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  • Aposentadoria: uma nova vida para o casal

    Já há algum tempo venho escrevendo artigos sobre o tema aposentadoria. Tema que se torna cada vez mais relevante, visto que nosso tempo de vida vem aumentando consideravelmente.
    Se, até bem pouco tempo atrás, aposentar-se era sinônimo de fim, hoje, pode ser tranquilamente de recomeço, de um tempo livre para gastar com nós mesmos e fazer tudo aquilo, ou pelo menos quase tudo, que não tínhamos tempo para fazer enquanto trabalhávamos, cuidávamos da família, etc., etc., etc.
    Mas a verdade é que não é dessa forma para todos;  muitas pessoas, ao aposentarem-se, ficam perdidas, sem saber o que fazer com todo esse tempo livre. O que deveria ser uma dádiva, pode se tornar motivo de ansiedade, tristeza e até culminar em depressão.
    Para as mulheres, geralmente, é mais fácil do que para os homens. Somos mais “sociáveis” e, não querendo ser mal-interpretada, até mais independentes nesse contexto, porque sabemos usufruir melhor do nosso tempo livre. Mesmo quando ainda estávamos às voltas com a nossa vida profissional e os afazeres domésticos e familiares, era possível conseguir tempo para ir ao shopping apenas olhar vitrines ou encontrar com as amigas. Já para os homens... Não posso dizer a mesma coisa. No tempo livre, ou saem com a esposa e filhos ou ficam em casa fazendo algo que gostam, mas muito raramente saem sozinhos ou com amigos.
    O ideal, para este novo tempo em que, após a aposentadoria, podemos viver mais dez, vinte ou trinta anos, é elaborarmos cuidadosamente um plano para quando nos aposentarmos e, se formos casados, e a maioria é, que esse plano seja feito a quatro mãos, com a atenção, o cuidado e o respeito que o tema e os envolvidos merecem.
    Sem essa compreensão das diferenças e cumplicidade nessa nova etapa, a vida do casal pode se tornar um inferno, com brigas que nunca tiveram, além das normais de todo casal.
    Nessa hora tão importante é o momento perfeito, a meu ver, para se renovar as alianças e o compromisso que, com certeza, foi feito no casamento tradicional ou em qualquer outra forma de união.
    Mas o ideal, para ambos os sexos, casados ou não, é que a preparação aconteça antes da aposentadoria, com tempo suficiente para saber como usufruir dessa nova etapa de vida, criando novos hobbies, incluindo novos hábitos.
    Às vezes, faz-se necessária a ajuda de um coach ou algum outro especialista nessa área. Pode acontecer também de o casal necessitar de uma terapia conjunta ou algum tipo de aconselhamento para lidar com essa nova fase.
    Aposentadoria pode ser um momento muito especial e feliz para cada um e, especialmente, para o casal. Pois é quando se torna possível realizar os seus desejos pessoais e aproveitar o tempo livre também a dois, fazendo inclusive coisas novas, como aulas de dança, viagens para locais fora dos padrões, entre outras tantas opções que podem dar uma boa apimentada na vida do casal.
    Não nos aposentamos porque não servimos mais, aposentamo-nos porque já contribuímos muito e, agora, está na hora de aproveitar de outra forma o tempo que ainda temos a nosso dispor.
    Enfim, é preciso ter um novo olhar para esta nova fase da vida!
  • "Hora de compartilhar"

    Passamos pela era da informação, depois pela era da conexão, agora estamos na era de compartillhamento. Tudo o que for bom devemos compartilhar com o máximo de pessoas possível. Esse é o nosso papel nos dias atuais, ainda que nos sintamos impotentes diante do caos que está nosso mundo. Mas se não podemos salvar o mundo, façamos coisas que estão ao nosso alcance. A coisa está feia em todo lugar e em todo lugar do mundo tem pessoas precisando de ajuda, inclusive ao seu lado mesmo, na rua de sua casa, na cidade onde você mora. Por isso compartilhe!Tudo o que possa ser bom pra alguém, tudo o que tiver haver com o amor, com a bondade, com a sabedoria...
    Este é o momento de unirmos forças em prol de um mundo que está, literalmente, a beira do caos, mas que de forma alguma está totalmente perdido. A luz precisa de cada um de nós. E JUNTOS somos mais fortes! No AMOR somos mais fortes!
    Avante todos os trabalhadores da luz!
    A união faz a força... e o Amor é a Lei!
  • "Tudo fica mais fácil com você"

    Queria que todas as lágrimas que estão nos seus olhos estivessem nos meus;
    E que o peso que você carrega estivesse nos meus ombros;

    Porque tu é para mim o ar fresco da noite, a brisa de manhã...tudo o que me faz respirar sem sentir dor.
  • A arte de ser mulher

    Esta semana se comemora o dia Internacional da mulher e há quem pense que ser mulher é algo simples e comum, mas acreditem,  não é. 

    A violência contra a mulher ainda atinge altos índices estatísticos, onde uma mulher é assassinada a cada duas horas e uma é estuprada a cada onze minutos.

    Tais dados alarmantes revelam que estamos muito aquém de comemorarmos este dia.
    O feminicídio cresce em larga escala e atinge mulheres de todas as classes sociais. A violência contra a mulher está em toda parte e é uma  triste e impiedosa realidade que se alastra como uma praga daninha.

    É tempo de mudar, é tempo de reagir; a luta  contra a violência a mulher é diária e incessante, e  nos cabe enquanto cidadãos fazermos a nossa parte.

    Não ignore a violência contra a mulher, não se omita, denuncie.

    É preciso que toda a sociedade caminhe lado a lado ao combate da violência, é preciso  lutarmos  juntos para que muitas mulheres tenham a possibilidade de sobreviver com dignidade neste país ainda tão desigual, pois juntos  somos mais fortes, juntos  somos muito melhores e juntos formamos uma só voz. 

    Parabéns a você que merece respeito e felicitações não só pelo dia de hoje, mas por todos os dias de  sua existência pelo simples fato de ser mulher.

    Débora de Souza Ferreira Leiroz
  • A arte de ser mulher

    Esta semana se comemora o dia Internacional da mulher e há quem pense que ser mulher é algo simples e comum, mas acreditem,  não é. 
    A violência contra a mulher ainda atinge altos índices estatísticos, onde uma mulher é assassinada a cada duas horas e uma é estuprada a cada onze minutos.
    Tais dados alarmantes revelam que estamos muito aquém de comemorarmos este dia.
    O feminicídio cresce em larga escala e atinge mulheres de todas as classes sociais. A violência contra a mulher está em toda parte e é uma  triste e impiedosa realidade que se alastra como uma praga daninha.
    É tempo de mudar, é tempo de reagir; a luta  contra a violência a mulher é diária e incessante, e  nos cabe enquanto cidadãos fazermos a nossa parte.
    Não ignore a violência contra a mulher, não se omita, denuncie.
    É preciso que toda a sociedade caminhe lado a lado ao combate da violência, é preciso  lutarmos  juntos para que muitas mulheres tenham a possibilidade de sobreviver com dignidade neste país ainda tão desigual, pois juntos  somos mais fortes, juntos  somos muito melhores e juntos formamos uma só voz. 
    Parabéns a você que merece respeito e felicitações não só pelo dia de hoje, mas por todos os dias de  sua existência pelo simples fato de ser mulher.
  • A ATIVIDADE É O QUE NOS MANTÉM VIVOS

    Não se sabe bem por quais razões, mas existem muitas pessoas que não gostam de trabalhar e nem de estudar. Recusam-se a desenvolver qualquer atividade laborativa ou cognitiva e almejam viver sem quaisquer afazeres. Em outras palavras, desejam “viver de brisas”.

    Esse tipo de pessoa reclama quando tem alguma tarefa a cumprir, por mínima que seja, mesmo que essa tarefa diga respeito à sua própria manutenção: higiene, alimentação, limpeza e conservação do espaço onde vive etc. Desejam fortemente que haja sempre alguém para fazer tudo por elas, ou seja, buscam se equiparar aos odientos sanguessugas.

    O que muitas dessas pessoas não sabem é que nós fomos concebidos para o movimento, para estarmos em atividades constantes e as mais variadas possíveis, durante todo o tempo de vigília.

    Vida é, na própria concepção, fruto do movimento.

    A natureza nos dotou de uma espécie de “bateria”, a qual é mantida e carregada, à medida em que estamos em atividade. Quanto mais nos movimentamos, quanto mais exercitamos o nosso corpo e a nossa mente, mais estímulos enviamos a essa “bateria”, que, por sua vez, vai acumulando energia para a retroalimentação do nosso complexo sistema. Entretanto, para que não haja a saturação, é preciso que respeitemos o período de repouso. Período esse em que as anomalias e os eventuais excessos são dissipados e a energia é distribuída por todo o nosso corpo e mente, harmonizando-os.

    A partir do momento em que reiteradamente não realimentamos o nosso cérebro com atividades novas e que subjugamos o nosso corpo ao sedentarismo, a natureza, excelsa e soberana, percebe que não somos mais úteis, portanto, tornamo-nos imprestáveis. E assim, envia comandos para que o nosso metabolismo se desacelere, dá-se início ao processo de redução dos níveis de adrenalina, inibem-se os mecanismos de estresse, baixando a nossa imunidade, tornando-nos vulneráveis às enfermidades, conduzindo-nos, paulatinamente, à morte.

    Resumindo, caso o definhamento e a morte por inanição não estejam em nossos planos é melhor que busquemos manter corpo e mente bem alimentados e em atividade.
  • A cidade em palavrório

    Pedro Marcelino é um artesão das palavras que encontra na língua popular matéria-prima para os seus escritos, e no fim, essa é a única linguagem que a gente entende. O que o povo cria, nosso memorialista sintetiza e cria-o de novo. Em seu terceiro livro Palavrório e cidade, pulicado pela soteropolitana Cogito Editora em 2022, acerta a mão mais uma vez num livro ainda mais prazeroso que seus antecessores.
    O memorialista, diferente do historiador tem algumas vantagens: pode ser saudoso. Mesmo não vivendo ou conhecendo metade do que o autor viveu, senti saudade dessa Alagoinhas que eu não vivi, e das pessoas que não conheci. Caminhei pelas memórias de Pedro Marcelino e não vi nenhuma rua sem saída. Alagoinhas pujante em suas ruas e personagens excêntricos.
    Essa urbe de coração GG, que a todos recebe e ama como um filho, tem um corpo extenso de afetividades, toponímias e pessoas. A cidade não é um lugar, é uma experiência que envolve os sentidos, os gestos, os hábitos, as relações sociais, econômicas, culturais e políticas. Na Alagoinhas memorial de Pedro, tudo resistiu ao tempo, e ganhou as cores do passar dos anos.
    E o palavrório? Vocabulário popular, informal, nascido do cotidiano, formado na inventividade das massas. É o jorrar do saber dos mais velhos, a piada do barzinho após algumas geladas, o jargão do comerciante à moda Praça é Nossa. A palavra que perdura, a tudo significa e valida. Que confere lugar e poder, e quão brilhante é Pedro Marcelino por dominá-la tão bem.
    Se a cidade é um corpo, o povo é o sangue que corre por suas artérias urbanas, seja ela de terra batida ou asfalto mormacento. Ela tem vida porque fala, e por muitas vozes. Bendita a boca que fala pela cidade, e louvada a cidade que tem o privilégio de falar por Pedro Marcelino. Sua tamanha sensibilidade na escrita permite a qualquer um/a caminhar pela Alagoinhas do século XX.
    O livro tem mais de 200 págs. em papel offset. Conta com orelhas contando a biografia do autor. Prefácio a cargo de Mabel Velloso, comentários de Juliana Silva, Marcelo Torres e Edil Silva. São mais de 70 textos entre crônicas e poemas. Para os que quiserem adquirir, custa R$ 40,00 e poderão comprar no Bar Gota D’Água, perto ao Terminal Coletivo de Alagoinhas; CASPAL, Mercado do Artesão, Alagoinhas-Centro; e no Boteco do Tião e o Vila D’Alagoinhas, na Cavada.
  • A Colecionadora De Medos

