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  • vida

    Estou vivo, e é tanta vida que não cabe em mim.
     Meu ser transcende, transborda, frutifica.
     Não vou parar, pois o cansaço flerta com a energia.
     Sigo rumo à energia. Energizo-me com o movimento.
     E a vida vai desaguando na vida, infindáveis afluentes cósmicos.
     Deus é meu semeador, meu solo é o universo. Minhas raízes são profundas, nutrem-me de renovação.
     Meus galhos ramificaram, e quando alguma folha vai ao chão, é só para fertiliza-lo, para que ajam novos brotos.
     Floresço. Sou fruto, semente.
     Sou um, dois três, sou infinito.
     Ciclo vital.
     Expansão.
     Síntese.
     Milagre.
  • Vida em Loop infinito

    Vida em loops infinitos ( viver repetidamente buscando um objetivo) No dicionário informal, loop é uma repetição automática de ocorrências, o velho e conhecido andar em círculos. Mas, qual o motivo de repetirmos sempre o mesmo padrão de comportamento diante de uma situação?

    Os loops infinitos ocorrem quando a condição programada dentro do laço de repetição nunca é satisfeita, com isso a rotina continua sendo executada repetidamente e “eternamente” buscando satisfazer a condição programada.Time loop' (em português: laço temporal ou loop temporaL) é um enredo comum na ficção científica (especialmente em universos onde a viagem no tempo é comum), onde um determinado período de tempo (como algumas horas ou alguns dias) se repetem várias vezes. Em 1964, o cientista alemão Kusheo Lien criou o conceito de laço temporal – ou loop temporal. Logo, a ideia de ter pessoas presas em um determinado espaço de tempo que se repete várias vezes tornou-se comum em obras de ficção científica. No cinema, o assunto foi abordado várias vezes em filmes sobre viagens no tempo. Além disso, o tema inspirou várias histórias de terror, suspense e até mesmo roteiros de comédias românticas.

    Várias teorias da física defendem a possibilidade de ocorrer um imprevisto em todos os fenômenos da natureza; esse fenômeno imprevisível pode ocorrer também na linha da curva do tempo. A Teoria do Caos traça a possibilidade de ocorrências imprevisíveis denominada Efeito Borboleta. A Teoria da Gravidade Quântica em LQG (Loop Quantum Gravity) defende a possibilidade de haver um “loop” na curva do tempo. Lembrem-se de que a Física e´o laboratório da vida. Se todas as teorias são comprovadas e elaboradas pelas Leis da física é porque todas são possíveis de ocorrerem na vida real, “in vitro” e “in vivo”.

    Friedrich Ratzel, um dos primeiros pensadores a formular uma teoria determinista contemporânea afirmava que tudo que acontece está pré determinado. Porém, a partir dos séculos XVI e XVII, com as teorias de Isaac Newton foi comprovado que não existe o “pré determinismo”, ou seja, nenhum sistema obedece à absoluta precisão.
    Então pensamos,: Aquele momento belo, aquela sensação maravilhosa de alegria, porque sempre passa? Mesmo quando sabemos que tudo é especial naquele momento, mesmo assim ele acaba. Mas porque momentos assim não podem durar para sempre?

    Se existe um laço temporal ele não poderia ser de um momento de felicidade? Isto certamente faria mais sentido.

    Mas nem tudo no universo faz sentido. Muitas vezes as coisas são especiais justamente porque duram pouco tempo.

    Será que ao retornarmos a um texto para refazê-lo não estaríamos em um loop de momento?

    Será que temos realmente o entendimento em relação a linha temporal de nossa vida?

    Agostinho de Hipona ( santo agostinho) teólogo e filósofo – 354 DC / 430 DC dizia que

    sempre estaremos no presente, por isto existem três presentes:

    O presente do passado, que é nossa memória.

    O presente do presente, que é o dia de hoje

    O presente do futuro, que é a expectativa daquilo que está por vir.

    A linha do tempo se curva e se enrola em torno do corpo, enquanto ele se move na direção do tempo futuro. Albert Einstein.

    * Fontes :teonanacatl - conexão itajuba.
                    

  • VIDRAÇARIAS

    Os ventos da aurora 
    afogam esses diabos
    que moram bem aqui
    nos ossos do cabideiro.
     
    O verão virou saudade, 
    a que sutura os pedaços
    das minhas mil metades
    na vidraçaria deste inteiro.
     
