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  • 2ª PanzerDivision - Dos louros à morte - I

    02/04/1945 – Fulda, Alemanha

    Sinto falta dos meus pais. Sinto falta da minha casa, da fazenda, dos animais, dos ovos que minha mãe preparava e do cheiro do tabaco do cachimbo do meu pai. Também sinto falta dos meus irmãos, ambos mais novos que eu. Jürgen é quatro anos mais novo e Gisela cinco. Quando saí de casa eram apenas crianças e hoje devem estar já grandes e fortes, isso se estiverem vivos ainda. Mas tenho que acreditar que sim, senão não tenho motivos para estar aqui em Fulda.

    Estou exausto, no limite de todas as minhas forças físicas e psicológicas. Faz dois dias que não durmo e não sei como consigo ainda estar acordado. Dois dias de marcha e recuo até chegarmos a Fulda e montarmos um perímetro com o pouco que temos. Nós éramos milhares e agora não passamos de algumas centenas, dos quais mais da metade não tem condição alguma de lutar por mais um dia sequer.

    Da Alemanha fui para a Áustria e de lá para a Polônia, França, Bálcãs e Rússia. Voltei para a França e depois Normandia, Bélgica e novamente estou em solo materno. Minha linda Alemanha com suas florestas e rios, suas cidades e pessoas felizes. Mas agora as florestas queimam e os rios estão secos, as cidades destruídas e as pessoas vivendo o que há de pior no mundo. E nós, seus soldados, já não podemos fazer nada mais para melhorar isso. E em parte, tudo isso foi nossa culpa.

    Mas agora estou cansado. A poeira misturada com fumaça dos incêndios deixa meu pulmão ardendo e os olhos cheios de água. A fumaça ajuda, mas sei que ver essa pequena cidade em ruínas e corpos de mulheres e crianças pelas ruas, é o que faz meus olhos se encherem de lágrimas. Tenho que ser forte, pois ainda tenho um dever a cumprir e tenho homens, irmãos, que dependem de mim para sobreviver. Isso é quase impossível, mas temos que manter viva essa esperança.

    Os americanos se aproximam a cada dia. Milhares de homens e veículos contra poucos de nós. Sua artilharia já alcança a cidade e temos que nos proteger o tempo todo, o que nos deixa apenas mais cansados. Provavelmente iremos morrer aqui e aqui seremos esquecidos. Não irão se lembrar dos sacrifícios que fizemos e nem cantar nossos nomes pela eternidade. Mesmo assim morreremos de pé e queixo erguido, lutando, tentando, como apenas verdadeiros soldados alemães fazem.

    Heinz Fieguth – Hauptmann der 2º Panzer Grenadier Regiment.
    2ª Panzer Division.

  • A Extinção dos Gatos

    Três gatos morreram e fizeram a tristeza de uma família se juntar à tristeza de milhões de pessoas no mundo que passavam pelo mesmo. Os gatos estavam morrendo por uma doença misteriosa, transmitida pelo ar e que aparentemente os matava sem muita dor, os deixando tontos e cambaleantes por alguns poucos minutos, terminando com um súbito e fatal desmaio. Mas a família ainda sentia muita dor mesmo após semanas em que os três se foram.
    Obviamente os cientistas estavam interessados em achar alguma cura ou vacina já que isso também significava milhões em lucros, mas muitos não demonstravam muito otimismo com a velocidade que a doença se espalhava e o tempo necessário para as pesquisas. Enquanto isso, há cada vez mais relatos de coisas sobrenaturais acontecendo. Aqueles mais ligados ao mundo sobrenatural afirmam que os gatos são guardiões do submundo e por isso esses eventos estão acontecendo. Já os mais céticos falam que tudo isso não passa de um monte de desocupados que espalham desinformação para sustentar uma teoria da conspiração.
    Nicolas, que acabou de perder os seus três gatos, era um dos céticos, enquanto os seus pais eram crentes no sobrenatural. Eles moravam há mais de duas gerações em uma fazenda a uns dez quilômetros de estrada de chão da cidade mais próxima. Quando criança, Nicolas brincava nas árvores que seus avós plantaram em suas infâncias e desde cedo aprendeu os trabalhos na roça, além do respeito aos animais. Cada bicho tinha uma função, seja prática ou espiritual, e por isso tinham que ter a constante presença de todos eles. Por mais difícil que fosse, os gatos tinham que ser substituídos assim que partiram deste plano, então os pais de Nicolas fizeram uma viagem até a cidade para adotar uns gatos de sua tia, castrá-los e comprar alguns suprimentos pra casa. Pela primeira vez, Nicolas ficaria alguns dias totalmente sozinho e seria o responsável por manter toda a plantação e animais vivos. Mas é claro que, depois de acompanhar o seu pai todos os dias por mais de 8 anos, não seria uma tarefa muito difícil. A rotina já estava bem definida há anos e só mudava quando um novo equipamento chegava, então sabia que tinha que acordar bem cedo e ficar alternando entre cuidar dos animais e da plantação. Era algo bem cansativo e até chato em alguns pontos, mas necessário se quisesse sobreviver.
    O lado bom é que quando chegava a noite estava tão cansado que só queria esquentar a janta, que não passava das sobras do almoço, e deitar. O cansaço era tanto que sempre se recusava a acender a luz da cozinha para lavar o seu prato, usando a pouca claridade da sala em suas costas como guia. Assim que levantou a cabeça para abrir a torneira, viu uma sombra humana se formar na parede e se aproximar de suas costas até que não houvesse mais luz e a parede estivesse completamente preta. A sua respiração parou momentaneamente, a barriga se contraiu e os olhos vidrados se esforçaram ao máximo para piscar. Assim que piscou, tudo estava como antes e a luz da sala continuava a iluminar fracamente a cozinha. Nesse instante, soltou de uma vez só todo ar que tinha segurado e respirou fundo algumas dezenas de vezes para se acalmar enquanto a água escorria na sua frente. O seu lado racional tentava convencer o emocional de que tudo não passava da obra do cansaço, afinal não estava acostumado a fazer todo o trabalho sozinho. E, mesmo que não fosse cansaço, não tinha outra alternativa a não ser tentar descansar já que o próximo dia estava perto de começar.
    Como sabia que não ia conseguir simplesmente tirar isso da cabeça e dormir, decidiu deitar no sofá, colocar os fones de ouvido e esperar o sono o pegar desprevenido. É estranho como não se percebe a transição entre estar acordado e dormindo. Sem nem lembrar em qual parte da música dormiu ou até mesmo qual era a música, Nicolas foi para o mundo dos sonhos e se distanciou completamente de sua realidade. Pelo menos até abrir os olhos e perceber que não conseguia mexer nem sequer um dedo. O medo que sentia era perceptível em sua breve respiração e que foi ficando mais curta ao perceber pela sua visão periférica que uma sombra vinha se aproximando. Quando ficou de frente pra ele, percebeu pelo corpo que era um homem alto, mas bem franzino e com uma aparência de que tinha sofrido muito. O corpo todo do homem parecia envolto de uma sombra a não ser pelo chapéu que uma vez já tinha sido bege, mas agora estava preto de tão sujo. Aquele homem sombra ficou encarando Nicolas por alguns segundos, parecendo saborear o medo que ele sentia e que transparecia pelo seu suor, lágrimas e respiração. Nicolas tentava falar, gritar e implorar, mas não conseguia abrir seus lábios. Enquanto batalhava contra o seu corpo, o homem sombra avançou pra cima dele e começou a sufocá-lo com uma força incompatível com o corpo que apresentava. A respiração curta de Nicolas tinha ficado inexistente. No desespero da busca pelo ar, piscou o olho, caiu no chão e começou a tossir. Por alguns minutos ficou olhando de relance para todos os lados tentando achar o homem sombra enquanto revezava entre respirar e tossir. O medo ainda estava em seus olhos e só queria fugir, mas os seus pais haviam levado o único carro que tinha na propriedade. Então, ignorando o cansaço, decidiu andar até a propriedade vizinha a uns três quilômetros e pedir o carro deles emprestado.
    Ele queria e tentava se convencer de que tudo tinha uma explicação. Já tinha tido uma vez paralisia do sono e talvez fosse só isso, embora ela não explicasse a marca vermelha de dedos em seu pescoço. Mas mesmo que de algum modo conseguisse uma explicação racional para tudo isso, não iria adiantar. O medo que sentia era muito grande e, por mais que quisesse, não poderia ignorar isso. Então pegou uma lanterna, a identidade e um pouco de dinheiro, trancou a porta e fugiu em plena escuridão.
    A lanterna ia da direita para esquerda e da esquerda para a direita em uma meia lua interminável, indo ocasionalmente para trás para ver se não havia nada lá. A vista das estrelas já começava a acalmá-lo nesse longo caminho, o que era bom. Já havia pensado na desculpa que usaria com os seus vizinhos: uma pessoa invadiu a casa e o agrediu, mas conseguiu fazer com que ele sumisse. Como tinha medo que ele voltasse sozinho ou acompanhado, queria passar a noite na cidade. Não era a verdade, mas também não era uma mentira. Com tudo isso planejado, podia continuar admirando as estrelas e afastando a imagem do homem sombra de seus pensamentos.
    Tinha acabado de direcionar a lanterna para trás, visto que não tinha nada lá e voltado a mirá-la para a frente quando sentiu um enorme impacto em sua perna esquerda que o fez cair e soltar diversos xingamentos. A dor parecia sair de seu joelho e ir ardendo até a sua mente. Quando olhou para o chão, viu uma pedra do tamanho de um melão banhada em sangue. Tentou se levantar, mas a dor não permitia que o seu joelho sustentasse o seu corpo.
    Devia faltar mais uns quinhentos metros até a casa vizinha, então, como não tinha outra escolha, decidiu começar a se arrastar. Logo depois dos primeiros centímetros percorridos, sentiu uma forte puxada em sua perna machucada que levou a uma nova irradiação de dor. Embora tentasse, não conseguia gritar e, por mais que se esforçasse, só soltava uns grunhidos baixos. Quando começava a se acostumar com a dor, olhou para a frente e viu o chapéu na sombra de um homem. Não conseguiu encarar por muito tempo, pois, cada vez que a dor ficava um pouco mais tolerável, ele puxava com força para dar um tranco na perna e irradiar mais dor para o corpo. Sabia que estava sendo levado de volta para a sua casa. Tentava piscar e se debater para escapar, mas o homem sombra era muito forte.
    A família de Nicolas chegou dois dias depois dessa noite com seis filhotes de gatos, bastante comida e fertilizante. A mancha de sangue na estrada já se confundia com o vermelho do barro e nem foi percebido pelos seus pais. E mesmo que percebessem, provavelmente acreditariam que algum animal tinha caçado e arrastado a carcaça de sua presa. Não estariam certos, mas também não estariam errados. Chegando em sua casa, viram o corpo de Nicolas empalado com o suporte de uma antena e deixado com os braços abertos como se fosse um espantalho bem na escada que dava acesso a porta principal da casa.
    A polícia investigou o caso que teve uma repercussão nacional, mas nunca chegaram a algum suspeito. Segundo os legistas, Nicolas foi empalado vivo, morrendo lentamente de hemorragia enquanto a antena ia atravessando os seus órgãos até chegar ao seu estômago, o fazendo engasgar lentamente com o seu próprio sangue. Mesmo demorando horas para morrer, pela distância entre as propriedades ninguém deve ter conseguido ouvir os seus gritos de dor. Já os seus pais nunca souberam o que o atormentou já que se mudaram antes dos seus novos gatos morrerem pela doença.
  • A gênese do caos

