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VALKIRIA MILK, VIÚVA NEGRA E COLORIDA
Uma chicotada, uma tapa, pingos de vela quente no corpo. Todas essas dores ela sentiu com prazer. Mas a do coração, ela chora calada, resignada, sentida e sozinha. De tantas traições e perdas, o coração adquiriu resistência ao ponto dos amigos chamarem de Valkiria Coração de Pedra.
Não sabe ao certo se até o sofrimento lhe trás beleza, mas a morena de olhos graúdos, lábios carnudos, cabelos negros, cintura fina e quadril largo, têm em sua vasta história momentos fúnebres. O vídeo começa a rodar e as lágrimas cair.
O primeiro que vem em seus pensamentos, Paulo, um carioca bonito e sedutor, que com seus olhos cor de mel acompanhava salientemente a passagem daquela menina, quase moça, na sua ida para escola. Com seu jeito malandro um dia abordou e jogou-lhe palavras bonitas. No outro dia, outra abordagem e mais palavras bonitas. Não descansou até conseguir um "Encontro". E o seu jeito galanteador conquistou Valkiria. E já na primeira noite ele conseguira pegar nas partes mais intimas.
E os encontros se seguiram, e Paulo levava para os lugares que sabia Valkiria Milk gostar, e pela sua simplicidade adorava transar nas matas escuras e calmas dos morros carioca. O vento frio, o temor, o perigo da floresta, tudo aquilo lhe excitava mais do que o normal.
A paixão era forte, e qualquer oportunidade, qualquer lugar, tornava-se cama. Um dia entraram em uma igreja, e mesmo sendo de família religiosa aos extremos, se entregou ao prazer. Deitada ao chão, no meio do corredor, cadeiras cumpridas de um lado e de outro, fotos de santos a parede, sentiu o prazer lhe possuir, e ali sendo rasgada com um crucifixo a sua frente, sentiu remorsos. Seria aquilo demoníaco? Pensou nos pais que lhe confiaram e a enviaram para estudos. De repente se fechou, o prazer tornou-se dor, mas como explicar para o amado. Ele entendeu que a paixão tem que ter um limite. Mas não teve, tanto que foi preciso os outros interferir.
Os pais, mesmo no interior do nordeste e os diretores ficaram sabendo da paixão louca da menina-moça por um homem bem mais experiente. A solução foi à transferência. Chora, esperneia-se, mas de nada adiantou. Carregou consigo a dor, e tempos depois, soube do enforcamento de Paulo, seu primeiro amor.
Não se conformou, inventou desculpas, e foi confirmar a história. Pior que era tudo verdade. A viagem só lhe trouxe mais dor. Voltou com a certeza de que a vida tinha de continuar.
Estudou, tornou-se uma profissional competente, funcionária pública padrão, no entanto o sentimento de perda continuava consigo.
Valkiria Milk conheceu Rogério, um malandro totalmente oposto ao romântico carioca. Esse só queria saber de farras e mais farras, e lhe maltratava, desprezava, mais por que estava com ele? Não sabia, talvez pelo sexo ou talvez pelo jeito louco de ser.
Rogério não ligava para os padrões da sociedade e gostava de ridicularizar Valkiria para mostra-lhe que regras bobas seguem quem quer. Ele, loiro, jeito de moleque, sorriso debochado ditava as regras da relação. Ela suportava tudo isso. Suportava suas faltas, seus atrasos, seus abusos. Até suas investidas em prostitutas ela suportou. Ela só não suportou a traição com sua melhor amiga.
Valkiria Milk era uma pessoa muito reservada, de poucas amizades, e Rogério sabia disso. Canalha e cafajeste arrastou suas asas para a amiga, que não tendo força nas entranhas permitiu a entrada. Ao ver abraçado as duas pessoas que amava fazendo sexo na maior naturalidade, seu coração inchou-se. Não perdeu a postura, deixou que a vissem e se retirou. O romance entre eles continuou e Rogério pouco tempo depois foi morto. Por favor, não pensem que a Valkiria seria capaz de tal ato. Foi o próprio destino que quis assim. Ela até chorou e voltar a falar com a velha amiga, certo, com restrições a partir daquele dia.
Procurou lembrar a melhor transa com Rogério, e por incrível que pareça foi uma em que estavam tempos sem se falar. Ele a procurou, ela cedeu aos seus encantos e foram para um córrego, ao final de uma serra que tinha vegetação amazônica com cerrado. A água transparente, o cheiro fresco de floresta, as perguntas sem resposta, ele só queria beijo. Não estava ali para conversar. Logo logo ficou nú e isso era o que mais gostava de fazer. Sabia que tinha o corpo bonito e usava-se dessa artimanha para conquistar. O sol dourava seus pêlos dando um brilho especial aquele corpo desenhado nos detalhes.
Os carros passavam constantemente no asfalto próximo que dava acesso a serra, e o medo de serem descobertos lhe excitavam. De frente, de trás, areia dificultando, água gelada, não tinha com ela fugir as entradas, mesmo porque ele segurava nos seus cabelos como se fosse uma crina. Fizeram amor à manhã inteira num dia de sábado ensolarado.
Ela estranhou quando ele pediu para lhe deixar num lugar que não era perto de sua casa. O seguiu e ele foi direto para casa da amiga traidora. Foi chorando no carro, não sabia se por ele voltar para a amiga ou se por ele usar e maltratar a quem tanto o amava.
Como dito antes, o destino encarregou-se de dá um fim a tudo. Facadas no coração dele, no coração dela também muito dor, sem sangue, mas com lágrimas. Ele foi mais um que se foi. O luto lhe persegue, mas ela preto não usa. Continua com suas roupas coloridas e alegres. Por que qual o sentido do luto? Para que a dor e a tristeza por algo que não vai voltar? Assim pensa e assim tornou-se Valkiria Milk, uma mistura de dor e alegria, que conquista homens, causa inveja nas mulheres e atiça a sociedade.