    Sou mesmo a própria fumaça
    que embaça a resina das lentes.
  • VIGILÂNCIAS

    Eu sempre procurei não ser repetitivo,
    mesmo consciente que todo o caminho,
    e do qual não escrevi nem um capítulo,
    foi tão apenas o que dele quis o destino
     
    e, é por isso, que nele eu de fato acredito,
    o de dar vez e verso ao que está invisível,
    à presença daquilo que não usa figurino.
    Saber gritar sem parecer que é um grito,
     
    e aceitar o que sobrou para o meu ofício:
    ser poeta e vigiar as sombras do infinito.
  • VIII - O genioso fidalgo Dom Quixote da Mancha

    O leitor que acompanha
    essa prazerosa história
    do andante Dom Quixote
    cuja fama foi notória
    vai ver agora o herói
    numa nova trajetória

    A data certa dos fatos
    por um tempo pesquisei
    mas o ano em que se deu
    eu mesmo dizer não sei
    só podendo adiantar
    que foi no tempo do rei

    No episódio passado
    já contei como Quixote
    recrutou o seu vizinho
    que era gordo e baixote
    para ser um escudeiro
    nas campanhas do velhote

    Sancho Pança tinha sido
    camponês a vida inteira
    e somente conhecia
    coisas da lida campeira
    Pobre, leigo, e outra mais,
    de pouco sal na moleira

    Mas com ele o cavaleiro
    retomou o seu intento
    de fazer outra jornada
    dando até consentimento
    para o companheiro ir
    escanchado num jumento

    Repetindo na viagem
    os trajetos e locais
    os parceiros avançavam
    percorrendo os chaparrais
    foi então que avistaram
    trinta moinhos ou mais

    Dom Quixote se aprumando
    disse para o escudeiro:
    - Não podemos prosseguir
    antes de passar primeiro
    por esses brutos gigantes
    dali do campo fronteiro!

    - Agora você vai ver
    companheiro Sancho Pança
    como faz um cavaleiro
    valoroso que avança
    nas fileiras inimigas
    confiando em sua lança!

    Sancho Pança intrigado
    disse sem acanhamento:
    - Me desculpe o patrão
    mas olhando bem atento
    lá na frente eu apenas
    vejo moinhos de vento!

    Dom Quixote respondeu
    sem perder a compostura:
    - Para seu conhecimento
    sou versado em aventura
    Reconheço um gigante
    mesmo quando na lonjura!

    - Que eles venham provar
    os meus golpes fulminantes
    Sou espelho e resplendor
    dos cavaleiros andantes
    Estou pronto pra vencer
    o mais forte dos gigantes!

    Dizendo isto Quixote
    seu cavalo esporeou
    e no rumo dos moinhos
    resoluto disparou
    O suposto cavaleiro
    para o mundo anunciou:

    - Sou Dom Quixote da Mancha
    o engenho mais subido!
    Eu jamais fui à peleja
    onde voltasse vencido!
    Essas terras nunca viram
    um guerreiro tão garrido!

    Num terreno inclinado
    avançava Dom Quixote
    mas o cavalo sem forças
    para sustentar o trote
    só a custo é que subia
    carregando o velhote

    - Rocinante, meu corcel
    tão veloz e vigoroso
    que jamais retrocedeu
    em combate perigoso  
    é a hora de honrarmos
    Dulcinéia de Toboso!

    O matungo estranhando
    o trocar das andaduras
    foi subindo o barranco
    já sentindo contraturas
    sem firmeza pra sequer
    levantar as ferraduras

    Mesmo com seu pangaré
    derrapando no caminho
    avançava o cavaleiro
    para enfrentar sozinho
    o gigante embrutecido
    que era só um moinho

    Como faz um cavaleiro
    que disputa um torneio
    Dom Quixote deu a carga
    no moinho sem receio
    de envergar a sua lança
    que foi partida no meio

    E como se não bastasse
    quebrar a arma somente
    uma rajada de vento
    que surgia de repente
    fez as velas do moinho
    rodarem rapidamente

    O freio de Rocinante
    na vela foi enganchado
    Junto dele o cavaleiro
    foi rodando pendurado
    e dum jeito esquisito
    despencou do outro lado

    Sancho Pança quando viu
    seu patrão estatelado
    parecendo um jabuti
    com o casco emborcado
    na garupa do jumento
    foi chegando avexado:

    - Eu não sei se o patrão
    é mais louco do que certo
    mas fazendo o seu cavalo
    disparar em campo aberto
    não viu que eram moinhos
    nem olhando mais de perto?

    Ajudando o cavaleiro
    a levantar-se do chão
    Sancho Pança escutou
    a resposta do patrão
    que a culpa da derrota
    imputava a Frestão:
     
    - Foi Frestão, o feiticeiro
    que por um ato mesquinho
    vendo que eu venceria
    esses gigantes sozinho
    prontamente os deixou
    transformados em moinho

    Dom Quixote novamente
    remontou em Rocinante
    que meio desconjuntado
    chouteava hesitante...
    Sancho remontou o asno
    pra seguirem adiante...

