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magia

  • Soullumière

    Vila de Calm, às 22:39, noite...
    Diante dos céus tomados pelas nuvens e devastados pela escuridão do espaço, misturado com as estrelas que pouco apareciam, em meio a uma pequena vila, localizada no reino, um jovem pai colocava seu filho para dormir, na pequena casa de barro e madeira.
    — Pai... —, o pequeno garoto coça os olhos com sono, enquanto continua com a frase — [...] conte-me uma pequena história para que eu durma. O jovem pai coça a barba enquanto cobre o filho com a pequena manta de couro, dizendo — Feche seus olhos e imagine comigo. Ele cobrirá o corpo do garoto aproveitando a brisa natural com os galhos que se moviam da árvore para fazer a criança adormecer rapidamente.
    — Há um tempo atrás em uma taverna da capital, enquanto todos bebiam e comiam exuberadamente, as portas abriram-se com um homem comum, mas que carregava uma armadura pesada e uma espada e um escudo reluzente, o que chamou a atenção do dono e dos clientes.
    Taverna do pônei bêbado, capital de Arstotzka às 19:13, final da tarde, semi-noite.
    — E então ele disse para mim ''Ou você me dá três moedas de bronze ou eu uso sua mulher como quarta.'', então eu lhe golpeei tão forte com a inchada que ele desmaiou na primeira. Disse o homem gargalhando junto com seus acompanhantes e conforme o homem de armadura reluzente adentra a porta, todos olham por alguns segundos mudando o assunto e com o devido respeito sentando nas cadeiras, e conversando mais baixos, cochichos de lá e de cá diziam — Será que esse é o paladino? Aquele o último? — disse o jovem trabalhador e junto disso retrucou o velho que bebia com ele — Não..não pode ser, eu sei que nossas colheitas estão péssimas, mas isso? Não mandariam para cá ele, já não basta a quantidade de guardas e soldados perambulando pela rua.
     De tal forma o homem se aproximou do balcão, sentou-se e com um braço apoiado na mesa o outro na bainha disse ao balconista com uma voz suave, mas forte. — Conceda-me nobre taberneiro uma caneca de vinho, por favor. Ao terminar a frase todos gargalharam, menos o taberneiro, que o fez. Um homem que não tinha consciência de suas ações por causa da bebida se aproximou como podia. — Sr.nobre, poderia me conceder a honra de beber ao seu lado? — o homem sorriu olhando de canto e disse. — Claro, que tal fazermos uma aposta? Quem beber mais sem desmaiar, pode ficar com tudo que o outro tem, vamos lá, o que me diz, você parece um homem inteligente. O jovem bêbado analisa o homem retirando o saco de moedas de ouro e mostrando apenas a ele que retira rapidamente duas moedas de bronze colocando sobre a mesa e dizendo ao sentar-se — Obviamente, então quem beber mais sem desmaiar vence! — Gargalhou o jovem enquanto pensava nas moedas — Não ache que por quê bebi um pouco, não irei lhe acompanhar. Taverneiro conceda-me a garrafa mais forte do que tiver. O homem pediu então. — Pelo contrário, dê a ele o mais leve para que aguente bastante, e dê a mim o mais forte. Neste momento o homem olhou estranho, mas com essa garantia de vitória encheu seu primeiro copo enquanto todos olhavam, e parecia não ter efeito em nada, logo o homem tomou do mais forte um copo, e assim foi, dois copos de cada, três, quatro... quando chegou no quarto copo o homem olhou sorrindo para ele e disse. — Você me parece cansado, taberneiro dê a ele um copo de água, se ele conseguir tomar esse copo sem desmaiar, eu lhe darei todo o meu ouro, inclusive as armaduras e espada. O jovem bêbado cresceu os olhos quando o copo apareceu diante d'ele e quando o mesmo tomou o copo d'água...
    Vila de Calm, às 23:10, noite.
     — Ah...criança...já adormeceu?  — o pai do garoto beijou-lhe a testa e saiu do quarto apagando as velas, virando o corredor do quarto para seu quarto e escutou do filho mais velho.  — E o que acontece quando ele bebe o copo d'água?  —, o pai diz de costas  — O homem golpeia com um soco tão forte quanto o da inchada fazendo o jovem bêbado desmaiar, e diz no final pegando as duas moedas de bronze.  — É parece que você não conseguiu. — Então um outro bêbado o questiona e ele diz.  — Ele não me deu termos.  —, o pai então adentra seu quarto e deita-se para dormir.
  • [Roteiros] ETERNO

    […]

    Estive refletindo todo esse portfólio. O nosso amor. Sabe no que tanto andei pensando? Que a gente deveria casar. E ter uma família, cachorro. Temos uma conexão surreal, gostamos muito um do outro. Não há desculpas ou o que se questionar. Já sei que a resposta é um sim, não precisa responder. Agora só falta marcar o dia… Pode ser hoje mesmo, ao anoitecer, no Recanto, assim que eu sair do trabalho. Fechou então, marcado.

    Vamos mesmo casar hoje, viu? Uma cerimônia a dois, simples e singela, vamos eternizar cada segundo entre o luar e o alvorecer.

    Está será a noite mais incrível dos nossos dias.

    Olha, juro para o Universo que não estou brincando. Você diz que eu sou louco, mas ainda não sabe o quanto. Te amo, meu Jacarandá.

    […]

    Está falando sério? Adorei o seu falar cheio de convicção. Convicto quanto a mim. Exatamente assim, não há que se ter dúvidas.

    Eu trocaria a eternidade por esta noite, como em “Relicário — Nando Reis”. Caso com você quando e onde quiser.

    Assim que te vi, topei uma vida com você e todos os frenesis que há de vir. Estamos entrelaçados. Ligados por todo o sempre.

    O destino me mostrou isso ainda no principio. Te contei, cedo, nas entrelinhas e você não se deu conta.

    Lembra quando nos conhecemos? A primeira vez que nos encontramos?

    Recordo fervorosamente cada detalhe. A primeira vez que senti o seu toque, o teu cheiro, o teu olhar… A primeira vez que ouvi o teu timbre. O nosso abraço sob a densa chuva.

    As águas de março fechavam o verão e naquele dia eu tomei o banho de chuva mais gostoso da minha vida. Sobretudo, me vi no envolto corporal que estranhamente me arrepiou dos pés à cabeça.

    Somente quando diante do seu olhar eu compreendi tudo. Se tratava daquilo… a chuva.

    Quando do nosso primeiro beijo, a chuva também estava lá. Marcando o principio do relicário imenso desse amor.

    Em algum lugar no tempo ouvi dizer, e acredito com veemência, que as coisas que se iniciam com a chuva são eternas. Nos transformam. Mudam a nós mesmos radicalmente. É um sinal de que estamos alinhados ao nosso destino. São instantes atemporal.

    Sabe, tenho essa sensação… de que o “eu e você”, de algum modo, sempre esteve escrito. Não sei explicar, só sinto.

    […]

    Mulher, você é fantástica. Confesso, tive receio de que julgasse bobo, precipitado e mal desse ouvidos. As estações correm e nós permanecermos a agir como no principio. Não há que se esperar nada se tratando de nós dois. Não passamos vontade. Não importa como, quando ou onde. Gosto disso na gente.

    […]

    Óbvio que foi inesperado. Sem mais nem menos, de um instante a outro. Aliás, diante de tudo isso aqui, inequívoco que eu seria incapaz de dizer um “não”.

    Se trata de você, meu bem. O homem que tem nas mãos o meu choro de mulher, que tem o meu ver, o meu olhar e o que quiser.

    Eu toparia casar com você até mesmo se a proposta for fazendo juras de mindinho. O casamento, ao meu ver, não é institucional e sim simbólico.

    […]

    Você tem um potencial para me dizer coisas tão lindas que eu fico perdido sem saber o que responder. Como se nada do que eu dissesse fosse capaz de expressar tudo o que eu sinto.

    […]

    Não precisa me dizer nada. O seu olhar, o seu toque, me diz o Universo e o mundo. A sua linguagem do amor é diferente da minha. Eu não preciso de palavras de afirmação para reconhecer o que você sente.

    Você não precisa usar comparações, canções ou palavras bonitas para me fazer sentir amada. Basta palavras sinceras. Apenas.

    Gosto dessas nossas conversas. São lindas. Parece até mesmo que estamos seguindo uma espécie de roteiro, escrito por um alucinado que idealiza o amor.

    […]

    Eu jamais havia imaginado estar vivendo isso aqui. Esse “agora”, com você. Quando te conheci, não imaginei que seria a mulher com quem dividiria a minha vida. Na realidade, sempre te achei tão dona de si que parecia loucura cogitar qualquer envolvimento contigo. Você é um Universo de qualidades.

    Não sei o que em mim tanto te cativa.

    […]

    Sinto em dizer que não sei te responder. É um mistério. Eu mesma me questiono isso. O que faz você, ser você. Há algo, sei que há. Algo imenso.

    Posso apontar a dedo cada detalhe seu, pinta, marca, riso, jeitos e andados. É um conglomerado de coisas que te faz único. Fico imersa nos seus detalhes.

    Não precisa de muito. É justamente por ser tratar de você.

    Não sei explicar, desde o início, ainda que você e qualquer outro alguém agisssem exatamente da mesmíssima forma, eu sempre fui atingida ao máximo por você.

    O sorriso que enaltece o meu dia. O colo que eu deito e descanso. O olhar que despertar o meu lado devasso.

    Não percebe? Eu amo você. Você. Todo o conjunto do seu eu, cada partezinha.

    […]

    O que eu sinto por ti é desmedido a ponto de ser misterioso. Até mesmo mais que o céu, o luar e as estrelas. Eu sei exatamente o que torna você, você. Cada uma das coisas que me faz transbordar.

    […]

    Sabia que sou fascinada nessa coisa? Planetas, estrelas, anéis… Gostei dessa comparação com os astros. Pode ter certeza que irá encontrá-la em algum dos meus textos. Eles são cheios de você.

    […]

    Então, escolhi a noite certa. Um evento celestial para marcar mais um epílogo. A noite de glória para Vênus, seu ápice. Iremos contemplar o extremo de seu brilho sobrecarregar as Plêiades, da constelação de Touro.

    Aliás, por falar em astros, recorda a primeira música que cantei para ti? “Mecânica Celeste Aplicada — Yoñlu”. Tudo quanto a nós está repleto de pequenas coincidências. Sempre estamos diante da “sincronicidade” que você tanto fala.

    […]

    Espero não estar sonhando, delirando ou em devaneios. Você sempre me surpreende e cada vez de uma forma mais esplêndida. Se eu pudesse, nos fazia eternos.

    […]

    Vamos estagnar o tempo. Eu te farei eterna, em mim. Exatamente como em “As Coisas Tão Mais Lindas — Nando Reis”. Dias, semanas, meses, anos décadas e séculos, milênios vão passar e viveremos por todo o sempre, eternamente, no templo que construímos um no outro.

    […]

    Me sinto grata por você ser o alvo de toda a minha doação e entrega. É um prazer ser você a ter nas mãos o meu sentir e cada fresta do meu corpo. Eu amo a forma como me tem, como me toca (em sentido amplo).

    […]

    O prazer é mútuo. Sei o quanto adora ser chamada de “Vênus”. Mas, você não se dá conta que ser uma deusa, se tratando de ti, ainda é pouco. Você é um Universo inteiro. Aliás, o mais lindo que poderia existir. Tanta força, beleza e intensidade em uma única mulher. Você é expansão.

    […]

    Obrigada, meu bem.

    […]

    Eu quem sou grato. Terei a honra de casar com você. Aliás, venho matutando isso há dias consideráveis. Te comprei um vestido bem antes disso, por de imediato memorar você.

    Fica tranquila, não é branco e muito menos “de casamento”. Sei o que pensa a respeito. Sabe, Ele é do tecido e com os tipos de detalhes que você gosta. Quanto a cor, estampa e tudo mais, não sei dizer. Ele é a linha tênue entre o luar e o alvorecer.

    […]

    Perfeito.

    […]

    Sabe, adoro isso na gente… como nos tratamos. O imenso respeito. A cautela, cuidado e zelo um com o outro. O nosso amor puro. Nesta noite, vamos materializar não apenas simbolicamente. Te fiz algo. Também te escrevi outra música. Bom, seria surpresa, mas eu fico nervoso nesses instantes.

    […]

    Tenho certeza que irei amar.

    Está aí mais uma coincidência. Finalmente finalizei aquele capitulo. Eu escrevi todo o nosso enredo. Cada texto é pautado em um momento. São escritos repleto de frases, cores e falas dos nossos dias. Pormenorizei os nosso detalhes. Espero que goste da minha dedicatória, o primeiro exemplar será seu. Bom, seria surpresa, mas não me contive.

    […]

    Nas ultimas semanas, reconheci o seu jeito e andando diferente. A mudança do seu semblante. Acredito que se tratava disso. Eu tenho convicção que irei me desmanchar com cada palavra.

    […]

    Se trata não somente, mas também disso…

    […]

    Olha, a semana corria e muitos momentos pensei em “arrancar” algo de você, mas não tentei. Você pode ser boa em muitas coisas, mas não sabe disfarçar. Dissimular não é uma característica sua. Eu sinto que tem algo mais.

    […]

    Confesso que já fui melhor nisso. Te mostrei cada uma das minhas versões. No inicio de tudo isso, sobretudo, naquele 29 de fevereiro, eu te era um enigma. Hoje, me conhece tão profundamente que facilmente me decifra.

    […]

    Dona do meu pensamento, cogito algo. Aliás, que eu desejo fervorosamente que seja. Me diz, por favor, que não estou equivocado. Fala de boca cheia e com todas as letras que o nosso vinculo eterno já foi materializado.

    […]

    Se trata disso. Carrego o nosso vínculo eterno em meu ventre.

    Janaina Couto ©
    [Publicado — 2020]

    @janacoutoj

  • [Roteiros] RUPTURA

    Eu sempre vou ter o que falar. Não guardo palavras. Mas, é cansativo quando são proferidas em vão. Sobre o meu sentir, você sabe. Aliás, fim de semana passado foi incrível.

    Posso apontar a dedo (os seus e meus) erros e os acertos, ações e omissões, os altos e baixos.

    Obrigada pelos altos.
    Obrigada pelos dias gostosos.
    Obrigada pelos olhares, pelos momentos de verdade.
    Obrigada por me mostrar inúmeras coisas.
    Obrigada pela imensidão do que me permitiu sentir.

    Porém, foi sobretudo, conturbado para apenas uma estação. Não vivemos ou viveremos tudo o que eu gostaria. Não comecei nada pensando no fim.

    O ponto final você põe, agora, sozinho. Não precisa me falar razões. A minha resistência ao CEDER e a sua necessidade em IMPOR sempre foi um problema entre nós. Sobretudo, o jeito como lidamos com as coisas, que é grotescamente diferente. Causou muitos dias baixos (como ontem e hoje).

    Todas as minhas declarações, choros, abraços, beijos, toques e olhares, foram sempre, profundamente, de verdade.

    Sabe, você diz sentir o universo por mim. Não sei como se pode amar alguém e facilmente colocar ponto final em relação a ela, bem como sempre ameaçar partir. Muito menos como tudo pode ser razão para partida. Não sei se é por você ser imediatista. Não sei.

    Acaba por me proporcionar alvoroço emocional. O alvoroço existe justamente pelo que pulsa em mim, por eu gostar de ti de uma forma desmedida.

    Você parece não perceber que, para quem está do outro lado, isso é foda, pra cacete. É uma espécie de controle emocional. Sem contar que mostra fragilidade do nosso elo, em muitos sentidos. Te disse isso das outras vezes.

    Francamente, como amiga, se atenta nisso. Como isso afeta e o que demonstra para o outro. Não sei se nos seus relacionamentos anteriores isso fluía ou como sua parceira reagia. Mas, pode descartar se quiser. Não tenho outra experiência para poder comparar. E, ainda que tivesse, sabe o quanto detesto comparações.

    Por favor, não me venha com “vai deixar a nossa coisa se desmanchar”. Sendo sincera, você quem iniciou a ruptura e, dessa vez, simplesmente acatei sua decisão. Não jogue o peso da sua escolha sobre mim.

    Recordo precisamente do seu efêmero posicionamento. Ouvi com atenção aquela frase, que, aliás, óbvio, atordoa a minha mente. “Não está bom pra mim”. Ainda que antes mesmo de proferi-la, intuitivamente pude pressentir o que diria. A mensagem amarga. Ao soar de cada silaba proferida, cada movimento dos teus lábios, queimava. Lentamente eu provava cada farpa do veneno.

    Não vou enganar a ti, muito menos a mim mesma, estou decepcionada e, mormente, com raiva. Por todo um conjunto.

    Aquela conversa não foi em vão. Aliás, nunca qualquer conversa, fala, minha foi frívola. Detesto a ideia de me doar em conversas baldias.

    Você não pode dar tchau pra mim sempre que tiver vontade. Fazendo-me sentir imenso temor diante de toda e qualquer coisa ínfima, propriamente por saber que você, a qualquer momento, irá se voltar a mim dizendo um adeus ou ameaçando isso.

    Você não pode me dispensar e depois -quando quiser - me chamar, acreditando que vou ignorar isso e simplesmente "gozar".

    Não pode me descartar assim, achando que isso não me abala ou enfraquece um vínculo.

    Sabe o pior? Isso não foi agora. Já havia acontecido mais vezes do que eu gostaria, aliás, vezes demais que chega a ser difícil de acreditar. É tristemente reincidente.
    Não quero uma relação instável. Não quero me sentir insegura, pontualmente nesse sentido: “hoje ele quer estar comigo, amanhã, sem mais nem menos, talvez não”.
    Tenho horror a estar constantemente dependente da sua aprovação e, principalmente, a conviver com a necessidade incessante em me certificar de que “está tudo bem entre nós”.

    Não quero ficar absurdamente pressionada pela ideia de que “se eu não fizer determinada coisa ou se não agir da forma que ele espera/deseja, independente do que penso ou quero a respeito, para mantença do ‘nós” irei ceder, senão ele virá colocar um ponto final ou ameaçar fazer”.

    Não quero estar obrigada a ceder quando não vê necessidade ou sequer sentir vontade para tanto, muito menos quando reconhecer um problema quanto a anuência. Fico apavorada ao me ver sendo qualquer pessoa, que não eu mesma, por temer sua partida.

    Naquela madrugada, custava pensar antes de agir? O que te faz mudar de ideia logo após enfiar na minha garganta um ponto final? Nem sei se mudou, sequer o que te motivou a tomar uma decisão incrivelmente ruim. Juro que isso me intriga. Desde quando o que penso ou sinto sobre a árdua transição do “nós” para o “eu e você” passou a te importar?

    Você fez isso, sozinho, quando eu menos esperava, quando eu sequer podia sentir cheiro de partida, muito menos cogitar qualquer coisa parecida.

    Depois daquela tarde de domingo quente, quando fizemos juras de amor e promessas, exatamente quando, para mim, estava tudo passando a fluir de um modo surreal; mais uma vez, você me fez sangrar, encerrando o nosso ciclo por “bobagem”, quando parecia ser o início do nosso melhor tempo. 

    Acredito que foi a coisa mais idiota que você fez. Justamente por eu gostar pra caralho de você aquela conduta foi uma merda.