    Um livro de ficção científica me atraí por diversos motivos, dentre eles: os personagens singulares, a trama que me provoca um sentimento de encantamento e a verossimilhança com a nossa realidade. O livro Manjedoura tem tudo isso, sendo uma grata surpresa para um primeiro título publicado pelo autor Sandro J. A. Saint, jovem autor araçaense. Seu romance é um prato cheio para amantes da ficção científica.
                Um tipo de obra que sempre estará em voga é a distopia. Essa narrativa que vislumbra um mundo onde a sociedade está colapsada devido a fatores socioeconômicos, políticos e/ou culturais, lembra o quanto a humanidade é sobrecarregada de contradições. Com certa dose de pessimismo e fatalismo, a modernidade e o progresso se tornam fatores de diluição da sociedade. O livro se torna um alerta, ou seria uma profecia?
                Manjedoura como um primeiro livro de Sandro J. A. Saint apresenta uma narrativa coerente e original, pois consegue sintetizar muito bem os elementos narrativos desse tipo de história. Unindo pós-apocalipse e cyberpunk numa trama distópica, o romance nos traz uma realidade árida, pouco convidativa. Um ambiente carnívoro com relações sociais predatórias. Os protagonistas revelam bem os sentimentos em relação a esse mundo intoxicado de poluição e violência. Como não poderia faltar num livro como este, a temporalidade é desconhecida. Não sabemos se estamos em um futuro ou em uma realidade paralela.
                O livro começa com uma inserção objetiva nesse mundo, um modo de acautelar o leitor e fazê-lo entender que a narrativa terá um cenário diferenciado. É nesse mesmo prólogo que ficamos sabendo que a população mundial cresceu de tal forma que as guerras e o baixo número de recursos naturais diminuíram o número populacional a menos de 30% do total. As elites, sob as suas variadas vertentes, políticos, militares, cientistas e artistas, se unem e formam um único órgão chamado de Cúpula. Seu objetivo é conduzir os resquícios da humanidade.
                Para resolver o problema da superpopulação, eles criam o Projeto Manjedoura, humanos não nascem, são produzidos em escala industrial em laboratórios, chipados e depois dispersados pela cidadela. Mesmo nesse cenário repressor, há revoltas. Grupos rebeldes se organizam e formam os White Mouses, indo viver na clandestinidade fora da Cúpula, ondes serão perseguidos pelas sentinelas.
                Os protagonistas que conduzem a trama são Hanss Nagaf, o emocionante mensageiro-chefe; Jason Cry, o pupilo falastrão de Hanss; e por fim, Handra, a belicosa guerreira do frio. A personalidade desses personagens é única. Com certeza você vai se identificar com todos ou um deles. Mesmo outros personagens que aparecem na trama têm sua personalidade bem definida e atuante na história. Nenhum personagem aqui foi desperdiçado e agrega a narrativa.
                Hanss é um personagem que soa familiar, conduz a trama com bom humor e se mostra um personagem sentimental, a todo momento tenta empreender uma visão mais espiritualizada da vida. Handra é o tipo de protagonista feminista que falta a muitas obras, forte, sem com isso perder a feminilidade. Jason representa o olhar do leitor, sua impulsividade judiciosa e olhar cético vão trazer os conflitos necessários ao trio, bem como divertir o leitor, se tornando um alívio cômico numa sociedade tão agressiva.
                Minha recomendação é: leia esse livro! O livro está com uma edição impecável feita pela Editora Lexia, custa apenas R$ 21,90 mais o frete. Tem orelhas, miolo em papel offset, capa e contracapa feita pelo próprio autor, reforçando o caráter autoral da obra. Se o leitor busca uma ficção científica distópica com pitadas de fim do mundo, Manjedoura é a pedida.
  • A guerra de sangue cap.1 começo