    Enquanto seguiam rumo
    Dom Quixote ao patrício
    começou a explanar
    coisas sobre seu ofício
    tudo estando de acordo
    com seu mundo fictício:

    - Não me venha acudir
    se eu correndo perigo
    estiver em desvantagem
    combatendo um inimigo
    Não permito ao escudeiro
    batalhar junto comigo

    - É mister do cavaleiro
    não ser dado a lamento
    pelas dores corriqueiras
    de espasmo ou ferimento
    quando forem resultantes
    de algum enfrentamento

    Quis saber o escudeiro
    com o respeito devido:
    - Só espero que gemer
    não me seja proibido
    que até um calo no pé
    eu já acho dolorido

    Repassando na memória
    os livros que tinha lido
    Dom Quixote assegurou
    que seria permitido
    pois conforme as novelas
    tudo era respondido

    Relativo aos despojos
    Sancho queria partilha
    Tinha sido convencido
    a seguir naquela trilha
    com promessa de estar
    no governo duma ilha:

    - Não esqueça o patrão
    que desde minha partida
    aceitei ser escudeiro
    nesta jornada comprida
    para ser recompensado
    com a ilha prometida...

    - Não se preocupe Sancho
    pois aqui e além-mares
    com os despojos da guerra
    enricaram os meus pares
    e pretendo que os nossos
    ultrapassem os milhares

    - Governar a sua ilha
    será um grande serviço
    pois quando chegar a hora
    de honrar o compromisso
    vai ser uma insensatez
    aceitar menos que isso

    Estando nessa conversa
    depararam um bambuzal
    Quixote ficou ditoso
    de encontrar este local
    Com uma vara comprida
    faria a lança ideal

    E a ponteira de ferro
    da lança que se quebrara
    Dom Quixote aproveitou
    pra por na ponta da vara
    tendo agora a sua arma
    feita de ferro e taquara

    Depois de terem os dois
    por lonjuras viajado
    aquela noite passaram
    num arvoredo copado
    debaixo de vasto céu
    por estrelas cravejado

    Com a lua clarejando
    a paisagem européia
    Quixote varou a noite
    a pensar em Dulcinéia
    a personagem central
    de sua linda epopéia:

    - Oh, minha dama gentil
    não despreze meu amor...
    Que farei se nunca mais
    vir seu rosto encantador?
    Será longo meu penar!
    Será grande minha dor!

    - Sei que nunca poderia
    outra ser minha princesa
    e se as flores do campo
    tivessem sua beleza
    eu ficaria mais tempo
    contemplando a natureza!

    - Oh, estrela rutilante,
    a razão do meu enlevo,
    não serei o seu poeta
    que a isso não me atrevo
    mas não deixo de pagar
    os suspiros que lhe devo!

    Como se fosse Quixote
    realmente apaixonado
    dava suspiros enquanto
    Sancho Pança estirado
    sem ouvir grilos ou  rãs
    dormia um sono pesado...
  • vilão 1

    Vilão

    Substantivo:
    masculino Natural ou habitante de uma vila.
    Personagem que traz consigo a representação da maldade numa narrativa (filme, novela, série, livro etc.): O ator fará um vilão no próximo filme.
    Quem tem ações vis, abjetas, buscando prejudicar alguém; desprezível.
    Aquele que não é nobre; desprovido de nobreza; plebeu.
    Quem se comporta rústica e grosseiramente; rústico.
    Adjetivo:
    Que busca prejudicar alguém com ações vis.
    Que é grosseiro ou desprovido de nobreza; rústico, plebeu.
    Que habita numa vila.
    Etimologia (origem da palavra vilão). Do latim villanus, "morador de uma vila".