    Talvez, seja como canta Adriana Calcanhoto, “Rasgue as minhas cartas e não me procure mais, assim, será melhor.”

    Não importa o que diga. Não me é interessante que as promessas sejam renovadas. Pois, não me valem de nada até que as cumpra. Teve inúmeras chances e elas não foram aproveitadas.

    Não irei permitir ser como das outra vezes. Ainda que eu dê uma nova chance, para o “nós”, é muito provável que semana que vem você faça a mesma coisa. Nessa frequência, irei permanecer me magoando. Detesto com todas as minhas forças o “vai e vem”. Eu não aguento isso.

    Fico pensando naquilo... Se para ti não está bom, imagina para mim com essa instabilidade partindo de você. Não é decidido quanto ao meu “eu”, em muitos sentidos.

    É claro, não imaginava que o nosso relacionamento poderia ser conturbado assim. Instável. Não quero isso para nós. Desejo pisar em terreno seguro. Mergulhar e não cair nas pedras.

    Eu que sempre falei em reciprocidade e priorizei “leveza”, me deparo num naufrágio. Não está sendo saudável e você não vê ou, ridiculamente, fecha os olhos.

    Por constatar o caminhar das coisas e acreditar sinceramente que, nós dois, desejando, seríamos capazes de contornar a situação. Nos proteger da mácula. Te escancarei isso antes. Justamente pela árdua percepção que, naquele domingo, eu te implorei: “vamos tentar”. Mas, infelizmente, nas oportunidades para vermos a tentativa, ela não aparece.

    Desse jeito eu não quero mais. Estive pensando muito de sábado pra cá. A mesma cena se repete. Não quero permanecer num relacionamento desse jeito, a nossa coisa não estava boa para ti e, para mim, estava ainda pior. Sabe por quê?

    Não quero ter que ceder aos seus caprichos (saiba diferenciar ao que me refiro) sob ameaça de te perder! Muita pressão sentimental que estava me sufocando. Sinto que a qualquer momento estarei sozinha, quando eu menos esperar, então é melhor que seja agora, já que você mesmo decidiu isso sob o argumento ridículo de que não supro as suas expectativas.

    No mais, anseio estar com alguém confiante sobre mim. Você sempre com ameaça de fim não demonstra isso.

    Aliás, quanto a sua carta, foi a primeira que recebi dessa forma de amor. Olha, independente de tudo, você sabe o quanto eu sinto por você.

    Desculpa não conseguir responder. Pela primeira vez, não tenho palavras. E isso é raro. Acredito que por estar indignada, com raiva e decepcionada, por aquilo que já falei.

    Eu confiei em você. Confiei em muitos sentidos. Estava mergulhando e me entregando emocionalmente e fisicamente. Para o cara sempre romper comigo por nada. Sem contar nas ameaças de partidas anteriores e nas coisas que já te foram ditas.

    É evidente. Fiquei e estou magoada. Quanto ao nosso vínculo, sou porto seguro enquanto você, para mim, aparenta ser incapaz de ser qualquer coisa próximo a isso. Sempre instabilidade da sua parte.

    Não vou me sabotar tentando repousar a culpa da ruptura nas minhas condutas. Eu sei que tentei agir para você, a todo instante, da forma que eu gostaria que agisse comigo.

    Lembra? Em muitos momentos eu falei “É apenas o começo. Estamos nos conhecendo. Calma, tudo no seu tempo. Podemos lidar da nossa forma. Não esquece o nosso pacto”.

    A estação inteira eu pugnei por um relacionamento saudável. Com sinceridade, reciprocidade e confiança. Sem joguinhos, desconfiança e “paranóias”, pois sequer haviam razões para tanto. Eu via a instabilidade e a repudiava com todas as forças, pois, afinal, eu gosto muito de você e queria o “nós”.

    Acredito mesmo que quando os dois querem, fazem acontecer. Mas, se é preciso maturidade.

    Em muitos momentos não me impus da forma que eu deveria. Ao contrário, conversei cruamente para te explicar o problema de algumas coisas e que poderia se sentir seguro quanto a outras. Não obstante, aceitei coisas que não gostei, de modo desprezível deixando “passar” para ficar tudo bem entre a gente.

    Digo com convicção que em instante algum agi num imediatismo cego contigo, por temer o que isso poderia suscitar em você, a mim e, sobretudo, na nossa coisa. Sei que até mesmo tu reconhece. Pois, diante de toda e qualquer pequena situação de desconforto, eu explicava as minhas razões, problemas e escolhas, me fazendo “nua e crua”.

    Sempre valorizei e recordo de todos esses diálogos. Para mim, representavam um marco para que desde as ínfimas à grotescas situações de incômodo não se repetissem. Deveríamos evoluir para sabermos enfrentar e lidar com coisas novas.

    Reconhecendo que não raramente pareci a sua psicóloga, explicando o problema das coisas, pontos de vistas, aconselhando a ressignificar e mostrando como tudo poderia ser mais suave. Nós dois precisávamos de equilíbrio e aprender a sopesar as coisas.

    Como se não bastasse, para mim mesma, muitas vezes te julguei por “infantil”. Assim como sei que, ainda no momento tendo plena convicção do contrário, também fui.
    Fizemos “pactos” para facilitar o correr dos nossos dias, já que vemos e lidamos com toda e qualquer coisa de modos absurdamente distintos. “Eu e você sempre ‘nus’ e ‘crus’”, lembra? Mas, aparentemente, nos instantes em que mais se era preciso, só eu recordava e estava disposta a segui-los.

    No último mês, houveram partidas em todas as semanas. Todas! As mesmas promessas já foram feitas outras vezes, sobretudo, nas últimas semanas. Por favor, não vamos normalizar isso. Mostra bem mais que fragilidade.

    Relacionamento é balança e não depende só de um. A conduta do outro gera sempre reação. Se isso prosseguir, da maneira como estava, é inequívoco que iremos adentrar novamente no mesmo ciclo vicioso. Assim, acabando somente por prolongar isso, a ruptura.

    Não adianta forçar nada! A entrega, o cuidado, o zelo e a valorização da nossa coisa deveria ser, de ambas as partes, natural. Independente do quanto eu deseje, independente da nossa conexão foda, não temos que forçar dar certo.

    É insano. Foi o meu primeiro relacionamento e sei que minha inexperiência pode ter atrapalhado. Não que sirva de justificativa para erros e afins. Quero dizer que, apesar de tudo, eu tentei agir com maturidade e responsabilidade afetiva. Convivi com uma sede insaciável de afastar as coisas que abalavam o “eu e você”.

    Acredito que irei me magoar ainda mais persistindo nessa ganância de cuidar de algo que independe somente de mim. Não sei como de um instante a outro as coisas podem ser diferentes.

    Você sabe muito bem. Dei um passo muito grande, seria uma surpresa e acabei te contando quando do seu adeus.

    Percebe? É difícil digerir que até mesmo quando tudo está bem, sem mais nem menos, do nada, chove. É triste remoer que na maior parte do tempo estamos no “baixo”, enquanto me apego aos poucos momentos de “alto”.

    Foi a estação em que senti o mundo. Mas, foram dias, sobretudo, conturbados. As minhas emoções ficaram à flor da pele.

    Não acato sua decisão sob o argumento de “é melhor agora enquanto é cedo, antes de entrelaçamos nossas vidas ainda mais, antes se apegar”. Não, não tomo, porque eu já estava apegada o suficiente, desde o meio-termo. No mais, pouco a pouco, te inseri em todos os âmbitos da minha vida.

    Tratava-se do nosso começo e ele deveria ser, em tese, muito bom. Deveríamos, os dois, estarmos eufóricos pela entrega um do outro. A reciprocidade, a sinceridade, o cuidado emocional com o outro tinha de ser trivial. Sem a necessidade de precisar provar que se importa ou, muito menos, se sentir obrigado a tanto.
    Sabe o que demonstra que não estava sendo saudável? Palavras suas: “ambos estão exaustos”. São coisas que não coincidem para mim. Exaustão em um curto lapso temporal. Uma estação! Parece muitos mais tempo, não é? Mas, não, foi só um verão. Com o outono, chegou a ruptura.

    Dessa forma, eu não consigo seguir. Passo o meu dia ponderando em como podemos elevar o suporte do nosso afeto. Fico tentando compreender o que acontece. Como se não bastasse, sinto constantemente o peso de precisar provar para você que pode confiar em mim, que gosto de você, que me importo, que me preocupo.
    Sendo que eu acredito que nunca fiz nada para você pensar o contrário e agir de acordo com tal. Não faz ideia do quanto me sinto imunda por isso. Insuficiente. Ainda que seja convicta de quem sou, muitas vezes, me senti assim diante de ti.

    A única vez que a partida partiu de mim, foi por isso. Por perceber tudo! Conversamos sobre reciprocidade, leveza, sentir e tudo mais. Houveram promessas de ambas as partes. Você se atentou a algumas coisas, mas ao que magoava, não. Com a primeira chuva de outono, nos encontramos nisso, partida.

    Possamos gostar muito um do outro. Mas, não foi a primeira que me disse “não está bom para mim”. Não sei como isso vai mudar de uma hora a outra. Levando em consideração o quanto já tentei, me sinto esgotada, sem cartas na manga. Como de um segundo a outro te farei sentir-se realizado? Não quero ser hipócrita.

    É duro. Posso gritar para o mundo o quanto é duro para mim enfrentar isso aqui, a ruptura.

    Sofro pelo que poderia ter sido e não foi. Não esquece.

    Acredito que estou frustrada, não pela minha entrega, mas justamente por acreditar com lasciva veemência que, depois do pôr do sol daquele domingo, nós dois iríamos tentar, mesmo! Por acreditar que as promessas, conversas e pactos não tinham sido em vão. Pelo meu crer de que nunca mais haveriam idas e vindas. Sempre estive disposta a enrrigecer a nossa coisa.

    E, exatamente uma semana depois, tudo volta ao antes. Ao morno.

    Meu mais insano e desmedido amor, o “eu e você” não vai prosseguir. É árduo dizer que na maior parte do tempo estávamos frustrados um com o outro, ainda que em vertentes distintas.

    Não quero viver na esperança de tentar. Não quero permanecer num relacionamento que conforme palavras suas, “só tenho preocupações”. Não quero seguir assim.
    Nossa afinidade deveria ser o refúgio. Algo digno de agradecimento. Sabe, muitas noites eu agradeci ao universo por estar ao seu lado, por dividir essa fase com você. Ansiei muito para que passasses a me ter como confidente, assim como te fiz o meu. Te falei isso, mas sempre respeitei o seu jeito peculiar, astuto e ocluso, nesse sentido; acredito que tratava-se de uma questão de tempo para você se sentir confortável para tanto.

    Talvez eu tenha posto muito expectativa e essa seja a raiz da frustração. Mesmo que eu tenha tentado manter os meus pés no chão. Desejei ter o seu verdadeiro “eu” comigo.

    Nesse quesito, sobre a sua carta, nas folhas “amarelas”, eu gostaria, mas não consigo ler aquilo e dizer “você não foi assim para mim”. No entanto, afirmo com convicção que você não foi somente aquilo.

    Existem dois caras em você. Aquele por quem me apaixonei e o que me faz ir embora.

    Sei que eu não sou ótima. Que não sou a dona da razão, aliás, não raramente estou completamente equivocada. Mas, realmente tentei agir para contigo da forma que eu gostaria que agisse comigo.

    Eu não menti uma vez sequer. Não tratei com desdém. Não joguei na cara o tempo que despendi para estarmos juntos. Não enganei, nem com ações, nem com palavras e em nenhum instante isso passou pela minha cabeça. Eu fui nua e crua para você, te mostrei cada fresta. Mas, nada disso foi o suficiente.

    Como se não bastasse, o meu sentir, nas suas palavras, “não o satisfaz”. E, quanto a isso, me recuso alegar qualquer coisa. E sei que essa frase jamais será esquecida por mim. Já disse o quanto detesto seu imediatismo?

    Estou assoberbada de pensamentos confusos e conflitantes. Por hora, não sei o que tenho mais a falar. E o que sei que tenho, prefiro acalentar.

    Já falei tanto. Fiz cartas de amor (puras). Me declarei. Me entreguei. Sobretudo, me joguei da cascata, a queda foi gostosa, mas acabei presa nas pedras.

    Não quero mais. Desculpa, sei que devo, pois também errei contigo, apesar da minha “ingenuidade”, como mesmo dissestes. Aquela história. E, sinceramente, pensando em tudo que vivenciamos, analisando os motins das nossas discussões, aquela consistiu na única coisa com titulo de “problema” e digna de uma ameaça de partida. Quanto às demais, trataram-se de coisas que poderiam facilmente ser resolvidas e acabaram, por nós, prolongadas.

    Independente da minha raiva e decepção, juro que digo isso com um imenso pesar, meu bem: Nada do que te digo agora é inconsciente. Essas não serão mais palavras em vão.

    Eu não havia planejado falar nada disso aqui. Depois de agradecer pelos nossos “autos”, pensei: “ao decorrer dos nossos dias, já falei o bastante”. Nada do que expus te é novidade. Não abandono o espetáculo sem mais nem menos.

    Sabe o que me corrói? Não fui para ti quem eu gostaria. Ser refúgio e confidente, por exemplo. Você não me permitiu ser. Acabava comigo te ver “morno”, com a mente e o olhar distante e, especialmente, por notar que os problemas te consumiam a ponto de te fazer agir mal com os que te querem bem.

    Foram muitas as vezes que te implorei para saber o que estava rolando e querer ajudar, mas parei quando me disse em voz alta e em bom tom que não queria a minha ajuda. Não dividiu. Não mostrou confiar em mim. Não me inseriu nos outros âmbitos da sua vida.

    Ainda assim, por ter ciência da sua dificuldade em compartilhar, te perdoo pelos momentos de desdém, pelos instantes que estava atordoado com os problemas a ponto de parecer que eu nem estava ali, que a minha presença tanto fazia.

    Porém, muitas vezes, agiu como um idiota comigo, como você mesmo pormenorizou na segunda folha amarela daquela carta. Como se não bastasse, quando diante dessas ações te disse “eu não não mereço ser tratada assim”, não ouvi sequer um pedido de desculpas, mas sim um “então arranja um cara que te trate melhor que eu”.

    São tantas coisas. São praticamente infindas para apenas uma estação. Fiz uma escolha, acatei sua decisão e, por hoje, não quero falar sobre isso. A minha cabeça está cheia e o meu coração inquieto. Não existe mais o “nós”.

    Eu disse sério ao falar que estou com raiva e decepcionada. Essa ruptura será ainda mais complicada se mantermos contato contínuo. Pelo menos agora.

    Mais uma vez, te peço, não coloque a ruptura nas minhas mãos. Você já tomou uma decisão e eu simplesmente concordei com ela. Faço isso pelo meu bem estar emocional e psicólogo.

    Não quero perder minha essência ou personalidade, como é o caso de ceder a meros caprichos, para manter relações, ainda por cima instáveis. Não quero me desgastar na tentativa de salvar algo sozinha, que não está somente sob o meu controle.

    Me apavora te ouvir dizer que existe algo mais, que estou dissimulando as razões da minha anuência. Parece absurdamente que não prestou atenção ou que ridiculamente descartou tudo o que já desabafei. Não é “do nada” e não tem que se achar estranho. Uma vez, naquele domingo, a partida surgiu de mim e pelos mesmos motivos de agora.

    Sabe o quanto desprezo idas e vindas. No pôr do sol daquele mesmo domingo te disse: “Me vejo voltando atrás numa decisão e isso não é comum para mim. Por respeito a nós, não vamos jogar fora”.

    Você voltou atrás também, em todas as suas despedidas…

    Suas ameaças de partidas e as despedidas foram motivadas com base em que eu fui para você, dentro dos seus limites, ideais de certo e errado e sentimentos.

    Sua percepção sobre o meu desejo de estar com você, príncipalmente sobre o meu sentir, depende de que eu seja quem você quer, ceder, suprir as suas expectativas até mesmo nas coisas mais mínimas.

    Sabe, eu tenho fervor por quem me deseja por inteira. A mim mesma. Não irei mudar a ponto de se tornar uma versão pirata de mim mesma.

    Eu queria poder agradar você, óbvio. Mas, sendo eu mesma e não precisando provar o meu desejo e tudo o que sinto da maneira que você achava que deveria ser. “Não está bom para mim”. Não consigo ceder a ponto de me tornar o amor que te satisfaz, que você deseja.

    Houveram pedidos de desculpas e promessas mútuos, mas nem todas elas foram cumpridas. No principal imbróglio, sequer houve tentativa. Nunca acreditei numa mudança repentina. Mas, o mínimo que eu esperava era uma mísera tentativa.

    Com instabilidade e insegurança sobre mim, tive dias de inquietação emocional e psicológica. Não consigo lidar, me martiriza. Acaba, assim, me atrapalhando nas coisas mais simples (concentração, estudo, trabalho).

    Confesso que nos “altos” me proporcionou coisas incríveis, êxtase. Mas, a maior parte do tempo estávamos no “baixo”. Pelo morno, me sentindo insuficiente, idiota e até mesmo alguém ruim. Sobretudo, “o não satisfaz”.

    Percebeu como sou repetitiva? Isso torna essa conversa densa e incrivelmente cansativa.

    Ainda que me questione, não vou mais te expor motivos. Foram coisas sempre ditas.

    Não vamos ser hipócritas. Isso não precisa acabar mal. Não vamos denegrir a imagem um do outro, não há razão. Aliás, algo assim é ridículo.

    Se é preciso aceitar os erros. Ficar triste pelo que não foi. Reconhecer o que se perdeu. E seguir com maturidade. No mais, agradecer os momentos de “altos”. Não é tratando como se nunca tivéssemos nos conhecidos que a ruptura se tornará fácil.

    Você não foi e não é qualquer pessoa. Isso não vai mudar, para mim. Marcou.

    Eu comecei com sinceridade. Vou terminar assim também.

    A minha decisão está tomada. Espero que aprendamos a não cometer os mesmos erros.

    Sobre a nossa coisa, o nosso meio-termo, me mostrou como sou intensa. Obrigada, mesmo, pelos instantes de intensidade. Adorava quando a nossa coisa pegava fogo.

    Você foi contemplado em ter o meu sentir, o meu querer, o meu corpo. Eu jamais havia me entregado tanto.

    Peço para que a nossa coisa fique entre nós. Principalmente os nossos detalhes, as coisas importantes que aconteceram. Desejos, intenções e afins. Assim como as coisas agradáveis e desagradáveis. Lembre, são memórias suas e minhas também.

    Me agrada a ideia de estagnar no tempo o “eu e você”.

    Não sei como vai me perceber depois da ruptura. Acredito e espero que não seja motivo para “descaracterizar” o meu eu. Jamais irei desonrar o seu nome. Por favor, não o faça com o meu. Não há razões. Não me interprete mal, peço isso por desencargo de consciência. Acredito no que sente por mim e sei que não faria tal coisa.
    Desculpa se te proporcionei momentos ruins.

    Foram meses repletos de primeiras vezes, para mim. Você sabe. Aliás, a primeira vez que proferi “eu amo você”, dessa forma de amor. E dane-se se foi cedo.
    Reconheço que sobre algumas coisas dei passos largos e tropecei nos meus próprios pés. Fui inconsequente. Me arrependo. Mas, jamais irei me arrepender pelo que fui e sou capaz de sentir. Muito menos, pelas palavras de amor ditas.