    -…. Magnus pega sua espada caida no chao , e vai correndo na direçao do dragão vermelho,o dragão pensando que ele éra um alvo facil góspe uma ernome bola de fogo em direção de Magnus , magnus alevanta seu escudo e continuar a andar na direçao do dragão , magnus sendo atingido pela bola de fogo do dragão continua a caminha para frente pois a bola de fogo só deu uma queimadinha em seu escudo… Magnus vai e solta seu ernome escudo e pula em direçao ao dragão,ele alevanta sua espada e………….
    -Mãeeeeeee……
    Mãe-que ,que foi filho…
    Filho-Porque Magnus pulo em direção ao ernome dragão vermelho ?
    Mãe-Porque ele ia corta a cabeça do dragão,e salvaria a pricesa das mãos do dragão filho.
    Filho-Más se o dragão é um animal , então não são patas mãe ?
    ……..(relogio veio a tocar)…………
    Mãe-bom acho que esta na hora de dormi.
    Calmamente ela coloca o livro encima da mesa de seu filho, e tampa ele com um ernome coberto,e beijou sua testa…..
    filho- mãe mas como termino a historia ?
    A mãe dizendo para ele dormi, e ele insistia para que ela termina-se a historia…. Então depois de um tempo a mãe nervosa falou
    -VAI DORMI IMEDIATAMENTE RAGNA!!
    o menino desesperado coloca o coberto em sua cabeça e fala
    Ragna-boa noite!!
    Ragna olha com um olho para sua mae enquanto o outro ficava enbaixo do coberto e fala
    Ragna-mãe amanhã é meu aniversario e vô fazer 8 anos, sera que você poderia fazer aqueles biscoito que só você sabe como fazer ?
    A mãe olha e rapidamente Ragna se esconde enbaixo do coberto
    a mãe apenas deu um sorriso e falo
    Mãe-boa noite…..
    ……...10 anos depois……...
    …………..Mãe-filho por que você não sai da sala do seu pai e vem aqui enbaixo comer unpouco
    Ragna simplesmente abre a porta e sai com um livro em sua mão
    Mãe-Filho por que você não deixa o livro em cima da mesa do seu pai e vem comer….
    Ragna simplesmente deixa o livro em cima da mesa e fala
    Ragna-mãe … hoje eu irei em busca do meu pai…
    Mãe-filho eu acho melhor…
    Ragna-não eu irei sim nem adianta tentar me impedir já faz 8 anos que ele sumiu e não volto, deixando nós pobres, se lembre que nós tivemos que trabalhar como se agente fosse escravos!!
    Ragna inconscientemente conjura uma magia que fez a porta que estava atras dele ser arrancada e destruida……
    A mãe de magnus assustada tenta acalma-lo , mas quando a porta da sala de seu pai ela vê diversos livros de magias,conjuração,invocaçao,etc encima da mesa de seu pai… e fala
    Mãe-então éra isso que você estava pesquisando…..
    Ragna se acalma e vê sua mae com uma cara como se fosse chorar e pergunta se esta tudo bem …
    sua mãe irritada fala
    Mãe-filho…… a você se lembra da historia sobre seu avô não se lembra ?
    Ragna tentar lembra da historia….
    “seu avõ era um guerreiro que sabia usar algumas magias, que lutou contra um dos maiores dragões que toda a historia tinha visto,um dragão que conseguia controlar o sangue de outros animais e usa-las como arma…. O dragão cortou sua perna direita, seu braço esquerdo e seus olhos,… mas com isso o seu avô conseguio corta a barriga to dragão totalmente, e venceu…. E como premio ele cortou os braços e pernas de um recém nascido de dragão que estava no ninho daquele dragão ernome, e arranco os olhos , deixando o filhote totalmente banhado de sangue… com ajuda de sua esposa que sabia magias curativas conseguio usar o braço do filhote de dragão e sua perna , já seus olhos,demoro cerca de 2 horas arrancar os perfurados e colocar os olhos do dragão filhote que mesmo recém nascido já tinha 1,90 m de altura o tamanho de um homen sadio…….. no final ele conseguio ter 1 braço,1 perna e 2 olhos de dragão mais já que essas partes de dragão eram diferentes de um ser humano começo a ter efeitos negativos , o avô começo a ficar louco e assasino milhares de seus companheiros… e no final ele foi morto por tais amigos… deixando 1 esposa e 1 filho recém nascido para trás”……………
    Ragna-sim eu lembro mais ou menos , mas oque tem?
    Sua mãe pensou 2 vezes e falo
    Mãe-deixa filho……
    e depois de varias horas, Ragnus fico curioso por que sua mãe pergunto se ele se lembrava da historia de seu avô que éra pai do seu pai, oque teria a ver ? Isso….. anoite todos da casa foram dormi………….. 
     