    — Olá! É um prazer finalmente lhe conhecer, não precisa ter medo, posso imaginar que deve ter escutado milhares de histórias a meu respeito, asseguro que a maioria não passa de frutos da imaginação de um bardo qualquer. Como pode ver não sou o monstro que dizem, sou apenas um homem assim como você, então por favor sente-se.
    Já ouvi várias dessas mentiras, então deixe-me esclarecer algumas para evitar futuros mal entendidos. Não devoro as entranhas de meus inimigos ou me banho em seu sangue, isso é nojento demais além de uma imensa falta de higiene, sempre queimo os mortos dando assim um enterro de guerreiro para eles evitando dessa forma que a terra seja contaminada com doenças e pestes. Aprendi isso com um amigo muito inteligente que me ensinou diversas coisas.
    Nunca raptei a filha do duque de verlasque a jovem estava prometida a um homem a quem não amava, então a pedido de uma pessoa importante fui resgatá-la se após isso recebi uma pomposa recompensa que culpa tenho? A respeito do massacre de milhares de soldados dos marqueses de Cica e Lucien mal havia 500 soldados e não foi por falta de aviso, ambos sabiam que os anões do forte da montanha eram livres e honestos, tudo não passou de um plano para roubar a riqueza daquele povo se depois que os ajudei decidiram jurar lealdade a mim, foi por escolha própria. Garanto que jamais machuquei ninguém que não tenha tentado o mesmo comigo ou a minha família.
    Vou logo avisando que não sou um mestre das trevas que consegue trazer os mortos de volta a vida, os deuses bem sabem quantas vezes quis que isso fosse verdade, contudo a morte é uma sentença irrevogável. Sim, tive que ser cruel, queimei vilas, destruí famílias e posso dizer que jamais tive prazer nesses atos… Bom, talvez uma ou duas vezes, porém sabe o que ninguém fala? A respeito do rei Henrique, aquele déspota e o que ele fez na pequena vila onde nasci e a minha amada. Se qualquer homem tivesse passado o que passei, também se tornaria uma pessoa amarga e vingativa. Então para acabar com esse mal-entendido que lhe convidei para vir até a minha humilde residência, o maior cronista que o continente já conheceu. Estou cansado de todas essas mentiras, Hoje contarei o motivo que me fez ser quem eu sou, de como fui traído e injustiçado por aqueles a quem um dia chamei de amigo e o porquê de eu ter tomado o caminho que nos trouxe até aqui onde me tornei "o Vilão.”
  • vilão 2

    Inicio

    substantivo masculino
    Ação ou efeito de iniciar.
    Aquilo que se apresenta em primeiro lugar; que começa alguma coisa; princípio: o início daquele livro era difícil.
    O começo de algo que pode continuar; inauguração: o início de um projeto; o início de um relacionamento.
    Que se refere ao que é preliminar; o começo ou a parte inicial; preâmbulo.
    Etimologia (origem da palavra início). Do latim initium.ii.

    No início o silêncio até que Unue teve consciência e durante milênios existiu como a primeira criatura é única existência. Até que um pensamento surgiu em sua mente ”vazio” e ao contemplar esse pensamento descobriu outros, tristeza e dor
    Insatisfeita com aqueles pensamentos um novo surgiu “'vida” e com ele esperança, mas não era o suficiente apenas pensar, então Unue decidiu dar forma aquele pensamento e assim começou a trabalhar na vida e crianço do universo. Por milhares de anos ela trabalhou de forma árdua e mesmo com a vida aflorando ela sentia tristeza, e novamente um pensamento surgiu "família" e com ele algo preencheu Unue e isso era alegria.
    Desse sentimento ela teve dois filhos, Scivolemo que era livre e caótico, trabalhava de forma energética com amor. O outro se chamava Scio de pensamento afiado, trabalhava de forma precisa, sempre buscando a perfeição.
    Após o nascimento dos filhos, Unue estava cansada e adormeceu, deixando a cargo dos filhos o trabalho de criar o universo e a vida que habitaria nele.
    Com isso a criação do universo seguiu e outros milhares de anos passaram, entretanto, como na vida tudo essa paz um dia teve fim.
    Um dia Scio trabalhava no que dizia ser a sua maior obra, a qual dedicou todas as forças e que pretendia dar de presente a sua mãe, depois de muito esforço ele acreditava ter finalmente tido sucesso. Satisfeito com o resultado de seu trabalho, ele decidiu descansar antes de entregá-lo a Unue.
    Enquanto Scio descansava, Scivolemo o procurou para mostrar o que acabara de criar e ao chegar viu o trabalho de seu irmão que brilhava diante dela era lindo e quase perfeito, pois para Sago os trabalhos de Scio sempre foram pelos carentes do que ela considerava essencial a vida.
    Movida por suas crenças, Scivolemo decidiu intervir no trabalho de do irmão, ela então juntou o próprio trabalho ao do irmão acreditando que assim ficaria perfeita. Mas Sago não conseguia controlar ambas as energias e agora todo o universo que eles haviam trabalhado tanto arriscava desaparecer. Toda aquela energia chiava e pulsava, fagulhas do tamanho do sol voavam para todos os lados, o caos reinava, aquele poder era tamanho que acabou despertando Scio que ao perceber o que estava acontecendo corre para ajudar Sago e apenas dessa forma conseguiram impedir a destruição de tudo.
    Ao final, uma linda joia nasceu branca com detalhes em espiral onde bilhões de pontos coloridos podiam ser vistos.
    Orgulhoso do que via, Scio se gabou e Scivolemo ao ver tal cena zangou-se e disse que tal feito só foi possível graças a ele. Uma discussão começou entre os dois irmãos e novamente toda a criação foi quase destruída. Quando estavam a ponto de tomar as vias de fato, Scio e Scivolemo foram interrompidos por Unue que havia despertado de seu sono.
    Ela tentou de todas as formas apaziguar seus filhos, entretanto nada que dizia parecia surtir efeito e logo a discussão foi retomada de forma ainda mais ferrenha. Parecia que nada poderia dar fim a briga, foi então que um pensamento surgiu “destino” Unue sorriu, e assim ela falou.