    Uma pena eu não tê-las visto valorizadas…

    Não quero ser vista como hipócrita.

    Sei que não compreende o meu pedido em mantermos a amizade. Não consegue entender como posso não mais te querer como seu parceiro (mesmo amando-o) e, ainda assim, implorar para que me tenha como amiga. “Não entendo como eu não te querer como amiga é algo que se deva discutir e fazer sentido”.

    Coloquei tudo às claras. Detesto quando questiona o que eu sinto. Eu não queria que fosse assim. Ansiei a transformação do meio-termo muito tempo. Você sabe. O meu sentir nasceu muito antes do verão. Não fale insinuando como se eu tivesse em algum momento mentido sobre o meu sentir, muito menos diminuindo o que me rasga o peito.

    A perda não é apenas de uma parceira ou um parceiro. É de um amigo(a) também. Não apague o meio-termo. Tudo começou numa amizade sem mais pretensões.

    - “Se você realmente sentisse intensamente, iria querer permanecer e continuar, tentar mudar. Nunca se afastar do problema, igual você fez. Me esquece. Você de repente decidiu que os nossos confrontos te fizeram sentir uma fracassada. Além de tudo, foi capaz de esquecer todos os momentos bons, sem mais nem menos, descartar-los e valorizar só os pontos ‘baixos’ para justificar a sua hipócrita vontade de partir. Forte seu amor.  Não vou negar. As vezes me pego preso nisso… questionando se tudo o que me disse, se cada palavra de afeto foi realmente cheia de sinceridade. Você é boa com as palavras e tenho medo de tê-las usado para comigo de uma forma deplorável. Não sei se seria capaz de dissimular dessa forma. É louco dizer, mas, sim, eu acredito no que diz sentir por mim. Ainda que muitas vezes não tenha agido de forma condizente, ainda que eu mesmo fique matutando a respeito. Tudo isso é insano (como você mesmo costumava dizer).”

    Quanto à mantença do “nós”, me recuso a permanecer no que me fazia sentir um fracasso. Essa sensação existia por você ter me dito bem mais de uma vez que a minha linguagem do amor não te satisfazia.

    Da forma que você coloca, faz-me sentir ingrata. Também estou despedaçada. Nos nossos dias, pouco a pouco eu estava me desfazendo em alguns sentidos e precisava do seu agir para me refazer. Por isso tanto diálogo, da minha parte. Por isso a ideia do “pacto”.

    Falei isso naquele domingo. Lembra? Com seriedade. Mas, quando tudo soava calmaria. Você choveu em mim. Foi isso que você fez naquela madrugada de sábado. Naquela noite quente, prometi a mim mesma que era a última vez que iria me fazer chorar. Última vez que iria me frustrar por você descartar suas promessas e não pensar em mim antes de fazer algo que tanto me afetava.

    Me desculpa por ser tão repetitiva. Te remeto inúmeras palavras, te falo coisas infindas, e sei que você acha um porre, acaba descartando quase tudo.

    Ao pôr do sol daquele domingo, me disse as mesmas coisas que agora. E eu voltei atrás na minha decisão, lembra? No mais, deixei claro que a hipótese de partida, da minha parte, se tratava de algo que não desejava, mas que a cogitei para evitar me machucar.

    Ainda que em outro contexto, estamos novamente na mesma coisa. Mas, dessa vez, eu já estou machucada.

    Espero que você fique bem, mesmo. Mas, sendo sincera, não vou mentir. Espero, no mínimo, um pingo de saudade, arrependimento ou pesar pela perca.

    - “Espero o mesmo de ti. Sinto uma saudade incessante. Sonho com você. Tenho arrependimento também. Quanto a estar despedaçada, não acredito. Se você sentisse saudade, vontade, amor… resgataria o ‘nós”. É simples. Eu te falei estar disposto a mudar, mas você não se importa.Eu faria o impossível por você e é deprimente te ver me colocar como imundo. Não jogue entrega na minha cara, suportei muita coisa por você e tu simplesmente joga fora. Sabe, me abri emocionalmente como jamais havia feito com qualquer pessoa. Você tem o meu amor nas mãos e está esfarelando ele. Nunca imaginei que seria capaz de uma coisa dessas. Te vejo traindo quem eu vi em você, principalmente, tudo o que me dizia ser. Você diz estar machucada enquanto me machuca também e não se dar conta.”

    Não me surpreende você não acreditar em mim. Simples para você falar pensando em quem fui contigo. Se coloca no meu lugar. Você mesmo reconheceu coisas nada bacanas que partiam de você. Não quero discutir.

    Foram poucos dias para tudo voltar ao antes. E as três coisas que eu mais te pedi para evitar, porque me afetava muito, vinheram num pacote no mesmo final de semana. Me decepcionei muito naquele sábado. Eu chorei a madrugada inteira.

    Não entendo como pode me amar e não tentar evitar fazer algo que eu tanto te pedia para ser cauteloso. Não entendo como não conseguia evitar fazer o que me desabava.

    Sabe, eu reconhecia quando agiria daquela maneira. Pressentia. Sabia quando seria tomado pelo seu imediatismo cego. Nesses momentos, eu falava coisas como: “Presta atenção. Lembra do que combinamos sobre lidar com os problemas. Não precisa ser assim”. Justamente para ver se você pensava em mim e no valor do nosso vínculo.  Antes de fazer qualquer coisa ou dizer, eu sempre pensava em como você ia se sentir. Por isso tenho certeza de que nunca te ofendi ou derrespeitei, ou magoei com o que falei.

    Não estava sendo saudável, meu bem. Não quero nós dois num relacionamento que ainda no início não estava sendo leve. Não vamos mais reviver essas discussões… Okay?

    - “Não adianta eu dizer mais nada. Vejo que persistirá nessa decisão. Eu preciso digerir a ideia e aprender a lidar. Sabe, foi você mesma quem terminou com a gente. Não te entendo. Eu corri atrás e você não quis mais, praticamente me esnobou. Permanece com a vontade de se afastar e de que, se ficar, será somente para ter minha amizade. Eu não quero ser somente o seu amigo, quero dividir uma vida contigo, desejo ser o seu parceiro. Sabe, nós discutimos algumas vezes e eu te disse coisas impulsivas, sobretudo, nunca dotadas de veracidade, foram coisas que eu não deveria (e não queria) ter lhe dito. Porém, apesar de tudo, isso jamais significou que não quero a sua presença e muito menos que ela tanto fazia para mim. Não precisa ter medo, pode confiar nessas minhas promessas, nas falas que te remeto agora.No entanto, acima de qualquer coisa, sabe o que é foda? No momento que acreditei que ficaria comigo, você foi embora. Isso foi péssimo. Tenho medo de dizer a mim mesmo o que isso significa. Você não está disposta a erguer um castelo comigo.”

    É complicado erguer castelo com alguém que diante de qualquer lajota colocada torta ameaça abandonar a execução ou a faz. Dá a sensação de que a qualquer momento a obra vai ficar inacabada e desmoronar. Do jeito que você coloca, tudo se torna pequeno. Me colocando como venenosa faz eu me sentir muito bem.

    Não foi minha intenção “esnobar”. Foi o que te disse: Eu, ferida, iria passar a ferir você também. Não quero isso. Olha, eu não queria somente a sua parte fácil de amar. Não. Eu mesma falei: “eu e você nus e crus”. Eu disse desejar o seu verdadeiro “eu” comigo.

    Moram dois caras em você. O que fez eu meu me apaixonar e aquele que tem atitudes comigo nada bacanas, me tratando de uma forma que não gosto, e assim me cortando. E, se tratando de um amor que ainda estava no começo, esse primeiro cara deveria ser o mais presente e não o segundo. Diante do segundo cara, eu não conseguia ser o meu melhor com você.

    Aliás, tem algo que está engasgado e preciso te questionar. Sabe o que eu não entendo? Você me disse assim, duas semanas atrás: “Eu posso ser só esse primeiro cara”. “Posso mostrar só o meu melhor”. Me passou a impressão de que, de algum modo, você tinha plena consciência de tudo o que apontei… Não sei.

    - “Me desculpa. Sim, eu sempre tive. Por isso quero você de volta. Para agir como você merece. Aliás, como deveria ter agido desde o incio. Com o inicio da ruptura, passei a ver e valorizar tudo de uma outra forma. Me sinto mal com tudo isso. Porém, ainda que você exponha infindas coisas, só consigo pensar que: ‘É por isso quer partir pra sempre?’. Tenho a horrível sensação de essa conversa não vai dar em nada. Sinto que estou de mãos atadas. Estou implorando para ficar enquanto você constantemente arranja um argumento para reforçar sua partida. Me faz um monstro.”

    Já que percebia, por qual razão não agia assim antes? Já pensou nisso? Sabe, são um conjunto de pequenas coisas e estou decepcionada pela existência delas.
    Argumento porque você merece justificativas. Sobretudo, porque gostaria que se colocasse no meu lugar. Principalmente, que tentasse entender. Você sabe muito bem que não ser tratado da forma esperada por quem a gente ama, corta. Mas, tenho a sensação de que para ti, estou “fazendo tempestade em copo d’água”. “Sou exagerada”.

    A minha decisão não é fácil. Eu sinto o universo por você. Ainda que tenha me decepcionado com atitudes. E é duro assumir isso. Sinto saudade do primeiro cara, muita. Sinto saudade de olhares, toques, do seu abraço, de me sentir protegida ao caminhar contigo, do seu timbre… É por sentir muito, intensamente, que as coisas que apontei me machucaram e você não está percebendo isso.
     
    Isso é difícil, mesmo. Eu vejo que reconhece o que eu expus para aceitar a sua decisão de partida. Não questionou nada e disse reconhecer. Mas, vejo que não vê como motivo para ruptura.

    Eu adoraria — com todas as minhas forças — acreditar quando você disse “eu estou prometendo que vou mudar, porque a minha visão é outra agora”. Eu não sei qual é a sua visão, mas, ainda assim, tenho medo. Poxa, você confirmou que tinha percepção de tudo aquilo antes.

    Os dias correm e em todos eles eu revivo “a nossa coisa”. Tudo poderia ter sido diferente, assim como você mesmo expôs naquela sua última música.

    Não é por meras brigas. Isso vai existir, justamente porque nos importamos e queremos fazer dar certo estarmos juntos.

    O problema é por se tratar das mesmas coisas. Como vamos crescer persistindo nos mesmos “erros”, persistindo no que destabiliza a nós dois?

    Você é astuto, tem controle sobre o que quer. Sei que não me quer como amiga. Porém, preciso saber que você está bem. Se precisar de mim, independente do que for, me diz.  Você sempre disse ter problemas, mas tinha um bloqueio em dividir comigo. Se precisar desabafar, eu estou aqui. Pode confiar em mim. Não irá ouvir julgamentos. Eu sempre questionei sobre eles por me preocupar. Não faço ideia do que sejam. Eu ainda me importo. Isso não vai mudar. Sabe o quanto sinto, sabe onde e como me encontrar, se quiser, se precisar.

    Pensa numa coisa, por favor, é a última coisa que te peço. Questiona se, pelo caminhar das coisas, eu te fazia sentido.

    O sentido a gente percebe com o tempo. Sobre “tempo”, você disse não acreditar. Eu também. Mas, sobre relacionamento, é tudo novo para mim. Ao longo da estação, mudei pensamentos, me vi em coisas que antes dizia “jamais” e fui eufórica com coisas que antes me assombravam.

    Por favor, pensa realmente nisso. Pois, uma coisa é querer a presença de alguém e outra coisa é querer a presença daquela pessoa. E, se tratando daquela pessoa, se é preciso agir com maturidade e responsabilidade afetiva. 

    Se tratando de você, para mim, há sentido. Mas, não naquele caminhar.

    Me chame de venenosa, hipócrita o que for. Só não me puna por estar desacreditada quanto a promessas. Acredito que a mudança que tanto ansiei só existiria na certeza quanto aquilo. Eu sendo “aquela pessoa”. Acredito que assim você agiria como tal.

    Essa infinidade de palavras não existiriam se você não fizesse sentido para mim.

    Juro que tentei, mas não consigo entender como por qualquer “problema” você mudava comigo e dizia coisas como “presta atenção, eu só vou caindo fora” ou que o caminhar não te agradava. Como se não bastasse, algumas vezes, de última hora, tirou o nosso encontro dos seus planos porque, para ti, me ver “não valeria a pena”. E, não obstante, claro, sempre cogitava dar um basta comigo e chegou a fazer isso algumas vezes.

    É difícil ouvir essas coisas de alguém que você ama. Eu me senti insuficiente mesmo. Insuficiente para ti. É isso que eu quis dizer com um fracasso.

    - “Você nunca foi insuficiente, muito menos qualquer coisa perto disso. Aliás, eu pensei. Não quero ser seu amigo. Sei que não irei suportar te ver com outra pessoa, um dia vai acontecer e eu não quero estar lá pra ver isso, muito menos te ouvir falando desse alguém para mim. Não quero ter contato. Mas, ainda assim, pode contar comigo, sempre que quiser, para qualquer coisa. Sabe, eu amo você de todas formas e uma delas é como amigo.”

    Eu gostaria de ser sua amiga.

    Se isso acontecer, vai demorar muito. Pra caralho. Eu não sou do tipo que se apaixona em cada esquina.

    A recíproca é a mesma. Olha, você é um cara super atraente. Devem ter dezenas de garotas lindas interessadas em você e que despertam seu interesse também. Isso nós dois sabemos. Eu sou facilmente substituível. Se ocupo um posto, logo mais ele não será meu. Você já se envolveu com outras mulheres. Já teve outros relacionamentos. Sabe que o que digo é verdade. E se por acaso um dia se lembrar de mim, vai ser em algo singelo, por exemplo, ouvindo “É Você Que Tem”.

    E independente de qualquer coisa, da minha decepção amorosa (já falamos a respeito, sabe o que quero dizer), jamais desejarei o seu mal ou direi coisas ruins a seu respeito para qualquer pessoa. As coisas que aconteceram entre a gente e também o que não aconteceu, só cabe a nós. Aliás, ainda que eu possa em muitos momentos sentir raiva, desprezo e afins, sou incapaz de sentir ódio a ponto de profanar de modo detestável o outro. Não sou alguém que se domina por sentimentos ruins.

    No mais, também reconheço as minhas falhas. Espero, mesmo, que você não tenha somente memórias ruins. Tentei e acredito não ter magoado com palavras, te respeitei (em todos os sentidos). Se em algum instante eu não fiz isso, peço perdão. Pois, tenho muito medo de apontar e de cobrar do outro algo que não está em mim.

    Hoje, eu amo você. Mesmo. Apesar dos pesares. Ainda que, olhando com distancia, eu não goste de quem foi comigo.

    Não sei se você sabe, mas há 5 linguagens do amor. As nossas são diferentes, acredito que por isso você “não vê o meu sentir”.

    Talvez, agora, a minha decisão para você (mesmo depois de tudo que eu expus e esclareci) não faça sentido. Mas, daqui alguns dias, meses ou sei lá, acredito que fará.

    Nem sempre o sentir é o suficiente para duas pessoas ficarem juntas. E juro que acredito naquela ideia de que “há formas de se amar alguém para sempre”. No entanto, às vezes justamente a nossa forma de amar, lidar com as coisas, vê-las ou sei lá, atinge o outro de uma forma que não imaginamos. É preciso ouvir o outro e ter cuidado com o que se está construindo.

    A minha decisão é para não mais me magoar. Eu sou muito intensa. Tudo me afeta muito. É frustante ser o bilhete dourado enquanto o outro só enxerga preto e branco.

    Os nosso pacto estava sendo quebrado e os diálogos e promessas sendo vãos. Eu valorizo tanto essas coisas. Reforço, eu, ferida, ia passar a ferir você também.

    Quero muito o seu bem. Sei que um dia outro alguém vai ter o seu sentir e não quero que esteja despedaçado. Não quero que lembre de mim de uma forma ruim.

    Queria ter te proporcionado somente coisas boas, talvez eu não tenha feito, assim como você não fez.

    Apesar do quanto eu sinta, jamais irei me perdoar se, por acaso, persistir nisso aqui e perder a minha essência.

    Eu apago a luz e fecho a porta com cuidado.

    “Não suporto meios termos. Por isso, não me doo pela metade. Não sou sua meio amiga nem seu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada.” — Clarice Lispector. Faz sentido sua escolha. Eu penso a mesma coisa. Queria parecer mais forte. Vou respeitar sua decisão.

    Ps. Se um dia eu escrever um livro, leia. Provavelmente, terá textos meus sobre sentimentos e coisas atreladas a você. Será capaz de reconhecer, eu acho. (Se quiser, claro).

    - “Ninguém será capaz de substituir você pra mim. Só você teve esse posto, da forma que sempre desejei, e só você terá, por todo o sempre. Não vou estragar isso. Talvez eu faça aquilo que você sempre me falou “ressignificar”. E sim, eu já estou despedaçado. Nunca me senti dessa forma. Me magoa ver que está decidida. Só me resta tentar superar e, além de tudo, respeitar. Me desculpa por todos os ‘baixos’. Eu amo você.”

    Nunca mais ouse duvidar do que sinto.

    Sabe, eu realmente acreditei que não mais estava fadada ao Naufrágio.

    Por fim, não joga fora as minhas palavras, nenhuma delas.


    Janaina Couto ©
    Publicado — 2020
    @janacoutoj


    [PS. Não se trata de um relato pessoal. Mas, confesso que é um imenso pesar reconhecer que o meu texto foi lapidado sob um apanhado de relatos de pessoas queridas que estão ao meu entorno.
    Ainda que mesmo nas coisas mais sutis possamos constatar algo a se repudiar e imediatamente afastar-se, não raramente, horrivelmente, isso acontece apenas quando se tornam salientes.]
  • 4 Elementos

    Fogo demais, queima e consome rápido
    Muita Terra, endurece
    Muito Ar, aliena
    Muita Água, entristece.