    Quando eu era pequena eu tinha medo de zumbis, e tinha mais medo ainda de eles estarem atrás da minha cortina. Então eu ficava acordada a noite inteira olhando para a cortina, tentando me convencer de que não tinha nada para me assustar ali. Mas uma hora eu dormia,e quando eu acordava eu acordava olhando para a cortina.
    Quando eu era pequena eu tinha medo de palhaços assassinos, e tinha medo de eles entrarem na minha janela, então eu ficava olhando para a janela e para a cortina. Tentava me convencer de que nada me atacaria. Mas uma hora eu dormia, e quando acordava eu acordava olhando para a janela e para a cortina.
    Depois que eu cresci um pouco, fiquei com medo de dormir. Então, me deram um urso que me ajudaria a dormir. Eu abraçava aquele ursinho, e um dos meus medos foi perder ele. Então sempre que eu acordava, eu acordava olhando para ele.
    Eu fui crescendo, fui perdendo medo de palhaços assassinos e medo de zumbis atrás da minha cortina... Então eu comecei a ler, e fiquei com medo de algo me tirar dos meus livros. Então comecei a escrever, e fiquei com pavor de algo me tirar o poder de escrever, de me libertar. 
    Então eu tive outro medo, um medo grande...e estranho. O medo de ficar cega. Eu não conseguiria viver como vivo hoje, como amo viver hoje. Talvez, desde sempre, eu estivesse tão ocupada olhando atrás das cortinas e por cima das janelas e que fiquei com medo de não conseguir ver os meus medos. Só assim eles me venceriam.
  • A democracia autoritária brasileira

    O processo de abertura da redemocratização do Brasil, após regime militar de 64, só provou, aos longos anos, até 2018, que o país estava mergulhado no interesse elitista. Há muita verdade quando, lendo a história do país, notou-se que a elite dependeu da ditadura militar para impor suas vontades que por meios democráticos isso seria impossível.
    Um líder populista não pode propor medidas duras e tendenciosas ao estado, uma vez que isto geraria um desgaste de sua imagem e de todo sistema que estaria sendo implementado no país.
    Ao analisar friamente o contexto histórico, enxerga-se que grandes empresas detinham controle dos interesses políticos, afinal, isto se prova e se evidencia ainda mais, ao olhar os detalhes da política brasileira partindo pelo princípio que os líderes eleitos pelo “povo” (?) dependem apenas da forma carismática que atuam com ele, e não pelo real desenvolvimento que realizam.
    Nesta parte do texto, é provado que a maioria dos leitores já deixou de ler esta matéria, há um estudo que indica que grande parte dos leitores, se dedicam apenas as primeiras 111 palavras de um texto. Muito possivelmente já não leia as próximas palavras.
    Enxergamos no sistema democrática falso brasileiro que os eleitores foram induzidos a votar em seus representantes, onde eles mesmos, fazem o próprio campo que os minam para que deixem espaços abertos para que seus sucessores possam trabalhar estes campos, em grande e forte parceria com a mídia, conseguem fazer com que as pessoas enxerguem apenas um candidato entre os demais, sendo que na verdade, não há um entre os demais, é apenas um dos mesmos!
    Enxergarmos nesta era o nascimento de movimentos nacionalista no brasil que já enxergavam que as elites internacionais estariam comandando o sistema político brasileiro, impondo sua vontade, seja pela compra de projetos, ou pela facilidade com que projetos poderiam avançar rumo ao internacionalismo do mundo.
    Em 2013, grandes movimentações no país, chamadas de “jornadas de junho” ou manifestações de junho, que ousaram desafiar o balaústre do sistema vigente, impondo força e resistência na defesa dos interesses da elite “povo”.
    O movimento nacionalista Brazista, iniciado por volta de 2006, que foi difamado pela lembrança à regimes totalitários, não tinha absolutamente nada de totalitário, uma vez que pregava a “União” do povo brasileiro. Mas o estado usou esta designação para destruir a incrível imagem que este símbolo possuía.  A Ordem Nacionalista Brasileira, de Bruno Justiça, um grande líder nacionalista que conseguiu juntar diferentes ideologias pró-Brasil em um único ambiente, posterior conquistando seguidores do sistema nacionalista à fora do Brasil, acabou tirando um pouco a paciência dessa elite externa, afinal, para nenhum país no mundo, numa aldeia global, é possível que sintam-se amados por seu país, ou mesmo que seu país prevalece entre os demais, isso é uma afronta ao sistema capitalista que exige apenas um líder no sistema mundial para que o capital possa ser livre e correr em todos os cantos do mundo.
    Basta associar que, um país que incentiva sua cultura, preserva seu povo e o incentiva, obviamente não iria consumir produtos enfiados ”goela à dentro’ de um povo, mas este povo seria os criadores dos próprios produtos que deveriam ser enviados para fora. O sistema de empurrar nos países subdesenvolvidos (termo antiquado para atualidade), é um processo que somente o líder mundial poderia fazer. O brasil não pode exportar sua cultura, mas deve recepcionar os filmes estrangeiros, modelando a cultura nacional, deve recepcionar os costumes estrangeiros, ensinando os filhos da nação a pensar como aqueles que impõe sua cultura pensam.
    Essa Ordem Nacionalista Brasileira, de Bruno Justiça, viu que não teria espaço nesse nível de concorrência e passou a lutar por trás dos bastidores políticos, tentando fazer com que, pequenas intercorrências nacionais, passassem a ser vistas com olhar patriótico.
    Não somente este sistema foi perseguido na “ditadura” democrática, com uma forte difamação e destruição dos símbolos, além da perseguição política, como também tivemos em meio a era democrática, o movimento Passe Livre, formado por estudantes que defendiam a tarifa zero nos transportes metropolitanos.
    Esse foi um forte movimento que conseguia quebrar barreiras até então não ousadas por outros movimentos que talvez tenham enxergado a questão corrupta do sistema, ou seu sistema ditatorial de conduzir as coisas ao final!
    Não por menos, após ganhar espaço pelo território brasileiro com inúmeras manifestações, e apoiados pelo povo como um todo, não durou até vir o estrangulamento.
    Os líderes monitorados pelos sistemas de inteligência nacional, passaram á receber acusações, como prejudicar a ordem financeira, além da imputação de crimes por estes sistemas. Mas tudo ficaria certo, se as manifestações acabassem, o fato ocorreu. A pressão por parte do estado foi mais forte que os jovens libertadores estudantes tiveram de ceder.
    Neste capítulo da democracia ditatorial, mais uma vez o povo brasileiro perdeu!
    A grande verdade: O sistema promove seus líderes, escolhe seus vencedores e perdedores, se articula, cria falsas ilusões de verdade, cria mentiras, distorce a realidade, e enquanto enxergamos apenas um lado, jamais veremos o contexto que o sistema esta inserido.
  • A Educação Obrigatória é um crime contra as crianças

    Para falar sobre educação, devemos saber como se dá o processo de aprendizagem.
    Toda criança nasce desprovida do poder de raciocínio, o qual distingue os homens dos animais. Sabendo que a criança poderá se tornar um ser humano adulto, ela é tem, potencialmente, a capacidade de raciocinar dentro dela.
    A medida que a criança cresce ela cria fins e descobre meios para alcançá-los. Esses fins são baseados em sua personalidade e seu conhecimento dos meios é baseado no que aprendeu ser mais apropriado.
    Quando ela se torna adulta, ela desenvolveu suas faculdades o quanto pode. Todo esse processo de desenvolver as facetas da personalidade do homem é sua educação.
    Para desenvolver as facetas de sua personalidade a criança não necessita de instrução formal sistemática, pois isso está dentro do espaço direto de sua vida cotidiana, ou seja, não exige grandes exercícios das capacidades de raciocínio.
    Porém, para desenvolver o conhecimento intelectual, que está fora do espaço direto de sua vida cotidiana, envolve um exercício muito maior de seu cérebro. Para desenvolver esse conhecimento é necessária instrução sistemática, uma vez que o raciocínio progride em etapas lógicas ordenadas, organizando observações em um corpo de conhecimento sistemático. A criança, então, tem que desenvolver capacidades de raciocínio e de observação.
    Necessitando de instrução sistemática ela tem 3 opções, o livro, o instrutor e a combinação livro e professor.
    O livro apresenta assuntos de forma completa e sistemática, já o instrutor conhece o livro e lida com a criança diretamente e pode explicar pontos de dúvida e de difícil compreensão.
    A combinação do livro e instrutor é a melhor para a instrução formal.
    Serão necessárias 3 ferramentas básicas, a leitura, a escrita e a aritmética.
    Através da leitura ela poderá estudar ciências naturais, história e geografia e depois economia, política, filosofia, psicologia e literatura.
    A escrita irá ajudar no aprendizado, pois ela ramificará esses vários assuntos em ensaios e composições.
    A aritmética irá lhe possibilitar usar números simples até as partes mais desenvolvidas da matemática, sem falar que ela poderá ajudar no processo de desenvolvimento no raciocínio lógico da criança.
    A principal dessas 3 é a leitura, e para aprendê-la o alfabeto é a ferramenta principal e lógica.
    Agora, falando sobre a personalidade, cada criança tem a sua, o que permite no futuro ter um grande espectro da especialização da divisão do trabalho.
    As habilidades e interesses de cada criança é natural que seja variado. E tentar uniformizar os interesses é um crime contra a criança, uma vez que nega os princípios fundamentais da vida e do crescimento humano.
    Deve ficar claro que nem a razão e nem a criatividade podem funcionar numa atmosfera de coerção. Isso quer dizer que, o melhor tipo de instrução formal é aquele que é adequado para a personalidade individual da criança, ou seja, a instrução individual. Somente na instrução individual as potencialidades humanas podem desenvolver em seus níveis mais altos.
    Isso quer dizer que existe uma grande injustiça no Brasil que é proibir que os pais ensinem seus próprios filhos ou paguem um instrutor para os ensinar. Além dessa injustiça tem uma outra que se chama Base Nacional Comum Curricular, uma vez que ela impõe padrões uniformes ela causa um sério dano à diversidade de gostos e aptidões humanas. Mais ainda: ela força crianças com pouca capacidade de raciocínio à escolaridade, e isso uma ofensa criminal às suas naturezas. Sem falar que indiretamente a Base Nacional Comum Curricular não permite que surjam escolas diferentes para cada tipo de demanda, uma vez que cada escola deve seguir essas imposição. Em decorrência disso, todas as crianças da nação serão obrigadas a seguir os mesmo conteúdos, mesmo que elas tenham personalidades e aptidões diferentes.
    Então vem a questão, quem deve ser o supervisor da criança? Os pais ou o estado?
    Os pais são os tutores naturais da criança, uma vez que foram eles  que conceberam-na sob um contrato legítimo entre homem e mulher. Já o estado não tem relação alguma com a criança, sem falar que ele decreta o que deve ser obedecido sob risco de prisão. A criança, sendo tutelada pelo estado, irá crescer sob as asas de uma instituição que repousa sobre a violência e restrição. Tirania de modo algum é compatível com o espírito do homem, já que ele exige a liberdade para seu pleno desenvolvimento.
    Com a educação e a tutela exclusivamente sendo dominada pelo estado, surge uma raça passiva de gados servidores do estado, onde no livre mercado seriam homens independentes e com conhecimentos diversificados.Além do mais o controle estatal da educação promoveu o impedimento à educação ao invés do verdadeiro desenvolvimento do indivíduo.
    Atualmente no Brasil a educação é compulsória, caso as crianças não sejam mandadas para as escolas privadas, elas devem ir para a pública, o que nos leva a pensar que grande parte das crianças da escola pública não queriam estar lá, mas a lei obriga seus pais ameaçando-os de prisão ou de sequestro institucionalizado de seus filhos.
    Além do mais, a educação obrigatória força as crianças com pouca capacidade de raciocínio à escolaridade, porém isso é uma ofensa criminal às suas naturezas, pois elas, em sua maioria, não querem estudar e não conseguem progredir intelectualmente em um sistema no qual é impossível que ela seja atendida e ajudada em sua particularidade.
    Já dizia Isabel Paterson: "Um sistema de educação obrigatória, financiado pelos impostos, é o modelo completo de um estado totalitário."
    O economista Murray N. Rothbard em seu livro “Educação: Livre e Obrigatória” fez a seguinte analogia:  “O que pensaríamos sobre uma proposta do governo, federal ou estadual, de usar o dinheiro dos pagadores de impostos para criar uma rede nacional de jornais públicos e obrigar todo o povo, ou todas as crianças, a lê-los? O que pensaríamos se, além disto, o governo proibisse todos os jornais que não se encaixassem aos “padrões” do que uma comissão do governo acha que as crianças devem ler?”
    É evidente que um proposta dessa seria, por muitos, considerada um horror e um ataque à liberdade de expressão, porém essa é exatamente a ação do governo em relação à instrução formal. Ele regula o que é escrito nos livros, o que deve ser ensinado e como deve ser ensinado, regula quem pode ou não trabalhar como instrutor, e, ainda mais, faz tudo isso com o dinheiro dos “contribuintes”. A questão que está sendo colocada é se a liberdade escolar é tão importante quanto a liberdade de expressão, a educação obrigatória tem que ser vista com maus olhos e ser repudiada ao máximo, uma vez que ela irá moldar toda sociedade da forma que o estado quiser.
  • A Experiência do jardim