    — Meus filhos a vida é livre e escolhe seu caminho da mesma forma, para poder apreciar o trabalho de vocês devemos nos afastar e ver qual caminho ela tomará. Sócio concordou com Unue, porém Scivolemo tinha muitas dúvidas.
    — Mãe, como faremos para ter certeza que será justo?
    — Scivolemo você não vê enquanto trabalhavam farias faíscas voaram e delas seus filhos nasceram e cada um deles e herdeiro de seus desejos, eles serão os guias e juízes que dirão para qual lado a balança pendeu.
    Diante das três entidades, diversos seres de pura luz aguardavam ansiosos, todos filhos de Scivolemo e de filhos de Scio.

    Enquanto Unue e seus filhos partiram para além do fim do tempo, os filhos de Scio e Scivolemo se puseram a observar e durante eras a paz existiu.
    Conforme o tempo passou, aqueles seres adotaram o nome de rigardi os que observam.
    Um dia, enquanto os rigardis observavam, um deles reparou uma luz azul que brilhava discretamente guiado por sua curiosidade, ele se aproximou e viu ser um pequeno planeta que acabara de surgir e aguardava para ser trabalhado. O rigardis ao olhar para aquele mundo sentiu um desejo nascer em seu peito ele queria aquilo para si e como seu dono a vida se dobraria a sua vontade, é só ele poderia decidir o destino de todos que ali o habitavam.
    Guiado por seu desejo o rigardis arquitetou um plano, ele sabia que os outros não aceitariam que ele agisse assim, ele buscou apoiadores através da mentira e falsas promessas fazendo seu poder aumentar, quando acreditou ser forte o bastante gritou para que todos pudessem ouvir.

    — Eu sou, Kaoso e digo que este mundo a mim pertence e a mais ninguém.
    Ao ouvir aquelas palavras, vários rigardis ficaram sem reação choque era inconcebível que um deles agisse de tal forma.

    Vendo que ninguém tentara o impedir, Kaoso sorriu e com os seus partiu para tomar posse do seu prêmio.
    Um rigardis que a tudo assistia calado finalmente falou.
    — Não é nosso direito possuir nada, apenas observar, porém, Kaoso traiu o desejo de nossos criadores assim ameaçando toda a existência e isso não vou permitir se ele deseja possuir, eu desejo proteger e se para isso tiver que lutar assim o farei.

    Guiados por aquelas palavras, alguns rigardis decidiram se unir para impedir Kaoso eles se despediram de seus irmãos e partiram para o combate.
    Ao entrar no plano terreno, os rigardis tiveram suas formas de energia seladas assumindo corpos de carne e osso, ficando dividido dessa forma.
    Regido por Leĝo e que tinha como sua rainha Domaĝo havia o lado da luz, a ordem era seu principal atributo. Kaoso era o rei do outro lado das trevas, não possuía uma rainha, ele e os seus carregava a semente da ganância e do caos.
    Assim uma batalha longa e avassaladora aconteceu entre os dois lados e tal fato acabou moldando aquele mundo e todos que um dia ali habitavam com sua derrota Kaoso e seus seguidores fugiram criando um reino chamado mallumo onde as trevas governavam, já Leĝo com os vitoriosos criou ĉiela o lar dos deuses da luz e assim aquele mundo teve paz e a vida pode crescer e hoje milhares de anos depois no continente de sunplena no pequeno reino de la suno e onde nossa história tem início.
  • Visão Literária

    Quando os sábios se calam 
    Os tímpanos alheios ardem no silêncio, 
    Mas quando os versos de uma poesia 
    Ecoam sobre eles 
    É como a mais bela canção 
    Devolvendo o seu prazer.

    As palavras certas 
    Nas horas incertas 
    Do teu dia. 
    Acalmando-te a alma 
    Deixando-te alerta 
    E te fazendo sorrir.