    Poema do meu primeiro livro de poesias, Átomo, lançado em dezembro de 2018, com prefácio de Rafael Cortez e apresentação de Thomas Pescarini e disponível em formato físico e ebook na Amazon.
  • 44 Perfect

    Num mundo governado por heróis, vive Joshua Bontz, um cara que perdeu magicamente sua carne e ficou limitado a sua forma esquelética. Agora, ele vai atrás do seu corpo e de novas aventuras.
    Mas ele não demorou muito para achar o seu corpo (Uma boa quebra de expectativa), ele o encontrou em uma floresta na Ilha Gilliard (Uma ilha média no Oceano Índico). Então, veremos o que acontecerá desse dia em diante.
    Já em South City (Uma cidade pobre no sul de Gilliard), um garoto estava sendo atacado por dois heróis corruptos. Neste momento, um homem de cabelo colorido e de kimono verde acerta um dos heróis, fazendo com que o outro fuja. O homem se chama Baroki Kurashima e tem o sonho de ser rico um dia, graças a sua maldição de manipular ouro falso. E o garoto se chama Roger Ryuu, e quer um dia mudar o conceito de herói (Já que existem muitos heróis corruptos e que abusam do poder) e fazer justiça.
    Baroki então chama Roger para viajar com ele, já que na luta contra os heróis ele sem querer destruiu o barraco do garoto.  Mas, no meio do caminho o herói que fugiu apareceu com um exército para matá-los. Baroki deu conta do exército inteiro com uma espada de ouro, mas o herói conseguiu pegar Roger e quase o mata com um espinho gigante, mas aí Joshua Bontz aparece e o atinge com uma bola de fogo.
    Joshua, Baroki e Roger fogem, pois eles ameaçaram chamar um exército maior. Joshua se apresenta e Roger o chama para viajar com ele, Baroki protesta com desconfiança, mas Joshua falou que seu próximo passo era se tornar um herói e redimir seus pecados. Assim, Baroki disse que queria se tornar um herói também e ganhar muito dinheiro. 
    Os três aspirantes a herói são quase atropelados por um grande ônibus voador. Dele sai um cara muito feliz com um enorme afro verde e óculos escuros, ele se apresenta como Jackson Bee, é um herói renomado e também piloto do ônibus Hero Bus. Como desculpas, Jackson os oferece uma estadia em seu ônibus, que se revela um mini condomínio móvel luxuoso para transporte de heróis. 
    Roger fala para eles que South City é dominada pelo herói corrupto Diamond e que este explora o máximo possível de seus habitantes, por isso a cidade é pobre. Joshua diz que como líder do bando (Baroki protesta novamente), ele iria derrubar Diamond e melhorar a qualidade de vida dos moradores. Jackson diz que Diamond é um dos 44 Perfeitos (Os 44 heróis mais fortes e influentes no planeta inteiro), assim como ele mesmo (Jackson diz também que nasceu no Japão e que seu nome de herói é Cool Jack, revelando que Diamond não é o nome verdadeiro do herói corrupto).
  • A bela união entre literatura fantástica e quadrinhos

    Se tem um quadrinista que admiro muito é o estadunidense Todd McFarlane. Foi ele que criou o uniforme negro do Homem-Aranha, e o Venon, uma da saga mais icônica do Cabeça de Teia. Mais a sua obra mais conhecida e duradoura foi Spawn. A cria do inferno ganhou um filme em live-action, linha de brinquedos, animações e spin-offs. Dentre esses desdobramentos, está o álbum Spawn Godslayer.
    Publicada em 2006 nos EUA, acabou fazendo sucesso e se tornou uma série em quadrinhos, expandido o universo ficcional do personagem. Em 2008, foi publicada no Brasil pela Pixel Media, editada por Cassius Medauar. A trama se passa num universo alternativo, ambientada num mundo dark fantasy com elementos lovecraftianos. O roteiro ficou a cargo de Brian Holgun, e arte de Jay Anacleto, Lan Medina e Brian Halbelin.
    Se você já leu algum livro de Raphael Draccon ou Leonel Caldela, com certeza você irá gostar de Spawn Godslayer. A arte investe numa diagramação verticalizada, com muitas páginas duplas e páginas inteira. Colorização de Brian Halbelin e Andy Troy dá o tom épico e sombrio que a trama precisava. A imponente capa é de Jay Anacleto e Brian Halbelin. Uma fantasia muito bem elaborada.
    Nesse universo, diversos deuses e demônios lutam por seu lugar na existência. Um guerreiro trouxe medo as deidades. Seu nome era Godslayer, com seu navio de velas negras, aportava ante os templos e reinos e ceifava a vida das divindades com sua espada negra. Em Endra-la, na capital Indru, quando acontecia um importante casamento real, Godslayer avançou pela Baía de Indru e iniciou um massacre, forçando a atuação da deusa Llyra das Quatrocentas Graças. Qual o plano de Godslayer e suas motivações em relação ao assassinato de deuses?
    São 64 páginas coloridas, contando com extras de designer e esboços das páginas. O verso da capa conta com o mapa do novo mundo de fantasia. A obra soa como um grande prólogo, e realmente ela se tornou uma série depois disso, mas consegue resolver os seus problemas e se fecha num volume coeso. Eu recomendo a leitura 100%. O ponto alto além do desenho é a narrativa romanceada.
    Para adquirir o seu exemplar, acesse:
    Link 1 - http://www.comix.com.br/spawn-godslayer.html
    Link 2 - https://shopee.com.br/Spawn-Godslayer-Completa-i.369860669.3588567325
    Link 3 - https://www.amazon.com.br/Spawn-Godslayer-1-Brian-Holguin/dp/158240710X
  • A Bruxa da Arruda e o Sagrado de Tudo

    A manhã estava carinhosamente refrescante em um dia de verão calmo, que precedia o calor do seco e ensolarado tempo impermanente. Acordou às cinco horas da manhã como de costume, e já não tinha mais a necessidade do despertador do seu smartphone para tal feito. Simplesmente os olhos automaticamente em uma só expressão se abriram, o corpo em um só impulso na cama se sentou, e mergulhado nos seus pensamentos do que fazer com o novo dia de quarentena que auto se apresentava, meditava… claro! Aqueles dias eram por demais incomuns, de um lado tinha o dia todo pela frente sem a rotina acinzentada do levantar, correr e trabalhar, e, por outro lado, teria que ser criativo ao esforço máximo, em táticas incomuns e altruístas para não deixar que o tédio com toda sua improdutividade o arrebatasse, sequestrando a sua proposital impulsionada momentânea e intencionada alegria.
    Essa intencional alegria era a Poderosa Presença do Sagrado em sua vida. E apenas se baseava, por incrível que pareça, as coisas e recordações mais simples e singelas da sua tenra infância. Principalmente as lembranças delicadas e afetuosas de sua bisa, a Bruxa da Arruda, D. Darluz. Pelo qual, todas as manhãs, dedicava em um cantinho do seu oratório (em culto aos antepassados) uma vela sentada em um pires repleto de azeite de oliva misturado a sal grosso e mel, um pote de água que diariamente derramava seu líquido em uma específica planta de Arruda (Ruta graveolens), trocando a água do recipiente todas as manhãs, além de oferendas de flores silvestres, como: Cenoura-brava (Daucus carota subsp. Maximus); Centaurea Nigra (Centaurea nigra subsp. rivularis); flor Leopardo (Belamcanda chinensis); flor de Laranjeira (Citrus × sinensis); flores de Onze-horas (Portulaca grandiflora) e Calêndulas (Calendula officinalis). Tudo isso para se manter em conexão permanente com o espírito de sua querida bisavó. Sendo esta, em vida, sua sacerdotisa. E em morte carnal sua guia espiritual. Pelo que lhe prometera em vida terrena, que ao desencarnar nunca o abandonaria e o vigiaria de cima. Dando-lhe inúmeros conselhos e severas instruções ritualísticas de como manter o contato espiritual com sua alma e coração depois de sua partida.
    Para a Bruxa da Arruda, sua bisa, tudo era Sagrado…
    E do Sagrado… e unicamente, pertencendo ao Sagrado!
    Tudo era vivo! E tinha em si um grande e puro significado.
    Tudo era mágico!
    Tudo era místico!
    Tudo era encantado!
    Tudo era rico!
    Sua constante alegria não se baseava em emotivos momentos.
    Era como o constante balançar das árvores que bailavam se animando, apenas, com o tocar dos ventos.
    O seu grande sorriso em sua face iluminada, transmitia a qualquer um que olhava um manancial inesgotável de pleno contentamento.
    As pessoas que iam ao seu encontro de amor se preenchiam, automaticamente renovando esse sublime sentimento.
    Sua bisa lhe dizia que o Sagrado é um estado a ser sustentado constantemente. Um estado de bons hábitos e boas disciplinas que você mesmo se coloca a praticar. Um estado de Amor, de estar amando e de se sentir amado a toda hora e em todo momento, independente das circunstâncias, posses, pessoas, relacionamentos e virtudes materiais ou espirituais. Um estado de simplicidade e humildade, e cumplicidade no serviço devocional, na prática da caridade e solidariedade. Vivendo em perfeita gratidão e sendo gentil não só com as pessoas, mas a tudo em que os nossos sentidos intentar, aplicar e perceber. Lhe dizia que o segredo para vivenciar o Sagrado na prática, estava na gratidão e valorização da vida em todas as suas formas, não diferenciando uma pepita de ouro de uma simples pedra do rio, um ser-humano de uma formiga, a mais iluminada estrela do céu noturno de um singelo grão de areia das praias do mar. E essa valorização é ver a beleza oculta no amago de todas as coisas, sua Energia Divina e Intenção Criativa. Dizia-lhe que para realização de tal feito era preciso se livrar das amarras da má educação de si mesmo, que degenerou os nossos sentidos na elaboração de conceitos e preconceitos, a partir das inúmeras errôneas percepções externas a nossa Linhagem Sagrada, deteriorando e adulterando o nosso pensar, o nosso sentir, o nosso olhar, o nosso ouvir e o nosso falar. E explicou-lhe, que devido a tudo isso, o porquê das manifestações artísticas, arquitetônicas, filosóficas e religiosas de hoje estarem tão feias, rudes, cinzentas, frias, quadradas, embaraçadas e amontoadas, repetitivas e sem coração.
    D. Darluz dizia que por nos desconectarmos das sabedorias dos nossos ancestrais, o nosso sentido do novo e a capacidade do espanto e da novidade assombrosa de olhar tudo de maneira nova, no sublime estado de encantamento e percepção de alerta alegria, se perdeu no mundo. Dizia que o mal das futuras gerações estava na comparação e associação de capturar as impressões, sem a capacidade madura de traduzi-las, sendo essa maneira uma errônea tentativa de interpretar o novo sem a compreensão do velho, desassociando as consequências presentes e futuras das ações passadas. Daí, como ensinava a Bruxa da Arruda, eis a importância de se cultuar os antepassados, pois, uma árvore não pode florir e gerar bons frutos sem o bom cuidado para com suas raízes.
    Voltando ao momento presente, e na cama em que se encontrava sentado, vira como era difícil traduzir a vivência de infância que tivera com sua bisa para o moderno, virtual, tecnológico e competitivo dias de hoje. Sabia que as redes sociais virtuais, ao contrário do que se pensava, alimentava mais as más ações do ego do que o conhecimento (pelo qual era a sua proposta inicial). E que esse contato virtual se tornou uma máquina alimentadora dos nossos mais animalescos instintos, provocando mediante as imagens, sons, cores e palavras as mais variadas sensações emocionais para a satisfação dos nossos mais carnais e individuais desejos de ter ou ser. Não medindo as consequências de um super ego (‘eu’ pluralizado), que busca sempre aquelas ilusórias sensações que lhe possam dar a tão almejada satisfação momentânea, em uma falsa privacidade de no ato de estar solitário cometermos as maiores torpezas, em que julgamos erroneamente não impactar o nosso mundo externo. Vira que a internet, ao contrário do que fora a sua proposta de unir as pessoas, se tornou um luxurioso baile de máscaras, em que as redes sociais eram essas enfeitadas e coloridas máscaras.
    Assim, contudo, preferia estar no seu jardim. Na companhia das lembranças de sua bisa, a Bruxa da Arruda, D. Darluz. Que o lembrava que o mundo ainda era envolvido por uma aura de Novidade Mística, Alegria Mágica e Amor Divino. E que só poderia vivenciar o Sagrado da Vida observando, compactuando, comungando e se relacionando com o Mundo Natural em toda sua essência ecológica. O seu pequeno jardim era totalmente dedicado ao Sagrado e a memória de sua bisavó. Ali… dedicando-se a colocar as mãos e os joelhos na terra, se sentia uma Pessoa Superior em toda sua humildade, dividindo-se entre o observador e o observado, conhecendo a si mesmo na observação dos pequenos seres vegetais, minerais e animais. Se perdendo em um mundo desconhecido de encanto e nostalgia, que o elevava e fazia distante das miseráveis catastróficas vivências de traumas e barbaridades da bestialidade e ignorância humana.
    Ao regar suas plantas em pleno final de tarde, se via quando pequeno sentado no colo de sua bisa em uma balança pendurada a um tronco da árvore de Tipuana (Tipuana tipu (Benth.) Kuntze), em que juntos no crepúsculo vespertino se divertiam olhando as inúmeras nuvens no céu a tomar formas inusitadas de rostos, silhuetas, animais e objetos. E sua bisa, também, instigava a sua imaginação a ver essas formas nas plantas, flores, objetos e coisas. Dizendo que as mensagens dos seres naturais (Elementais) vêm a nós nas formas que a nossa consciência pode reconhecer, por eles falarem uma linguagem desconhecida aos nossos sentidos e dimensão.
    E, lembrou-se das manhãs ensolaradas ao correr pelo terreno da Chácara Celeste (que na verdade era um pedaço do céu na terra) logo ao acordar, indo de encontro a sua querida bisa nos campos abertos, vendo-a colher flores para o seu ritualístico culto matinal. E chegando ofegante até ela, gritava: “Bisaaaaa!”. E D. Darluz respondia com a mesma intensidade: “Meu Miúdo!”. E ela o carregando, abraçava forte e o cobria de beijos, até ele dizer basta. E, D. Darluz lhe dizia: “Olha meu Miúdo, não existe nada neste mundo que é mais adorável que uma flor, nem nada mais essencial que uma árvore e planta, sem elas não conheceríamos o belo, não poderíamos respirar e nem comer, nem nos curar. E, ocultamente a esses benefícios que elas nos trazem ao nosso corpo de carne e seus sentidos, tem ainda a sua função mística, que é a mais relevante, algo divino em que as pessoas comuns e materialistas não têm a capacidade de ver. Uma força mágica e espiritual, eterna e imutável.”
    A Bruxa da Arruda sempre o alertara a valorizar todas as coisas… de uma simples pedra a um pequeno objeto. Como um brinquedo, um utensílio ou algo do tipo. Dizia que tudo tem um propósito e que nada é obra do acaso. Alertara que todas as coisas por serem criações foram pensadas e intencionadas a se manifestarem. Tudo tinha um espírito, mesmo as coisas inanimadas. Pois, sempre afirmará: “O que tem corpo, tem espírito. Tudo é vivo! Toda criação é fragmento do seu Criador, contendo em si uma determinada energia que por mais pequena e singular que seja, é viva em si mesma, presa e magneticamente sustentada nesse corpo, é consciente especificamente para executar tal função, e depois de executada por si só se decompõe e desaparece”. E afirmava que a evolução desses corpos inanimados tinha a ver com a evolução humana, de acordo com seu grau evolutivo. Assim, o inorgânico Elemental podia se manifestar numa pedra, numa mesa, em um relógio de pulso, nos objetos que mais amamos e desejamos, e ainda mais nos brinquedos das crianças, por serem carregados de sentimentos. E que por isso, para seus Rituais da Magia Elemental necessitava dos objetos e minerais… das pedras… das cascas de árvores… dos restos de corpos dos seres vivos e seus derivados, onde se continha ainda preservada a energia Elemental necessária para tal e específica magia.
    Assim, Maria da Piedade…, moradora e proprietária da Chácara Celeste, que se localizava em algum lugar escondido na região nordeste do Brasil…, a Bruxa da Arruda: agricultora, queijeira, azeiteira, parteira, rezadeira, curandeira, e feiticeira portuguesa…, de origem dos antigos povos celtas das terras europeias mediterrâneas da Península Ibérica…, apelidada como D. Darluz…, afirmava que quando nos damos conta da existência do Poder Criativo em tudo que existe ao nosso redor e no nosso viver, quando descobrimos que tudo tem coração e inteligência, que tudo é intenção, e que a toda intenção foi aplicada uma específica atenção, e que a tudo que damos atenção doamos uma determinada fração de nossa energia vital, que se torna um fragmento de vida em si, independente por si próprio e evolutiva em si mesma… Tudo se torna Divino! Tudo se torna Sagrado! A ordem da Grande Espiral do Eterno e Permanente Contínuo.
  • A cópula dos mortos

    Morto, caminhando entre mortos.
    Uma carne viva, uma vida morta.
    Vivo em um corpo vivo
    sempre ansiando por coisas,
    coisas que já nascem mortas,
    abortos embalados pela canção
    da cegueira infinita bailando
    sobre os corpos dos prazeres
    em cópula com todas as dores
    enquanto abrem o meu peito e lambem
    sugando o sangue do meu coração,
    do meu trêmulo coração sem vontade.
    A cada desejo, a mentira da vida...
    Tão suculento, coxas úmidas,
    lábios e línguas…
    Fantasmas com máscaras de Vênus
    e os louros de Apolo, sendo tudo
    mas nunca sem polos.
    Sou corrompido pelas alturas,
    violentado pelos de baixo.
    Se olho pra cima e grito:
    Salve-me!
    O decote do mundo desvia o meu olhar.
    Quando dou por mim estou no quarto escuro
    entre os lábios de Babilônia embriagado por seu perfume,
    fazendo juras de amor, achando que eu a penetro,
    quando sou penetrado de todas as formas e grito: Mais!
    Ela se aproxima da minha face,
    seu hálito doce, seus cabelos serpenteantes,
    e nos seus olhos frios, sem vida como um espelho,
    vejo refletido a mim mesmo
    e com horror percebo que não existo,
    sou apenas ela que olha para o vazio
    dançando sobre os cadáveres da vida,
    sem vida, sonhando tudo.
  • A Extinção dos Gatos