     continuação ?
  • A Riqueza Salva

    No começo a tecnologia era vista com entusiasmo. O futuro era visto de maneira brilhante com diversos inventos fantásticos, muitos deles estranhamente ligados ao atributo de voar. Parecia algo surreal e mágico substituir as rodas por nada, podendo admirar de maneira simples toda a beleza que um pássaro vê cotidianamente. Mas o pessimismo foi lentamente tomando conta das mentes e o futuro passou a aparecer de maneira sombria.
    Alguns apostavam no aquecimento global, outros em um vírus mortal que é liberado sem querer de algum laboratório, e ainda tinha aqueles que acreditavam que as máquinas iriam adquirir inteligência e dominar o mundo. O grande problema é que tudo isso desconsidera o fator humano. Há muito já se discutia se era a sociedade a responsável pela maldade humana ou se nós já nascemos assim. A resposta, embora importante, só revela que somos maus. E, sendo maus, nós temos que ser o grande protagonista do nosso fim, pois, se não for assim, provavelmente não é o fim.
    Esse pessimismo mostra que, tanto para o pobre como para o rico, o mundo iria acabar num futuro próximo. Talvez não o mundo, mas com toda a certeza pelo menos a existência da raça humana. O grande problema é que os pobres não têm muito poder de ação individualmente e juntar todos a nível mundial para ter alguma mudança é um trabalho muito árduo, difícil e alguns até diriam que impossível. Mas os ricos estão em um número bem menor e o dinheiro deles carrega um poder quase sobrenatural.
    Tudo, como sempre, começa com o medo. Basta uma pandemia para que a venda de bunkers dispare como se fosse um sinal do final dos tempos. Os bilionários acabam desabafando com os seus amigos, que também são bilionários, sobre esse pessimismo e percebem que é um sentimento comum. E, talvez durante uma conversa no balcão de um bar enquanto bebem um whiskey mais caro do que um carro popular, acabe surgindo ideias de como sobreviver a tudo isso sem perder a qualidade de vida. No princípio, as ideias pareciam absurdas, mas vão se complementando. No fim, fica um silêncio constrangedor. Os pensamentos foram longe demais, reais demais e sedutores demais. Afinal, por que não? É só a morte, a velha companheira que está direta ou indiretamente presente em nossas fortunas e em nosso conforto. Por que não pode participar da nossa riqueza e conforto eternos? E não é difícil conseguir gente o suficiente. Basta convencer as 26 pessoas mais ricas do mundo que já terá poder o bastante e os outros terão que vir se quiserem sobreviver. Bilhões de dólares podem se livrar facilmente de bilhões de pessoas.
    A ideia era bem simples na realidade. Bastava continuar desenvolvendo a tecnologia como se nada de diferente estivesse acontecendo, mas lentamente ir acelerando esse ritmo. O foco principal era desenvolver a inteligência artificial para que ela conseguisse chegar ao ponto de criar as suas próprias invenções, além de máquinas que conseguissem substituir o trabalhador humano nas fábricas. Mas esse último era mais simples já que estava em curso há muito mais tempo. Depois disso, o segundo passo poderia ser posto em prática: a aniquilação de todos que não faziam parte do plano. Pode parecer algo complicado à primeira vista, mas só é necessário o caos inicial. É possível fazer isso de diferentes maneiras. Dá para envenenar lotes de sal e açúcar ou até mesmo o sistema de abastecimento de água de um país, sendo escolhido um veneno de ação lenta para que os sintomas fossem confundidos com os de alguma doença. Também dá para simular desastres naturais, como um enorme tsunami, ou diversos ataques terroristas atribuídos a grupos radicais de fachada. Por fim, mas ainda bem longe de terminar uma enorme lista, é possível criar eventos sobrenaturais como boa parte de uma cidade ter morrido eletrocutada durante uma enorme e súbita tempestade formada por uma bomba de pulso elétrico.
    Assim que o caos se instala, gerando a maior (e última) crise do capitalismo, o fim começa a caminhar por si só. As pessoas não veem o inimigo invisível e talvez não ligassem mesmo se o vissem. O mais importante para elas é não passar fome enquanto sonham em voltar ao estilo de vida antigo. Por isso se separam em grupos e começam a brigar entre si pelo mínimo de recursos. Eles mesmos começam a se exterminar para tentar sobreviver. E essa luta se torna ainda mais difícil porque a maioria das pessoas não sabe técnicas de sobrevivência, como produzir alimentos e nem como funcionam as coisas eletrônicas que usamos cotidianamente. Então só resta lutar pelas coisas que já foram fabricadas e, se tiverem sorte, encontrar algum grupo que detenha esses conhecimentos.
    Para os ricos essa fase também é um pouco tensa, pois é crucial. Eles têm que se manter escondidos até a poeira abaixar e proteger os meios de produção, pelo menos o suficiente para que possam reconstruir rapidamente as suas casas e fábricas. Mas essa parte não gerava tanta preocupação já que tinham uma avançada tecnologia e não precisavam chegar ao mesmo ritmo produtivo de antigamente. Cada um era responsável pelo seu esconderijo e os principais eram debaixo da terra, em plataformas marítimas ou até mesmo debaixo do mar em submarinos de luxo. Assim que essa fase acabasse, seria possível deixar que a natureza se recuperasse sozinha devido as reduções drásticas com a super população e do problema da poluição. Na realidade, o próprio fim do capitalismo levaria consigo a maior parte dos problemas. Como os próprios bilionários diziam com suas vozes pomposas e orgulhosas: “Esse é um amargo remédio, mas é a única esperança para a sobrevivência da humanidade e do planeta”.
    No fim dessa fase, a própria inteligência artificial começaria a planificar a economia para decidir o que seria produzido, o local de produção, a quantidade e para quem ia primeiro com base na logística e em qual plano seria o mais rápido para recuperar a luxuosa vida de todos. É claro que ainda havia desafios, afinal alguns sobreviventes, que os ricos apelidavam de baratas, ainda andavam e sobreviviam nas ruínas das cidades. Por sempre andarem escondidos, não havia um censo de quantos ainda resistiam ao domínio mundial dos ricos. Ao todo 15 milhões de milionários foram chamados para participar do plano criado pelos bilionários e logicamente todos aceitaram. Como podiam abrigar a sua família e alguns amigos, o número de sobreviventes ricos deveria rondar os 40 milhões, mas muitos não aguentaram carregar a culpa e acabaram se suicidando. Já outros tentaram sair dos seus esconderijos muito cedo para reconstruir a sua vida normal e acabaram assassinados. E ainda teve aqueles que não se esconderam muito bem, foram encontrados e mortos por baratas famintas. Ao todo devem ter restado uns 25 milhões de ricos espalhados pelo mundo.
    Um desses ricos era Thomas, um homem que fez sua fortuna no mercado tecnológico após criar uma startup de investimentos. Ironicamente o slogan da empresa era “Sobreviva como um rei, invista com a gente e faça a sua fortuna”, mas ele deve ter sido o único ligado ao aplicativo que continuava vivo. Ele tinha uns 25 anos e 1 filho pequeno no momento em que o plano de extermínio foi posto em prática. Quando sua mansão superprotegida estava pronta, saiu do seu luxuoso bunker com um pouco mais de 65 anos e 5 filhos. Mas se alguém o visse na rua em um dia qualquer provavelmente acharia que ele tinha uns 40 anos. As dicas e tratamentos de beleza que a inteligência artificial oferecia eram valiosos, ajudando os ricos a terem uma vida longa e saudável. Além disso, ela criava um belo conteúdo de entretenimento a partir dos gostos dos moradores, o que evitava a culpa e o estresse, influenciando e muito na aparência deles.
    Já o contrário parecia acontecer com Isaac que tinha somente 30 anos, mas aparentava uns 50. Ele nasceu durante a época do extermínio, então era mais fácil lidar com a realidade já que nunca viveu nada diferente do caos. O estresse e a culpa eram sentimentos cotidianos, sempre estando misturados com a raiva e frustração. Ele era negro e seus músculos eram definidos, mas isso acontecia mais pela desidratação e uma dieta irregular do que por uma rotina dedicada a musculação. A barba e o cabelo eram aparados com uma faca sempre que atingiam comprimento o suficiente para puxar e cortar, os deixando com uma aparência de ninho de pássaro. Os cuidados com os dentes eram precários, mas o suficiente para deixá-los lá. Tanto o cheiro do corpo como o das roupas eram azedos, pois ninguém confiava na água dos rios desde o envenenamento em massa. A preferência era sempre pela água das chuvas e somente em épocas de estiagem era que a água do rio era usada, mas sempre com cautela. Embora não tenha vivido a parte mais bruta do extermínio, sempre ouvia as histórias do pai e seguia os seus ensinamentos como se fossem regras canônicas.
    O seu pai, que se chamava Francisco, morreu quando ele tinha apenas 15 anos, enquanto a sua mãe morreu dando à luz. Quando tudo era normal, ele era o mordomo de Thomas que preferia um humano tomando conta de sua casa do que um robô, além de acreditar que ajudaria o seu filho a ser mais empático ao crescer do lado de humanos. Embora fosse constantemente abusado verbalmente, Francisco não poderia se dar ao luxo de pedir demissão já que não tinha muitos empregos lá fora e a maioria das pessoas trabalhavam como autônomas. Ele achava engraçado como elas formavam quase um mercado fechado: autônomo vendendo para outro autônomo e assim todos vivendo de forma apertada, mas sobrevivendo.