Não sabe ao certo se até o sofrimento lhe trás beleza, mas a morena de olhos graúdos, lábios carnudos, cabelos negros, cintura fina e quadril largo, têm em sua vasta história momentos fúnebres. O vídeo começa a rodar e as lágrimas cair.
O primeiro que vem em seus pensamentos, Paulo, um carioca bonito e sedutor, que com seus olhos cor de mel acompanhava salientemente a passagem daquela menina, quase moça, na sua ida para escola. Com seu jeito malandro um dia abordou e jogou-lhe palavras bonitas. No outro dia, outra abordagem e mais palavras bonitas. Não descansou até conseguir um "Encontro". E o seu jeito galanteador conquistou Valkiria. E já na primeira noite ele conseguira pegar nas partes mais intimas.
E os encontros se seguiram, e Paulo levava para os lugares que sabia Valkiria Milk gostar, e pela sua simplicidade adorava transar nas matas escuras e calmas dos morros carioca. O vento frio, o temor, o perigo da floresta, tudo aquilo lhe excitava mais do que o normal.
A paixão era forte, e qualquer oportunidade, qualquer lugar, tornava-se cama. Um dia entraram em uma igreja, e mesmo sendo de família religiosa aos extremos, se entregou ao prazer. Deitada ao chão, no meio do corredor, cadeiras cumpridas de um lado e de outro, fotos de santos a parede, sentiu o prazer lhe possuir, e ali sendo rasgada com um crucifixo a sua frente, sentiu remorsos. Seria aquilo demoníaco? Pensou nos pais que lhe confiaram e a enviaram para estudos. De repente se fechou, o prazer tornou-se dor, mas como explicar para o amado. Ele entendeu que a paixão tem que ter um limite. Mas não teve, tanto que foi preciso os outros interferir.
Os pais, mesmo no interior do nordeste e os diretores ficaram sabendo da paixão louca da menina-moça por um homem bem mais experiente. A solução foi à transferência. Chora, esperneia-se, mas de nada adiantou. Carregou consigo a dor, e tempos depois, soube do enforcamento de Paulo, seu primeiro amor.
Não se conformou, inventou desculpas, e foi confirmar a história. Pior que era tudo verdade. A viagem só lhe trouxe mais dor. Voltou com a certeza de que a vida tinha de continuar.
Estudou, tornou-se uma profissional competente, funcionária pública padrão, no entanto o sentimento de perda continuava consigo.
Valkiria Milk conheceu Rogério, um malandro totalmente oposto ao romântico carioca. Esse só queria saber de farras e mais farras, e lhe maltratava, desprezava, mais por que estava com ele? Não sabia, talvez pelo sexo ou talvez pelo jeito louco de ser.
Rogério não ligava para os padrões da sociedade e gostava de ridicularizar Valkiria para mostra-lhe que regras bobas seguem quem quer. Ele, loiro, jeito de moleque, sorriso debochado ditava as regras da relação. Ela suportava tudo isso. Suportava suas faltas, seus atrasos, seus abusos. Até suas investidas em prostitutas ela suportou. Ela só não suportou a traição com sua melhor amiga.
Valkiria Milk era uma pessoa muito reservada, de poucas amizades, e Rogério sabia disso. Canalha e cafajeste arrastou suas asas para a amiga, que não tendo força nas entranhas permitiu a entrada. Ao ver abraçado as duas pessoas que amava fazendo sexo na maior naturalidade, seu coração inchou-se. Não perdeu a postura, deixou que a vissem e se retirou. O romance entre eles continuou e Rogério pouco tempo depois foi morto. Por favor, não pensem que a Valkiria seria capaz de tal ato. Foi o próprio destino que quis assim. Ela até chorou e voltar a falar com a velha amiga, certo, com restrições a partir daquele dia.
Procurou lembrar a melhor transa com Rogério, e por incrível que pareça foi uma em que estavam tempos sem se falar. Ele a procurou, ela cedeu aos seus encantos e foram para um córrego, ao final de uma serra que tinha vegetação amazônica com cerrado. A água transparente, o cheiro fresco de floresta, as perguntas sem resposta, ele só queria beijo. Não estava ali para conversar. Logo logo ficou nú e isso era o que mais gostava de fazer. Sabia que tinha o corpo bonito e usava-se dessa artimanha para conquistar. O sol dourava seus pêlos dando um brilho especial aquele corpo desenhado nos detalhes.
Os carros passavam constantemente no asfalto próximo que dava acesso a serra, e o medo de serem descobertos lhe excitavam. De frente, de trás, areia dificultando, água gelada, não tinha com ela fugir as entradas, mesmo porque ele segurava nos seus cabelos como se fosse uma crina. Fizeram amor à manhã inteira num dia de sábado ensolarado.
Ela estranhou quando ele pediu para lhe deixar num lugar que não era perto de sua casa. O seguiu e ele foi direto para casa da amiga traidora. Foi chorando no carro, não sabia se por ele voltar para a amiga ou se por ele usar e maltratar a quem tanto o amava.
Como dito antes, o destino encarregou-se de dá um fim a tudo. Facadas no coração dele, no coração dela também muito dor, sem sangue, mas com lágrimas. Ele foi mais um que se foi. O luto lhe persegue, mas ela preto não usa. Continua com suas roupas coloridas e alegres. Por que qual o sentido do luto? Para que a dor e a tristeza por algo que não vai voltar? Assim pensa e assim tornou-se Valkiria Milk, uma mistura de dor e alegria, que conquista homens, causa inveja nas mulheres e atiça a sociedade.
Atualizado em: Qui 13 Ago 2009