    Três gatos morreram e fizeram a tristeza de uma família se juntar à tristeza de milhões de pessoas no mundo que passavam pelo mesmo. Os gatos estavam morrendo por uma doença misteriosa, transmitida pelo ar e que aparentemente os matava sem muita dor, os deixando tontos e cambaleantes por alguns poucos minutos, terminando com um súbito e fatal desmaio. Mas a família ainda sentia muita dor mesmo após semanas em que os três se foram.
    Obviamente os cientistas estavam interessados em achar alguma cura ou vacina já que isso também significava milhões em lucros, mas muitos não demonstravam muito otimismo com a velocidade que a doença se espalhava e o tempo necessário para as pesquisas. Enquanto isso, há cada vez mais relatos de coisas sobrenaturais acontecendo. Aqueles mais ligados ao mundo sobrenatural afirmam que os gatos são guardiões do submundo e por isso esses eventos estão acontecendo. Já os mais céticos falam que tudo isso não passa de um monte de desocupados que espalham desinformação para sustentar uma teoria da conspiração.
    Nicolas, que acabou de perder os seus três gatos, era um dos céticos, enquanto os seus pais eram crentes no sobrenatural. Eles moravam há mais de duas gerações em uma fazenda a uns dez quilômetros de estrada de chão da cidade mais próxima. Quando criança, Nicolas brincava nas árvores que seus avós plantaram em suas infâncias e desde cedo aprendeu os trabalhos na roça, além do respeito aos animais. Cada bicho tinha uma função, seja prática ou espiritual, e por isso tinham que ter a constante presença de todos eles. Por mais difícil que fosse, os gatos tinham que ser substituídos assim que partiram deste plano, então os pais de Nicolas fizeram uma viagem até a cidade para adotar uns gatos de sua tia, castrá-los e comprar alguns suprimentos pra casa. Pela primeira vez, Nicolas ficaria alguns dias totalmente sozinho e seria o responsável por manter toda a plantação e animais vivos. Mas é claro que, depois de acompanhar o seu pai todos os dias por mais de 8 anos, não seria uma tarefa muito difícil. A rotina já estava bem definida há anos e só mudava quando um novo equipamento chegava, então sabia que tinha que acordar bem cedo e ficar alternando entre cuidar dos animais e da plantação. Era algo bem cansativo e até chato em alguns pontos, mas necessário se quisesse sobreviver.
    O lado bom é que quando chegava a noite estava tão cansado que só queria esquentar a janta, que não passava das sobras do almoço, e deitar. O cansaço era tanto que sempre se recusava a acender a luz da cozinha para lavar o seu prato, usando a pouca claridade da sala em suas costas como guia. Assim que levantou a cabeça para abrir a torneira, viu uma sombra humana se formar na parede e se aproximar de suas costas até que não houvesse mais luz e a parede estivesse completamente preta. A sua respiração parou momentaneamente, a barriga se contraiu e os olhos vidrados se esforçaram ao máximo para piscar. Assim que piscou, tudo estava como antes e a luz da sala continuava a iluminar fracamente a cozinha. Nesse instante, soltou de uma vez só todo ar que tinha segurado e respirou fundo algumas dezenas de vezes para se acalmar enquanto a água escorria na sua frente. O seu lado racional tentava convencer o emocional de que tudo não passava da obra do cansaço, afinal não estava acostumado a fazer todo o trabalho sozinho. E, mesmo que não fosse cansaço, não tinha outra alternativa a não ser tentar descansar já que o próximo dia estava perto de começar.
    Como sabia que não ia conseguir simplesmente tirar isso da cabeça e dormir, decidiu deitar no sofá, colocar os fones de ouvido e esperar o sono o pegar desprevenido. É estranho como não se percebe a transição entre estar acordado e dormindo. Sem nem lembrar em qual parte da música dormiu ou até mesmo qual era a música, Nicolas foi para o mundo dos sonhos e se distanciou completamente de sua realidade. Pelo menos até abrir os olhos e perceber que não conseguia mexer nem sequer um dedo. O medo que sentia era perceptível em sua breve respiração e que foi ficando mais curta ao perceber pela sua visão periférica que uma sombra vinha se aproximando. Quando ficou de frente pra ele, percebeu pelo corpo que era um homem alto, mas bem franzino e com uma aparência de que tinha sofrido muito. O corpo todo do homem parecia envolto de uma sombra a não ser pelo chapéu que uma vez já tinha sido bege, mas agora estava preto de tão sujo. Aquele homem sombra ficou encarando Nicolas por alguns segundos, parecendo saborear o medo que ele sentia e que transparecia pelo seu suor, lágrimas e respiração. Nicolas tentava falar, gritar e implorar, mas não conseguia abrir seus lábios. Enquanto batalhava contra o seu corpo, o homem sombra avançou pra cima dele e começou a sufocá-lo com uma força incompatível com o corpo que apresentava. A respiração curta de Nicolas tinha ficado inexistente. No desespero da busca pelo ar, piscou o olho, caiu no chão e começou a tossir. Por alguns minutos ficou olhando de relance para todos os lados tentando achar o homem sombra enquanto revezava entre respirar e tossir. O medo ainda estava em seus olhos e só queria fugir, mas os seus pais haviam levado o único carro que tinha na propriedade. Então, ignorando o cansaço, decidiu andar até a propriedade vizinha a uns três quilômetros e pedir o carro deles emprestado.
    Ele queria e tentava se convencer de que tudo tinha uma explicação. Já tinha tido uma vez paralisia do sono e talvez fosse só isso, embora ela não explicasse a marca vermelha de dedos em seu pescoço. Mas mesmo que de algum modo conseguisse uma explicação racional para tudo isso, não iria adiantar. O medo que sentia era muito grande e, por mais que quisesse, não poderia ignorar isso. Então pegou uma lanterna, a identidade e um pouco de dinheiro, trancou a porta e fugiu em plena escuridão.
    A lanterna ia da direita para esquerda e da esquerda para a direita em uma meia lua interminável, indo ocasionalmente para trás para ver se não havia nada lá. A vista das estrelas já começava a acalmá-lo nesse longo caminho, o que era bom. Já havia pensado na desculpa que usaria com os seus vizinhos: uma pessoa invadiu a casa e o agrediu, mas conseguiu fazer com que ele sumisse. Como tinha medo que ele voltasse sozinho ou acompanhado, queria passar a noite na cidade. Não era a verdade, mas também não era uma mentira. Com tudo isso planejado, podia continuar admirando as estrelas e afastando a imagem do homem sombra de seus pensamentos.
    Tinha acabado de direcionar a lanterna para trás, visto que não tinha nada lá e voltado a mirá-la para a frente quando sentiu um enorme impacto em sua perna esquerda que o fez cair e soltar diversos xingamentos. A dor parecia sair de seu joelho e ir ardendo até a sua mente. Quando olhou para o chão, viu uma pedra do tamanho de um melão banhada em sangue. Tentou se levantar, mas a dor não permitia que o seu joelho sustentasse o seu corpo.
    Devia faltar mais uns quinhentos metros até a casa vizinha, então, como não tinha outra escolha, decidiu começar a se arrastar. Logo depois dos primeiros centímetros percorridos, sentiu uma forte puxada em sua perna machucada que levou a uma nova irradiação de dor. Embora tentasse, não conseguia gritar e, por mais que se esforçasse, só soltava uns grunhidos baixos. Quando começava a se acostumar com a dor, olhou para a frente e viu o chapéu na sombra de um homem. Não conseguiu encarar por muito tempo, pois, cada vez que a dor ficava um pouco mais tolerável, ele puxava com força para dar um tranco na perna e irradiar mais dor para o corpo. Sabia que estava sendo levado de volta para a sua casa. Tentava piscar e se debater para escapar, mas o homem sombra era muito forte.
    A família de Nicolas chegou dois dias depois dessa noite com seis filhotes de gatos, bastante comida e fertilizante. A mancha de sangue na estrada já se confundia com o vermelho do barro e nem foi percebido pelos seus pais. E mesmo que percebessem, provavelmente acreditariam que algum animal tinha caçado e arrastado a carcaça de sua presa. Não estariam certos, mas também não estariam errados. Chegando em sua casa, viram o corpo de Nicolas empalado com o suporte de uma antena e deixado com os braços abertos como se fosse um espantalho bem na escada que dava acesso a porta principal da casa.
    A polícia investigou o caso que teve uma repercussão nacional, mas nunca chegaram a algum suspeito. Segundo os legistas, Nicolas foi empalado vivo, morrendo lentamente de hemorragia enquanto a antena ia atravessando os seus órgãos até chegar ao seu estômago, o fazendo engasgar lentamente com o seu próprio sangue. Mesmo demorando horas para morrer, pela distância entre as propriedades ninguém deve ter conseguido ouvir os seus gritos de dor. Já os seus pais nunca souberam o que o atormentou já que se mudaram antes dos seus novos gatos morrerem pela doença.
  • A fé & a fé 2 sinopses

    A fé e A fé 2

    A fé
    A triste história de um vampiro

         Vampiros ultimamente estão acompanhados ou sendo gays. Esta é uma história que trás este tema. Um caçador que odeia vampiros. O que será dele ao se tornar um? Acordar como num pesadelo, onde tem que descobrir o que realmente aconteceu que fez seu mundo virar de cabeça para baixo.
         Perder tudo? Encontrar um caminho a seguir!
         Cachie é um caçador, eficiente, prestativo, mas num certo dia acorda como um daqueles ao qual tanto se acostumou a matar. Ódio será que sua percepção, seus sentimentos para com vampiros irá mudar ao se tornar um? Como tudo pode acontecer assim tão rápido?
         Até que ponto uma amizade pode chegar a se tornar algo mais? Mais que bons amigos ou amigas?
         Em um mundo onde o submundo, as magias se tornaram realidade. Vampiros, lobisomens, fadas tudo veio a se misturar. Humanos e vampiros juntos e separados.
         Onde a fé dos que lhe rodeiam pode chegar a influenciar sua vida?
         Porque ter fé? A fé move montanhas, já diziam alguns.
         Cachie acorda no escuro fechado, começa a tentar sair desta escuridão e sai, percebendo ao ver que está em um tumulo, o seu certamente e que não dormiu, não esteve morto por muito tempo, foram horas. Agora ele tem que se proteger do sol, este queima sua pele. Conclui que se tornou um vampiro, se pergunta como e não lhe vem na memoria. Então se esconde até escurecer, só então sai atrás de resposta. Revê sua namorada e sua mãe ao ir para casa. Elas dizem que o amigo Carlos tem que estar presente para a verdade ser contada então quando todos que devem estar presentes estiverem ele saberá o que aconteceu.
         É a vida de um vampiro que ele tem para viver agora e terá que aprender a ser assim verdadeiramente o que era para ele um monstro.  


    A fé 2
    O fim para história de um vampiro

         Cachie agora não luta contra monstros e sim para ter o amor de sua filha e neta. Uma luta constante, onde elas o receberiam?
         Em tempos de lobisomens em forma de lobo, não como monstros em mistura de homem e lobo. A fé 2, trás este tema. As feras se complementam, e o que era lobisomem monstro no primeiro livro se torna lobisomem em forma de lobo neste segundo.
         Cachie que passou a viver na escuridão encontrará luz em sua família? Carlais o perdoou? Que mais questões se podem levantar?
         Com a neta sendo sequestrada Cachie sai das sombras e se revela trazendo escuridão e desgraça.
         -O que ouve?
         A neta de Carlais foi sequestrada!
         -Ela foi levada.
         -Ninguém sabe pra onde nem por quem.
         -Ou por que.
         -Minha neta, o que está acontecendo, não pode ser verdade. Deixou escapar o minha neta e assim um dos homens falou assustado:
         -Você é o vô dela? O vampiro que a muito apavorou cidades? Cachie saiu preocupado tinha que encontrar uma maneira de salvar sua neta. Ele não percebeu, mas ficaram novos boatos, que diziam:
         -O vampiro está de volta!
         -Ele retornou a escuridão nos cercará!
         Uma família que Cachie acreditava não merecer agora precisa dele e ele será capaz de ser o que esperam que ele seja? Carlais aceitará a ajuda dele?
         Veja a aventura de Cachie, a triste história de um vampiro e o fim para história de um vampiro!

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  • A fé 2 O fim para história de um vampiro capítulo 11 de 12

    Capítulo 11
         Um homem acorda em um hospital. Olha para os lados:
         -O que aconteceu? Tenta se lembrar rapidamente e a mente parece não funcionar, ele vê uma garota a seu lado que estava dormindo e acordou:
         -Vovô! O homem antes confuso recupera a memoria, mas não entende o que aconteceu, como findou ali. Cachie então vê Cara entrar havia ido pegar um café. O vendo confuso olha para filha que diz:
         -Está se perguntando o que aconteceu!? E explica: -Mãe voltou para te pegar!
         -E seu braço, está tudo bem? Laischi mostrou o braço dizendo:
         -Os médicos colocaram no lugar, não fica nem cicatriz! Cara por fim minuciou:
         -O portal ficou esperando a terceira pessoa passar, eu voltei e te arrastei para este e aqui estamos!
         -E como estou vivo? A estaca... Cara entrou no portal porem volta e leva o pai para a outra dimensão e descobre que a estaca não acertou o coração. Ele ouviu:
         -A estaca não acertou seu coração, você se sentiu paralisado porque a estaca tinha sido molhada na água que continha alho. Esta se espalhou pelo seu coração. Os médicos disseram que agora está limpo e você está bem!
         Cachie sorriu e as garotas o abraçaram juntas.
         O tempo passou, neves caíram, depois chuva. Repetiu-se e passou.
         O perigo de vir pessoas do mal pela dimensão em que eles viviam. Uma pessoa deve se sacrificar junto do livro. Foi o que descobriram pessoas com más intenções estavam tentando entrar nesta dimensão de paz e trazer ódio.
         -Eles estão usando magia para atrair minha magia e assim uni-las e acabar tendo poder sobre mim, será inevitável! Explica o livro e continua: -Só existe uma saída, fechar definitivamente o portal, sendo assim, me matar e quem fizer isto pelas magias em mim, morrerá também!
         -Como Jefrei me ensinou e me deixou com o livro eu devo e vou me sacrificar, por todos e por minha família! Estava decidido, não tinha outra escolha a se fazer era o fim para o livro e para o vampiro.
         Cachie vai ao tumulo de Carlos.
         -Estou de volta, você não sabe o que descobri... Ele continua: -Deixei uma família lá que agora estão aqui comigo. Carlais ficou, queria desfrutar em seus últimos dias da vida de lobo, há essas horas ela já deve ter partido, o tempo dela acabado ou não, estamos indo um a um, como se é rotineiro. E continuou a lançar palavras ali ao vento ou a Carlos: -Como você viu já me acostumei a ser notívago. Minha filha e neta ainda pegam no sono, mas às vezes ficam acordadas comigo. Eu prefiro que elas sejam como as outras pessoas, pois a parte da noite em que se é comum também, como o resto do dia de estar disposto.
         Cachie reflete sobre as coisas que aconteceram:
         -Movido pelo sentimento de ódio podemos fazer muitas coisas. Referiu-se a Claus. E movido por outros sentimentos também podemos fazer muitas coisas. Referiu-se a Carlos agora.
         Ele se senta e recorda dos momentos com Carlos nas duas dimensões. Dos dias em que ficaram ele, Carlos e a fada Moná num celeiro de uma fazenda a espera do tempo passar. Ele lembra das palavras de Carlos para com ele. Dos dias felizes já nesta dimensão. Estes pensamentos e palavras eram um desabafar silencioso antecedente a queima do livro.
         Uma rosa se abre no tumulo de Carlos.
         Ele foi para casa aproveitar o tempo que restava e se despedir da família, que esta continuasse sempre feliz, suas crianças. Faltavam poucos dias para o fim. Eles conversam:
         -Eu tenho fé que vocês vão continuar sempre felizes!
         -É duro ter que nos separar, sei que você faz isto pela posição que tem sobre o portal, por nós, por todos, mas me pergunto se não haveria outro jeito, como enfrentar o mal que vier?
         -Seria um risco muito grande de uma improvável vitória. Cachie abraçou a neta. –estais crescendo. Sorriram, se despediram, choraram. E Cachie seguia seu destino.
         O dia da queima chega, o fim do portal, o final de Cachie e do livro. Cachie subirá num palco montado, todos ali, uma multidão rezava e veria tudo. Cara e Laischi eram também espectadoras. Todos aplaudiram quando um homem com o livro entrou e o colocou no centro sobre uma estrutura na altura do peito daquele que o deixou ali:
         -Obrigado a todos! Disse o livro. Em seguida o outro protagonista do ato que aconteceria no palco aparece e também é exaltado. Após agradecer como o livro falar reservado com este:
         -Está pronto? Mostra o isqueiro que tira do bolso.   
         -Vamos nessa! O livro tinha coragem.
         Cachie estende a mão direita aberta para o povo, despedindo-se, e com a outra mão acende o isqueiro. Para o termino de tudo e a entrega de um mundo de paz para os que ali estão.            
         Ele queima o livro!
         O livro começa a pegar fogo lentamente.
         Cachie acende o isqueiro e queima o livro, daí um buraco como um portal aparece para suga-lo e mata-lo, então inesperadamente uma fada voa e se torna do tamanho humano e se agarra a ele, eles são consumidos pelo portal negro, fica a pergunta da filha e todos:
         -Quem é ela e o que fez ao agarrar-se a ele que salvou a todos nós da maldade de outras dimensões?
          O que aconteceu? Foi apenas um abraço para o fim? E ninguém mais soube deles.
    Este é o termino do capítulo 11, veja a seguir o capítulo 12 que é o ultimo.
  • A fé 2 O fim para história de um vampiro capítulo 4 de 12

    Capítulo 4
         A irmã de Bernar estava preocupada, carregada de choro quando recebeu Carlais e a família que estavam a procura dele, porem receberam a má noticia de que ele é mais um desaparecido, tão quanto a neta da amiga, Bernar havia sumido quase ao mesmo tempo dizia a irmã dele:
         -Antes de desaparecer ele dizia que encontraria sua filha. Dirigiu-se a Cara. Sobre escrivaninha Cachie curiava retratos.
         -É este Bernar?
         -Sim! E você é Cachie voltou de tanto tempo. O que pretende?
         -Saber se seu irmão é quem está com minha neta! Cara o interrompeu:
         -De certo, você não está vendo, Bernar é um homem bom e não seria capaz, eu repito, agora que sabemos que ele saiu com pretensão de resgatá-la, tire está tese ruim de sua cabeça. A filha em defesa do ex de sua mãe, isto fez Cachie perceber que este homem poderia ou fez o papel de pai enquanto a ausência dele causava melancolia a uma pequena criança. -Vou ligar para o celular dele. Ela deixou um recado: -Pai dois responda! Cachie viu que a filha estava preocupada com o sumiço.
         -Desculpe estou errado mesmo em duvidar de uma pessoa que as ama e que vocês amam. A dona da casa conclui:
         -Acredite meu irmão não as faria mal.
         A campainha tocou junto a pancadas na porta como alguém que tinha pressa em ser atendido, a passos largos a irmã de Bernar foi ver quem era. Enquanto os demais conversavam:
         -Voltamos ao zero.
         -Talvez o jeito seja esperar por algum contato dos sequestradores, se fizeram o primeiro ameaçando mãe, farão mais!
         A dona da casa volta correndo dizendo:
         -São caçadores, vão invadirem, saiam pelos fundos rápido!
         Era hora de seguir em busca de novos planos. Cachie tem uma carta na manga.
         Mais um dia de preocupação passa e a noite chega, o sol escaldante golpeia a lua fortemente. Carlais já está amarrada, presa a correntes. É noite de lua cheia. Cara entra para alimentá-la como de costume, porem desta vez tem a presença do pai e do feiticeiro livro. Eles conversam:
         -Ainda bem que não precisarei desta vez de carne crua.
         -Se tudo der certo você não vai mais ter que se preocupar com isso, tenho fé que conseguiremos.
         -Pelo que eu entendi, após a magia que você vai lançar em mãe, ela vai ser capaz de chegar a minha filha. Estas palavras eram para o livro que dizia:
         -Sim, os lobos de minha dimensão se desenvolvem e sendo completamente lobos conseguem se controlar e viver normalmente.
         -Os lobisomens tendem com o tempo completar um ciclo de transformação, apenas alguns conseguem naturalmente, na dimensão em que eu estive são assim, completam a mutação e se tornam lobos por completo, mas ainda humanos, ou seja, ficam com razão. Cachie quando entrou arregalou os olhos esta enfrentando um medo terrível, mas esta ali por sua família. A filha notou o pavor, mas nada falou, viu que mesmo com este ele esta bem.
         Carlais esta a ponto de devorá-los se não fosse as correntes. Foi então que Cachie abriu o livro e começou a ler ouvindo a filha:
         -Será que vai dar certo? A magia começou:
         -Vim aqui para acabar com seu sofrimento.
         Então ele diz palavras de ordem para o livro executar a magia.
         -Que leve este lobo a ser verdadeiramente um, chegando a se formar por completo. Cachie falava e o livro repetia quase ao mesmo tempo.
         O livro brilha começa a sair estrelinhas do chão. Carlais começa a se contorcer:
         -Que o animal em si se complete! A mulher lobo fica de quatro, em instantes a forma lobo está completa. As luzes sessam e ela se torna humana.
         -O que ouve? Carlais olha a lua cheia por uma das brechas da pequena janela no alto e grita: -É lua cheia, corram!
         -Acalme-se! Cachie se aproxima dela que estava nua a cobrir os seios com as mãos, ele está com um lençol e a cobre explicando: -Agora você completou o ciclo de um lobisomem em meio a magia do livro, agora você não precisará se preocupar com a lua cheia, além de você se transformar a hora que quiser, não vai mais precisar se preocupar em ficar despida, pois por meio de magia você se transforma e quando volta ao normal suas roupas voltam para você sem estar rasgada. Concluiu dizendo: -Só tem um problema, você atrai alcatéia. Tinha medo nos olhos de Cachie ao dizer tais palavras para ele o que elas significavam era um pessadelo.
         -Você e o livro feiticeiro fizeram esta magia, deveria fazer uma para que possas andar no sol. Ele sorrindo a ajudou a levantar e disse, antes:
         -Quem sabe. Cara concluiu ao mesmo tempo em que ele:
         -Vamos temos que encontrar nossa criança.
    Acabou aqui o capítulo 4, a seguir o capítulo 5.
  • A fé 2 O fim para história de um vampiro capítulo 9 de 12