    Um livro que te acorda de um sono profundo 
    Que há tempos moribundos 
    Viveu. 
    Ler é terapia 
    É Aprender, é magia. 
    É o prazer de “viajar pelo mundo”.

    Sem leitura, tu és simples criatura. 
    Letrado, tu és mensageiro da cultura. 
    Tu és mestre da Literatura. 
    Façam dos seus filhos 
    Leitores natos 
    E terão nos “pratos” 
    Os melhores “sabores” 
    Que se possa consumir.

    Dos teus filhos roubarão as vestes 
    Saquearão as casas 
    Levarão comidas 
    Até as sandálias furtarão, 
    Mas a herança do saber 
    Que deixares pra eles... 
    Levarão para a eternidade.
  • VITÓRIA

    Quem compete obcecado
    Não concebe a frustração
    De está classificado
    Em segunda colocação.

    Quem compete aliviado
    Sem nenhuma pretensão
    O prêmio vem adiantado
    Já é um campeão.

    Quem vive para vencer
    Avizinha da derrota
    Quando chega o dia “D”
    Vida vira bancarrota.

    Competir é vitória
    Antecipada na largada
    Coroado de oliveira
    Antes da linha de chegada.
  • Viva como quiser

    E meu amor,não entristece não
    Porque a emoção é capaz de ser mais forte que a razão
    Liberte-se,como sempre quis
    E viva como quiser

    O futuro é um sonho que ainda não foi sonhado,não tenha medo
    Suas ações que te fizeram assim
    Jogue tudo pro alto,pare de ser tão racional
    A vida é mais bela do que você pensa
    Aproveite nosso amor e não tema.

    Um sonho pode ser mais libertador do que você pensa
    Sonhe,acredite,se emocione e viva!
    Estou do seu lado a todo momento
    Acalmasse meu amor,vou te proteger
    Me de a mão que te mostro o melhor lado da vida

    Libera a mente e experimente
    O que a vida tem a te oferecer
    Posso te mostra isto da melhor forma
    Só basta acreditar em mim
    Que transformo qualquer desilusão em um arco-íris infinito
    E te levo pra conhecer o pôr do sol mais bonito

    E meu amor por você supera qualquer obstáculo
    Minha felicidade está em cada sorriso que você dar
    Coragem,pois é uma das mais belas coisas que você tem a oferecer
    Você é mais forte do pensa,prove
    Pode ser a felicidade em pessoa
    Então erga-se,você é muito mais do que pensa.
  • Vivemos presos

    Vivemos presos, aprisionados em nossos próprios pensamentos mais profundos que muitas vezes sem perceber nós prende, a nossa realidade, sem perspectivas de mudanças radicais
  • Vivemos tanto buscando a paz

    Vivemos tanto buscando a paz, que esquecemos que ela e interior e vem de nós, não do mundo la fora!
  • Viver o quê? Viver de quê? Viver porquê?

    O mundo é tão complicado
    As pessoas são tão confusas
    Felicidade!
    Todos buscam, todos buscam...
     
    A vida é tão curta
    Os dias passam rápido
    O tempo é escasso
    Não temos tempo a perder
    O tempo não para
    Vamos viver!
     
    Viver o quê? Viver de quê? Viver porquê?
    Vamos me fale! Pra quê viver?
     
    Viver a ignorância predominante do nosso país?
    Viver a miséria e a violência que deixa o nosso povo infeliz?
    Viver a deficiência do ensino público?
    Viver com fome, demente e imundo?
    Viver num país de terceiro mundo subdesenvolvido?
    Viver a blasfema “de um mundo melhor” na boca dos políticos?
    Viver jogado nas praças, debaixo dos viadutos, marquises e vielas?
    Viver a vida bastante iludida de uma novela?
     
    Viver o quê? Viver de quê? Viver porquê?
    Vamos me fale! Pra quê viver?
     
    Vamos viver o que há para viver
    Viver o momento presente
    Deixar que o coração e a mente ame incondicionalmente
    Vamos nos preencher do mais infinito amor por todas as criaturas
    Praticar a benevolência para com o mundo todo
    Porque somente quando amamos é que percebemos a importância do viver
     
    Vamos me fale! O que há para amar?
     
