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Mínimas do futebol
Cara,
Não desmerecendo a façanha do tricolor paulista neste ano de 2008, o campeonato ficou muito a desejar. Houve, sem sombra de dúvida, um nivelamento entre os primeiros colocados e um equilíbrio entre os clubes, contudo esse nivelamento foi por baixo. Damos os parabéns pelo feito histórico ao clube paulista, mas sabemos que não precisou de fazer muito esforço para superar a falta de gerência dos outros clubes. Ganhou a melhor gestão, não o melhor futebol. O campeonato brasileiro já não é mais aquele, vocês concordam? Parece-me que os clubes a partir da venda e negociação dos destaques no início do brasileirão passaram por um declínio vexaminoso. O que foi facilmente percebido com a apatia dos jogadores em campo. Esse impacto é tão perceptível que a satisfação do torcedor pôde ser medida pelo número decrescente de público nos jogos. Salvo raras exceções, o que se viu foi um futebol medíucre em campo. Um bom exemplo é o do time celeste, o Cruzeiro. Este, estando entre as primeiras colocações, conseguiu um marco notável, de dois miseráveis chutes a gol em partida que poderia definir a sua permanência no primeiro bloco da decisão e garantir antecipadamente sua vaga para a libertadores. Algo muito suspeito para um time de profissionais, não é mesmo? Com certeza, fraco, muito fraco.
Quando o quadro ficou mais definido embaixo da tabela, a incompetência e a falta de recursos dos clubes ficaram mais nítidas.
O capital sempre será, obviamente, um fator determinante no desenvolvimento do campeonato. Não se pode, por exemplo, negar a superioridade econômica daqueles que estão à frente da tabela, o que, aliás, é o que está determinando quem vença a peleja nestes últimos anos.
Soa como numa anedota:
"–O planejamento é o seguinte...Tens grana para ser campeão? Senão não assino contrato –Diz o técnico.
–Tu és um técnico de "Luxo"mesmo. E o teu trabalho?
–Nas quatro linhas, eu garanto, mas o que decide, meu caro, está bem fora delas, me entende?... Bufunfa! Sem isso... "Necas de Pitibiribas"! Morô?
– É claro!– responde o encartolado– o que o clube tem dá pro regional, mas para o brasileiro vai faltar pé na chuteira.
–Agora tu tá falando a minha língua. Jogo o regional contigo, mas o nacional só com bala na agulha... Se precisar a gente forja uma briga pra torcida num fazer de contra, tudo entendido?
–Feito.
–Onde eu assino?"
Ganhar campeonato é planejar mais o orçamento do que a tática, a técnica e resto de discursos e sofismas futebolísticos.
O campeonato, então, só começa quando acaba a temporada de vendas ao estrangeiro e só termina quando os cheques entram nas contas de jogadores, clubes, patrocinadores, juízes...E saia , por fim, do bolso do contribuinte abestalhado nas arquibancadas e gerais dos estádios brasileiros.
É você que está pagando pelo espetáculo teatral, mas os artistas não são nada globais.
Não desmerecendo a façanha do tricolor paulista neste ano de 2008, o campeonato ficou muito a desejar. Houve, sem sombra de dúvida, um nivelamento entre os primeiros colocados e um equilíbrio entre os clubes, contudo esse nivelamento foi por baixo. Damos os parabéns pelo feito histórico ao clube paulista, mas sabemos que não precisou de fazer muito esforço para superar a falta de gerência dos outros clubes. Ganhou a melhor gestão, não o melhor futebol. O campeonato brasileiro já não é mais aquele, vocês concordam? Parece-me que os clubes a partir da venda e negociação dos destaques no início do brasileirão passaram por um declínio vexaminoso. O que foi facilmente percebido com a apatia dos jogadores em campo. Esse impacto é tão perceptível que a satisfação do torcedor pôde ser medida pelo número decrescente de público nos jogos. Salvo raras exceções, o que se viu foi um futebol medíucre em campo. Um bom exemplo é o do time celeste, o Cruzeiro. Este, estando entre as primeiras colocações, conseguiu um marco notável, de dois miseráveis chutes a gol em partida que poderia definir a sua permanência no primeiro bloco da decisão e garantir antecipadamente sua vaga para a libertadores. Algo muito suspeito para um time de profissionais, não é mesmo? Com certeza, fraco, muito fraco.
Quando o quadro ficou mais definido embaixo da tabela, a incompetência e a falta de recursos dos clubes ficaram mais nítidas.
O capital sempre será, obviamente, um fator determinante no desenvolvimento do campeonato. Não se pode, por exemplo, negar a superioridade econômica daqueles que estão à frente da tabela, o que, aliás, é o que está determinando quem vença a peleja nestes últimos anos.
Soa como numa anedota:
"–O planejamento é o seguinte...Tens grana para ser campeão? Senão não assino contrato –Diz o técnico.
–Tu és um técnico de "Luxo"mesmo. E o teu trabalho?
–Nas quatro linhas, eu garanto, mas o que decide, meu caro, está bem fora delas, me entende?... Bufunfa! Sem isso... "Necas de Pitibiribas"! Morô?
– É claro!– responde o encartolado– o que o clube tem dá pro regional, mas para o brasileiro vai faltar pé na chuteira.
–Agora tu tá falando a minha língua. Jogo o regional contigo, mas o nacional só com bala na agulha... Se precisar a gente forja uma briga pra torcida num fazer de contra, tudo entendido?
–Feito.
–Onde eu assino?"
Ganhar campeonato é planejar mais o orçamento do que a tática, a técnica e resto de discursos e sofismas futebolísticos.
O campeonato, então, só começa quando acaba a temporada de vendas ao estrangeiro e só termina quando os cheques entram nas contas de jogadores, clubes, patrocinadores, juízes...E saia , por fim, do bolso do contribuinte abestalhado nas arquibancadas e gerais dos estádios brasileiros.
É você que está pagando pelo espetáculo teatral, mas os artistas não são nada globais.
Atualizado em: Qua 10 Dez 2008