    Capítulo 9
         As magias que estavam no ar se desfazem com a morte do invocador, com a morte do mago.
         Cachie se desvencilhou do chicote e retirou o pano de sua boca, correu aos demais:
         -Você está bem? Chegou a Carlais que estava deitada no chão e tentou ouvir o que ela dizia forçadamente, só numa terceira tentativa entendeu um fraco:
         -Vá... vê nossa... filha! Ele correu:
         -Filha. Ela estava bem, tinha ficado a marca do golpe de chicote em seu semblante. Laischi correu para os dois dizendo:
         -São lobos que nem a vovó! Foi então que Cachie mesmo com o medo que tem de lobos, se posicionou na frente das garotas dando atenção aos visitantes se seriam inimigos de todos ou haveria algum lado para eles. A convivência com uma loba estava o fazendo minimizar o pavor, mas talvez este nunca sessasse por completo.
         -Estamos aqui por causa da loba entre vocês! Carlais se levantou e caminhou até eles.
         -Alcateia. Definiu Cachie em relação aos animais presentes que meio que fizeram fila lá fora.
         -Vão! Ordenou o que parecia o líder por não precisar mais de apoio. Ficaram poucos lobos ali e estes queriam resposta para esta pergunta:
         -Você deve vir conosco, pois é uma de nós, mas tens escolha, vem ou não? Carlais olhou para os demais, lembrou de agradecer a ajuda se não fossem os lobos o que seria de sua família? Agradeceu e disse decidida:
         -Sou uma de vocês num sou, e irei! Partirei!
         -Mãe... Começou Cara e Carlais se aproximou dos três que estavam ali juntos e disse:
         -Agora vocês têm seu pai e vô. Referindo-se a Cachie para filha e neta respectivamente. –Estarão seguras em outra dimensão, serão felizes. Agora abriu uma vaga para o portal que será e sempre foi sua! Olhou fixamente pra Cachie. Deu mais três passos, Cachie deu um a frente dela se aproximando. –Passo agora toda responsabilidade que tive para você e viverei o resto de minha vida com minha espécie. Completou: -Você quer isto e não tem escolha, a escolha agora é minha.
         -Se é o que deseja, cuidarei bem delas! Cachie compreendeu. Viu-a caminhar até as que ele prometeu cuidar e a viu se despedir de cada uma:
         -Filha siga em frente, leve Claus como uma má lembrança, mas o perdoe. Agora cuide deste vampiro que irá protegê-las de tudo e qualquer coisa. Abraçou-a ouvindo:
         -Mãe, seja feliz! Baixou-se para a neta e resumiu suas palavras:
         -Seja uma boa menina! Beijou-a na testa.
         -Vó. Disse apenas isto ela.
         Carlais viu as duas chorarem e volveu a Cachie e disse ao parar novamente em sua frente:
         -É aqui que nossa história se distancia, é a segunda, porem ultima vez. Ele fez que sim com a cabeça antes de receber o ultimo beijo dela em seus lábios. Esta foi a segunda despedida deles naquela igreja.
         -Vamos! Carlais disse também que pegassem o corpo de Bernar e um dos lobisomens ainda como homem o tinha nos braços, carregando-o quando a irmã do falecido chegou com o restante da família. Ouviu como o irmão morreu, falaram mais o que se resumiu em Carlais dizer:
         -Seu irmão terá um enterro digno! A irmã de Bernar o deixou levarem dizendo:
         -Irmão rezarei por você! Os lobos saíram primeiro com Bernar, Carlais como loba deu uma ultima olhada para trás e os seguiu. E a igreja que ficou cheia se fez vazia. O padre foi velado no dia seguinte.
         O sol se fez no horizonte, a luz desse bateu na lua que andou e fez a noite, as rosas nasceram em mais uma manhã na fazenda de Cara, onde eles se mantiveram escondidos, esperando o dia da abertura do portal. Os dias passaram e entre estes dias:
         Ela se corta um prego no celeiro quando vai abrir uma porta, Cachie está com ela e vê o sangue, não consegue se controlar e parte pra cima dela que corre. Ele então se volta para um cavalo e se alimenta dele. Ele olha para fora, está uma chuva intensa nos últimos dias e diz que se o cavalo não estivesse lá teria acontecido o pior e faz a pergunta para filha:
         -Vocês estarão seguras mesmo a meu lado, ou é mais certo que eu trago todo tipo de perigo? Ouve:
         -Nós soubemos lidar com uma loba durante nossa vida inteira, se acostumar a lidar com um vampiro vai ser moleza. As duas sorriem para ele e Cara conclui: -Você está arruinando nossa fazenda!
         Chaga o dia do portal se abrir. A manhã passa rápido, o dia não pareceu uma espera longa.
         -Será às 12 horas. Zero hora diz o livro, e eles se reuniram no celeiro o livro no centro, Cachie, Cara e Laischi ansiosos, Cara com sua espada, não a deixava de lado nem por segundos. Na outra dimensão será apenas um enfeite, ela não precisará usar, é paz e felicidade.
         A noite era bela, a lua sorria, porem logo o sorriso se desfez. Apareceu quem não devia:
         -Finalmente as encontrei! Disse Claus e Cara logo quis saber?
         -Como você está vivo? Vimos que pai lhe acertou no coração.
         Claus abre os braços, num momento de prazer ao revelar:
         -Eu sou imortal! E dá grandes gargalhadas como um ser malévolo.
    Este é o final do capítulo 9, leia a seguir o capítulo 10.
  • A fé 2 O fim para história de um vampiro INTRODUÇÃO

    Sinopse
         Cachie agora não luta contra monstros e sim para ter o amor de sua filha e neta. Uma luta constante, onde elas o receberiam?
         Em tempos de lobisomens em forma de lobo, não como monstros em mistura de homem e lobo. A fé 2, trás este tema. As feras se complementam, e o que era lobisomem monstro no primeiro livro se torna lobisomem em forma de lobo neste segundo.
         Cachie que passou a viver na escuridão encontrará luz em sua família? Carlais o perdoou? Que mais questões se podem levantar?
         Com a neta sendo sequestrada Cachie sai das sombras e se revela trazendo escuridão e desgraça.
         -O que ouve?
         A neta de Carlais foi sequestrada!
         -Ela foi levada.
         -Ninguém sabe pra onde nem por quem.
         -Ou por que.
         -Minha neta, o que está acontecendo, não pode ser verdade. Deixou escapar o minha neta e assim um dos homens falou assustado:
         -Você é o vô dela? O vampiro que a muito apavorou cidades? Cachie saiu preocupado tinha que encontrar uma maneira de salvar sua neta. Ele não percebeu, mas ficaram novos boatos, que diziam:
         -O vampiro está de volta!
         -Ele retornou a escuridão nos cercará!
         Uma família que Cachie acreditava não merecer agora precisa dele e ele será capaz de ser o que esperam que ele seja? Carlais aceitará a ajuda dele? Veja lendo este novo livro, acompanhando a continuidade de uma história que vocês já conhecem.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 10 de 14

    Capitulo dez

         Ergue-se uma mão, saindo de um tumulo no cemitério da cidade grande. Já passou do meio dia, o sol já está no alto e um corpo consegue sair da cova. Segundos atrás:
         -Está escuro, estou cega? Uma batida: - Me falta ar! Outra batida: - Estou presa! E começa a bater desesperadamente.
         -O ar me veio quando consegui erguer a mão. Uma mulher sai coberta de areia, sentiu uma breve dor na cabeça que a fez voltar a si, em suas memorias. Olhou seu nome na taba e ao ver o anel o pegou e o colocou: - Mãe!
         -Carlais, filha?! Outra mulher olhava-a incrédula.
         -Sou eu!
         -Mas Cachie disse que para salvar sua alma do mal atirou em seu peito!
         -Ele não acertou meu coração!
         -Você é um monstro agora, terá que sair dessa cidade! E Carlais pensou depois falou:
         -Se Cachie não acertou meu coração o fez de proposito, para que eu vivesse! Será que por gostar dela, amá-la?
         -O que pretende fazer agora?
         -Preciso encontrá-lo!
         -Mas ele a deixou ao te enterrar aqui!
         -Agora nós dois somos monstros e podemos fugir juntos, continuar juntos!
         -Pra sempre? A mãe se perguntou e disse: - Precisa ir antes que te cassem! Orientando-a e completou após Carlais a dar ouvido: - Boa sorte em sua vida de monstro! Carlais correu rapidíssimo. Sentiu-se como se sentisse agora o que seu namorado sentiu, o que ele passou, as decisões que tomou, entendia em parte o que aconteceu com seus sentimentos, sua vontade e obrigação de partir, para proteger-se e a quem amava. Era uma nova vida e ela acreditava que poderiam viver juntos em paz em algum lugar:
         -Eu tenho fé!
         Na casa de Cachie, uma mãe chorava ao arrumar a cama do filho que teve que partir e partiu seu coração ao se tornar um vampiro. Candelária saiu e fechou a porta do quarto de Cachie, mantinha todas as coisas dele nos devidos lugares, não pela esperança de ele voltar, mas para lembrar como ele deixou e teve que sair de sua vida. Saiu levando uma caixa que pretendia deixar no tumulo ao qual deveria estar seu filho e a namorada, pois ficou sabendo pela mãe de Carlais que Cachie havia a enterrado em sua cova. E de certa forma para Candelária os dois estavam realmente enterrados ali.
         O pai de Cachie estava em casa e ligou o aparelho de som como de costume deixava o som nas alturas:
         -Baixa este som! Candelária gritou, a vida deles seguia, foi nessa hora que Carlais saltou quebrando a janela e entrando, invadindo o quarto não sendo discreta, mas sem ninguém perceber da mesma forma.
         Começou a pegar as roupas de seu namorado, jogá-las na cama e depois começou a cheirá-las:
         -Preciso de seu cheiro, sentir seu cheiro, sei que vou te encontrar! Estava desesperada: - Tenho que encontrá-lo! Será que ele fez o que fez sabendo que eles se veriam outra vez? Enquanto ele tinha o objetivo de ir a outra dimensão onde todos são felizes, ela tinha a intenção de encontrá-lo, a todo custo e serem felizes juntos.
         Candelária ouviu um barulho vindo do quarto, após ela mesma baixar o som e o ouvinte não se importar, foi ver o que era e deu de cara com Carlais:
         -Você, não está morta?!
         -É Cachie fez por mim o que Carlos fez por ele!
         -É o que parece, agora que te vejo vivinha, o que está fazendo, procurando algo? Ela disse um nome:
         -Cachie!
         -Nessa bagunça? Ele não está aqui, partiu com Carlos!
         -O cheiro dele, é o que preciso! Sendo mulher loba o encontrará fácil.
         -Não vá agora, tenho uma coisa pra você! Candelária pegou a caixa e disse que era para Carlais que perguntou curiosa:
         -O que é isto?
         -Abra! Ela abriu e tirou de dentro um lindo colar: - É o presente que meu filho ia te dar antes de morrer, ele me mostrou e agora pouco o encontrei e ia levá-lo ao tumulo de vocês já que foram enterrados juntos. E estando Carlais ali ela resolveu entregar: - Deixe que eu coloque em você!  Ela coloca e ouve:
         -Obrigada, agora tenho que ir!
         -Sim, encontre meu filho e sejam felizes se possível.
         -É possível, será! Afirmou Carlais antes de sair por onde entrou deixando também um adeus.

    Veja em seguida o capitulo onze.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 11 de 14

    Capitulo onze
         Ao anoitecer saíram no caminho e chegaram a uma casa:
      -Deve ser aqui que o vampiro que procuramos mora. Disse um deles. É uma casa velha com alguns vidros de suas janelas quebrados, talvez por pedras que foram atiradas ali.
      -Ou ele passou por aqui, ou está aqui, vamos entrar!
         -Olá! Disse outro.
         -Parece não ter ninguém. Cachie falou antes de gritar: - Alguém aí? Será que encontraram o que procuram?
         -Será que tem magia a protegendo? Carlos como um bom caçador de monstros perguntou. - Parece abandonada, talvez ele só tenha passado aqui para pegar algo. E completou: - Vamos entrar!
         A porta esta trancada e foram ver as janelas que também estão.
         Os três ouviram um som que um deles provocou:
         -Tá maluco, arrombou a porta. Carlos se assustou por isto disse o que disse e Cachie que abriu a porta com um chute perguntou:
         -Você queria ficar fora?
         Quando entraram morcegos saíram da árvore ao lado da casa fazendo barulho e a fada disse que estava com medo e mesmo assim entrou seguindo os dois. Cachie apertou o interruptor da luz e este fez acender foram velas em vários pontos da casa a iluminando.
         -Que espaçosa. Carlos notou.
         -Ele não está aqui, mas vamos pegar um de seus livros de magia, com ele, por ele usar magias dele eu posso usar a minha para encontrá-lo e dessa vez irmos direto a ele!
         -Bom, vamos fazer isto deve estar no quarto! Cachie entrou e cassou um livro ao encontrar voltou e ao voltar se deparou com Carlos e Moná rendidos por dois vampiros e um homem que aparentava ser caçador, este o surpreendeu e o bateu na cabeça com um pedaço de madeira, mesmo assim ele pensou em reagir, mas logo ouviu:
         -Se renda e não ferimos seus amigos! E logo estavam os três presos amarrados sentados em três cadeiras juntos, Carlos ao lado de Moná e Cachie de costas para Moná.
         -Já dissemos que estamos à procura do mesmo que vocês, o vampiro!
         -Jefrei! Um dos vampiros o especificou e disse: - Se vocês não são especiais para ele então não precisamos de vocês pra nada.
         -Somos sim, sou sobrinho dele! Carlos se apressou a dizer, mentindo e ouviu:
         -Um sobrinho humano, interessante. Carlos se sentiu melhor ao ouvir as ultimas palavras, sinal de que sua mentira funcionou.
         -O que querem com ele? Outro vampiro perguntou e a fada desta vez respondeu:
         -Magias!
         -E vocês? Cachie perguntou com um ar de raiva.
         -Ficamos sabendo que ele levará pessoas a outra dimensão e estamos preparados para forçá-lo a sermos estas pessoas. Explicou o caçador agressor.
         -Vamos procurar por pistas dele, vasculhem a casa! O caçador ordenou e ouviu de um dos vampiros:
         -Podem ir, um de nós tem que ficar aqui vigiando estes três antes de resolvermos apagá-los. O vampiro se expressou e os outros foram cada um para um lado. Ao ouvir isto Carlos disse:
         -Mate a nós dois, mas deixe-o ir. Se referindo a Cachie e concluindo: - Ele é um de vocês! Isto fez apenas os que saíram rirem.
         -Não o deem ouvidos! Cachie disse e estava preocupado, pois se eles descobrissem que Moná é fada a matariam na hora, sem pestanejar.
         O vampiro pegou o livro que Cachie tinha pegado e se distraiu o folheando e os três prisioneiros conversaram:
         -Vira fada, assim você se solta e nos salva! Carlos tinha esta ideia quebrada por sua remetente:
         -Não posso, eles me matam, não consigo lutar contra eles. E jogou a ideia a Cachie:
         -Vai você Cachie vira morcego e se livrando das cordas o ataque!
         -Mas eu não sei como fazer isto!
         -Eu te ajudo por instinto você sabe e com minha ajuda, um toque de magia vou te fazer ter êxito! Dá-me a mão! Eles afastaram as cadeiras e deram as mãos de costas. - Por ser magia sua transformação quando você voltar voltará com suas roupas. A fada explicou pintando um climinha. Após um brilho em suas mãos Cachie de um piscar virou morcego e ficou a bater as asas voando sobre as cadeiras.
    vetor do bastão do vampiro 1232195-Conseguiu! O vampiro o olhou e disse:
         -Como não imaginei isto? Mas disse ter a solução, pegou uma estaca. Cachie desvirou morcego para enfrentá-lo. - Você é um morcego morto! Disse o vampiro e a fada perguntou:
         -Vai matá-lo com o que?
         -Com esta estaca, logico. E ao olhar para mão viu que estava segurando uma flor. A jogou aos pés de Cachie e disse:
         -Vai ao mano a mano! Cachie pegou a flor e ouviu: - Vai me matar com uma flor?
         -Sei muito bem como matar um vampiro! Então Cachie esclareceu: - É uma estaca! Avançou e o acertou no coração, o vampiro caiu morto.
         -Porque ele pensou ser a estava uma flor? A fada explicou dizendo que fez magia e mexeu com a mente dele o confundindo.
         -Vamos sair daqui antes que os outros cheguem! Cachie os desamarrou e antes de irem Moná pegou um detalhe o livro e saíram. Os outros inimigos voltaram e viram o amigo morto depois saíram dizendo que eles pagariam.
         Um detalhe Cachie viu no céu ao sair, era lua cheia. Esta brilhava no céu e na casa onde estavam o corpo do vampiro estava lá e foi puxado e arrastado por algo que o devorou.
    Veja em seguida o capitulo doze.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 12 de 14