     
    Amar é ter respeito
    É sentir dentro do peito
    É abster-se de todas as facetas do preconceito
     
    Amar é cuidar do bem estar de todas as coisas
    É não possuir, mas, de ser possuído
    É olhar para uma árvore e não vê só uma árvore
    Vê raízes, folhas, tronco, chuva, solo e Sol
    Em um relacionamento contínuo e a árvore aflorando dessa relação
     
    Amar é olhar para si mesmo e para outra pessoa e vê a mesma coisa
    Árvores e animais, humanos e insetos, pedra, flores e pássaros
    Todos unidos na mais perfeita harmonia
    Dando origem a todas as coisas vivas
     
    A pessoa que ama é compreensiva com sua gente infantil
    Em seu olhar não há malevolência
    Quando é agredido e ofendido escreve na área
    Para que o rancor e o ódio do seu coração
    Sejam apagados facilmente pelas ondas do mar
    E os benefícios que recebe escreve na pedra
    Para que sejam lembrados para todo o sempre
     
    Amar é saber que a Terra é um ser vivo
    Um gigantesco ser consciente
    Sujeito às mesmas forças que nós
    É saber que este grande ser é a nossa mãe, e assim, respeitá-la
     
    Sabendo disso!
    Sabe-se que todas as coisas vivas são irmãos
     
    Cuidando delas!
    Estaremos cuidando de nós mesmos
    Dando a elas!
    Estaremos dando a nós mesmos
    Ficando em paz com elas!
    Estaremos sempre em paz, em paz com nós mesmos
     
    Vamos viver o que há para viver
    A felicidade brota do agora
    O entendimento está no momento presente
    Na nossa vida cotidiana
    Caminhando passo a passo ao nosso lado
     
    Viver cada minuto como se fosse o ultimo minuto de nossas vidas!
     
    Não importa o lugar
    Não importa a condição
    Viva! Viva o momento presente!
     
    Porque a vida é curta
    Os dias passam rápido
    O tempo é escasso
    Não temos tempo a perder
    O tempo não para
    Vamos viver!
     
    Sem “o quê?”, sem “de quê?”, sem “porquê?”
    Sem se perguntar “pra quê viver?”
  • VIVOS

    Mesmo na distância que nos impõe a geografia

    das medidas, cada palavra por você transmitida

    vai muito mais além do que ser lida —  é sentida,


    feito se suas mãos de seda tocassem a minha ferida.

    Afinal de que servem as horas se elas se distanciam

    do circuito cibernético que, entre mim e você, se cria,


    onde o verso é o músculo e os orgasmos, a poesia?

    Ouço a louça que acorda a aurora e abre a frincha.

    Sugo o roxo das cinco. E tudo em volta se ameniza.

  • VOCÊ

    Cedo todos os meus sentidos 

    Não me chamo nenhum verso

    Poderia sorver do meu gemido 

    Você meus ouvidos, minha pele


    Feito canas-de-loucura e de eternas 

    Línguas compridas. Prove este ardido 

    E venha parir um poema por tabela 

    Eu mó com você e você mó comigo.


    Sob a capela fosca da manhã de domingo 

    Seus pés sobre os meus abrem o caminho.

  • Você Olhava Para Minha Boca

    As palavras que saem da boca dele deveriam ser minhas. O sotaque dele estraga tudo. Os dentes soltam um assobio estranho, que não combina. O formato da boca dele fica estranho quando fala a letra M. Ele sorri esquisito toda vez que fala a letra T. 
    Essas palavras combinam muito mais comigo. E sabe como sei? Porque todas às vezes que eu falava essas mesmas palavras, você olhava pra minha boca e você não faz isso com ele. Prefere olhar para os olhos dele? Pra fingir que gostou? Ou será que é pra se convencer que as palavras são sinceras? Eu tenho certeza que as palavras são sinceras quando saem da boca dele, mas não soam verdadeiras quando chegam no seu ouvido...Não é?
    É porque essas palavras são minhas. Saem de forma sincera e natural de mim, e chegam a você de uma forma verdadeira e belíssima. Mas não acontece isso quando é com ele. Porque você olhava pra minha boca. Porque focava em cada letra que saía dela. Porque queria guardar elas dentro de você, e agora eu sei que guardou, porque pensa em mim quando ele diz essas palavras. Não é?
    O meu sotaque combina, meus dentes não assobiam, e minha boca não fica estranha porque se encaixa com a sua logo depois de eu pronunciar as palavras:

    Eu te amo...

