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A tenebrosa noite fria

A tenebrosa noite fria de maio me trazia uma desconfortável lembrança de um filmaço. Não queria relembrá-lo, por mais que a minha mente me forçasse as mazelas lembranças. Algo que por nada, não parei as minhas andanças.
Não sei se me havia tornado criança, mas aos passos longos e cheio de temor, arrepiado fiquei. Andei, andei, andei, tinha vezes que eu enxergava um vulto me seguindo. Vulto atrevido, parecia querer me enfartar. Além da perseguição, por muitas vezes de direção ele mudou. Até de tamanho ele variou. Alguma vez, diminuía, noutras vezes, aumentava: numa, engordando mais para achatado, e noutra, mais para formação de ets.
O cenário escuro não ultrapassava quinhentos metros. Era uma ponte ao estilo de Veneza, cuja cortava o córrego senhorinha, ligando o Campo dos alemães ao Bosque dos Eucaliptos. Tamanho aparentado ter virado assombrado. Quando mais passo eu dava, mais grandinho ele ficava.
Muitas vezes sentia o meu ar ficar pesado. Fora o coração desconfortável.
Judiação, o breu ao certo limite desta ponte, escureceu mais ainda, onde eu pensei estar perdendo minhas vistas.
Puxa, estaria sozinho. Quem haveria de me ajudar?
Tenho que agradecer e muito a Deus e minhas pernas. Nenhum dos dois me desamparam. Deus por ter estado comigo. E já as pernas, pois por mais que o trajeto demorasse, elas nunca me desampararam. Ambos foram legítimos amigos e seguranças.
Tinha vezes que eu ouvia barulho. Horas, era como tiro. Noutras, como bombas, doutras, barulhos de bexigas voando disparadamente ao arredores, enquanto perdia seus ares.
Que chato! Muito chato e horripilante! Seria a ponte da travessia da vida terrena para o além?
Ah, e a lua? Seria noite de lua cheia num tempo muito chuvoso? Nem lua tinha! As luzes celestiais não ajudaram em nada.
Por persistência, aos passos longos eu venci.
Os vultos deixaram de me seguir.
A perseguição acabou.
O clarão raiou.
Minhas vistas voltaram ao normal.
Os sinistros tiros eu descobri de onde viriam.
Os odores de cadáveres também.
Devem ser dos repetitivos feijões jantado.
Já no ambiente mais claros, eu puder sentir que nunca fui perseguido, era minha sombra me fazendo companhia. Borrei a toa! Preocupei antes do tempo. Não tinha perseguição, era coisa da minha cabeça.
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Atualizado em: Qui 4 Nov 2021

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