    Era bem diferente de como Isaac vivia e, sempre que ele se lembrava das histórias do pai, ficava com uma sensação de que era um conto de fadas impossível de se tornar realidade. Ele vivia com um grupo de 4 pessoas, todas mais jovens do que ele. Eles moravam entre uma pequena floresta, que antes era um parque, e os escombros de um antigo prédio que ainda tinha parte de alguns andares em pé. O verde já tinha recuperado uma boa parte do cinza da cidade e, como o parque já tinha um grande número de árvores antes, nessa área a recuperação foi mais rápida. Eles dormiam em uma pequena cabana feita de lona com duas valas escavadas ao lado. Isso permitia que a água da chuva fosse captada mesmo quando ninguém estivesse no acampamento. Assim, eles conseguiam fazer trocas com grupos que moravam nos esgotos sempre que ficavam sem conseguir caçar alguma coisa no parque. A troca não era agradável, mas aqueles que moravam nos esgotos sempre tinham uma abundante criação de baratas e uma escassa captação de água. Pronto, a troca perfeita estava feita: um pote de água por um de baratas. No começo é nojento comer elas, mas você vai fritando, as observando e pensando em sua fome. De repente, param de ser tão nojentas e passam a ser desejáveis ao pensar na crocância do exoesqueleto sendo esmagado pelos seus dentes, no gosto salgado se espalhando em uma boca que não sente nada a dias e na satisfação de ter alguma proteína no seu estômago. Mas graças a Michelle, que era a responsável pela montagem das armadilhas no grupo, esse canibalismo nem sempre acontecia. Ela aprendeu tudo que sabia com a sua mãe e tentava passar para a sua irmã mais nova Micaella, mas ela sempre esteve mais interessada nas histórias do mundo do passado que Isaac contava. Já Yuri e Regis eram os responsáveis pela segurança e arrumação do abrigo, sempre pensando em jeitos de afastar outros grupos, além de deixar tudo limpo e funcional. Como era o mais velho, Isaac supervisionava todos e sempre preparava as refeições. Era um grupo bem limitado que foi formado pelos pais de Michelle e Isaac, mas que de alguma maneira inexplicável continuava sobrevivendo.
    Antigamente havia mais membros, chegando a ter 15 pessoas em seu auge. Porém, como o acampamento ficava muito perto da mansão de Thomas, muitos eram capturados e outros fugiam com medo de terem o mesmo destino. A última baixa do grupo foi Juan que, enquanto caçava com uma lança, foi visto por um drone que patrulhava os arredores da mansão. Ele tentou correr, mas, com o lançamento de um projétil menor que uma bola de gude e macio como uma pena, ele caiu no chão imobilizado. Logo depois foi recolhido por um robô que voava a poucos centímetros do chão e que era do tamanho de uma van. Alguns diziam que a pessoa capturada era torturada por informações assim que acordava, já outros diziam que virava fertilizante para a plantação de flores dos ricos.
    Na realidade, ninguém sabia o que acontecia dentro da mansão e nem como ela era por causa dos enormes muros que separavam as duas realidades. Era até amedrontador olhar para ele toda noite antes de dormir, pois, mesmo em meio a tanta escuridão, ele ainda se destacava como se fosse um corpo vivo que se aproximaria de você durante o seu sono e te mataria enquanto estivesse indefeso. Já durante o dia, ele perdia um pouco dessa magia. Embora só tenha visto a barragem de uma hidroelétrica em um antigo e acabado livro de geografia, Isaac imaginava que deveria ser muito parecida com esse muro, mas só que ao invés de ter comportas para liberar a água, tinha pequenos buracos por onde saiam drones de vigia e alguns outros robôs. Mesmo de longe dava para perceber a vegetação subindo pelo muro e um musgo verde se formando na base enquanto lutava contra o preto da sujeira. De resto, parecia ser originalmente cinza escuro e totalmente liso, sem nenhuma imperfeição à vista e sem nenhuma chance de ser escalado, pelo menos não antes de ser visto pelos gélidos vigias.
    Isaac pensava muito nesse muro e se lembrava de uma história que o seu pai lhe contou, mas que nunca compartilhou com mais ninguém. Segundo ele, era uma história perigosa demais para ser divulgada e que poderia comprometer a vida de muitas pessoas. Talvez até mesmo se tornando a nova lenda de El Dorado. Era sobre um dia de trabalho comum, bem cansativo como sempre, e ele preparava um chá para levar até a sala de reuniões de Thomas. Logo depois de bater na porta e entrar, ele viu uns engenheiros apresentando um projeto de uma bela mansão com grandiosos muros. Na hora ele achou que o senhor Thomas ia reformar ou se mudar para um outro terreno, então não se importou muito. Mas, graças a sua memória fotográfica, viu os mesmos muros se erguerem no final da fase bruta do extermínio. Isso não seria de grande ajuda se ele não tivesse percebido que a mansão do projeto era exatamente igual e no mesmo lugar que a mansão onde trabalhava. Portanto, deveria ser a mesma ou pelo menos ter a mesma base e, se for assim, provavelmente ainda teria o mesmo túnel de fuga entre o corredor do primeiro andar e o quintal. Ele tinha sido criado na época da 2º Guerra Mundial para ser usado se algum exército inimigo invadisse. Depois foi reformado ao longo dos anos para o caso de haver um golpe comunista. No fim, só foi usado por gerações e mais gerações de adolescentes para fugir de casa, mas mesmo assim ainda deveria estar lá. Isaac se lembrava de um desenho que o seu pai fez para ilustrar o que estava contando e onde mais ou menos deveria ficar cada coisa hoje em dia. E, logo quando terminou a história, pediu para que ele só tentasse usar essas informações no momento em que soubesse que estava sem saída, pois as chances de morte eram muito maiores que as de sucesso. Ele falava que era como apostar na loteria, mas Isaac nunca entendeu muito bem essa expressão.
    Ele guardou esse segredo durante anos, tentando descobrir quando era a hora certa já que havia só uma tentativa antes do boato se espalhar ou se perder para sempre. Guardou até que Micaella foi capturada enquanto verificava se as armadilhas tinham pego algum animal. A sua irmã estava longe e não pôde fazer nada. Michelle ficou chorando durante uns dois dias seguidos, se culpando e imaginando pelo o que a sua irmãzinha estava sofrendo. Via ela em todos os cenários que diziam ser o destino dos capturados, mesmo sabendo que a maioria eram apenas histórias para assustar os mais jovens. Mas talvez alguma fosse verdadeira, não é? Alguma tinha que ser a verdadeira. Talvez não criassem as pessoas como gado para o abate e nem lutavam até a morte entre si para entreter os ricos, mas com toda a certeza morriam. Esse era o final de todas as histórias.
    Nesse momento, Isaac teve que admitir pela primeira vez que estava sem saída. Na realidade, há muito tempo não tinha nem sequer um caminho para o qual poderia seguir. Ver o seu grupo definhar ao longo dos anos e estando mais perto da extinção a cada dia doía como uma ponta de lança presa em sua carne, então Isaac teve que contar a história para o grupo. A decisão não seria dele, mas havia somente duas opções: eles podiam ir para o mais longe possível do muro e esquecer tudo ou podiam ficar, tentar invadir e torcer para não morrer. Houve um pouco de revolta por ter contado isso só agora, mas ele sabia que o tempo faria com que todos entendessem o porquê de ele ter escondido. Mas, como estavam cansados da realidade e do terrível cotidiano, decidiram lutar ao invés de fugir e assim começaram a elaborar o plano para a invasão.
    No dia seguinte, tudo que foi planejado já começou a ser colocado em prática. Eles entraram no esgoto logo após o parque e seguiram por ele até ficarem a mais ou menos uma quadra de distância do muro. Eles sabiam que entrando depois do parque não iam se deparar com nenhuma outra pessoa porque ninguém era tão louco de chegar tão perto daquela muralha amaldiçoada. O cheiro não era o pior do mundo já que não recebia esgoto há muito tempo, mas mesmo assim a sensação de ser algo sujo e nojento ainda prevalecia. Para organizar o trabalho, eles se dividiram em duplas que iam trabalhar por 12 horas seguidas. Isaac e Michele ficaram com o primeiro turno, o que foi um alívio já que ela era a única pessoa com quem conseguia ficar em silêncio sem se sentir constrangido. Com os outros dois, sempre parecia que algo estava errado e precisava ser preenchido com papo furado. Portanto, essa divisão seria ótima já que as conversas somente atrasariam o imenso trabalho que teriam pela frente.
    Em uma escavação todas as partes são difíceis, mas a mais difícil sempre é a que você está fazendo naquele exato momento. E, nesse caso, o começo era a parte mais difícil. Isaac tinha que calcular exatamente o ângulo em que o túnel tinha que seguir para atingir a passagem subterrânea do quintal. Depois de conferir milhares de vezes o mapa e ouvir diversos “não sei” de Michelle quando perguntava se estava certo, marcou com algumas pedras a direção e ficou feliz em perceber que era onde o concreto do esgoto estava cedendo. Ele trabalhou durante uma hora e conseguiu atingir a parte de terra do túnel. Michelle continuou e conseguiu fazer o comecinho da passagem. E assim eles foram se revezando de 1 em 1 hora para que pudessem descansar um pouco. Eles marcavam o tempo com uma ampulheta improvisada a partir de uma antiga garrafa pet e escavavam com pedaços de metal antigo presos em pedaços de madeira que originalmente seriam utilizados em armadilhas. Não eram as melhores ferramentas e quebravam facilmente, chegando inclusive a fazer alguns cortes quando a parte de ferro soltava com um golpe forte, mas era o melhor que podiam fazer.
