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Laços de Amizade - Capítulo 13: Laços

Segunda 
Na casa de Nat, Lizzie está sentada no sofá, distraída com o celular, enquanto Enzo se esconde atrás da porta, planejando sua pegadinha.
Ele espera o momento certo e, quando Lizzie menos espera, ele salta para fora com uma corneta. Froooonnnnnnnnn
— Ahhh! — Lizzie dá um grito. — Você quase me matou do coração, Enzo!
Enzo começa a rir.
— O que você estava pensando? Que eu ia achar isso engraçado? — perguntou Lizzie, brava.
— Eu só queria ver sua reação! E foi melhor do que eu esperava! — respondeu Enzo, rindo.
Nat entra na sala, percebendo a confusão.
— O que está acontecendo aqui? Lizzie, você está bem? — perguntou Nat, preocupada.
— O Enzo resolveu me assustar com aquele troço barulhento! — respondeu Liz, sua voz carregada de indignação.
— Enzo, você é um bobo mesmo! — falou Nat, rindo enquanto tenta esconder o sorriso.
Enquanto isso, no abrigo, Alice está jantando quando Bárbara vai falar com ela.
— Ali, posso falar com você rapidinho?. — perguntou Bárbara.
— Ah, oi! Pode falar. — respondeu Alice.
— Seu aniversário de 18 anos está chegando, né? Então, você já arrumou um lugar pra ficar? — Barbara perguntou com um olhar preocupado.
— Sim, vou dividir um apartamento com uma amiga, a Bianca. Você já conheceu ela! — respondeu Alice.
— Ali, eu estou preocupada, pois você reprovou em matemática e perdeu a bolsa no colégio. — disse Bárbara.
— Bárbara, eu realmente agradeço sua preocupação, mas eu preciso trabalhar para pagar minhas contas. Preciso de um emprego integral; depois eu vejo sobre os estudos. Posso fazer um supletivo ou alguma outra coisa pra concluir o ensino médio. — respondeu Alice.
— Mas você vai ficar bem, Alice? — perguntou Bárbara, preocupada.
— Bárbara, você me conhece e sabe: sou um espírito livre e quero viver por conta própria; eu sei me virar. — respondeu Alice.
— Ah, mas disso eu não tenho dúvidas. — disse Bárbara sorrindo.
Bárbara abraça Alice.
— Ali, saiba de uma coisa: você é uma pessoa boa e merece tudo de bom! — disse Bárbara, abraçando Alice.
Alice sorri.
— Obrigada, Bárbara! — agradece Alice.
Terça
No dia seguinte, na casa de Nat, Lizzie observa Enzo distraído, rindo com Nat em um canto do quintal.
— Hora de dar o troco! — pensou Lizzie.
Ela se dirige à cozinha, pega um balde vazio e o enche com água. Enquanto Lizzie se prepara, Lucas chega ao quintal, distraído, pensando na vida. Lizzie, sem perceber que Lucas chegou, pega o balde com água e vai em direção a Enzo sorrateiramente.
No entanto, com a movimentação rápida, Lizzie não percebe que Lucas está bem atrás de Enzo e acaba jogando a água nele. O balde atinge Lucas em cheio, molhando-o da cabeça aos pés. Enzo ri descontroladamente.
— Isso foi incrível! Mas... não era pra ser eu? — perguntou Enzo.
— Lizzie, você acertou o Lucas! — disse Nat, tentando conter o riso.
Lizzie fica com uma expressão de choque.
— Não! Eu não queria... Lu, me desculpa! — disse Lizzie, sentindo-se culpada.
— Nossa, ainda bem que deixei meu celular na sala. — respondeu Lucas, todo molhado.
Enquanto isso, Chris se diverte com sua vó Rosângela no apartamento.
— Vó, você não pode estar falando sério! Você realmente dançou no meio da rua nos anos 70? — Chris perguntou.
— Claro que sim, Chris! A música estava tão boa que não consegui resistir — respondeu sua avó, sorrindo com os olhos brilhando.
Chris começa a imaginar a cena.
— Eu gostaria de ter visto isso! Aposto que você era a estrela da festa — disse Chris.
— Ah, eu era um verdadeiro furacão! Mas me conta, como estão as coisas com seus amigos?
— Estão ótimas, vó! A gente tem se divertido bastante — respondeu Chris, entusiasmado.
— Que maravilhoso! Você precisa trazer eles aqui. Vou fazer todo mundo rir com minhas histórias! — disse sua avó, animada.
