pais de José, Eliza está sentada à mesa, enquanto os pais de José entram junto com o psicólogo, Dr. Roberto. Todos se sentam.
— Olá, pessoal, boa tarde. Obrigada por virem. Eu sei que esta reunião é importante para o José — disse a professora Eliza.
— Sim, é um prazer estar aqui. Vamos falar sobre as dificuldades que o José tem enfrentado na escola — disse o psicólogo.
— Estamos muito preocupados com ele. Ele tem se esforçado tanto, mas parece que não consegue acompanhar os outros alunos — disse a mãe de José, preocupada.
— Eu entendo. Após as avaliações que fizemos, descobrimos que o José tem disgrafia — falou o psicólogo de José.
Os pais trocam olhares confusos.
— Disgrafia? O que exatamente isso significa? — perguntou o pai de José.
O psicólogo responde:
— Disgrafia é uma deficiência de aprendizagem que afeta a habilidade de escrever. O cérebro do José não instrui a mão dele a escrever corretamente. Isso pode causar dificuldades na caligrafia e na organização das ideias no papel.
— Mas isso significa que ele não vai conseguir melhorar? — perguntou sua mãe.
Eliza intervém com confiança:
— Não, Ana! Com o suporte certo, ele pode melhorar muito. A recomendação é que ele faça aulas de educação especial por um período durante o dia.
— E como isso vai ajudar? O que ele vai aprender nessas aulas? — perguntou o pai de José.
— Essas aulas são focadas em desenvolver habilidades motoras e estratégias de escrita adaptadas às necessidades dos alunos. Ele aprenderá a expressar suas ideias de outras maneiras e terá apoio individualizado.
— Estamos dispostos a fazer o que for preciso para ajudar nosso filho — disse a mãe de José.
Eliza sorri para os pais, sentindo-se esperançosa, enquanto José fica de cabeça baixa.
No dia seguinte a sala de aula do nono ano está animada. Esperança está sentada na mesa, conversando com Karla, que parece intrigada.
— Karla, você não vai acreditar! Eu consegui as respostas do teste de ciências!
— Sério? Como você conseguiu isso?
— Um amigo meu que já fez o teste me passou. Ele disse que as questões são muito parecidas! Eu vou passar pra você, mas você não pode contar pra ninguém.
— Tá bem.
Karla sorri e olha ao redor.
Só que Karla acaba contando para Enzo e o amigo dele, Juan, que contam a Chris e a Matheus, eventualmente, quase toda a classe acaba sabendo das respostas do teste.
No dia da prova, a sala começa a ficar agitada. Vários alunos se reúnem em grupos, sussurrando e rindo. Fernando, que está em sua mesa, observa tudo com um olhar desconfiado.
Os alunos estão fazendo o teste, todos parecendo muito confiantes e animados. Risadas e cochichos podem ser ouvidos ao fundo.
Enquanto isso, José está chateado por ter que fazer aulas de educação especial e se considera estúpido e idiota, planejando deixar a escola. Ele está de pé em frente ao seu armário, tirando suas coisas e colocando-as em uma mochila. Parece frustrado e abatido. Claiton se aproxima, com um olhar curioso.
— Ei, José! Você está trocando de armário ou está saindo da escola?
José para de mexer nas coisas e vira-se rapidamente, irritado.
— O que você tem a ver com isso? Já não basta você ter tirado a Kátia de mim? Agora vem rir da minha cara?
Claiton ergue as mãos em um gesto de defesa, tentando se explicar.
— Não, não é isso! Você entendeu errado. Eu não estou rindo de você.
José avança um passo, empurrando Claiton com força contra o armário. Neste momento, o vice-diretor Daniel aparece no final do corredor e observa a cena.
— O que está acontecendo aqui?
José se dá conta da presença do vice-diretor e imediatamente solta Claiton, olhando para baixo, envergonhado.
— Nada... só uma conversa... — respondeu José.
Daniel se aproxima dos dois, com uma expressão séria.
— Isso não parece uma conversa. José, você sabe que empurrar alguém não é aceitável.
— Eu só estou cansado disso tudo! — disse José.
— Não importa o motivo. Você vai para a detenção agora. Espero que pense sobre suas ações.
