person_outline



search

Dantesco

Eis que despenca o fantoche,

Carente de mérito, espírito vil.

No auge, aplaude-lhe o deboche,

Do mais altivo palco ao covil.


Em semblante tal horror notório,

Seu empenho finado o tornara mortal.

Estampado ao eterno o cenário.

Abalo do âmago, colapso infernal.


A estrutura em tremor abstruso.

Seu desejo em pedra se cala.

Banha-lhe o pânico. Asco difuso.

Aboliu-se o gosto, o cheiro, a fala.


Eis que brota o orvalho,

Tímido, em doce olhar desistente.

O momento tornara-se qualho,

Escapa-se em queda, infame acidente.

Pin It
Atualizado em: Ter 27 Maio 2014

Comentários  

+1 #1 PauloJose 12-04-2014 18:49
parabéns
abraço.

Deixe seu comentário
É preciso estar "logado".

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br