Chris se levanta e começa a dançar, imitando os movimentos da avó.
— Olha, vó! Estou praticando para quando você me ensinar a dançar como nos anos 70! — disse Chris, sorrindo.
Sua vó ri alto.
— Isso mesmo! Vamos fazer um duelo de dança na próxima festa de família! — disse sua vó.
Eles riem juntos enquanto a avó pega o celular e coloca uma música animada para tocar.
— Vamos, Chris, agora é hora de dançar! Venha cá! — disse a avó, animada. — Você dança igual ao seu pai quando tinha sua idade.
Quarta
No dia seguinte, Lucas tenta revidar a peça em Lizzie. Ele vai até a casa dela com um spray de água.
— O que você está planejando? — perguntou Enzo, com um olhar curioso.
— Apenas uma pequena brincadeira. A Lizzie não vai ver isso chegando! — disse Lucas sorrindo.
Eles tocam a campainha da casa e a empregada atende.
— Pois não? — perguntou a empregada.
— Eu me chamo Lucas, este é o Enzo. Somos amigos da Lizzie e gostaríamos de falar com ela. — disse Lucas.
— Certo, vou chamá-la. Querem entrar? — perguntou a empregada.
— Não, vamos esperar aqui — respondeu Lucas.
— Luque, ela vai desconfiar — disse Enzo preocupado.
— Sim, mas ela não está vendo nada na minha mão, então vou pegá-la de surpresa. — falou Lucas determinado.
Logo, Lizzie aparece com um olhar desconfiado; Nat vem atrás dela. Lucas pega o spray de água, mas Lizzie desvia e faz com que a água atinja Nat.
A água espirra em Nat, que fica completamente surpresa e molhada.
— Olha só o que você fez, Lucas! — disse Nat, rindo enquanto tenta enxugar a roupa.
— Não era pra ser você, Nat! Eu só queria pegar a Lizzie! — disse Lucas, com um sorriso nervoso.
Todos riem ao ver Nat encharcada enquanto Lizzie olha para Lucas.
— Olha só o que você fez, Lucas! Você vai secar o chão antes que meus pais cheguem!
Todos começam a rir da situação.
Quinta
No dia seguinte, Lucas está em seu quarto quando seu pai vem falar com ele.
— Lucas, seus amigos são ótimos, né? — perguntou seu pai.
— Sim, pai, são os melhores amigos que alguém poderia ter — respondeu Lucas com um sorriso.
— Eles te ajudaram muito quando você... passou por momentos difíceis na escola. — disse seu pai.
Lucas fica em silêncio.
— Mas filho, você pode contar comigo e com sua mãe também; sempre estaremos aqui por você — afirmou seu pai, com a mão no ombro de Lucas.
Lucas suspira.
— Foi complicado, pai. Eu me senti sozinho e incompreendido — disse Lucas com a voz trêmula.
— Eu queria ter percebido isso antes. Sabe, poder te ajudar naquele momento difícil — falou seu pai.
— Pai, você me ama mesmo eu sendo gay? — perguntou Lucas ao pai.
— Claro, filho! Nunca duvide disso. Nós te amamos e não queremos te ver sofrer — respondeu seu pai com sinceridade.
Lucas olha nos olhos do pai.
— Eu sei que você e a mãe se preocupam, e isso significa muito para mim. Mas quando se tem uma família como a nossa e amigos que sempre estão ao meu lado, tudo fica mais fácil — disse Lucas confiante.
Os dois se abraçam.
— Obrigado! Saber que posso contar com vocês faz toda a diferença — disse Lucas sorrindo.
Mais tarde, Nat vai até a casa de Lucas e tenta pregar uma peça nele.
Nat pensa:
— Vou pregar uma peça no Lu! Ele não vai saber o que o atingiu!
Nat toca a campainha e espera ansiosamente. Lucas atende, surpreso.
— O que você está fazendo aqui, Nat? — perguntou Lucas, desconfiado.
— Vim te fazer uma visita, Lu — respondeu Nat com um sorriso travesso.
Lucas, desconfiado, fecha o portão.
Seu pai vê a situação e dá uma bronca em Lucas.
— Filho, o que é isso? Você fechou o portão na cara da Nat! — disse seu pai com uma expressão séria.
Seu pai vai até o portão. Nat, percebendo o portão abrir, saca um spray de água e acaba molhando o pai dele.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou o pai de Lucas.
Nat fica com uma expressão de choque.
— Era você? — perguntou Nat, envergonhada.
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Atualizado em: Ter 21 Jan 2025

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