    O paraíso foi comparado ao jardim do edem, onde tudo se fez pela palavra de Deus pai, ele ordenava e tudo se fazia, assim  Deus criou cada coisa com sua personalidade e individualidade assim ele o fez, ate chegar na criação do homem ao qual ele o fez com suas próprias mãos ( CF GENESIS 1.26-31), pois  a criação do homem lhe era cativo de honra , e de cuidados próprios, cada detalhe foi pensado e sonhado por ele, cada traço demostra a perfeição artística do criador, sendo ele o pai da criação, ele concedeu a nos sua criatura uma detalhe exclusivo que muitas da vezes não nos damos conta, temos a arte do criador para criar, ele divide com sua criatura o status de artista, não por aparecer mais para criar.
    Com isso o jardim era o lugar reservado pelo fundador para seus filhos, la eles não teriam esforço nenhum, muito menos dores e lamentos, pois tudo foi criado para servir a eles, nisto cabe o homem morador daquele jardim, dar nomes as criaturas para que eles também tivesse identidade, como moradores do jardim do pai, mais tudo muda ao encontro do homem com a desobediência à voz de pai que diz: Não como do fruto da arvore que esta no centro do jardim (Genesis 3.1-5­). Os moradores daquele lugar ao desagradar a Deus, perceberam que estavam nu, não sem roupa, mais sem a pureza de criatura, perderam o fio que os ligavam ao jardim, e assim quando o pai que os visitava todos os dias ao fim da tarde vem para fazer como era o seu costume percebe que eles não estão, estão escondidos por medo e vergonha, mal sabiam que o pior ainda estava por vim.

        O Pai que ate então tinha uma aliança de amor com o homem se ver só, eles não cumpriram a única regra que o pai tinha de não come, assim o homem começa a caminhar distante de Deus, que fecha o paraíso para que a criatura não retorne ate que o tempo passe, e no final de varias tentativas de uma nova aliança com  o homem ele resolve mandar seu próprio filho para ser a eterna aliança, único e eficaz selo sobre o filhos perdidos de Deus, Jesus vem então selar esta aliança e ser ver novamente no jardim, as véspera do sacrifico da pascoa, jesus sendo homem e Deus, no járdim das oliveiras vê sua humanidade como a de nos todos humanos somente, sofrer com o abandono, ele pediu ao discípulos fiquem comigo, mais eles se deixam vencer pelo sono, assim nosso senhor fica só numa angustia de morte, pois sabe o que vem por ai, então sofre ao ponte de seu sangue precioso verter pelo sua pele, revelando sua extrema angustia humana de medo e solidão.

         Há uma relação entre esses dois caso no primeiro o homem escolhe sair do lugar reservado pro Deus na segundo caso o próprio Deus faz a alusão de retornar ao sagrado, ao lugar onde deus se esconde , distante de tudo o que poderia se passar por Deus, o homem criado por Deus por medo causado por sua desobediência se esconder, tem medo, vergonha, teme o amor traído do seu criador, já Jesus sendo Deus teme o amor traído da sua criatura criada por seu pai, que não entendem que o jardim na mais é que o lugar do encontro, o homem ao ouvir os passos de Deus se escondeu, Jesus no jardim ao ouvir os passos do soldados se entrega antes que todos se machuquem, o que o homem não fez por medo Jesus fez por missão, e ai podemos pensar então o que representa o jardim ?

          O Jardim é lugar do cuidado, da esperança, do encontro, o jardim é onde o homem encontrar com o criador que cura suas feridas e enxuga suas lagrimas, mais também é o lugar do confronto, confrontar quem você diz ser e quem você realmente é, os passos no jardim podem assustar, mais são passos de amor, passos de um DEUS que mesmo sabendo o que fez sua criatura, ele ainda o procura por que quer ouvir dela a sua historia, quer ouvir dela o que á fez tomar aquela decisão, penso que nas portas do paraíso esta escrito: EU AMO VOCE, para que o homem do lado de fora quando olhar de onde ele saiu se lembre de que há alguém que o ama.
  • A história até a História

    O filósofo grego Aristóteles foi enfático em dizer que a poesia era mais relevante que a História, pois aquela é mais universal que essa. De modo concreto, a disciplina a que o pensador está falando não é a mesma da Era Contemporânea. Podemos remontar a sua cientifização ao século XIX, quando diversas correntes e teorias surgem. Se o século XVIII foi o “Século da Filosofia”, o seguinte será o “Século da História”.
                Quando Leopold von Ranke lançou suas teses sobre a escrita da História, ele tentava evadir de uma história filosófica, ou seja, uma história sem um método corporificado (REIS, 1996). Embora não tenha ido muito longe da esfera filosófica, Ranke colocou a História não apenas como narração de eventos, mas como método e processo ideográfico, buscando o singular no tempo e espaço. O objetivismo entra em cena.
                Isso implicava em grandes problemas, seria possível o historiador estar isento de sua subjetividade? O método historiográfico-erudito é infalível? O método rankeano é um axioma. As fontes, embora estejam bem definidas em seu papel, são limitadas. Ranke se propõe a historiografar a política, a história dos grandes homens. A guerra, a diplomacia e os registros oficiais são os cânones dessa história.
                O hegelianismo e o positivismo são compreensões metafísicas da realidade histórica. Ambas atribuem uma lei universalizante e determinada dos eventos. Nem mesmo o materialismo histórico foi capaz de romper com essa cadeia. Pois mesmo no socialismo científico, a sociedade segue uma marcha etapista. O homem é determinado pelas suas condições materiais, embora faça a sua história, está é condicionada pela sua época.
                No final do século XIX, quando a questão do nacionalismo ganha forma, a História adquire um papel novo: legitimar o Estado e criar um passado em comum (BOURDÈ & MARTIN, 1983). A França é a que mais se apropria desse ideal. A Escola Metódica surge na esteira de Ranke. A política ganha ainda mais destaque. Os eventos vão formando um povo, e o povo uma nação.
                No século seguinte, nos “frementos anos 20”, dois historiadores de uma universidade periférica estabelecem uma crítica aos metódicos como Ch. Seignobos e Ch. Langlois. Para Marc Bloch e Lucien Febvre, apenas a narração ipsi literis dos documentos oficiais não seriam suficientes para compreender a história humana. Era necessário um esforço epistemológico maior nesse sentido.
                A História desce um degrau nas estruturas. Passa da política para as questões socioeconômicas e das mentalidades. As fontes se alargam, bem como seu método de crítica interna e externa. A revista Les Annales surge (BURKE, 1992). Uma das maiores contribuições dessa escola historiográfica foi a interdisciplinaridade com outras ciências e campos do saber como a linguística, a geologia, a antropologia, a sociologia e outras.
                Embora não haja consenso entre os historiadores da Historiografia, podemos dividir a história dos Annales em primeira geração, a de Bloch & Febvre; a segunda geração, a de Braudel; e por fim, a terceira geração, também conhecida como Nova História, que se ampara nos aspectos da cultura para a sua escrita (PESAVENTO, 2012). Isso não significa que não houvesse outras tendências demarcando território, como o neomarxismo inglês de E. P. Thompson. A ciência adquiriu novos métodos, novos temas e campos de atuação profissional.
                Para além das críticas, podemos destacar os seguintes avanços: a História do Tempo Presente, o ressurgimento da narrativa, a História Oral, todo registro humano no tempo e no espaço como fonte historiográfica, a percepção do tempo braudeliano, a interdisciplinaridade etc. Com esses recursos o historiador poderá fazer uma história total. Não no sentido de algo definitivo, mas no sentido da mais ampla percepção da historicidade, cobrindo o máximo de elementos possíveis dos eventos e fatos históricos.
    Referências bibliográficas
    BOURDÉ, Guy; MARTIN, Hervé. As escolas históricas. Portugal: Publicações Europa América, 1983.
    BURKE, Peter. A Escola dos Annales 1929-1989: A revolução francesa da historiografia. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP, 1992.
    PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
    REIS, José Carlos. A História, Entre a Filosofia e a Ciência. São Paulo: Editora Ática, 1996.
    ROCHA, Everardo. O que é mito. Editora Brasiliense, 1996.
    SÁEZ, Oscar Calávia. A variação mítica como reflexão. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, vol. 45, nº 1, p. 07 – 36, 2002.
    VEYNE, Paul. Acreditavam os gregos em seus mitos? Ensaio sobre a imaginação constituinte. São Paulo: Brasiliense, 1984.
  • a lenda de Èden/capitulo 4 o poderoso guardião fracassado (P & R)

    -isso foi rápido demais eu não vi quase nada-questiona luna
    -é assim mesmo mosa,guardiões da luz tem sua velocidade elevada desse jeito mesmo-fala pafunsu
    -eu não te dei o direito de me chamar de mosa-fala luna
    -bom vamos focar na próxima luta -fala pafunsu
    -primeiro como foi a sua luta
    pafunsu olha para cima e começa a pensar 
    -Oh não-fala luna 
                                                                 //////FLASH BACK TIME COM COMENTÁRIO EXTRA\\\\\\
    -outro flash back naaaaaoooo-fala luna
    -ja era-riu pafunsu
                                                                               INICIO DO FLASH BACK TIME
    Depois de pafunsu entrar no campo foi anunciada a luta entre ele e um cara desconhecido,quando começam a lutar pafunsu da um chute que afunda o rosto do sujeito e o dito-cujo perde a luta
                                                                                   COMENTÁRIO EXTRA
    -isso foi rápido,até demais-falou luna

    -guardiões da luz tem uma velocidade muito alta,porem uma defesa baixa de mais-falou pafunsu

    -por isso acabou rápido-fala luna

                                                                              CONTINUAÇÃO DO FLASH BACK TIME
    E na outra luta,era um guardião mais lento e com muito mais defesa,porem pafunsu era muito rapido e o outro cara nem chegara perto de sua velocidade e pafunsu o finalizou com facilidade,e por fim a ultima luta,porem esse cara era diferente dos demais 