Mais tarde, o corredor está mais vazio agora, com alguns alunos passando rapidamente. Katia se aproxima de Claiton, que está encostado em uma parede, olhando para o chão. Ela parece nervosa, mas determinada.
— Claiton, podemos conversar?
Claiton levanta os olhos, visivelmente cansado da situação.
— O que você quer falar, Katia?
Katia hesita por um momento, mas continua.
— Eu... eu estou apaixonada por você. Eu sei que terminamos, mas eu realmente quero tentar de novo. Se você quiser dar um tempo pra pensar, tudo bem.
Claiton mantém uma expressão neutra.
— Katia, eu não quero dar um tempo. Eu terminei com você e não há nada para pensar. Quanto mais cedo você aceitar isso, melhor será para você. Eu quero ser seu amigo, mas se você não quiser...
Katia interrompe, frustrada, e dá um passo à frente.
— Amigo? É só isso que você quer? Depois de tudo que nós tivemos?
— É isso que eu quero. Se você não consegue lidar com isso, é problema seu.
Katia explode de raiva e, num impulso, dá um tapa no rosto de Claiton. Ele recua com a força do impacto e começa a sangrar pelo nariz. Um professor que passava por perto viu tudo; Katia vai parar na detenção.
Mais tarde, ao entrar na sala de detenção, ela fica surpresa ao ver José sentado lá. Eles ficam se olhando. Katia tenta disfarçar o nervosismo enquanto se senta ao lado dele.
— Oi! — diz José.
Katia dá um sorriso tímido e responde.
— Oi!
No dia seguinte, os alunos do nono ano estão conversando animadamente, alguns revisando anotações. O professor Fernando entra na sala com um novo teste de ciências.
— Bom dia, turma!
Os alunos respondem em uníssono.
— Bom dia, querido professor.
Fernando sorri.
— Hoje eu trouxe um novo teste de ciências para vocês!
Os alunos olham uns para os outros. O professor Fernando levanta a mão para chamar a atenção da turma.
— Na verdade, eu fiquei impressionado com as notas do teste anterior. Quase todos vocês tiraram nota máxima.
Os alunos sorriem orgulhosos, mas o professor Fernando continua.
— Isso me fez pensar que talvez o teste fosse muito fácil. Então, eu decidi que precisamos de um desafio maior.
Os alunos começam a murmurar entre si; a animação inicial rapidamente se transforma em preocupação.
— O que você quer dizer com "desafio maior"? — Enzo perguntou.
— Vou passar um novo teste pra vocês, um teste mais avançado que anulará as notas dos testes anteriores. Eu quero ver o quão inteligentes vocês realmente são!
Esperança fica pálida ao ouvir isso. Ela faz uma cara de desespero.
Personagens Recorrentes (ordenados alfabeticamente por sobrenome)
Alunos
Wilson Azevedo, Co-Capitão da equipe de atletismo (3º ano)
Roger Batista, interesse amoroso de Valéria (3º ano)
James Butler, um aluno descendente de irlandês namorado de Amanda (2º ano)
Juan Cabriotti, um geek inteligente. (9º ano)
Esperança Costa, uma garota hiperativa e imatura que está descobrindo os garotos. (9ºano) Esperança é a única personagem listada como recorrente a ter uma trama principal.
Margarete Castro, Margarete é Co-capitã da equipe de atletismo, ela é uma jovem promissora. (3º ano)
Karla Fernandes, uma nerd e melhor amiga de Esperança. (9º ano)
Vitor Goldberg, um aluno fofo e idiota e namorado de Alexa, famoso na escola por sua carreira de modelo/ator. (1º ano)
Sara Lima, uma garota estilosa e orgulhosa que é a capitã das Líderes de Torcida da Grasso. (1º ano)
Maria Elizabeth Mikhailov, uma garota russa excessivamente dramática e melhor amiga de Liz. (1º ano)
Christopher Oliveira, o maior nerd da escola. (9º ano)
Dayane Peixoto, uma Líder de Torcida popular e amiga de Sara. (1º ano)
Enzo Rojas, um sujeito inteligente e esnobe, o melhor amigo de Juan, que assim como Esperança e Juan estão em uma série acima. (9º ano)
Matheus Zhang, um ex-nerd que virou popular. (9º ano)
Atualizado em: Qui 8 Maio 2025