- Poesias
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Dantesco
Eis que despenca o fantoche,
Carente de mérito, espírito vil.
No auge, aplaude-lhe o deboche,
Do mais altivo palco ao covil.
Em semblante tal horror notório,
Seu empenho finado o tornara mortal.
Estampado ao eterno o cenário.
Abalo do âmago, colapso infernal.
A estrutura em tremor abstruso.
Seu desejo em pedra se cala.
Banha-lhe o pânico. Asco difuso.
Aboliu-se o gosto, o cheiro, a fala.
Eis que brota o orvalho,
Tímido, em doce olhar desistente.
O momento tornara-se qualho,
Escapa-se em queda, infame acidente.
Atualizado em: Ter 27 Maio 2014
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abraço.