    Quando acabou o seu turno e pôde voltar para o acampamento para descansar, só queria ficar deitado na terra amaciada pela grama e olhar para o céu enquanto ainda tinha a chance. Logo ele iria cair no sono, acordar e voltar para a escuridão. Ele tinha medo de voltar para lá. Não um medo paralisante, mas um que embrulha o estômago e te deixa trêmulo. O máximo de luz que eles tinham era um pouco de gordura que eles deixavam queimar no meio do caminho. O cheiro de animais em decomposição predominava, se sobrepondo ao cheiro de terra úmida. E, por estar fazendo bastante esforço físico, era obrigado a respirar mais vezes, sentir esse cheiro pútrido invadir as suas narinas e dominar a sua mente. Mas o que o deixava mais irritado era saber que ia demorar e que provavelmente já seria tarde demais para encontrar Micaella viva. E a cada dia que passava, a demora só irritava ainda mais. O problema não era mais a intensidade do trabalho, mas a longa distância que estava se formando. Os turnos tiveram que passar de 1 hora por pessoa para 3 horas porque simplesmente demorava muito para se rastejar até o fim do túnel. As discussões aumentaram e a maioria tinha Isaac como alvo, indo desde o quanto cada grupo estava escavando até questionamentos em relação a direção em que estavam seguindo. Mas todos que discutiam não acreditavam realmente no que falavam, era só uma forma de se livrarem de toda a raiva e frustração que acumulavam. Eles precisavam descontar em alguém porque também tinham medo de ter tomado a decisão errada. Tinham medo de ter escolhido a morte e literalmente estarem cavando o seu próprio túmulo.
    Depois de 1 semana e meia trabalhando 24 horas por dia, Isaac fincou a sua pá na terra e ela quebrou ao se chocar com o concreto. Ele fechou os seus olhos enquanto a sua pupila olhava para cima, respirou fundo e sentiu uma lágrima caindo do seu olho direito. Finalmente tudo estava próximo de acabar, seja de uma maneira boa ou ruim, mas acabar. Os próximos passos já estavam traçados e prontos para serem postos em prática no pôr do sol, logo quando os pássaros começam a cantar. Enquanto Isaac quebrava o concreto e invadia a mansão, o resto do grupo iria se separar em volta do muro e começaria a queimar uma série de bonecos de palha para distrair uma parte dos robôs responsáveis pela segurança. Logo depois disso, os três iriam se reagrupar dentro do parque e esperar o sinal de Isaac. Seria algo simples, talvez até invisível para alguém com olhar desatento. Ele faria uma fogueira dentro dos muros e pela primeira vez todos que estavam lá fora veriam fumaça saindo da fortaleza. A lenha seria os corpos dos ricos que moravam lá. Talvez possa parecer radical, mas o único jeito de uma barata não morrer é quando o exterminador tem medo dela. Ele tinha certeza que essa história se espalharia e faria com que todos os ricos temessem as baratas novamente.
    Logo após o primeiro pássaro piar e chamar todos os outros para o céu numa revoada que passa dançando pelas nuvens, as faíscas começam a surgir em bonecos de palha e os drones se juntam aos pássaros. O som surdo de uma haste de metal sendo golpeada rápida e sucessivamente por uma pedra encoberta de panos ecoa baixinho pelos esgotos. O suor descendo pelo rosto de Isaac como se ele tivesse acabado de sair de uma chuva não negava o esforço que ele fazia na luta contra o concreto. No começo, o seu adversário resistia em ser perfurado, sendo desgastado lentamente, mas, quanto mais era danificado, maiores eram as lascas que caiam. Depois de meia hora, já conseguia ver a luz do outro lado e bastou só mais 20 minutos para que conseguisse passar pelo buraco. Enquanto se espremia para alcançar o outro lado, sentia as lascas de concreto arranharem cada centímetro do seu corpo e o sangue quente brotando com ardência em alguns dos cortes. A primeira parte do corpo a sentir o cimento frio do outro lado foram as suas mãos e logo depois os pés, deixando o buraco para trás.
    Antes de prosseguir, Isaac decidiu ficar sentado por uns cinco minutos no chão para descansar e aproveitar o sorriso debochado que se formou em seu rosto após essa primeira conquista. Estava dentro. Não era um túnel grandioso e requintado, mas era do lado de dentro dos muros. Tudo à sua volta era cinza e escuro. A única iluminação eram pequenas luzes de emergência grudadas na parede separadas por uma distância tão grande que não iluminava todo o túnel. Mesmo assim pareciam grandiosas para alguém que viu somente alguns poucos LEDs no decorrer de sua vida. Chegavam a ser tão fascinantes que até o hipnotizavam por alguns segundos. Mas chegou a hora de se levantar e continuar, então tirou uma faca do cinto e começou a andar silenciosamente. Ele saia da luz de uma lâmpada, entrava na escuridão e seguia o caminho até encontrar outra luz mais adiante. Isso se repetiu umas dez vezes até encontrar uma grande porta de ferro na sua frente com um enorme leme grudado nela e que era usado para trancá-la. Ela estava com limo em algumas partes e já dava para ver sinais de ferrugem lutando contra a sujeira. Isaac sabia que seria difícil de girar e puxar a porta, então deixou a faca no chão, respirou fundo umas três vezes e jogou todo o seu peso contra o leme o forçando a girar no sentido anti-horário. Depois de alguns segundos sem se mover nem um milímetro, um clique foi ouvido e a roda começou a girar lentamente. Quando não conseguia mais girar, puxou a porta com toda a sua força até que tivesse espaço o suficiente para passar. Os rangidos soltados por ela o faziam praguejar em sua mente com todos os palavrões que sabia. Não tinha como fazer silêncio nessa parte, então só podia torcer para que ninguém ouvisse.
    O lado de dentro da porta era mais brilhante. Essa foi a primeira coisa que percebeu quando chegou ao outro lado. Logo depois, pegou a faca e passou um pé de cada vez pela porta. O piso era de uma madeira lisa e o ar, que no túnel era frio, estava em uma temperatura perfeita, nem quente e nem frio demais. A sua direita tinha uma escada com uma porta de madeira no topo e a esquerda havia dezenas de barris na horizontal com torneiras fixadas na tampa. E bem na sua frente tinham fotos em preto e branco de pessoas sorrindo. Demorando um pouco para juntar as letras, viu que em cima delas estava escrito “Mural do agradecimento”. A voz da mãe de Michelle surgiu em sua cabeça falando “Os ricos são pessoas estranhas, cada um tem a sua excentricidade.”. Essa foi a resposta dela quando Isaac perguntou porque existiam drones que tentavam machucá-los. E agora ecoava em sua mente. Talvez por isso decidiu se aproximar e olhar quem eram. Foi passando o olho rapidamente em cada uma das fotos. Como não reconhecia ninguém, pensou que poderiam ser os bilionários que participaram do plano ou dos descendentes de Thomas. No momento em que chegou na última foto, já estava preparado para fazer o movimento de voltar e subir as escadas, mas parou. Os seus músculos paralisaram totalmente e o único movimento que aconteceu nos segundos seguintes foi uma lágrima rolando do seu olho esquerdo. A foto era de Micaella. Ela estava mais limpa e com o cabelo arrumado, mas com o mesmo sorriso que dava quando Isaac contava as histórias do passado. Ele reconheceria esse sorriso em qualquer lugar porque normalmente era a única parte do seu dia que valia a pena. Às vezes era o que o fazia ter esperanças.
    A raiva, que já era grande, só aumentou. Ele fechou os punhos com força e limpou a lágrima. Não queria ver mais nada lá embaixo, só acabar com tudo. O mais rápido possível de preferência. Então subiu as escadas, abriu a porta e seus olhos se fecharam com a luz intensa. Aos poucos seus olhos se acostumaram e começou a identificar o local. Era como um corredor largo e decorado com um papel de parede branco com formas amarelas retorcidas, como se estivessem dançando. Havia três quadros bem coloridos, mas sem nenhum desenho em específico. Mas o que mais o fascinou foi o tapete. Ele era bem peludo e, quando colocou os pés nele, foi como se estivesse sendo absorvido pela areia molhada depois de uma onda. Era acolhedor, mesmo estando em terreno hostil.
    Depois de se acostumar, tinha que decidir se iria pela esquerda ou direita. Não tinha nada que indicasse o caminho certo, então foi para a direita. Os seus passos eram lentos. Bem lentos. Um pé de cada vez. Sem se apressar. E assim chegou perto de uma porta que estava em uma completa escuridão. As palmas da sua mão suavam e molhavam o cabo da faca enquanto o medo aumentava. Respirou fundo e deu um passo para a frente. Poucos centímetros antes do seu pé encostar no chão, viu uma sombra surgindo na sua frente. Em um movimento rápido e puramente instintivo, levantou o braço até a altura do queixo e tentou atingir a sombra com um golpe de faca no peito. A sombra foi mais rápida, golpeou com uma das mãos a articulação do braço e com a outra forçou a faca a se voltar contra o corpo de Isaac que a sentiu perfurando o seu estômago. Uma ardência mortífera se espalhou por onde a faca passou e, mesmo quando a soltou, ela continuava pendurada em sua barriga. A única reação que conseguiu ter foi dar alguns passos para trás e se apoiar na parede. Isso fez com que a sombra andasse para a frente e se revelasse. Ela tinha o rosto de alguém morto. De alguém simplesmente impossível. Enquanto começava a engasgar com o seu próprio sangue quente, via o seu pai com um terno preto e com uma aparência bem mais jovem se aproximando. Era ele que o tinha esfaqueado, mas era impossível que estivesse ali. Isaac o viu morrer em seus braços há 15 anos atrás e, mesmo se não tivesse, ele não o mataria, não o seu pai. Os pensamentos de Isaac já não fluíam de forma ordenada quando aquela coisa se aproximou de seu ouvido e falou com uma voz calma e familiar “O Sr. Thomas não gosta de baratas em sua casa, então vou ter que pedir para se retirar.”. Ele torceu a faca logo depois da última palavra e uma pontada de dor se irradiou pelo seu corpo como se tivesse sido atingido por uma forte corrente elétrica. A última reação de Isaac foi encostar no pescoço de seu pai e encarar os seus olhos enquanto a escuridão se aproximava. Não existiam batimentos em seu pai e logo não existiriam nele mesmo. A sua cabeça caiu pesadamente para frente e os seus olhos ficaram abertos, mas não enxergavam nada além da escuridão.
  • Arqueologia Pop – Blood Crystals

