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Suicídio

O penhasco saúda os meus pés descalços por uma ultima vez.
Deixei as minhas asas em casa,
Repousando sobre os lençóis,
Na companhia de um ultimo papiro.
Uma ultima carta de amor a vida,
Agradecendo pelos sorriso que me ofereceu,
Os passeios a beira mar,
As viagens entre o luar.
Uma ultima carta de amor,
Repleta de duvidas.
Ilustrada com letras afogadas em lágrimas.

Em baixo a agua doce do Minho saúda a erosão com suaves beijos,
Compositores de melodias nostálgicas
De uma vida entre amigos e amores perdidos.
Podendo escrever um livro de folhas infinitas,
Historias infantis para as crianças que ainda estão a crescer,
Aquelas que vestiram-se de negro sem o saber porque.
Historias para jovem, cheias de aventura,
Que vestiram-se de negro, para um dia não mais se lembrar.
Historias para adultos, cheias de erotismo,
Que vestiram-se de negro, oferecendo lágrimas e flores.
Um ritual para repetir a 1 de Novembro.

Pelo o asfalto viaja uma ultima lágrima perdida.
Beijou o meu rosto com um arrependimento humano,
Saltou com a coragem que outrora fora minha,
Se afogando na imensidão agua que corre sem descansar.
Sem nunca mais enxergar,
Um passo em frente desejando o mesmo para mim.

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Atualizado em: Qua 11 Nov 2015

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