    -acho que vou aparecer dele e dar aquele baita chute trava coluna nele- falou pafunsu

    ele o faz porem erra,por que seu adversario se defendeu com um outro chute,então tentou dar um soco e seu oponente parou o soco com outro soco ate que pafunsu pensa:

    -vou jogar um trovão nele 

    então pafunsu joga um trovão que errou,porem servia apenas para atrapalhar e atrair o adversário,perto o suficiente para atravessar a sua cabeça com uma mao aberta e eletrificada e assim que atravessa sua cabeça ela explode e ele é declarado vencedor da luta e o primeiro guardião da luz
                                                                                          FIM DO FLASHBACK TIME
    -agora falta a luta de quem-pergunta pafunsu

    -do gustavo-fala luna

    -era,não é mais,agora é a luta do rafael-fala gustavo

    -vai chorar-zoa pafunsu

    -nao,mais to quase-fala gustavo

    entao,finalmente os guerreiros de fogo entram em campo porem o destaque é mais do brasileiro de altura mediana e cabelo escuro e forte,estava sendo destaque por ser um daqueles que ajudou juan com aquela criatura de fogo e estavam em punhos uma luva e uma espada,algo que digamos era meio diferente,afinal pra que usar uma luva,mas ao iniciar a primeira luta que no caso era a dele o rapaz qua agora sabiamos o nome por anuncio de cahethel:lan santiago era seu nome e por coincidencia o outro cara tambem era brasileiro e se chamava edgar

    -isso esta muito estranho o nick falou que cabelos de cores estranhas sao caracteristicas dos descendentes dos guardiões da terra,só que nenhum dos guardiões do fogo tem olhos vermelhos,nem o rafael tem isso-fala pafunsu

    -pafunsu eu quero assistir-fala luna sentada em uma cadeira de rodas comendo um pãozim

    ao começar a luta edgar solta uma bomba de canhão de fogo 

    -esse ataque pode incinerar um planeta inteiro diga adeus aos seus ossos-fala edgar com uma risada alta

    lan apenas poem sua mão com a luva para frente e devolve para seu oponente o ataque como se não fosse nada e incinera completamente todo o seu corpo até reduzi-lo a cinzas

    -isso foi rapido-falou luna

    -luna para de falar so isso,mas realmente foi bem rapido,rapido ate de mais-fala pafunsu 

    porem a proxima pessoa a entrar em luta é seu amigo rafael

    -bom é isso vou conseguir-falou rafael

    no inicio da luta refael lança seus ioios a ponto que ficassem com suas cordas por todo o campo,quase que impossibilitando seu adversario de se mover,entao o adversario tenta queimar as cordas,que apenas ficavam em seu lugar sugando a energia e repassando a força pro ioio que ia ficando maior e deixando as cordas cada vez mais quente e entao rafael mexeu seus fios ate que cortou seu adversario e transformou-o em uma especie de picadinho frito de carne humana e entao rafael e declarado vencedor da luta

    -meu deus(do ceu berg)que nojo ele cortou o cara como picadinho argh-fala luna
     
    -meu deus que merda to com vontade de vomitar-falou pafunsu

    cahethel pede para alguem vir la para ressucitar o rapaz e devolve-lo a terra,afinal o perdedor teria apenas os poderes retirados e depois iria ser mandado para a terra para poder viver normalmente a sua vida na terra 

    -espero que perca logo,esse garoto é um piromaniaco sadico,nao seria uma boa te-lo como guardiao-pensou cahethel 

    a proxima luta sera entre lan e rafael

    -se prepare para ser queimado-falou rafael

    a cara de ridicularizaçao de lan era tao grande que chegou a ser ridiculo pra ele o que rafael falava,entao meio totalmente puto da vida rafael jogou seu ioio em cima de lan que nao apenas segurou como tambem quebrou o mesmo 

    -serio isso nao destroi nem um planeta anão gelo,acha mesmo que pode comigo-sacaneou lan

    tudo isso deixa rafael mais puto e tambem desesperado,ele refaz o ioio com suas chamas e aumenta o tamanho do mesmo a ponto de poder subir em cima do ioio como um carro gigante e tenta atropelar lan que desvia com uma facilidade enorme com se estivesse apenas dando um pulinho pro lado e da uma zoada

    -tao lento que nem chega a mach 1

    rafael putao responde:esse deus aqui chega a mach 36.000 

    -nao chega nem a mach 900 de tao lento 

    rafael acelera mais uma vez e lan apenas pega sua espada e da um corte certeiro no meio do rafael e corta o ioio dele ao meio e antes que rafael pudesse reclamar lan aparece rapido atraz dele e corta sua cabeça em instantes e assim lan e declarado ganhador por cahethel  e na plateia luna fala:

    -ele perdeu mesmo meu desu,eu dont believe

    -perdeu feio-fala pafunsu

    -nao acredito nisso-fala gustavo irritado-ele nao devia ter perdido 

    sim era isso rafael tinha perdido feio e lan havia se tornado o novo guardião do fogo,rafael foi ressucitado,teve seus poderes extraidos e foi mandado para seus pais na terra com a advertencia de nao mexer de novo em fosforos,mas claro cahethel deixou ele se despedir dos amigos afinal as proximas lutas seriam seguidas em elemento:agua,depois espiritual,depois escuridao,depois terra e por ultimo estrela ja era quase certo os vencedores afinal no ataque ja tinha uma da agua,uma da espiritual e uma da escuridão porem terra e estrela foram considerados dificeis de saber afinal havia tres guardioes da terra no incidente e nenhum da estrela,mas apos as despedidas começaram as batalhas da agua e a vencedora foi kamillie orihara da oceania,foi uma luta rapida nao igual a dos guardioes da luz mas tambem tinha seus meritos

    -aposto que foi bem facil ne,kamille ou posso te chamar de kamie-fala luna para a nova guardiã

    -serio querida e a sua-fala kamie

    -eu quase morri-fala luna

    -deveria ter morrido-fala kamie

    -que moça ruim pra eu-fala luna

    pra se ter uma ideia do quao rapido foi cada luitra era aproximadamente 20 segundos por luta depois disso era uma vitoria muito facil

    -nao curti essa moça,,mas curti as outras duas -falou luna

    essas tais garotas eram as duas dos elementos espiritual e escuridão,regendo o elemento da escuridão estava uma garota chamada julie kanam de istambul tinha uma personalidade calma e bem calada e ate alegre porem muito timida e gostava de chamar todo mundo de demonio algo que mostrava seu autismo com força altissima e regendo o elemento espiritual estava giulya kim than essa diferente da ultima ja era mais ativa e animada e gostava de cantar do nada,em especial k-pop (eu tenho uma amiga que gosta dessas musicas e como eu tava sem nada melhor pra colocar presente pra voces) as 2 seriam as mais novas guardiães do grupo 
                                                                            ENTREVISTA UTILITARIA COM LUNA GERLOFF
    -oi,oi,oi tudo bem,tudo bão-pergunta luna

    -tudo bem-fala giu

    julie calada

    -que merda eu to fazendo aqui-falou kamie

    -entrevista,xiu-sussurra luna

    -nao quero ficar no autismo de voces-fala kamie

    -xiu,agora continuando como foi a ultima luta de voces-pergunta luna

    -eu so entupi a mina de agua e explodi ela,como qualquer ser humano normal faria-fala kamie

    luna assustada pergunta:

    -e o que voce mais gosta kamie

    -rola-fala kamie-de varias idades idades,de muitos amores

    luna vermelha finge que nao escutou nada e passa para giu

    -entao giu como foi sua luta-pergunta luna

    -eu basicamente invoquei espiritos do alem e fiz todos atacarem como distraçao e voei por debaixo da terra em forma fantasma e possui o meu oponente por traz enquanto secava seu corpo-fala giu

    -e pior que a primeira-pensou luna desesperada

    e assustada luna pergunta com uma cara de nao me mate:

    -e....doq......do que voc.....do que voce gosta

    -kpop,escuto o dia todo,ate dormindo se possivel-fala giu 

    Luna agarra giu e fala:

    -meu desuuuu nos vamos dar tao bem

    -giu esta assustada com voce apertando ela assim luna-fala gustavo como um cameraman ou algo do tipo

    -ok,ok,ok eu largo,mas agora e sua vez julie-fala luna

    luna ja simpatiza com a garota ser baixinha a ponto de parecer uma versao de mini-chibi baby edition

    -entao como voce venceu-pergunta luna

    julie fica calada

    -fala pelo menos de quem voce gosta

    entao a garota gagueja e fala:
    hu..hu....hu...huinglerson-e some em uma sombra de vergonha 

    todos os presentes ficam calados por um instante e luna com um sorriso encerra a transmiçao

    -bae,bae pessoas-fala luna
                                                                              FIM DO ENTREVISTA COM LUNA GERLOFF
    -o que foi isso perguntou gustavo

    -nem eu sei acho que ela gosta do....-fala luna ate ser interrompida pelo pafunsu

    -quem gosta de quem-pergunta pafunsu

    -eu..eu gosto muito de pãozim-fala luna

    -e eu gosto de assistir a luta,elas sao muito bacanas

    -principalmente as com poderzinho sem a rajada tipo seu ataque na ultima luta-fala luna

    -e eu tambem-fala giu sobrando no canto mas manjando da situação 

    -e a proxima luta parece estar prestes a começar-fala pafunsu

    e julie estava com eles porem calada 

    -ainda bem que voces gostam por que o nick e o juan vao lutar daqui a pouco-fala pafunsu

    -eu avaliei os dois,so iram se encontrar se for na final,mas seu amigo nao tem chance o poder do juan é anormal para um guardião da grama,eles nao passam de curandeiros e protetores,juan de algum jeito serve de ataque e aquele modo dele nao vai ajudar em nada-fala julie

    -ela falou-riu pafunsu-finalmente hahaha

    julie some de novo e pafunsu estranha novamente (ate ai tudo normal)

    -ela ate que ta certa a luta deles vai ocorrer no final,vai ser emocionante-fala luna

    -duvido que esse tal de nick ganhe,nao esqueçam que tiveram 3 guardiões da terra no incidente e pelo jeito ele vai lutar com os 3-fala giu

    -eu confio no moso-fala luna

    -eu tambem-fala gustavo

    -concordo-fala pafunsu

    entao as outras guardioes retrucam

    -vai levar surra-fala kamie

    -chute na butt-fala giu

    -uhum-fala (ou grunge)julie 

    entao alguem vai andando naquela direçao era lan

    -alguem percebeu que o primeiro nome dele e mais japones que o do gustavo-fala pafunsu

    lan vai ate gustavo e da um soco com força na barriga dele que o faz cair,e o arrasta pelo cabelo ate cahethel,entao cahethel ouve o que o garoto tem a dizer e troca umas letras de um crachazinho que esta com cada um

    -o que aconteceu-perguntou luna

    -esse cara no dia que eu cheguei aqui deu um jeito de trocar nossos nomes e nacionalidade pra ele parecer japones,eu sou o unico hikari aqui,Lan Hikari-fala Lan

    -nao tendi nada-fala luna 

    -nem eu-fala pafunsu com gustavo vomitando sangue nos braços tentando ajeitar ele

    -aquele e o amigo de voces indo pro ringue-fala kamie

    -e ele sim-fala gustavo meio tonto

    -e o moso-fala luna

    -parece ter uma rola bacana-fala kamie passando a lingua sensualmente entre o labio 

    -eu mereço-fala luna envergonhada de como caminha a humanidade

    mais todos estavam ansiosos afinal nick iria lutar finalmente contra alguem,afinal apos uma historia com aquela (cap2) era impossivel nao ficar curioso com o treino,entao entram em campo um dos 2 caras do incidente e nick dormindo por que cahethel apenas o lançou pro campo enquanto ele dormia meio ensanguentado

    -prontos-fala cahethel-comecem

    -isso nao e justo o moso ta dormindo-fala luna

    entao no meio do campo o outro cara grita:

    -ninguem te perguntou nada,indiazinha

    luna e seus belos cabelos de india se ofendem e mandam ele se-fu mentalmente

    a luta começa com o adversario apontando-lhe o dedo e falando:

    -renda-se eu sou o mais forte aqui e posso destruir qualquer um

    ele era alto como se tivesse 2m e 10 de altura,mas nick ja esta dormindo no chão,como se estivessem pouco se importasse  e seu oponente considerou isso como uma afronta direta de nick e da um soco no chao causando um terremoto que apenas fez nick ficar rolando pelo chão ate que foi chegando perto de seu adversario rolando pela grama do local e ao tentar esmagalo com um pisao,nick chuta ele no rosto ainda no chao dormindo e afunda o rosto do pobre rapaz que ia esmagar a cabeça de nick com um pisão e ainda racha a barreira media de cahethel,todo destruido pelo chute o guerreiro se levanta porem ja e tarde nick esta em pe em sua frente dormindo e lhe da um soco na barriga que explode tanto o seu estomago quanto o resto da barreira do cahethel,entao cahethel fala:

    -treinamento duro pessoal,vamos fazer magia do tempo no sr.matias pra ver se acorda

    apos tenta usar a magia do tempo cahethel nao consegue e fala:

    -nao acredito,mudança do tempo nao funciona nele

    -o que isso quer dizer-pergunta luna

    -significa que nem se eu mudar o tempo,o nick nao vai ficar parado,nao vai envelhecer mais rapido e nem tentar diminuir a velocidade dele e ainda me proibe de viajar pro passado enquanto eu estiver a 1 galaxia de distancia dele-fala cahethel

    -chega vei,esse cara ta muito apelão-falou pafunsu

    -disse o cara que terminou 3 lutas em 4 milisegundos-fala nick

    -voce nao tava dormindo-falou pafunsu

    -habilidade de fotossintese e so eu estar encostando em terra que eu me recupero mais rapido-fala nick

    -bom mais tirando isso-nick colocando um punho fechado em frente ao rosto so que com um sorriso corajoso-eu vou vencer todo mundo,que esta aqui eu prometo isso pra voces 
    FIM
    __________________________________________________________BONUS_________________________________________________________________

    NOME:Kamille Orihara        APELIDO:Kamie         PAÍS:Australia
    ELEMENTO:Agua        HABILIDADE:Solidificação e Gaseificação
    GOSTA DE:Instrumentos Pessoais Masculinos (IPM)

    NOME:juliane kanam      APELIDO:Julie     PAÍS:Istambul
    ELEMENTO:Escuridão      HABILIDADE:Nuvem escura
    GOSTA DE:Pafunsu (DARK STALKER)

    NOME:Giulya kim than    APELIDO:Giu      PAÍS:Coreia do Sul
    ELEMENTO:Espiritual      HABILIDADE:Necromancia
    GOSTA DE:K-POP

    ________________________ERRATAS__________________
     NOME:Gustavo Santiago  APELIDO:Gusta ou Gustavo  PAÍS:Brasil
    ELEMENTO:Estrela     HABILIDADE:Escudo Estelar
    GOSTA DE:Olhar as estrelas

    NOME:Lan Hikari   APELIDO:Nenhum   PAÍS:Japão
    ELEMENTO:Fogo    HABILIDADE:Escudo Estelar
    GOSTA DE:Não se sabe




  • A minha forma de refletir em situações difíceis

    Algumas vezes na vida nos questionamos por que passamos por determinadas situações, que achamos que não somos merecedores, mas diante delas devemos nos fortalecer cada vez mais na nossa fé, pois Deus é como nossa sombra, sempre está ao seu lado, mesmo nos momentos em que você não vê a luz, sem luz não a sombra, mas Deus está ali para te iluminar, te reacender. Pois é no tropeçar que aprendemos a força do equilíbrio. É no amanhecer que nos encantamos com a luz do sol. É no escalar da montanha, vencendo todo cansaço físico, é que teu olhos captam para a alma toda beleza do vale. Se tudo tivéssemos nada valorizávamos. É a característica humana. Superações e limites caminham lado a lado. Você deverá ser sempre o ponto de equilíbrio.
  • A sua comunicação te define: Em 3 minutos o seu interlocutor sabe quem é você

             A comunicação desempenha um papel importante em todos os aspectos de nossas vidas. Eu arrisco a dizer que hoje, a comunicação é o maior problema da humanidade. É questão que extrapola a questão da carreira. Em outras palavras, isso equivale a dizer que hoje todas as relações acontecem por meio da comunicação, seja oral ou escrita. Por isso, torná-la cada vez mais eficaz é o nosso grande desafio.

           Em todos os aspectos das nossas vidas, fazer-se entender, ou seja, comunicar-se com o outro de maneira inteligível, é fundamental. Isso acontece para que os relacionamentos sejam construídos e mantidos nas relações entre amigos, familiares e também no campo profissional. Só que para este processo sem habilidades efetivas, será muito difícil construir de forma correta e promover relacionamentos produtivos. Isso vale para qualquer relacionamento pessoal, onde é importante se comunicar para que ambos se conheçam melhor.

         De tempos em tempos, talvez, ouvimos a famosa frase “Você é o que come”, “você é o que veste”, entre outras. Mas você sabia que você é o que se comunica? Você já reparou? Caso tenha ou não reparado, é importante melhorar, porque você pode está perdendo chances de ser um bom comunicador. Quando pensamos em comunicação sempre vem em mente político, professores, coach, seu próprio chefe ou alguém da empresa que você trabalha em uma posição de comando.  Em qualquer emprego, por exemplo, os funcionários são constantemente cobrados para conversar com o chefe. E, por sua vez, o chefe precisa transmitir suas idéias de maneira clara e eficiente aos subordinados, fazer apresentação para outros executivos, apresentar um projeto ou produto. Enfim, a capacidade de comunicação de todos está sempre sendo colocada a prova. Mas será que só eles precisam se comunicar? Você não se inclui nisso? Uma dona de casa? O gari? O estudante?  Todos eles não estão inclusos? A resposta é que sim,  que “TODOS” estão inclusos, porque todos nós precisamos passar uma mensagem, mas uns em maior e outros em menor proporção.

           Eu gosto de ilustrar para facilitar o seu entendimento. Então, vamos pensar em um jornalista que é narrador de jogos de futebol, ele está transmitindo uma mensagem que é o jogo em si, usando as suas habilidades comunicativas. Só podemos perceber que ele consegue falar com clareza e com rapidez, sim rapidez, ao mesmo tempo em que o jogo acontece, porque ele fez um treinamento, algo que “QUALQUER” pessoa pode conquistar com dedicação e ajuda profissional.


         Falar de comunicação parece fácil, mas não é, pois a forma como você fala em uma conversa pode te definir. Então, eu me arrisco a dizer que, a comunicação é um grande problema da humanidade.

          Em 3 minutos, o seu interlocutor pode avaliar a relevância da sua mensagem, a sua articulação, a sua linguagem corporal, se sua fala apresenta erros de português, se fala alto, se seu tom é agressivo, inseguro, tímido, emotivo, entre outras informações.

         Resumindo ele tem todas as informações em pouco tempo, sobre continuar ou recuar na interação. Então, é de extrema importância você ficar atento, solicitar feedback de seus amigos, familiares e  ajuda profissional de um fonoaudiólogo para marcar ponto com o seu interlocutor.

        Agora, você consegue entender porque a sua comunicação te define?  E aquela famosa frase “palavras ditas não voltam atrás.” faz sentido também?

         
           Você já pode começar dá um passo na direção para ter uma boa comunicação!!
     
  • A Uma Realidade De Distância

    "Me manter a uma realidade de distância nunca foi fácil;
    Principalmente quando parecia tão longe e tão perto;
    Talvez eu devesse me mudar;
    Quanto mais longe eu fico, mais perto estou de você;
    Preciso medir meus esforços;
    Nunca se sabe quando o universo vai decidir me presentear com você;
    Então eu o forcarei a fazer isso;
    Eu vou forçar ele a me dar você;
    Eu vou me mudar para mais perto, ainda dentro da minha casa, e mesmo assim longe o suficiente dela;
    Tão longe de você, mas com a palma da mão no seu rosto;
    Estudando os traços do seu rosto, com a consciência de uma realidade vívida e da memória ridícula de que tenho de voltar para o perto, que seria o mais longe que fico de você."
  • A união do complexo medo atraente

    Penetrara no karma atual da moderna sociedade virtual em que nasceu, cresceu e ainda vive, mergulhado numa atmosfera de medos e complexos que lhe foi imposto por uma sociedade de valores hipócritas e sentimentos ilusórios. Essa triste “realidade” que até então vivenciava, teve sua extrema abrangência com o poder que lhe foi outorgado através da internet e seus recursos digitais. Passara em muito pouco tempo de um simples telespectador para um aspirante astro internauta autodidata.

    Através da internet e suas redes sociais, como um cyberpunk moderno, percebeu que a espada encantada cravada na grande pedra, não pertencia somente ao lendário e valente Rei Arthur e seus cavaleiros da távola-redonda, como era antes o caso monopolista da grande mídia. Agora sabia que também ele obtivera o direito de possuir sua própria espada mágica, e, foi encantado e possuído por ela.

    No início não podia prever as consequências de tal poder. Tudo era maravilhosamente maravilhoso. Estava perplexo diante dos inúmeros portais mágicos que lhe fora aberto por esses dispositivos radiativamente encantados, onde tudo começou com o poder telepático de enviar e receber nossos pensamentos, desejos e sentimentos nos virtualizando em palavras, falas e imagens. Abrangendo nossas perspectivas limitadas, além dos nossos vínculos sociais mais próximos, alcançando o desconhecido em milésimos de segundos, entre os milhares quilômetros de distâncias. Até o Mago Merlim se aqui entre nós, nesse momento, estivesse, ficaria impressionado com tamanho poder e proeza outorgado a todos.

    Porém, a espada de Arthur continha dois gumes e cortava dos dois lados.

    Percebeu-se ainda, que, não tarde, o poder que lhe foi ofertado pelos deuses tecnológicos exigia de nós sabedoria para possuí-lo. Essa poderosa espada mágica Kaledvouc’h como se outrora pensava, estava inacessível ao grande público há tanto tempo, encrustada na grande pedra, pelo nobre motivo daquele a quem seria o seu possuidor, ter que passar por ensinamentos de vida rigorosos, pelo qual o seu espírito e o seu coração fossem meticulosamente testados. Só assim, teriam a primazia de obter a força dos deuses para puxar a espada da grande pedra. Essa sagrada espada é raramente denominada “Excalibur”, e é retirada por Arthur como símbolo milagroso de sua Nobreza e direito ao trono da Bretanha.

    Entretanto, agora se questionara: Será que todos possui esse direito e nobreza do Rei Arthur?

    Fomos preparados e disciplinados para empunhar tamanho poder?

    Virtualmente, se deparou com os muitos casos de jovens que por uma simples brincadeira nas redes sociais, acabaram causando dor e destruição a si mesmos e aos outros. Como foi o caso da menina russa de 17 anos que morava nos Estados Unidos, que filmou um ato de estrupo em um aplicativo de postagens de vídeos, com duração de nove minutos, só para obter likes. Intentara que naquele momento durante a filmagem, a jovem poderia usar o seu dispositivo para pedir ajuda ligando para polícia, ou um adulto responsável, também notara, que as pessoas que estavam assistindo o vídeo online, em vez de dar likes, poderiam aconselhá-la para impedir aquele ato brutal. Que alcançou milhares de visualizações.

    Daí, meditara, que o poder sem a responsabilidade é cegamente egoísta e brutal.

