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Você tem liberdade literária?

Será que nós autores, somos livres no mundo real ao menos para tentar imaginar o que imaginamos ser? Ou pior... será que nós nos sentimos livres conosco para colocar no papel o que somos, ou devemos deixar de lado até isso, pois o que somos é uma parte da realidade?... Compliquei? Tudo bem... responda só se você se sente livre de você mesmo ao escrever... consegue?

Tese: “Quando eu escrevo, me prendo em mim... e daqui da minha caneta para o entender do leitor... eu sou o ditador supremo... mas a liberdade está exatamente em ditar... em mandar no que você diz ser seu... logo, a liberdade do leitor é entender... pois o entendimento é dele, mas, isso fora do papel é inconcebível, pois se eu faço uma cadeira para você... tenho que me limitar a fazer uma cadeira que seja chamada cadeira.” [José Saramago, em palestra a universidade de Oxford, 1999.]

Antítese: Liberdade da literatura vai só até o idealizar... pois logo depois, ao escrever, já estamos presos em nós mesmos, já fazemos nosso padrão da concepção de tal personagem, e ele não passa disso, ou vai além desse disso... mas ao definirmos como será, estamos nos prendendo a nós mesmos... e não sendo livres, pois a liberdade não pode ser criada, logo porque, somos livres, mas tiramos a liberdade de imaginar do leitor.[Lígia Fagundes Teles, em resposta ao jornalista Arnaldo Pinheiro, folha de São Paulo, 1997]

Opinião: Quando escrevemos, esquecemos da realidade que nos rodeia, e até a que nos aceitamos num grau mais subjetivo para abordar o mundo de um panorama mais amplo, mas livre, pois fazer literatura não é se limitar ao que existe, nem muito menos ao relativo e racional... logo, fugir desta realidade só é possível se vamos de encontro com ela, se, tiramos dela os argumentos e os re-misturamos, re-criamos e re-condicionamo-los à nossa vontade... eu repito: à nossa vontade! Estar com uma caneta sobre um papel a colocar nele nossas idéias, nada mais estamos fazendo do que sendo livres para criar... e talvez seja este o principal objetivo se se fazer arte... e pelas letras: literatura.

Quando a minha realidade não é interessante, eu nem preciso fechar meus olhos para não vê-la... quando uma verdade me faz sofrer, eu crio uma que me faça sorrir, para dela poder parar de sofrer e ver como posso não sofrer mais... esse é o poder do literato, o poder de colocar em algo que se manifesta apenas pelo pensamento, sem imagens, sem som e totalmente refletido e por assim ser, você pode se ajudar (ou prejudicar) uma outra pessoa além de você mesmo.

Dê sua opinião... não seja alienado(a)... a informação só é útil se você concluir um pensamento frente à ela...

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Atualizado em: Qua 27 Ago 2008

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