    Capitulo doze
         Na tarde seguinte está acontecendo o julgamento de Javá. Muitas pessoas estão presentes e se ouviu e ouviu:
         -Ele é culpado!
         -Ele passa informações aos inimigos!
         -Planejou e liderou o ataque que matou a família Tomasson. Um irmão do casal morto da família Tomasson esta presente e o julga culpado e está ali para ter a resposta, o veredito certo, assim não o julgaria errado, como pode estar a pensar.
         -Se uniu a vampiros! Javá questionou esta afirmação dizendo que sempre viu os vampiros como igualmente vê os humanos e isto não vinha ao caso. Nesta hora a mãe de Cachie pensou se esta errada ao imaginar a partir da transformação do filho que ele estava morto e em paz, ao invés de vivo e procurando a paz.
         Testemunhas, defesa, acusação. Candelária falou:
         -Ele tinha planos de me matar! E continuou: - Meu filho descobriu isto antes de morrer! Alguém gritou:
         -O filho dela virou vampiro eu os vi de papo na praça da igreja. Então foi perguntado:
         -Esta afirmação é verídica? Candelária fez uma pausa alimentando o silencio depois respondeu:
         -Não, meu filho está morto e enterrado! E após ouvir discórdia de Javá ela se levantou bateu na mesa e gritou: - Você pretendia me matar e vai ser preso por isto!
         Javá foi investigado e então o juiz disse às palavras que todos esperavam:
         -Javá é culpado! Batendo o martelinho e se assombrou quando viu uma arma nas mãos do homem da família dos Tomasson e ouviu:
         -É isto que eu esperava saber para te matar de uma vez! E atirou acertando o peito, o coração do inimigo. Após ser pego pelos guardas ele disse: - É bala de prata caso você seja o lobisomem que está aterrorizando pela cidade e morrerá mesmo assim!
         Candelária ficou assustada com o que ocorreu, mas saiu feliz por agora estar livre da ameaça de morte que corria contra ela. Perguntou-se como num lugar tão seguro um Tomasson conseguiu entrar com uma arma e imaginou que alguém dali ajudou. Em breve teriam um novo julgamento.
         Uma nuvem cobria a lua que não estava cheia.
         -É uma igreja! Moná disse e eles entraram:
         -É, mas não tem imagens e nenhuma cruz. Cachie se sentia desconfortável, mas conseguiu entrar:
         -Jefrei!
         -Como sabe meu nome? Não importa eu estava os esperando! Ele esta no altar e uma mulher se aproximou surpreendendo a uns ali presentes:
         -Carlais! Carlos disse e a fada assemelhou, juntando o que sabia:
         -Então esta é Carlais a que deveria estar morta.
         -Ela me mostrou uma foto no celular e eu contei os planos que tenho para você que é o namorado dela. Cachie os olhava atento.
         -Você vai me levar?! Ela meio que afirmou e continuou: - Você só pode levar a mim!
         -Não posso estou em divida com ela! E apontou para Moná que disse:
         -Euzinha querida! Jefrei se surpreendeu e disse:
         -Vejo que tem um confronto de pensamentos e duvidas, saiba que os outros que também convidei chegarão às proximidades das 12 horas, pois o portal será aberto às 12 em ponto, no bater deste grande relógio. E só então os que haviam chegado notaram o grande relógio que além de mostrar logicamente as horas era a única coisa que enfeitava a igreja. Jefrei concluiu: - Esteja pronto! E detalhou: - Os dois que irão!
         Carlais o olhou com olhos tristes, eles se olharam e Cachie disse com firmeza:
         -Moná quem vai comigo! Baixou a cabeça e quando levantou viu: - Você está usando o colar! Carlais se aproximou:
         -É sua mãe me deu dizendo que você me daria! Ele o tocou e perguntou:
         -Como chegou até aqui?
         -Não importa o que importa agora e você desistir de levar a ela. Ele não se explicou:
         -Não dá, já fiz minha escolha! Carlais gritou para Moná:
         -Você não vai! Mostrou os dentes:
         -Você é uma fera fique calma! Maná disse e se afastou com medo.
         Jefrei quis saber:
         -Uma fera?
         -Ela é uma mulher loba.
         -Sorte dessa aí que não é lua cheia. Disse se referindo a Moná colocando uma pitada de humor.
         -Você fez como eu fiz por você, por ela! Disse Carlos chegando a uma conclusão e com medo, pois isto poderia significar perdê-lo mesmo sem o portal.
         Cachie tinha três opções, mas já tinha sua escolha e apesar disto se sentia confuso. O que cada uma dessas pessoas significava para ele? Deveria pensar em algum critério e só depois escolher? Sua escolha estaria errada? Um vampiro ao sentir por muito tempo uma fada por perto ele começa a se atrair por ela, por isto quando resolveram matá-las eles fazem o mais rápido possível, para não cair em seus encantos que podem ser fatais.
         Moná está feliz e Carlais e Carlos estão tristes por terem que dar adeus a Cachie.
    Veja em seguida o capitulo treze.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 13 de 14

    Capitulo treze

         Cachie fez a pergunta mais obvia do momento:
         -Onde está o grande feiticeiro?
         -Aqui! Disse Jefrei apontando para o livro que esta no altar.
         -Ele é um livro? Moná se impressionou.
         -Olá! Disse o livro.
         Jefrei deu detalhes:
         -Ele se tornou um livro para que não fizesse magias para seu próprio feito. Apenas aqueles que leem tem seu poder, eu o tendo pude criar o portal juntando a magia dele e a minha, nossas sabedorias vão nos levar a uma dimensão de paz e prosperidade.
         -E a nós você também quis dizer! Disse um intruso e Cachie os identificou:
         -Vocês de novo. Dessa vez o caçador estava acompanhado de sete vampiros:
         -Dessa vez você não tem saída. E apontou para eles, e parou em Carlais dizendo: - Você primeiro, venha aqui! Cachie disse:
         -Não! E entrou na frente de Carlais, onde um dos vampiros se aproximou e deu um golpe em sua barriga.
         -Mudei de ideia, você! Apontou para Carlos e Cachie disse se intrometendo outra vez:
         -Não! E levou outro golpe no estomago, dessa vez foi o caçador que se aproximou e o golpeou. A fada fez algo sem pensar, ou pensando em proteger Cachie, ela acabou se entregando ao lançar uma magia que jogou o caçador longe se chocando contra parede.
         -É uma fada! Todos a olharam, dois vampiros jogaram uma faca contra ela, uma Carlais a pegou e a outra Cachie foi segurado pelo vampiro que estava próximo e Moná tentou desviar-se, mas a faca a atingiu e ela caiu. Carlos apenas gritou:
         -Cuidado! Mas foi tarde demais.
         Cachie tomou a frente do vampiro que dessa vez o deixou passar e ele tomou Moná aos braços e dizia repetidamente:
         -Não! E também: - Você tem que ir comigo!
         -Obrigado por ter tido fé em mim! Ela disse em suas ultimas palavras.
         -Como vamos vencer sete vampiros? Carlos perguntou e Carlais se adiantou dizendo:
         -São seis! E enfiou uma estaca no peito do que estava próximo a eles e este morreu e os outros mostraram os dentes.
         -Ataquem, mate-os! Disse o caçador e Jefrei se pronunciou:
         -Cachie e Carlos venham comigo para aquele quarto, menos você Carlais! Deu tempo de eles se trancarem e Carlais ficou cercada.
         -Agora! Disse o livro que estava em sintonia mental com Jefrei.
         -O que você pretende fazer, ela vai morrer, vamos ajudá-la! Cachie disse querendo sair e sendo segurado por Jefrei que executaria um plano:
         -Ela não vai morrer, nenhum deles tem uma bala de prata.
         -Mas não é lua cheia, como humana ela morrerá fácil.
         -Saiam! Gritou o caçador batendo na porta e o livro brilhou.
         As batidas na porta pararam e Cachie olhou pela brecha na porta enquanto Carlos perguntava o que está acontecendo.
         -É uma bola saindo do livro! Disse Cachie e viu Jefrei concentrado e concluiu: - Jefrei e o livro estão fazendo uma magia, estão criando uma lua cheia!
         Uma grande bola surgiu brilhando, depois ficou igual à lua sobre o altar. Então Carlais se transformou e eles ouviram vários gritos, pancadas, e Cachie via pouco pela brecha e notou após instantes que era Carlais quem batia na porta. Neste momento o livro disse:
         -É hora de parar! E a lua sumiu as batidas na porta pararam e Jefrei caiu nos braços de Carlos que o segurou perguntando:
         -Você está bem?
         -Sim! Ele respondeu e se recompôs.
         Cachie abriu a porta e viu todos os vampiros e o caçador mortos, ensanguentados. Carlais está no centro da igreja deitada cobrindo os seios com o braço e mão. Cachie pegou um pano que estava debaixo do livro e a cobriu com ele perguntando:
         -Você está bem?
         -Sim estou, fui eu quem fez isto com eles?
         -Sim! Cachie respondeu.
         -Está dando a hora! Disse Jefrei e eles olharam o relógio.
         Os outros chamados chegaram, eram um casal e mais duas mulheres.
         -Todos estão prontos, agora que você não tem mais Moná para ir contigo, quem você vai levar? Jefrei perguntou, mas esta foi a pergunta de Carlais e Carlos que o olharam.
         -Me leve, você não atingiu meu coração com a bala de prata porque me ama! Carlais tentou o convencer e Carlos se aproximou e pegando no ombro dele disse:
         -Me leve! E Cachie decidiu:
         -Carlos quem me deu esta vida é a oportunidade de vivermos juntos eu o escolho! E o beijou na boca, coisa que surpreendeu a todos e que Carlos tanto esperava, ansiava.
         O relógio bateu às 12 horas, zero hora e o portal se abriu. Com aquela demonstração foi uma despedida não teve palavras, os que deveriam entrar no portal entraram e em seguida o portal se fechou.
         Carlais chorou por uns instantes e coberta se dirigiu a saída da igreja que é a porta da frente.

    Veja em seguida o capitulo quatorze (Final).
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 14 de 14 (Final)

    Capirulo quatorze (Final)

         Em pé na porta da igreja esta uma pessoa, um homem que se aproxima e Carlais o identifica:
         -Padre! Então ele diz:
         -Venha minha filha. Disse como um pai, para todos seus fieis e concluiu: - Vou te ensinar a ser uma boa mulher lobo! Então Carlais caiu nas mãos do homem a quem antes estava caçando e com ele aprenderia, teria um caminho, novo.
         Uma velha, senhora, lia para sua neta e fechou o livro:
         -Esta foi minha história com seu vô!
         -Meu avô era mal? Perguntou a neta que ouviu em seguida:
         -Ele não abandonou sua mãe, apenas ele não sabia, nem eu sabia que estava gravida na época. Porque achou que ele era mal?
         -Ele a deixou com um filho na barriga e saiu para uma outra felicidade.
         -Ele era um homem bom!
         -Então não era mal?! A garotinha quis saber de novo e a senhora respondeu:
         -Não! Olhou para as estrelas lá fora e sorriu.
         -Mãe foi feliz sem um pai, eu tenho um pai!
         -Você tem sim! A velha senhora disse a abraçou e a fez um pouco de cocegas e depois respondeu: - Sim, acredito que ela é feliz, tem um bom marido. Mas teve a ausência do pai e isto não a impediu de crescer e ser uma boa mulher.
         -Mãe é filha de um vampiro com uma mulher loba?
         Carlais maio que desabafava para sua querida neta e teve que explicar:
         -Não, seu avô não era vampiro quando eu engravidei e nem eu era uma mulher loba.
         -Já sei por isto minha mãe é normal!
         -É os efeitos do ferimento que o lobisomem me fez não chegou a atingir a ela e ela nasceu como humana, igual a você! Carlais disse dessa vez cobrindo a neta para que ela dormisse bem. Foi então que viu que ela estava com o colar que Cachie a deu e disse para que ela tirasse para não a incomodar no sono. E a ajudou a tirar. O olhou bem, trazendo lhe lembranças e o guardou num portas joias que esta sobre a escrivaninha. Lembrou-se dos pais de Cachie, da mãe que a deu a joia em nome do filho. Lembrou que eles morreram numa casa em chamas, ninguém soube o que provocou o incêndio. Também se lembrou de sua mãe que morreu de morte natural. Já seu pai ela só o conheceu em fotos, morreu quando ela ainda era bebê, morreu caçando como um grande caçador da época, ela tinha esta descendência.
         Quando saiu de seus pensamentos olhou para neta que já dormiu, a cobriu direito e ela a olhou sorrindo, estava fingindo que tinha dormido e perguntou outra pergunta:
         -Você pensa em vovô?
         -Sim, talvez se ele soubesse que eu estava gravida teria me escolhido. Deu uma pausa e concluiu: - Espero que ele tenha aproveitado a felicidade.
         Dessa vez a neta dormiu mesmo e ela a cobriu direito, depois foi fechar a janela. Sentiu o vento e disse para si:
         -Cheguei até a ter fé que um dia ele voltaria para nós! E fechou a janela, olhou para o dedo ao fechar, esta usando o anel que é de família e o tirou e colocou na portas joias da neta, depois foi até a porta deu uma nova olhada para neta, apagou a luz e por fim soltou o trinco da porta a deixando parcialmente aberta.
         Lá fora, a passos de distancia sobre uma casa vizinha estava um homem, com sua super audição escutou tudo e a viu apagar a luz e sair e disse:
         -Eu vivi feliz com Carlos até ele morrer a dois anos e fiquei na solidão, então resolvi voltar! Ele morreu primeiro!
         A lua brilhava, mas não era cheia, as nuvens estavam espeças.  Após voltar ele a procurou por um tempo e a encontrou. No telhado da casa ninguém o notou. A brisa trazida pelo veto fazia um singelo friozinho da noite. As estrelas estavam se mostrando, com seu brilho encantador.
         Cachie respirou fundo:
         -Eu tenho uma filha e uma neta!
         Olhos abertos e os fechou deixando cair lágrimas.

    Este foi o fim deste conto, deixe seu comentário.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 2 de 14

    Capitulo dois

         -Nós estamos investigando o padre que acreditávamos que era um lobisomem.
         -Sim, lembro. Ela hesitou, mas continuou:
         -Fomos à igreja em noite de lua cheia, pessoas corriam do lugar.
         -A igreja do centro? Católica?
         -Você não lembra? Ele disse que não, isto significava que ela poderia mentir. As duas trocaram olhares. Carlais é o nome da namorada dele, ela dizia com os olhos:
         -Minta. E a mãe dele entendia.
         -Chegamos à igreja e o padre não estava lá, tinha saído quebrando uma das janelas. Parou e continuou: - Encontramos você morto lá. E pensou: - Não posso continuar. Ele notou nisso um ar de mentira:
         -Como assim, caçamos lobisomens e eu me tornei um vampiro? Tem algo errado, fale a verdade!
         Ela se levantou e quando ia contar a verdade Carlais se levantou e disse:
         -Você não pode contar a verdade a ele! A mãe dele questionou com um “mas” e ele se irritou:
         -Porque não?
         Ela se levantou e o abraçou, beijando-o no rosto, ele a puxou quando ela chegou em sua boca:
         -Eu te amo! Ela disse e ele perguntou:
         -Porque esta demonstração de afeto?
         A mãe dele disse com objetivo de contar a verdade:
         -Na igreja fomos atacados por um vampiro! Carlais tomou a frente do assunto:
         -Pare!
         -Não podemos esconder a verdade.
         -Um vampiro!? Cachie disse para elas e para si e Carlais concluiu:
         -Se vamos contar a verdade então Carlos deve estar presente, pois só ele pode nos explicar esta situação.
         -Mas porque ele? Então ela disse sem pestanejar:
         -Foi ele quem te matou! Ele ficou surpreso, pois os dois eram grandes amigos, a amizade deles estava acima de tudo e a mãe dele o defendeu:
         -Não, mas você está certa, só ele poderá te dizer a verdade. Ela o olhou pela primeira vez como ele é agora, como um vampiro e ele notou nos olhos dela uma pitada de ódio, a família odiava vampiros e outros monstros, só não as fadas, mas até as bruxas sim. E não eram só eles, a cidade é um lugar onde não aceitam monstros. Então ele percebeu que está em perigo de vida, morto, mas com perigo de morte.
         -Vou ligar para ele! Carlais disse, mas ele quis decidir dizendo, sobrepondo as palavras dela:
         -Não, vamos nos encontrar daqui a duas horas, nós três na casa de Carlos.
         -Por quê? Lá pode ter magias protegendo a casa. Carlais disse e ele explicou-se:
         -Não tem, vampiros não são alvo de bloqueios mágicos e eu conheço Carlos muito bem! A mãe dele questionou:
         -São 10 minutos até a casa dele, porque você quer 2 horas? E ele disse antes de se levantar e sair:
         -Tenho que me alimentar para não machucá-los. As duas sentiram um alivio no peito, sentiram que ele ainda se preocupava com elas, ele parecia o mesmo, e Cachie ouviu antes de sair pela janela:
         - Porque decidimos o que decidimos, foi errado! E porque deu errado? Era Carlais se lamentando de algo que ele não entendeu.
         O pensamento delas estava se alterando, estaria elas pensando errado sobre vampiros? Os monstros também amavam? Elas estavam em debate com a maneira que viviam, a caçar monstros. Toda a cidade estaria errada? E a mãe dele que se chama Candelária se perguntou:
         -O que será de meu filho agora? Significando que ela o adorava como ele a adorava, ainda adora as duas, foi o que pareceu.
         Ele ficou a pensar em cima de uma casa, ao lado de uma antena:
         -A quem eu vou matar? Alimentar-me-ei de que vida? Isso era novo para ele, e ele não queria matar humanos, a quem acreditava ser a raça perfeita.
         Caminhou e saltou por sobre as casas sem ser notado e viu o hospital e disse para si mesmo:
         -Sangue! Entrou para roubar bolsas de sangue e conseguiu, derrubou portas e disfarçado de medico andou por entre humanos e quebrou cadeados para pegar bolsas de sangue nos armários. Ninguém o notou e ao sair e beber do sangue em uma das praças da cidade ele pensou:
         -Já matei um homem, agora roubei sangue, mas até quando vou consegui ficar sem matar? O sangue que roubou logo foi bebido e ele definiu:
         -Logo terei que matar novamente para sobreviver!