    Entretanto, dualisticamente, não esquecia ele, que Excalibur é uma espada pontuda afiada de dois gumes que corta, penetra e dilacera. Podendo afastar as pessoas, ou uni-las. Mas, nesse bidimensional mundo de algoritmos binários computacional e ilusório, afirmava ele somente conhecer causas e efeitos mecânicos, e nunca as Sagradas Leis Naturais em si mesmas. Por isso, que ao unir as pessoas, afastava a solidariedade entre elas, em que camuflado e protegido em sua privacidade, por detrás das telas negras caleidoscópicas brilhantes, o indivíduo se julgava ir além do respeito e dos sentimentos fraternos, soltando sua naja língua pensante, em seus rápidos dígitos dedos, envenenada nos seus mais mesquinhos sentimentos obscuros de inveja, cacoetes, ego e porcas maldades. Que no mundo fenomenal das aparências, só percebia bidimensionalmente ângulos e superfícies, e nunca o integral das coisas.

    Obviamente, ele sabia que a dialética da consciência da proximidade física dos corpos pensantes, que tudo entende por intuição, através das palavras audíveis, figuras simbólicas, gestos, movimentos, olhares e expressões voluntárias e involuntárias fora cruelmente ofuscada pela dialética racional do intelecto presente nas redes sócias, fóruns e plataformas proprietárias de mensagens instantâneas baseadas em nuvem, que nada tem de essência natural humana, e sim, apenas o ilusórico poder formulativo de ideias e conceitos lógicos preconcebidos, que por mais brilhante que seja, e por mais que se julgue de qualidade e de utilidade nos inúmeros aspectos da vida prática e cotidiana, nada tem de valor para existência e ecologia humana, resultando apenas em obstáculos subjetivos, incoerentes, torpes e pesados para nossa simbiose como seres fraternais coletivos, e que nada tem de verdade.

    No fim, diante da verdade, percebeu-se sendo o pobre poderoso, precisando de alento (likes, em legais polegares opositores), precisando de algo que o anime (coraçãozinhos vermelhos, e rostos redondos sorridentes amarelados), sentiu-se com o ego demasiadamente forte e personalidade terrivelmente débil, por sua própria mesquinha natureza apodrecida em si mesmo, encontrando-se numa situação completamente desastrosa, e sem vantagens, em que o sono lhe foi roubado, a ansiedade descontrolava as batidas do seu coração, e a vaidade tomara o controle de sua alma, tendo a depressão como amante e companheira.

    E no seu estado deprimente, porém, contemplativo, sabia ele que nos primórdios da nossa existência como uma das muitas espécies que habita esse ecossistema terráqueo, éramos simplesmente um ser coabitando e interagindo com os outros inúmeros seres aqui existentes. Não víamos a natureza como esse belo quadro pintado a óleo ou aquarela, ou como as ‘pixeladas’ imagens digitais no fundo dos nossos desktops eletrônicos e dispositivos móveis. Não ansiávamos pela chegada do tempo limitado do fim de semana para passear com a família nos bosques e pradarias, e nem tão pouco esperávamos a chegada das férias para curtir os muitos lugares paradisíacos, ou nos aventurar em trilhas, escaladas e caminhadas nos ditos ambientes naturais e ecológicos. Essa coisa alheia que hoje denominamos “NATUREZA” era intimamente o único e o primeiro mundo vital e cultural que existíamos. Nossos antepassados não só viviam em contato íntimo com as outras criaturas vegetais, animais e inanimadas, como se comunicavam diretamente com os seus espíritos e coração. Daí que surgem as fabulosas histórias e contos de fadas, gnomos, duendes, devas, ninfas, curupiras, orixás, anjos, caboclos, entre outras inúmeras manifestações do que hoje classificamos como “espíritos inorgânicos da natureza” em diversas culturas humanas espalhadas pelo mundo.

    Por isso, ficou muito difícil para o seu entendimento humano separar a sua espiritualidade, cura e boa qualidade de vida da Mãe Natureza. E, entendeu o porquê dos diversos movimentos esotéricos, xamanísticos, taoístas, hinduístas, budistas, cabalistas, sufistas, gnósticos, wicca, candomblé, entre outros da busca da espiritualidade, como também os movimentos de cura, saúde mental, e medicina ancestral e alternativa se situarem em ambientes naturais abertos e ecológicos.

    Nisso, percebeu que ao longo do nosso rigoroso processo civilizatório, em que gradualmente nos separamos do nosso natural habitar, que o SAGRADO em nós foi naturalmente esquecido. Deixamos de ouvir as MENSAGENS DOS VENTOS, paramos de falar a LÍNGUA DAS ÁRVORES E MONTANHAS, abandonamos o afeto de SENTIR COM O CORAÇÃO, e os nossos olhos se cegaram para o MUNDO INVISÍVEL. E, para piorar mais ainda a sua situação, vira que como espécie se transformara no pior predador que já existiu em todos os tempos, ‘Satânico Aniquilador’ das muitas culturas existenciais em todos os aspectos da natureza, e, dele mesmo.

    Meditara ainda mais profundamente de que como espécie, nos tornamos existências humanas desencantadas, prisioneiras de nós mesmos em frente a uma tela Touch Screen de valores, e, de falsas concepções virtuais, mendigando uma irreal atenção em salva de palmas, likes e emotions de coraçãozinhos vermelhos, rostos redondos amarelados (caras de bolachas) e legais polegares opositores. Vira que as proximidades humanas se basearam em distantes conexões WI-FI, em que ignoramos cruelmente os nossos presentes íntimos entes queridos a nossa volta, em ser um direto participante na criação do Aqui e Agora, para nos tornar um observador e um observado distante do passado alienado dos desejos, anseios, críticas e felicidades do desconhecido “amigo” internauta. Preferimos viver solitários com políticas de privacidade essa virtual ruptura do contato natural, nos separando plenamente do sentido existencial da vivência humana, e minimizando a nossa consciência social, afetiva e emocional ao estado simplista do observador e do observado, e de que a tecnologia não promove e nunca promoverá, assim, como, as propostas da comunidade científica, uma fusão harmoniosa com a existência humana e a natureza. Sua meta desde a revolução industrial é unicamente modificar. Acreditando melhorar, otimizar, maximizar, implantar, oportunizar e assegurar um conceito evolucionário de humanidade ciberneticamente supranatural, onde poderíamos viver sem depender dos recursos naturais e afetos sociais para nossa existência. Para assim, em vez de (como eles acreditam) subsistirmos, ‘sobre-existirmos’ na lua, em Marte, ou em uma cosmológica galáxia distante como prega e aliena a NASA e Hollywood.

    Sentira que perdera a simplicidade da vida e o seu primeiro amor, e se tornara um ser imediatista, arrogante, conformista, impaciente, tempestuoso, depressivo e penoso. Ignorava suas crianças, e assim, fazia com que elas o ignorasse, transformando-as no subproduto mesquinho dele mesmo. Nisso, vira que ignoramos os nossos semelhantes como nunca antes já vivenciado no mundo, em todos os tempos de nossa comunal existência, ofertando para os nossos irmãos e irmãs o que tem de pior em nós mesmo. E, dessa forma e maneira, acumulamos dores e sofrimentos para o nosso último sopro de vida, e assim, morremos existencialmente porque matamos nossa essência dentro dos nossos filhos e filhas, chegando a tal ponto de não mais nos perpetuarmos nos novos corpos.

    Percebera que a verdadeira expressão para o mundo tecnológico de hoje é ABSOLUTA TRISTEZA. E isso dói na alma… adoecemos! E o pior é de que não sabemos que estamos existindo enfermos. Acumulamos muitos bens do Aqui e pouca coisa do Agora, e a Magia da Alegria abandonou a Morada do Coração, e o Sagrado Entendimento que em tudo dança se ocultou. Então, eis a questão e desafio existencial da nossa cultura humana: ATÉ QUANDO FICAREMOS CALADOS E INERTES, TRANSMITINDO PARA AS GERAÇÕES FUTURAS ESSA GRANDE DEPRESSÃO EXISTENCIAL, PELO QUAL NOS CONVERTEMOS NO TIRANO PROBLEMÁTICO DESTRUIDOR DA BELEZA DE TODAS AS COISAS? Entretanto, quem se movimentará e falará com loucura e paixão para o despertar da grande massa? Quem será esse novo Meshiach e Avatar? Mas, enquanto ELE ou ELA não chegar ficaremos inertes, atrofiando nossa mente e coração nas telas e internet? Imbuído nessas íntimas e totalitárias questões, analisara que os desafios para o retorno do SAGRADO em nossas vidas são tremendamente numerosos.

    E, contemplando todo aquele panorama, se viu com sua poderosa espada na palma de sua mão, a mágica Kaledvouc’h, o espelho negro. E como um pedaço de madeira arrastado pelo rio, tentando resolver as coisas por sua própria conta, reagindo ante qualquer dura palavra, qualquer problema e qualquer dificuldade, lamentavelmente, o medo empoderou o seu ser, fabricando nos cinco cilindros da máquina orgânica, em que lhe compunha e que o seu SER habitara, os inumeráveis multifacetados eus-demônios, aplicativos escravos de si mesmo.