    É com muito prazer — e outro tanto de nostalgia — que, dou início a esse projeto por tanto tempo adiado. Seu adiamento foi devido a condições pessoais. Sanei esses problemas. Resolvi batizar o projeto de Arqueologia Pop.
              A arqueologia, a grosso modo, é uma ciência que estuda a sociedade através de seus vestígios materiais. Foi ofício de muitos aventureiros e, no mundo contemporâneo, renomados cientistas. Com menos romantismo, e o mesmo tanto de trabalho, estarei através de vários textos, escavando, resgatando e trazendo a luz antigas obras esquecidas dos mangás brasileiros. Aquelas que só os fãs embebidos de nostalgia podem se lembrar.
              Estarei dando prioridade àquelas obras descontinuadas, mas tratarei também, futuramente, de títulos já concluídos, logo seja possível a leitura. E como irei proceder? Irei ler o capítulo um de cada obra, ou o seu prólogo. Não sendo possível nenhuma das últimas opções, irei ler o capítulo disponível, seja ele qual for. Estão excluídos dessa lista as obras que deixaram o seu hiato. Esses serão feitas resenhas regulares mesmo. O objetivo é mais analisar as condições de descontinuidade dos títulos, e não culpar o autor, mas não será esquecido os seus erros. Entrarei em contato com os autores sempre que possível.
              O primeiro título que eu escolhi, o conheci na revista Anime dô da Editora Escala. Todo otaku nascido antes de 2010 conheci essa revista, assim como a revista Neo Tokyo. Na seção de fanzines, eu li uma vez uma obra que me chamou bastante atenção. O mangá era Blood Crystals. Na época, o autor vendia até camisa da obra. A venda do fanzines era feito pelo Correio. Custava muito barato, menos de seis reais, fora o correio.
              Atualmente, pesquisando na internet, consegui ler o primeiro Cap. 1: Recordações numa scan. O mangá tem referências diretas da mitologia nórdica, bebe de fontes do RPG japonês como Final Fantasy. Mas, talvez a maior influência tenha sido o manhwa Ragnarök, que veio a influenciar a produção do jogo Ragnarök Online, MMORPG, jogo de representação de papel com múltiplos jogadores em massa online, ufa!
              A obra foi publicada no Brasil pela Conrad (2004-2005), no famoso formato meio-tankohon. A obra, originalmente de 10 volumes, se transformou em 20. Além da história focada na mitologia nórdica, o traço estilizado de Lee Myung-Jin contribuiu em muito para a inspiração da obra, seja esse de modo direito ou indireto. Era impossível ir numa banca e não ver o volume da Conrad.
              A história gira em torno de uma sessão de treinamento entre dois personagens. Asgard é um espadachim bonachão que tenta passar algumas lições a sua pupila Sasha, uma simpática amazona. Durante o treinamento, além de mostrar as suas habilidades e seu bom-humor, Asgard demonstra capacidades sobre humanas, sério gente, o cabra tora uma espada nos dentes?! Êta fida da... adiante, cof-cof. Depois da derrota de Sasha, decidem descansar um pouco, sabe como é, hora da resenha.
              Corta para outro plano. No centro da Terra, existe um Mundo Diagonal, uma espécie de ilha meia-torta que flutua sobre a lava. Lá existem diversas criaturas, dentre elas, seres draconianos. São diversas raças, possivelmente, inimigas dos humanos. Dois personagens conversam, demonstrando alguma intimidade e, ao mesmo tempo, hierarquia.
              Davkas está sentado num trono, e reconhece um recém-chegado mascarado como ausente por dez anos. Atrás dele, embora só apareça em um quadro com o seu rosto de perfil, há um prisioneiro. O mascarado parece estar deixando o local para algum encontro. O personagem Davkas me chamou a atenção, primeiro por possuir um refém — um trunfo, quem sabe —, segundo, por ele ser um drow, um tipo de elfo negro. Seres belos, mas muito perigosos.
              O capítulo imprime dinâmica e tensão. Carrega um bom-humor em todas as suas páginas. Sasha é desenhado em ângulos bem generosos pelo autor, se é que me entendi? Como diria Kazemon “Carino anca”. Nada demais, apenas para prender a audiência. Asgard é um personagem misterioso, e como essa introdução se propõe a nos conduzir a um perigo iminente, não temos muito tempo para descobrir os objetivos desses personagens, embora tenhamos alguns vislumbres, como a referência aos cristais do título. Engraçado que o fato de Asgard ser Guardião dos Cristais está na sinopse, e não no capítulo do mangá, o que me leva a acreditar que ele foi dividido em duas partes.
              Acho que é nisso que o capítulo peca. São poucas páginas para introduzir tantos personagens e conflitos. Mesmo assim, o autor já nos mostra com simples diálogos um pouco dos futuros conflitos e mitologia da história, como o uso dos cristais no cotidiano, até mesmo para produzir alimentos. Os antagonistas têm um bom designer, e ficamos ansiosos por descobrir os seus objetivos.
              O traço do mangá já demonstra um grande profissionalismo. Faz pouco uso de retículas. As cenas de ação têm impacto, e há linhas de movimento e impacto suficiente para promover a tensão. Enquadramento adequado, mas com poucas divisões, fica tudo muito verticalizado. A capa demonstra uma boa colorização, simples, mas instiga a leitura e está de acordo ao título do mangá, nos remetendo ao mote da trama. Apesar da capa do capítulo estar grafado Blood Crystal, o autor a denomina na sinopse como Blood Crystals, preferi tratar a obra por esse último nome.
              Eu lembro de ter entrado em contato com o autor ao menos uma vez. Ele disse que o trabalho, apesar de prazeroso, se tornou inviável por um momento. Por isso, ficou mais vantajoso descontinuar a publicação. Passou a trabalhar como ilustrador de games e livros de RPG, em geral, trabalhando para o mercado estadunidense. Foi, ou ainda é, professor e proprietário da Halftones Escola de Desenho. Não obtive novas respostas até o fechamento dessa resenha crítica.
              O mangá poderia muito bem continuar, e quem sabe, ser fechado em um álbum de 200 páginas. Não é uma obra estilo Dragon Ball, que necessite de um grande elenco e desenvolvimento de muitos capítulos para resolver os conflitos da trama. Isso é especulação minha. Bem, isso é tudo pessoal! Aguardem novas postagens.
             