    Veja em seguida o capitulo três.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 3 de 14

    Capitulo três
         Cachie estava a olhar a lua deitado num dos bancos da praça, então um homem se aproximou e disse:
         -Você fez um estrago no hospital, mas se sente melhor agora?
         -Quem é você, como sabe disto? Achei ter feito sem ninguém notar.
         -Acalme-se eu também sou um vampiro! Ele mostra as presas.
         -O que quer de mim? Perguntou curioso:
         -Você é novo e não irá sobreviver muito tempo nesta cidade revoltada contra nós dentuços. Cachie se assusta, pois sabe que o que ele disse é verdade:
         -Está me oferecendo ajuda? Como você consegue viver aqui? O homem revela:
         -Ofereço mais que ajuda, um grupo de vampiros está com um mago super poderoso e estes vampiros vão para uma dimensão onde o mal não existe, todos vivem juntos e bem e estou te oferecendo um lugar comigo.
         -Por quê? O que irá querer em troca?
         -Nada, estou sozinho a anos e tenho que levar alguém e este alguém pode levar alguém, seja que monstro ou humano for, é isto, te escolhendo, como sou um líder te dou o direito de levar alguém, mas não pode ser de sua família. Ele questiona:
         -Por quê?
         -Porque são as regras que nós os lideres criamos!
         Surgem dois humanos caçadores de monstros e o cara diz:
         -Estes estão na minha cola, fuja! Eu te encontrarei depois de alguma maneira te farei a seguinte pergunta: Você vem comigo?
         O homem joga um dos caçadores contra um balanço. Cachie corre, mas um homem aparece e ele ergue alho contra Cachie que se afasta, mas tem uma ideia, arranca o banco do chão e joga contra o caçador que cai e ele consegue fugir.
         Ele para sobre uma casa e é surpreendido por alguém que bate na cabeça dele e ele cai do alto da casa. Lá em baixo outro homem o rende e prende suas mãos e pés:
         -Você vem conosco!
         -O que querem comigo?
         -Você vai saber! Ele é levado a um seleiro e lá dois homens conversam com ele:
         -Morrerá queimado ao amanhecer!
         -Eu sou como vocês, não se lembram de mim, você é um do grupo ligado a minha família eu te vi numa das reuniões! O cara finge não saber e apenas conclui:
         -Esta conversa não passa de um aviso e já foi dado! Eles saem, antes de amanhecer ele é amarrado sobre o teto de uma casa.
         Cachie se esforça e consegue se soltar caindo dentro da casa ao quebrar o telhado, os caçadores só depois veriam que ele conseguiu fugir. Ele vai se refugiar no deposito do cemitério, esperando anoitecer para rever sua família. Nessa espera ele vê Carlos ir deixar flores em seu tumulo.
         Um homem chega perto do tumulo e sorri ao ver que está tudo bagunçado, repara que algo saiu dali, este é Carlos e ele ouve seu nome e quando olha vê Cachie no deposito e pergunta ao chegar perto:
         -Posso entrar ou você vai me matar? Cachie se surpreende e pergunta:
         -Como sabe que posso te matar, falou com mãe e Carlais?
         -Não é que vi teu tumulo destruído. Ele tenta se explicar e Cachie apenas não liga pro que ele diz e pergunta:
         -O que você tem haver com tudo isto que está me acontecendo?
         -Sua família não te contou?
         -Não, disseram que deveríamos estar eu você, Carlais e mãe, juntos para que eu vinhesse a ter respostas
         Cachie ataca sem querer o amigo, que diz:
         -Me mate, mas saiba antes que eu te amo! Cachie o larga e diz:
         -Fuja! Ele consegue sair, Cachie sai para seguir e matar o amigo, mas é queimado pelo sol e recua. O amigo sabendo que está seguro volta e diz:
         -Você tem que sair dessa cidade já que não é mais um de nós. E conclui: - Revelarei tudo, nos encontre na praça da igreja às 8 horas e não se preocupe não entraremos na igreja e escolho lá por os caçadores acreditarem que nenhum vampiro goste de lá. Ele sai correndo com pretensão de chamar as mulheres da vida de Cachie e informá-las, coisa que a família dele não fez para com Carlos, elas marcaram na casa dele e Cachie nem sabe se realmente foram, mas acredita que ficaram o esperando fora e como ele não apareceu ficaram se perguntando o que tinha acontecido e voltaram pra casa sem falar com Carlos.
    Veja em seguida o capitulo quatro.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 4 de 14

    Capitulo quatro
        Cachie vai atrás de se alimentar quando anoitece, vai atrás dos caçadores, assim matará a quem não gosta para ele esta era uma boa escolha. Ao chegar os ouve:
        -Quem era aquele vampiro que diz ter te conhecido?
        -Era o filho de Candelária, aquela que não tem a mínima ideia de que nós caçadores estamos traindo o clã por estas lindas pedras preciosas.
        Ele derruba as pedras após segurá-las com a mão, deixa cair sobre uma caixa. Ele então continua ouvindo e vê que eles têm o plano de matar a sua mãe.
        Cachie ataca os três caçadores que estavam desprevenidos, mata dois e rende o outro a quem tem interesse de arrancar informações:
        -Quem está no comando? Ele não diz e Cachie insiste: - Vou beber seu sangue e atirar seu corpo na praça!
        -Não me transforme em um de você, por favor, não! Cachie percebeu que ele era como ele a ultima coisa que queria, desejava era virar um monstro, um de seus alvos.
        Após insistir um pouco mais ele disse:
        -É Javá quem tem tudo planejado! E diz mais, após Cachie tirar lhe sangue da mão com seus dentes: -Ele planeja tudo a ser executado no sábado! Faltavam dois dias e Cachie não o perdoou dizendo:
         -Sou um vampiro agora, agora sou um pecador! E mordeu o pescoço do traidor dos caçadores, se alimentou dos três assim não iria tentar ferir os queridos a quem veria logo. –Tenho que contar a minha mãe para ela ficar alerta e entregar Javá que é um bom e inspirador caçador de monstros da região, o próprio Cachie tirava sua inspiração do que ouvia dele.
         Não era noite de lua cheia, o padre suspeito de ser um lobisomem dava a sua missa normalmente. A praça estava movimentada pelos fieis entre eles três pessoas em especifico a quem Cachie se dirigiu ao chegar.
         A água no enfeite da praça era jogada para cima por bombas de água e enfeitavam o lugar.
         -Bom, estamos todos aqui, antes de vocês falarem eu quero falar! Ele recebeu um abraço choroso da mãe depois da namorada e por fim o amigo se aproximou, o olhou nos olhos e quando eles apertaram as mãos ele o puxou para si e Cachie aceitou seu abraço que foi prolongado até ele se afastar.
         Ele começou:
         -Mãe descobri que tem traidores no nosso grupo, ex grupo, você entendeu, e este você não vai acreditar, ninguém vai, será uma tarefa difícil para você, mas você tem que convencer a todos, pois ele tem planos de te matar!
         -Você está falando de quem filho?
      -Javá! Todos os três o olharam incrédulos: - Eu matei aquele caçador que nos ajudou no fim do ano passado e a dois amigos dele e foi por ele que descobri os planos de Javá!
         -É inacreditável, mas acredito em suas palavras!
         -Tenha cuidado, não sabemos quem ou quantos estão envolvidos nessa traição.
         -Terei cuidado e seu pai vem amanhã, ou seja, estarei protegida e entregarei Javá aos nossos superiores.
         Um garoto passou e falou para a mãe dele que estava a seu lado:
         -Mãe olha ele tem aparência de um morto! Ele virou o rosto e a namorada dele disse para mulher sorrindo:
         -É maquiagem!
       -É filho aqui próximo à igreja seria o ultimo lugar onde um vampiro se divertiria ou passaria seu tempo! O garoto olhou nos olhos de Cachie que dessa vez o encarou com a cara feia e o menino saiu com medo enquanto a mãe dele saiu sorrindo.
       -Agora que estamos todos que devem estar presentes aqui é hora de começar a me contarem o que tanto quero saber, porque acordei debaixo da terra e como um vampiro?
       -Antes de tudo você tem que acreditar em nossos sentimentos, nós o amamos! Disse a namorada.
       -Eu tive fé! Disse Carlos que perguntou após: - Quem irá contar?
       -Eu falo! Respondeu a mãe dele.
       -Porque tanta cerimônia para dizerem o que pode ser simples, eu fui atacado e me transformei!? A namorada disse:
       -Foi isto! E a mãe a desmentiu:
       -Não foi bem assim. E ela tocou o rosto de Cachie ao iniciar a história.
    Veja em seguida o capitulo cinco.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 5 de 14

    Capitulo cinco

         -Estávamos atrás do padre e ele fugiu, mas fomos atacados por um vampiro que conseguiu entrar na igreja, estava fraco, podíamos e íamos vencer, mas ele estava acompanhado, humanos nos renderam e disseram que era para nós vermos que todos são iguais. E a namorada prosseguiu:
         -E o vampiro lhe mordeu com a intenção de torná-lo vampiro, o mordeu na nossa frente.
         A memoria veio aos poucos:
         -Lembro que gritei me matem!
         -Nos perdoe, e foi isso que fizemos! E elas olharam para Carlos e concluiu:
         -Achávamos que tínhamos feito. Carlos continuou a história:
         -Eles nos deram a estaca para decidirmos se o mataríamos ou teríamos que deixar você se tornar vampiro.
         -Seu pai foi o primeiro a dizer, mate-o! Carlos pegou a estaca e disse que faria isto! Deram uma pausa e seguiram:
         -Nenhum de nós hesitou.
         -Talvez eles tenham nos amaldiçoado por termos matado tantos monstros. A mãe tentou explicar.
         -Sim, vocês deveriam ter me matado, mas o que ouve?
         -Eu tive fé, eu tenho fé! Disse Carlos.
         -Porque você não o matou? A namorada perguntou e ele respondeu em fim:
         -Eu tenho fé e estou certo, você continua sendo você, mesmo morto!
         -Não, ele é um monstro agora! A namorada disse.
         -Vocês decidiram me matar ao eu ser vampiro!
         -Sim filho, foi pro seu bem! A rejeição estava no olhar das duas e Carlos concluiu:
         -Eu fingir ter acertado seu coração com a estaca!
         -Você não acertou meu coração, por isto estou aqui!
         -Eu te amo! Carlos disse e a mãe dele irritada também comentou:
         -Nós o amamos! Cachie ficou sem saber o que pensar:
         -Se fosse por nós você tomaria a mesma decisão! A namorada disse e gritou para Carlos: - Porque você fez isto?
         -Eu já respondi! Cachie e Carlos trocaram olhares. –Eu vou para outra cidade com você, farei tudo por você! Disse Carlos e Cachie ficou calado depois disse:
         -Agora eu vejo que apesar de pecadores, vampiros também tem uma vida.
         -Pecadores por matarem humanos! A mãe dele declarou.
         Eles repensavam sobre sua maneira de vida, na real eles também matavam porem acreditavam que eram monstros e não passavam disso. Tudo era muito para eles, principalmente para Cachie que teria que viver como um de seus antigos inimigos, o que seria deles agora? Aliados? E elas não sabiam o que fazer só, queriam ser perdoadas, mas criticavam Carlos do fundo do peito, chegando a desejar que ele morresse por ter feito o que fez.
         -O que você vai fazer? A mãe perguntou e ele disse que não sabia.
         -Já disse que vou com você, pois eu decidi por todos ao escolher que te deixaria se transformar. E incluiu: - Já disse que fiz por amor.
         -Eu não sei o que dizer. A namorada disse tentando explicar que ainda o amava ou amava o morto que deveria estar debaixo da terra.
         Finalmente ele falou:
         -Vou e volto amanhã neste mesmo horário para me despedir de vocês todos e sairei sem rumo certo, é o que farei!
         -Nós podemos escondê-lo! A mãe tentou, mas ele concluiu as palavras dela:
         -Até quando? Ele disse até amanhã e antes de sair ouviu de sua mãe:
         -Amanhã seu pai estará aqui para se despedir!
         Carlais se aproximou de Carlos e o deu uma tapa na cara e disse:
         -Isto é o que acho de seu amor por meu namorado! Carlos apenas tocou seu rosto machucado, não reagiu, nem teve impulso de devolver de alguma forma.  Carlos estava triste por Cachie não demostrar alguma reação a seu amor, talvez pensasse que este seria muito para ele pensar, já que tinha problemas maiores, ou ele apenas tinha para com ele o que sempre tiveram uma grande amizade.
         -Tenho que reencontrar o vampiro que disse que existe outra dimensão, talvez nesta eu possa ser feliz. Ele já não estava preocupado com a mãe, estava tão perdido que já não se lembrava de que aquela que o queria morto poderia ser morta. Será que o amor ainda existia nestes quatro? Talvez enfraquecido.

    Veja em seguida o capitulo seis.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 6 de 14

    Capitulo seis
         Cachie ouve uma voz que parece vim de sua própria mente:
         -Eu vi o vampiro lhe oferecer um lugar bom para nós monstros.
         -Quem é você? Apareça!
         -Ainda não, pode ser perigoso!
         -Não vou te machucar!
         -Como pode garantir? Ele cansado desiste de uma possível insistência e vai ao ponto: - O que quer?
         -Quero ser a pessoa escolhida por você!
         -O que terei em troca? A voz é feminina e ela foi direta:
         -Eu te levarei ao vampiro certo!
         -Você sabe onde ele esta?!
         -Não, mas juntos o encontraremos em breve!
         -Como juntos se você nem aparece?!
         -Tenha fé! Ela disse e ele se lembrou das palavras de Carlos.
         -Vou pensar se precisarei da sua ajuda!
         -Diga sim, eu não voltarei aqui, estou de passagem, por favor.
         -Apareça!
         -Você sabe, deve saber que os vampiros estão matando fadas por nós ajudarmos humanos.
         -Eu odeio vampiros! Após segundos em silencio começa a chover ela surge de um brilho com um guarda chuva rosa e fica ao lado dele se protegendo e a ele da chuva.
         -Olá está é minha forma humana.
         -Você é linda, como dizem que todas as fadas são!
         -Como dizem?
         -Primeira vez que vejo uma e em fotos quando vocês apareciam só surgem brilhos, não dá pra ver que são tão belas.
         -Vai querer minha ajuda? Vamos ser uma equipe jamais vista.
         -Sim, perdi tudo que tinha ao virar vampiro e você por ser fada já merece meu respeito, pois fui por muito tempo humano, mais que vampiro.
         -Por eu ser fada?
         -Gostei de você logo de cara, vamos sim juntos a este paraíso que o vampiro me ofereceu.
         -Ah que bom! Comemorou a fada sorrindo.
         -Me encontre sobre o edifício verde ao lado da praça da igreja às 9 horas. E dali dará inicio uma jornada ele disse.
         -Sim, claro! A fada falou antes de se transformar em fadinha e sair brilhando, voando com suas asas.
         Cachie tinha tido uma revira volta em sua vida, perderá tudo creia, mas aos poucos foi vendo que estava construindo algo novo. Viverá como algo que odiava, já agora odiava o que era também, ao ver que os caçadores planejavam matar sua mãe.
         A fadinha saiu pensando que ele deveria ter um pouquinho mais de fé. Ela tinha fé e fugia de vampiros que estavam contra humanos, haviam destes que se revoltaram contra fadas.
         Cachie ficou na chuva perdido em seus pensamentos até o sol nascer e ele se esconder. Ficou em uma casa, de desconhecidos, percebeu, viu que os moradores não estavam, ficou lá. Na hora do almoço estes chegaram. Um garoto subiu para o quarto que ficava na primeira porta acima e deu de cara com Cachie:
        -Você, o que faz aqui, homem vampiro?
        -Você, logo uma criança. Cachie se deteve até que o menino gritou:
        -Mãe, pai! Eles logo subiram e o homem da família perguntou com ar de agressividade:
        -O que quer conosco, como entrou aqui? Cachie mostrou os dentes sem querer e a mulher disse mantendo a calma ao filho:
        -Querido vá para casa de seus avós e só volte amanhã, diga a eles que nós tivemos que sair, mas não volte hoje aqui, nem com eles nem com ninguém! O pai apressou-se:
        -Corra! Ele obedeceu.
        -Eu não quero matar vocês só preciso me controlar! Cachie não se controlou e matou o homem, já a mulher ele se controlou, estava aprendendo e tinha melhorado, mas se ela saísse iria chamar os caçadores, então para sua proteção, pois não podia sair ele se alimentou do sangue dela, já não precisava mais de sangue e poderia ao anoitecer ver sua família.
         Após um belo crepúsculo Cachie ainda matou uma pessoa, e sabia que estes incidentes todos só trariam caçadores e ele tinha que sair da cidade o mais breve possível. Às 8 horas a igreja estava cheia de fieis, a praça pouco movimentada, já que todos estavam dentro da igreja, mas tinham dois detalhes: Primeiro o padre era outro e segundo era dia de lua cheia.
    Veja em seguida o capitulo sete.
  • A fé. A triste história de um vampiro Cap. 7 de 14

    Capitulo sete
         A lua cheia pintava no céu. Uma brisa era trazida pelo vento. As pessoas pareciam felizes, mas havia três que não, pois se despediriam de alguém especial neste dia. Um terceiro infeliz chegou.
         -Porque as armas? Todos se olharam assustados e a mãe dele explicou:
         -Ainda estamos caçando o padre, ninguém ainda acredita que ele é lobisomem, mas nós vamos provar quando matá-lo! Cachie os avaliou com os olhos. Carlais com uma arma que certamente está carregada com balas de prata. A mãe largou a espada e olhou o seu marido desesperada, ele tinha tirado uma estaca da jaqueta e foi atacá-lo e para proteger o filho ela fez o que pode, gritou o alertando, então Cachie conseguiu se afastar se não fosse ela, ele teria sido morto, mas o pai dele não desistiu e continuou o ataque gritando:
         -Você é um monstro! A mãe caiu sobre o marido e o segurava ouvindo: - Ele é um monstro, agora, temos que matá-lo!
         -Pai!? Cachie o olhou incrédulo. - Sou eu! Disse com a voz mansa. Carlais que também estava chocada prestou atenção em outra coisa e anunciou:
         -Ouviram isto? Todos prestaram atenção e nada:
         -É o vento agitando os galhos. Carlos tentou explicar, pois tinha uma mata que pegava um dos lados da praça. Primeiramente um vulto apareceu em frente a eles, em meio a eles, só depois perceberam ser um lobisomem.
         Carlais mirou e atirou, mas errou o tiro e o monstro primeiramente golpeou a mão que ela erguia com a arma a jogando longe e em seguida ela assustada o olhou e ouviu alguém dizer:
         -Façam alguma coisa! Não reparou quem foi, mas ouviu em seguida de Cachie:
         -Vocês sabem que eu odeio vampiros e tenho medo de lobisomens, não posso fazer nada, não consigo me mexer. E terminou com um grito: - Carlais!
         O lobisomem deu um golpe na barriga dela que a cortou em quatro unhas, listras que sangraram e o povo saíram da igreja e o pai de Cachie tirou o isqueiro e acendeu uma das tochas que Carlos levava como proteção e espantou o lobisomem que logo saiu pela mata adentro.
         -Se afastem! Dizia o pai esquecendo-se de Cachie e este estava a dizer repetidamente:
         -Não! Assustado Carlos disse:
         -Vocês sabem o que vai acontecer com ela! Foi um lobisomem líder e ela irá se tornar um deles, um monstro. Carlais estava desmaiada nos braços de seu namorado ao chão que a segurava. Neste momento Cachie não se importou com o sangue, Carlais era mais importante. Ficou com as mãos cheias de sangue.
         -Eu decidi, vou com você para outra cidade, que o aceite. Carlos disse o que pensou por horas antes em dizer a Cachie que chorava. Candelária ainda em frente ao marido para proteger o filho apoiou a decisão de Carlos e completou:
         -É o certo filho, vá com ele!
         -Eu posso te machucar! Cachie estava preocupado com o que poderia fazer e Carlos disse aguentar as consequências que ele disse que ele mesmo criou ao decidir não acertar seu coração.
         -Eu imploro me deixe estar ao seu lado! Cachie deixou lagrimas caírem de seus olhos e disse:
         -Está certo! Todos da família ficaram aliviados e Carlos também. Mas agora tinham que decidir se deixavam Carlais virar uma mulher loba ou matá-la. Cachie disse: - Se ela decidiu me matar, eu acredito que o que ela queira para si, é o mesmo que desejou a mim!
         -Nós decidimos que você está certo! Disse a mãe dele que o viu se levantar. Cachie caminhou até a arma com balas de prata que Carlais deixou ao chão, à pega e diz:
         -Eu faço isto! E gritou: - Vão embora todos!
         As pessoas saíram uma a uma e o pai dele ainda meio que rendido pela esposa disse:
         -Boa sorte em sua vida de monstro! A mãe correu. Beijou o filho e disse:
         -Denunciei o Javá como traidor, ele será levado a julgamento, será investigado e julgado, eu e os investigadores seremos a acusação. E completou com: - Adeus filho! E quando ficaram apenas Cachie, Carlos e Carlais, Cachie apontou a arma ao peito de sua namorada, respirou fundo e após um adeus, atirou!
    Veja em seguida o capitulo oito.

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