    Essas palavras são minhas para você. Serão apenas para você, e você só irá receber elas verdadeiramente quando saírem de mim.
  • voce pode ate me ver

    Você pode ate me ver chorar
    em alguns dias sorrir
    mais jamais vera
    eu desistir

    Você pode me ver a reclamar
    em silencio ficar
    mais nunca vera
    eu parar de lutar

    você pode me ver triste
    pelos canto ficar
    porém jamais verá
    eu um dia para de te amar
  • Você, não

           O dia era 11/03/2019, acabei de ler o primeiro texto que escrevi sobre o nosso amor, no caso sobre o meu amor! Já se passaram quatro meses desde da nossa decisão e nesse pouco tempo eu me dediquei a minha pessoa e eu comecei a fazer coisas que eu nunca imaginei que faria. Eu estou feliz, muito feliz...sem você. 
           Sabia que eu não sinto mais aquele sentimento puro e gostoso por você? Eu não sinto falta quando você não fala comigo e eu até inicie umas séries novas, dá pra acreditar? E nessas series eu percebi o quão precisamos pensar em nós mesmos e deixar o mundo um pouco de lado, a nossa felicidade depende só de nós mesmos. Você, não! Eu não sinto absolutamente mais nada. 

     

  • VOLÁTEIS

    Vive no verso uma incerteza

    Comum a todos desta existência,

    Pois não há nada certo no desenho,


    Mesmo o mais perfeito que pareça,

    Terá, do amanhã, a labareda

    Na sua carne gris e bolorenta.


    Sob a frincha rosa do firmamento,

    Um lilás anuncia a sentença:

    Toda a palavra é passageira


    Do algo instável de um poema.

  • VOLÁTIL

    Nunca pude desfazer as malas abertas da minha cabeça,

    pois viajo dentro de mim mesmo munido das ampulhetas

    sem a areia crua do tempo e do estreito que o movimenta.

    Desloco-me de pulso em pulso — de silêncios em silêncios,


    entre as estradas do pensamento. Sigo aqui e ali, sedento.

    Vou lá e acolá, rabugento. Estou na caça do verso intenso

    escondido nas sombras da rede. Farejo o rastro do medo,

    na pegada desse confronto elétrico: amperes e incêndios.


    Ouço o vento dizer-me, a sós, feito um segredo de estado:

    — O poema é artefato de éter… Não tente pôr um cadeado.

  • VOLÚVEL

    Os meus olhos singram o mar da tarde

    cinza, pouca de cor e espessa da neblina

    que sobrevoa os silêncios deste domingo,

    onde os minuanos movimentam os ares


    — e as sombras engomam a gola do linho.

    No rasante vejo quem se esconde do fato

    e leio as maledicências nos pergaminhos

    dos homens que não veem o dia que parte.


    O poema é uma engenharia muito delicada.

    Versos e poesia transam, mas ela não casa.

  • vulnerabilidade

    O problema é que a gente se entrega demais e fica muito vulnerável!
    Problema?
    Se fosse diferente não valeria à pena, ora!
     
    ==
     No momento você tem o grande amor da sua vida e pode estar tomando ele por certo e garantido, deixando de regar, cuidar e pôr no colo. Cuidado. Doerá se perder.
     
    ==
  • WAR

    Meu verso é um mero questionário
    que, mesmo confuso, tenta ser claro:
    ora na inquirição do poema calado,
    ora neste inquérito eterno do passado.
     
    A fórceps, ponho dentro dele uma tocata
    silenciosa, composta apenas de palavras
    colhidas no adro do moinho da banalidade
    dos dias vazios que não têm hora marcada.
     
    E entre o tabuleiro do mapa-múndi da casa,
    busco o xis da resposta — e sempre fracasso.
  • XXXXXX

    Pensado muito em solidão, e nos meses de 2016. Eu vou esquecer tudo isso, por alcool, drogas ou sedativo qualquer. Desde que larguei o Médio, a guitarra e os vicíos, é como se todo preço a se pagar fosse cobrado agora. Ela veio cedo demais, cedo demais, e não mais.
    Hoje foi o dia da poesia, recitatas.
    Ontem foi o anivérsario de Nancy.
    Quarta foi o culto.
    Daí não lembro mais. Eu nem sei se fui, ou devo ir.
    São como bolsas de heroína, bocetas como outras. Drogas num saco e livros de Auto-Ajuda. Já faz um tempo que o mundo não precisa de literatura.
  • ZONA DO SILÊNCIO

    Tudo muito bem aqui no mundo dos mortos,

    onde quase todos passam — exceto as horas

    que se atrapalham sem ponteiros ou relógios

    quando marcam a implacável tirania dos ossos.


    Não temos dia e noite, tampouco ocaso e aurora;

    o tempo também morreu feito o que há em volta.

    O cinza é dominante sobre os escombros tortos

    das ruas sem alamedas e das almas sem corpos.


    O sol vermelho sanguíneo ultrapassa o céu ocre.

    Vejo os becos e as cédulas sujas que se enrolam

    — conduzem a poeira por entre as ventas expostas

    e não há quem saiba mais o que realmente importa.


    Ouço muletas e próteses que se escoram no poste.

    Há gemidos invisíveis que não têm sul. Nem norte.

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