  • Acefalia aguda

               Muitos adolescentes brasileiros nascidos na primeira década deste século, e outros tantos jovens adultos da década de 90, se portam como verdadeiros doutores em História e Ciência Política. Pseudocríticos baseando suas vagas opiniões em velhos preconceitos, medos sepultados já há muito tempo e memórias deturpadas por pessoas que nem sequer puderam estudar História. Sem fundamentos empíricos e teóricos, não há História.
                Essa História, ciência da reconstrução do passado através dos vestígios deixados pelo homem no tempo e no espaço, é diferente da história, sucessão de eventos humanos em ordem cronológica e assimilável. O infante — geralmente aquele que filava as aulas de humanas, por considerarem-nas muito chatas ou irrelevantes para a formação profissional —, não saberá defini-la, pois não tem formação na área.
                Não saberá dizer também: Como se deu a conjuntura político-econômico de 1964? O que é uma Ditadura Militar? O que é um golpe de Estado? Como o Tenentismo contribuiu para a formação do “Superleviatã”? Qual o papel da extrema-esquerda na radicalização nas alas golpistas? Você já leu os atos adicionais e institucionais promulgadas pelo Executivo centralizador? O que é um político biônico? Etc.
                Você, que provavelmente deixará um ataque nos comentários desse texto e não uma crítica racional, não tem formação na área de História ou qualquer das Ciências Humanas. Não leu nem sequer um livro de História do começo ao fim e não viveu entre 1964 e 1985.
                Você caro leitor(a), provavelmente não viveu num período onde o salário diminuía na mesma proporção em que banqueiros enriqueciam com empréstimos bilionários com dívidas internas e externas. À censura. Uma época onde democracia se resumia a um bipartidarismo forçado onde o governo controlava ambos os partidos, seja com ideologia ou o braço forte da lei. A inflação galopante que elevava o preço dos alimentos. A precarização e privatização do ensino com a Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Onde homossexuais não podiam servir ao Exército, considerados doentes mentais. Época em que prisões arbitrárias, sem amparo legal tinham o aval do Estado. Onde assassinos são heróis. Golpistas democratas. Submissos das potências estrangeiras patriotas. Um tempo e que tortura era política pública e terrorismo de Estado ação de legalidade constituinte. Você, é um mero produto desse período.
                Antes que venham as acusações, eu não sou filiado a partido político. Não sou sindicalista. Não milito em quaisquer ONGs. Nem pratico esportes radicais!
                Minha legitimidade para falar de Ditadura Militar? Bem, digamos que sou graduando em História. Tenho mais legitimidade do que você, ou um youtuber, um blogueiro, qualquer influencer ou “personalidade da mídia”. E o melhor de tudo, meu argumento se fundamenta em princípios teóricos e empíricos, de pessoas que estudaram décadas para chegar à conclusão de suas pesquisas, sejam elas quais forem.
                Mais que uma crítica, lanço aqui um desabafo. Eu tenho muita vergonha de pertencer a uma geração que tem como único objetivo viver em alucinado egotismo. Pessoas que tem como única preocupação adquirir curtidas de pessoas tão acéfalas quanto aqueles que postam fotos entupidas de Photoshop. Crianças mimadas carentes de atenção.
                Sinto nojo de uma nação que escolheu candidatos conservadores, que acusam os próximos dos crimes que eles mesmos praticam nas surdinas como os bons hipócritas que o são. De um país que trocou o seu desenvolvimento para ver o seu processo de conquista ruir como um castelo de cartas marcadas. Uma pátria que tem como único objetivo devorar os seus sonhos de seus filhos e filhas. Se incitar o ódio de héteros contra LGBT+, de homens contra mulheres, de jovens contra adultos, de sulistas contra nortistas, de brancos contra negros... de brasileiros contra brasileiros.
    Vou deixar aqui referências o suficiente para aqueles que cultivam a ignorância, amorteça o seu despreparo perante a realidade:
    LEI Nº 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961
    Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html>  acesso dia 26/03/2019 às 23:29 Hrs
    LEI Nº 5.692, DE 11 DE AGOSTO DE 1971
    Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html>   acesso dia 26/03/2019 às 23:40 Hrs
    Reforma tornou ensino profissional obrigatório em 1971
    Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/03/03/reforma-do-ensino-medio-fracassou-na-ditadura>    acesso dia 26/03/2019 às 23:48 Hrs
    Os currículos de História e Estudos Sociais nos anos 70: entre a formação dos professores e a atuação na escola
    Disponível em: <http://snh2007.anpuh.org/resources/content/anais/Elaine%20Louren%E7o.pdf > acesso em 26/03/2019 às 00:02 Hrs
    "O desafio de ensinar História durante o regime militar"
    Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/o-desafio-de-ensinar-historia-durante-o-regime-militar-ehc3qh8l0viwed9l42wawrz9q/>  acesso dia 27/03/2019 às 11:25 Hrs
    OS ESTUDOS SOCIAIS E A REFORMA DE ENSINO DE 1º E 2º GRAUS: A “DOUTRINA DO NÚCLEO COMUM”
    Disponível em: <http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1439700335_ARQUIVO_OSESTUDOSSOCIAISEAREFORMADEENSINODE1E2GRAUS.pdf> acesso dia 27/03/2019 às 11:43 Hrs
    Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/documents/186968/485895/Estudos+sociais+no+1%C2%BA+grau/4e96a598-50ec-491d-ab72-4ce2c50a9f3d?version=1.3> acesso dia 27/03/2019 às 12:00 Hrs
    Decreto nº 66.600, de 20 de Maio de 1970
    Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-66600-20-maio-1970-408046-publicacaooriginal-1-pe.html> acesso dia 27/03/2019 às 12:07 Hrs
    ARNS, Dom Paulo Evaristo. Brasil: nunca mais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.
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  • Acorde como um sonhador

    Acorde como um sonhador, levante como um vencedor e viva como uma pessoa realizada
  • Ainda Sou Eu

              Às vezes fica difícil entender as coisas ao nosso redor. O julgamento, a opressão, a forma como os outros sabem perfeitamente o que devemos fazer com as nossas vidas. Quando fazemos tudo da melhor forma que acreditamos fazer, e nem assim satisfazemos a opinião alheia, ou quando a gente comete todos os erros possíveis e os outros aparecem com o “Eu já sabia”, ou “Eu te avisei”. Essas situações sempre parecem nos prender e nos enquadrar em um lugar que não nos pertence, ou que é apertado demais para quem somos.
              Pensando nisso me dei conta de que existe uma escala gigantesca de comparações na nossa sociedade, de erros e acertos. Tenho muita coisa ainda para melhorar e tenho cometido muitos erros também, embora nessa escala existam pessoas “melhores” do que eu, que fizeram escolhas positivas, tiveram mais sabedoria e mais amor ao próximo, também tiveram aquelas  que erraram muito mais do que eu, que se arrependeram tanto ou mais do que eu na vida.
              Falo a respeito disso pois acredito que me enganei durante muito tempo, querendo subir nessa escala e me medindo para perceber o quanto eu estava melhorando nas minhas comparações de erros e acertos. Acabei descobrindo algo com isso:
              Mesmo quando eu mudo a minha forma de vestir, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu mudo o meu cabelo, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu mudo minha forma de agir, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu mudo meu jeito de pensar, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu mudo a minha alimentação, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu gabarito todas as questões de uma prova, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu cometo todos os erros dos quais eu me arrependo, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando todo mundo me aplaude, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando todo mundo me vaia, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu choro, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu rio, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu sou rejeitada, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando sou amada, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu sou inteligente, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu sou distraída e incrivelmente ignorante, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu concordo com as pessoas, Eu ainda sou eu.
              Mesmo quando eu discordo do mundo todo, Eu ainda sou eu.
    Portanto, mesmo quando eu sou o que quer que seja, EU AINDA SOU EU.
    Por conta disso eu passei a compreender, que não existe nenhuma escala que possa medir o sucesso ou o fracasso de um ser humano, por que de uma forma ou de outra, ainda seremos únicos e incomparáveis. Aprendendo, descobrindo, evoluindo, cada um na sua jornada, com suas glórias e seus karmas.
    Mesmo que a gente chore, mesmo que a gente se arrependa, mesmo que isso doa no fundo da nossa alma, jamais devemos desistir de nós mesmos e do nosso amor próprio. Existe alguém que nos ama e nos admira sem nenhum julgamento ou opinião formada. Alguém que não nos classifica, alguém que sabe compreender com conhecimento de causa, a grandeza do nosso ser. Alguém que jamais vai deixar de nos compreender e nos amar, por que não é isso? Não é aquela pessoa no espelho que entende tudo que sentimos, todas as paixões que vivemos, todos os erros que cometemos? Não somos nós mesmos a nos dar todo o amor que merecemos? Isso não é maravilhoso? Que não precisamos mudar nem um fio de cabelo para sermos amados e aceitos por nós mesmos?
    Que bom que somos seres únicos e exclusivos, né? 😊
  • Alguns pontos que a história carrega: influência humana

    Demostra o individualismo encarnado no ser humano junto ao seu instinto natural para maldade, concretizados com a utilização do capitalismo. A junção desses fatores levou a história do mundo a ser cruel como é, onde a desigualdade de raças, de países, de direitos comanda; Inspiradas na brutalidade das guerras, do nazismo e da escravidão; Com a intolerância tamanha a do Ku Klux Klan. Um mundo que comportaria a todos, foi restringido a potências capitalistas, que visam o lucro a qualquer custo, destrói deliberadamente o ecossistema com indústrias poluidoras, queimadas, mineração, desmatamento e explosões. Digo que a tecnologia evoluiu muito, quem imaginária andar em carros, viver em arranha-céus, mas digo também que a mente humana regrediu ao seu próprio umbigo. Só começaram a se “preocupar” com a terra quando ela passou o aviso do aquecimento global, degelo, seca, entre outros; Mas não devemos nos iludir que eles despertaram e tiveram a noção que são dependentes da natureza, que está dando seus últimos sinais de vida. Mas sim, estão com medo que sua mina de ouro acabe, que seu petróleo seque. O capitalismo, a globalização, a tecnologia tirou nossa essência animal e nos moldou em robôs sem consciência, ligados não a subsistência, mas a cultura do excesso; Pode se ver isso em casos como a obesidade nos EUA muito desenvolvido e em contraposição a subnutrição na África menos desenvolvido e sempre explorado. Os seres humanos que tentam ir contra o sistema são reprimidos com voracidade, característica das muitas ditaduras que a história carrega. Devemos lembrar dos revolucionários como Abraham Lincoln, Martin Luther King, ajudadores de judeus no Nazismo, entre outros. Deve-se relembrar quão bom é ser livre, um ser humano, um animal racional e como é terrível ser participante de uma guerra, de um massacre, principalmente se ele for contra nosso próprio lar, que é o planeta terra. Vamos deixar a corrida armamentista para trás e vamos nos unir em uma corrida pela vida, pela paz e pela sobrevivência do nosso tão mais importante ecossistema.
  • Aposentadoria: Dicas para recomeçar uma nova vida

    Aposentadoria: Dicas para recomeçar uma nova vida
    por Sandra Rosenfeld para BLOG Bemzem 



    Há nem tanto tempo assim, aposentar-se era o fim, porque se vivia muito pouco tempo após a aposentadoria. Mas hoje é diferente e aposentar-se pode ser o começo.

    Sim, pode ser e tem sido para muitos mais uma nova e prazerosa, em todos os sentidos, etapa de vida.

    Atualmente, há possibilidade de se planejar esta nova fase da vida, afinal, após a aposentadoria, ainda se espera viver mais dez, quinze... podendo se chegar a vinte anos ou mais. É bastante tempo, é uma vida!

    Claro que o aproveitamento desta nova etapa vai depender principalmente da saúde da pessoa, portanto, o planejamento deve iniciar bem lá atrás, enquanto somos jovens. De olho neste futuro, precisamos fazer a nossa parte o quanto antes no que diz respeito, fundamentalmente, à qualidade de vida. Sem qualidade de vida, não há como usufruir bem da nossa aposentadoria.

    Infelizmente, existem os percalços como doenças ou acidentes que podem vir de surpresa. Mas que, pelo menos, se acontecerem, que não sejam por nosso descuido com nós mesmos, pelo nosso pouco caso no passado, quando deveríamos ter estado atentos aos cuidados com nosso corpo e nossa mente.

    Qualidade de vida – é isso que devemos buscar desde cedo, com uma boa alimentação, exercícios físicos regulares, exames preventivos de rotina, cuidados, também, com nossa mente para que nosso estado emocional se mantenha equilibrado e possamos, dessa forma, manter bons relacionamentos, uma vida feliz profissionalmente e próspera financeiramente.

    Ufa! Parece ser tanta coisa... Mas tudo isso não é só de olho lá na frente para uma velhice tranquila, isso vai nos permitir viver o presente de forma plena e não podemos esquecer que o hoje é o espelho do amanhã.

    Planejar é a palavrinha mágica para uma boa aposentadoria, sem maiores sobressaltos e angústias. Por isso é importante fazer planejamentos no papel não apenas para cinco e dez anos, mas para vinte e trinta anos e estar sempre os revendo e atualizando-os.

    Uma boa técnica é fechar os olhos, relaxar e imaginar-se como gostaria de estar vivendo aos cinquenta, sessenta, setenta, oitenta e, por que não, noventa anos. E, a partir daí, ver o que precisa ser feito hoje para que você chegue lá na frente da maneira como imagina, da maneira que gostaria.

    No entanto, ao planejar, não devemos prejudicar o presente. Como assim? Você pode estar se perguntando. Algumas pessoas estão sempre adiando a vida para depois. Por exemplo, juntam todo o dinheiro possível para o amanhã em detrimento de viver o hoje. Ora, o único tempo que de fato existe é o agora, o hoje, o amanhã torcemos que venha, mas nunca vamos ter certeza de até quando estaremos por aqui. Daí a importância de um bom planejamento em que o presente é tão importante quanto o futuro.

    Ok. Você vai se aposentar daqui a poucos anos ou já está aposentado e não se cuidou muito bem, não se organizou como deveria, e agora? É se entregar a própria sorte? Não, de forma alguma. Afinal, podemos ter ainda tantos anos de vida que, como escrevi, é uma vida! Portanto, é sempre tempo de começar...
  • Aprendi a Ler no Teu Haicai

    Fui entregue ao teu mundo como frase;
    Teu haicai me acertou;
    Mudei para um conto de amor;
    Sofri como uma Julieta;
    Saí como poesia;
    Tracei uma linha com tuas reticências e assinei embaixo com um P.S:

    "Teu haicai me emocionou..."

    Virei então haicai, porque você veio e você foi...
    E sem dúvidas você foi a maior coisa escrita que já li...mesmo sendo um haicai...

  • APROPRIAÇÃO CULTURAL E O MOVIMENTO NEGRO

    O que é apropriação cultural?
    Apropriação cultural é um fenômeno social identificado como a usurpação de elementos culturais de um grupo étnico-racial por parte de um grupo dominante.
    POLÊMICA:
    Há poucos anos atrás surgiu uma polêmica em torno de uma situação inusitada. Uma mulher branca que usava turbante foi interpelada por uma mulher negra que a disse que esta não poderia estar fazendo uso deste adereço por não negra. Para muitos o fato a mulher que usava o turbante não pertencer a raça identificada com a cultural da qual advém tal adereço faz com que essa não tenha o direito de usá-lo, para outros o simples fato desta não entender o significado intrínseco ao objeto lhe tira a legitimidade para isto e para tantos outros isso não passa de uma simples bobagem e um radicalismo dos militantes do movimento negro.
    MAS E BRANCOS PODEM USAR TURBANTE E DREADS?
    Bom, não é bem essa a questão...
    Vamos lá!
    Primeiramente não se deve analisar de um ponto de vista individual esse processo, tão pouco acreditar que este tipo de ação intempestiva é algo defendido indiscutivelmente pelo movimento negro.
    A apropriação cultural deve ser vista da ótica estrutural, pois é assim que ela atua. Quando dreadlocks são vistos de maneira pejorativa em negros e vistos de maneira positiva em brancos temos um exemplo de apropriação cultural, isso reflete individualmente, porém só pode ser identificado e combatido na ótica estrutural.
    Esse processo se torna ainda mais depreciativo quando usurpa elementos de uma cultura historicamente marginalizada, perseguida e silenciada como a cultura negra, que já sofre há muito tempo com esse tipo de fenômeno ao redor do mundo. É nítido o processo de apropriação do Rock, a tentativa de embranquecimento do movimento Hip-Hop e são inúmeros os casos de desfiles que usam elementos dos vestuários africanos usando apenas modelos caucasianos. Isso mostra uma estrutura de substituição da figura étnico-racial ligada a um elemento por uma figura de outra raça, que passa a usufruir das benesses, da beleza e dos lucros gerados por esses elementos.
    E QUAL A SOLUÇÃO?
    É notório que esse não é um problema simples, pelo contrário, é muito complexo, sendo ligado a uma estrutura racista e etnocentrista secular, que encontra grande sustentação no sistema capitalista. Mas é importante ressaltar o caráter estrutural desse fenômeno, para que possamos ampliar nossa visão e encontrar caminhos mais consoantes para enfrentar esse grande problema.
  • Arqueologia Pop – Kroma!

              O grupo Zine EXPO teve uma grande função social na divulgação e produção de quadrinhos nacionais, principalmente os mangás. Eram desenhistas e roteiristas amadores tentando galgar um espaço no mercado editorial, com recursos próprios, com a cara e a coragem que só artistas do cenário independente tem. Singravam a diversos eventos, vendendo os seus quadrinhos em formatinhos de papel offset e lombada grampeada.
              Dentre o catálogo da Zine Expo, em seu site, eu conheci e adquiri alguns quadrinhos, dentre eles, o Magic Ystin do Laio Yune, o Digude do Vinicius de Souza, o Templários do Yuji Katayama, autores que eu chamo carinhosamente dos Três Mosqueteiros Carioca. E por fim, comprei um quadrinho que tinha uma capa bem legal, o Kroma!. O título era produzido por uma dupla de irmãos.
              O roteiro era do Washington Messias, com desenho do Erick Messias, ou para ficar mais fácil, produzido pelo Messias Brothers. Kroma! tinha uma identidade visual bem legal, e uma trama que me envolveu de súbito. Usar a temática de gangues com o shonen pode não parecer nada fora do normal, mas quando você vê o cenário e os personagens que conduzem a trama, você muda de opinião imediatamente. Saca só!
              Henry está em plena aula de História, mas o joguinho de luta tava mais legal e toma um esbregue da professora. Voltando para casa, ele acaba encontrando o seu pai Abraham largado no sofá, bêbado igual uma raposa. Escornado mesmo. O jovem vai preparar o rango e relembra da mãe falecida semanas atrás. Henry parece estar sofrendo com o chamado “luto difícil”, um forte apego emocional a imagem idealizada da pessoa morta. Ele se apresenta apático e melancólico, além de tímido.
              Em pleno meio-dia, uma visita inoportuna chega, é a Candy, aluna de intercâmbio. Henry a leva para conhecer a Academia de Gangue do Abraham, e para azar de ambos, o velhote acorda. Depois do rolezinho, eles chegam na sala de treino, que é aberta com poder de kroma. Após o término da visita, um grupo grande de jovens moradores visita a casa de Abraham e decidem que querem continuar seus treinos para defenderem o território de invasões de gangues inimigas.
               Mas para surpresa de todos, havia um espião que desafia a academia. O pai de Henry o força a lutar contra o desafiante. Daí ocorre uma das melhores lutas que eu já li num shonen. Só depois da luta é que descobrimos o objetivo do misterioso desafiante, o José “JC” Carlos. Suas habilidades são bem diferenciadas, e prometem lutas incríveis.
              Apesar da história começar com o Henry, o verdadeiro protagonista da história é o JC. Apresentar o personagem o colocando como antagonista no primeiro capítulo é uma inversão de expectativa que o leitor jamais iria esperar. Afinal de contas, é esse personagem que tem o grande objetivo que irá conduzir a trama: destruir o sistema de gangues, que gera violência e desigualdades.
              Seguindo com o JC, o personagem chama muito a atenção em vários sentidos. Ele é negro, luta ao som do hip-hop e tem um grande sonho. Você sente empatia logo de cara pelo personagem. Tem personalidade e um passado trágico: perdeu o irmão mais velho para as gangues. É um bom personagem para fazer um contraponto com o outro coprotagonista, o Henry que, deixaria a desejar como protagonista, mesmo tendo um bom plano de fundo.
              O sistema de gangues parece funcionar muito semelhante as nossas milícias, grupos armados que realizam atividades ilegais em comunidades pobres e favelas, como segurança, extorsão e tráfico. As gangues, nessa história, parecem ter surgido de modo orgânico na sociedade. Existe todo um sistema bem definido, incluindo Juízes de Guerra, ou seja, tem um sistema legal próprio estabelecendo as relações sociais. Uma justiça alternativa.
              As gangues têm seu próprio exército particular e território. Gangues maiores cobram dinheiro de gangue menores, e aglutinam outros territórios, ao que tudo indica. Além disso, existe toda uma economia em torno das gangues, pois, existe um sistema educacional e impostos. Seria interessante, nos futuros capítulos, se os autores explorassem as relações socioeconômicas do Estado com essas gangues.
              Na história, as habilidades dos personagens estão relacionadas ao Círculo Kromático. Num primeiro momento, parece complexo, mas, cada cor está relacionada a um tipo específico de habilidade, que pode ser usada de modo combinado. Como se aprende ou se desenvolve o poder kroma, não sabemos ainda. Levando em conta o que foi apresentado, teriam variações e usos bem estratégicos em batalha.
              O Henry, por exemplo, possui uma técnica ocular em que, ajustando o poder entre ele e o oponente, o jovem poderia bloquear a emissão de kroma do adversário. Já o JC, parece ter uma habilidade diferenciada, originada de outra fonte: o som. Cada som parece lhe conferir uma habilidade diferente, por exemplo, ouvindo hip-hop ele apela para as acrobacias, ouvindo rock, ele fica com supervelocidade. Fico imaginando o que aconteceria se ele ouvisse funk ou sertanejo universitário... melhor não, eu passo.
              A Candy foi o alívio cômico, mas se eu tivesse que fazer uma análise mais profunda, ela parece ser uma menina de classe média. A gente logo vê que ela está muito deslocada na academia. Parece ser uma patricinha vinda de outro lugar, pronta a viver novas experiências, mas que sofrerá com a adaptação. Fico imaginando que ela seria um bom exemplo de personagem que evoluiria muito, a Candy é muito perceptiva.
              O sentido de academia de gangue aqui é menos voltado a um tipo de Ensino Superior e mais direcionado a academia de exercícios físicos mesmo. A obra se passa numa favela, cheia de violência e conflitos. Me aparecem que os autores deram um que de autobiografia na obra. Tá muito crível, ruas apertadas, casas claustrofóbicas, uso de gírias, enfim, muito favela. Eu adorei a abordagem.
              O traço nos remete ao Masashi Kishimoto. Esse artista deixou um ótimo legado entre os mangakás. Sua arte é menos caricata, não chega a ser realista como um gekigá, mas respeita a anatomia mais que outros autores. Erick Messias usa pouca hachura e retículas, investe nos chapados de preto e branco, deixando a arte clara, mas dinâmica. Eu só acho que ele poderia ter feito um dégradé em algumas páginas, ou utilizado texturas, quebraria a monotonia das páginas. Os rostos apresentam boas expressões, definindo muito bem o humor dos personagens.
              Enquadramento perfeito, dinamizou a luta. Aliás, luta bem coreografada, dando peso e movimento na medida certa. Linhas de movimento bem executada. Os diálogos estão bons, os balões não arrastam a leitura. O capítulo cumpriu sua função narrativa e gerou boas expectativas para o próximo capítulo. Tem ação, contexto e ambientação. Já tenho nítido o que os autores querem contar.
              O mangá foi lançado em 2015, sendo vendido em formatinho, de modo independente em dois volumes. Em 2018, sob pseudônimo de Dr. Nankim, os autores republicaram num site de mesmo nome, paralisando a obra. Na época eu entrei em contato com o roteirista, ele fazia faculdade e nada estava descartado. Se a série teria chance de continuar?
              Sim. Eu acho viável. O objetivo do JC era acabar com um sistema de gangues, o mesmo objetivo interrompido pelo Abraham, que desejava formar uma Antigangue —uma gangue que lutaria para dissolver o sistema. Para isso, eles precisam recuperar as jaquetas da primeira gangue existente, a Blackberry, que na verdade, são boton que registram a kroma do usuário!? O JC rapou um, havia mais três livres. No todo são dez. Vai fazendo as contas, mano.
              O arco inicial, para recuperar os boton escondidos poderiam ser usados para desenvolver os personagens, que não sei porque raios, o autor apresentou uns dez logo de cara. E os arcos seguintes seriam direcionados a desenvolver os vilões mais poderosos que, provavelmente, estariam em posse das seis jaquetas restantes. Não ia terminar cedo assim não, mas, mantendo um bom ritmo de publicação, bimestral, por exemplo, seria uma ótima série de se acompanhar, inclusive, com alto apelo comercial.
              Eu entrei em contato com o roteirista da série novamente. Ele disse que apesar de ter algumas páginas prontas, não dará continuidade ao título por algum tempo. Graduado em História, não tem tempo para se dedicar a obra. Não conseguiu seguir na área como quadrinista. Atualmente ele trabalha só, o desenhista deixou o projeto. Essa é mais uma daquelas obras que não conseguem se sustentar sem um mercado editorial para o seu amparo, mas que merecia uma segunda chance.
    Título: Kroma!
    Ano de publicação: 2018
    Autor: Roteiro, Washington Messias; desenho, Erick Messias.
    Sinopse: Após a morte da esposa, Abraham entra em decadência e deixa de pagar os Juízes de Guerra. O território da Blackberry Gangue está oficialmente aberto para invasões. Abraham, Henry, Candy e os discípulos da academia estão correndo sérios perigos. A primeira ameaça adentra o território, Abraham aceita o desafio à sua academia. Quem enfrentará o invasor?
    Cap. 1 – Blackberry Gangue, nº de pág. 30.
    Cap. 1.2 – Invasão, nº de pág. 32.

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