    Título: Blood Crystals
    Ano de publicação: 2011
    Autor: Frank Willian
    Sinopse: Blood Crystals conta a história de Asgard um dos guardiões dos cristais de sangue que vive em um mundo repleto de gigantes e criaturas estranhas, um mundo dividido entre os seres do mundo exterior e entre o mundo das poderosas forças do núcleo do planeta que almejam conquistar por completo o mundo exterior em posse dos cristais de sangue.
    Cap. 1 – Recordações, nº de pág. 22.

    Próxima expedição: Nova Ventura.
  • Arqueologia Pop – Nova Ventura

    Tem certos mangás nacionais que quando descontinuados, deixam tanta saudade que, só de ver uma imagem, vem uma nostalgia sem igual. Muitos artistas talentosos acabam deixando as suas obras em eternos hiatos. Os motivos são vários. Mas nada disso impede os leitores e fãs incondicionais de manterem a vontade de fogo queimando nas veias. Por isso, decidi reavivar essas brasas ainda mais.
              Nova Ventura é um desses títulos independentes de mangá nacional que me surpreendem pela sua qualidade e pelo carinho de seu público. Conheci essa obra, junto com muitas outras na seção de fanzines da revista AnimeDô e Neo Tokyo. Sempre tive curiosidade em conhecer essas obras, mas na época, era jovem, não tinha dinheiro para comprar pelo correio nem internet para ficar lendo regularmente.
              Mas hoje, com todos os recursos, não me faço de rogado e, me dou esse prazer tardio que não pude me dar na juventude. Nova Ventura é um mangá shonen do Ivan Lennon. Típica obra de fantasia e aventura, com elementos de RPGs e, dragões também, o que é um RPG sem dragões? — Não seria nada. Viva os dragões! — É uma história que envolve muito a gente. Realmente, li as mais de 50 páginas de modo muito rápido.
              A obra começa com uma página apresentando uma profecia do Guerreiro Milenar, uma criança nascida com grande poder. Poder esse que mudará o mundo. Ele irá construir uma “Nova Era”. Depois disso, acompanhamos um jovem tentando chegar numa universidade chamada UniNORTE. Nosso encrenqueiro protagonista se mete numa briga de bar e, para piorar, assusta toda a cidade com sua estranha amizade com um dragão.
              Mudando de cena, chegamos até o sombrio e porradeiro, Mikael Kanishi — sério, esse pivete é muito foda! —, ele é o bad boy que dá uma sova nos Bad Boys oficiais da UniNORTE. É aquele personagem com pinta de justiceiro, forte e muito decidido em seguir os seus preceitos custe o que custar. Personalidade é o que não falta nos personagens de Nova Ventura.
              Voltando para o nosso estranho protagonista, e o seu dragão que não sabe fazer aterrisagens, ele acaba chegando na UniNorte. Mas cai logo em cima de Nina, uma nerd aleatória de óculos fundo de garrafa. Isso acaba despertando a atenção indesejada do caçador Mikael, o brabão do negócio lá. Para surpresa de todos, antes que eles troquem uns tabefes, o inspetor Robz chega e leva o protagonista para o Supremo Diretor — ou seja, o reitor da instituição.
              O protagonista, mesmo preso, tenta dialogar com o homenzarrão de uns 3,5 metros de altura. Mas o Supremo Diretor Albert Russel não tá nem aí, e ainda queima a carta de recomendação do nosso herói, o que deixa ele putaço, mano. O inspetor e o gigantez saem para resolver um pepino, um bichinho de estimação fugiu, ou foi solto?! O protagonista foge da torre onde estava metido e passa a lutar com um dinossauro que cospe rajada de energia no melhor estilo Dragão Branco de Olhos Azuis. Nesse momento, acontece uma frenética luta. No fim dela, o herói se apresenta como Hiory Shibarai: “O Homem Que Vai Ganhar o Mundo”. Humildade pra que, né?
              Eu gostei muito do traço. Caricato, me lembrou imediatamente do Hiro Mashima, e não será improvável o Ivan ter se inspirado em Fairy Tail para criar a sua obra. O traço é simples, com poucas retículas, mas bem definido em sua identidade. É dinâmico, tem muita movimentação, ângulos diferentes nas horas das lutas e diagramação muito boa. Mesmo com técnica básica, conseguiu incrementar a obra com ilustrações coloridas em momentos chaves.
              A revisão merece muito destaque. Geralmente é comum ter erros de português nos quadrinhos, o que é impróprio para quem visa a profissionalização. A editoração está muito boa, sem muitos erros. Os balões de fala e pensamento tem fontes diferentes, gostei desse mote. O capítulo 1, cumpre todos os papéis: apresenta o protagonista, seu objetivo e o mundo em que ele vive. Como minha análise se detém ao primeiro capítulo da obra, fiquei numa expectativa bem grande de ler o resto. Queria saber tudo sobre o mundo de Nova Ventura e sobre a UniNORTE.
              O Hyori Shibarai é um típico protagonista shonen: brigão, gritalhão e amigão. Nada contra. Me parece que entre o Mikael ia derivar uma relação amigo/rival, a Nina ia ser a mina que luta, mas tende a ser mais protegida que contribuinte da ação. Não sei no todo. Talvez esteja me enganando. Os outros personagens também apresentam muito potencial a ser desenvolvido. Principalmente o diretor Robz, inspirado no filósofo inglês Thomas Hobbs, e o Supremo Diretor Albert Russel, inspirado no filósofo alemão Edmund Gustav Albrecht Husserl, ou no empresário estadunidense Albert Russel Erskine, fabricante de automóveis.
                Agora vamos àquela parte chata que todos vocês já conhecem. Na capa do mangá, o logotipo da série, que deveria estar em destaque, é muito pequeno. Tive que usar um microscópio para enxergar. Aparece o termo abaixo “Zine PB”, fiquei curioso. Descobri que o Ivan Lenonn é natural do estado da Paraíba, estudou na instituição de ensino Unipê Centro Universitário. Trabalhou com Marketing e Arte em algumas empresas.
              Na capa de página dupla, a Nina aparece. Mas do jeito que ela está desenhada, parece um ciclope, sério mano, olha isso. Ela parece unócula. Se fosse não seria problema, ao contrário, seria uma personagem com um diferencial. No fim do capítulo acontece uma coisa meio chata: a edição erra o nome do protagonista. Na pág. 49 aparece grafado Ryori com R, e na próxima, à pág. 50, Hyori com H. Faltou um pouco de atenção nessa hora.
              O mangá começou a ser publicado no ano de 2011. Num mundo em que ainda existia Orkut, e não tinha essa mamata dos streamings. O mangá chegou a ter um site próprio, onde eram publicados os capítulos. Chegou a finalizar o volume 1, e ainda chegar a metade do volume 2, totalizando uns 11 capítulos. O autor tinha previsão de publicar 17 volumes! Isso mesmo, não era dezessete capítulos, eram d-e-z-e-s-s-e-t-e v-o-l-u-m-e-s.
              Em 11 meses ele já tinha produzido um volume com oito capítulos, o que é um feito e tanto. Quase o ritmo de uma Shonen GanGan. Agora, me ajudem a fazer uma conta rápida que eu sou ruim desse negócio. 11 meses = 8 capítulos, ou seja, um volume por ano. Seriam necessários 136 capítulos para concluir a série, ou seja, a obra terminaria em mais de uma década, isso se ele mantivesse a regularidade das postagens. É surreal para mim.
              O mangá contava com apoio de HONNOUTeam, que ao que parece, era um grupo de scan. O site deles está fora do ar. Não sei se desde o primeiro capítulo, houve a formação da Equipe Ventura, composta pela Cary Monteiro, reticulista, colorista, blogueira e editora; Renato Queiroz Ribeiro, colorista; Hitsu, editora; e por fim, o Heudits que editava o roteiro da obra. Veja que a equipe era grande e contava com gente talentosa e experiente.
              E porque o mangá foi descontinuado? Rapaz, daí que vem o imbróglio do negócio, entendeu? Veja bem. O Orkut faliu, e o Facebook se tornou a rede social do momento. O autor Ivan Lenonn não simpatizava muito com ela, e quem gosta? A gente usa porquê é o jeito, meu irmão! Parou de fazer as postagens no Facebook e deletou a página do Facebook. Sim, o autor teve a pachorra de fazer isso, e sem avisar previamente. Ele realmente odeia o Facebook. Considerava a rede social “(...) viciante e sugadora de tempo e criatividade.” Bem isso aí.
               A página foi parar na mão de um fã... sério mano, o que se passa na cabeça desse manolo? O que um fã vai fazer com uma página de um mangá? Esse é o tipo de atitude que encerra uma carreira artística seja ela qual for. Se houve motivos mais graves por trás, não foram explicados aos leitores e muitos desistiram de acompanhar a obra e o autor. Então todo mundo ficou... embasbacado mesmo. Infelizmente, eu não consegui o contato do autor, não pude saber os reais motivos da paralização do título.
              O autor, para satisfazer a curiosidade dos fãs, postou as sinopses da obra do volume 1 ao 17. O lado bom é que temos spoiler até dizer chega, o ruim, é quem temos uma sub light novel, ao invés do mangá. Não quero condenar o autor, é difícil continuar um projeto assim sem retorno financeiro e tendo que contar com ajuda de outras pessoas para tocar o negócio.
              Às vezes você tem que escolher entre ser um artista amador sem dinheiro e um bacharel com um futuro emprego. A última opção é sempre a mais viável. Ele até tentou outra iniciativa, dessa vez com o Vini Pereira. Era outra obra shonen chamada Monkz, os personagens de Nova Ventura faziam até uma ponta. O título teve dois míseros capítulos, e foi cancelado. Uma versão impressa saiu na Craftcomicbook, mas a plataforma faliu. Hoje se chama Indieart/Shop. É, pessoal, quem comprou, comprou.
              Não temam, a história ainda tem salvação! Primeiro, o autor vai ter que condensar os eventos do mangá. Ao invés de fazer de cada saga um volume com umas 160 páginas, terá que transformar cada saga em um capítulo! Tipo, umas 34 páginas cada. A obra seria concluída com 578 páginas, nada mal para uma obra independente. O que daria uns cinco volumes impressos. Quem sabe ele até cortar alguns eventos que não irão influenciar no fechamento da obra. Isso daria uma economia de tempo e avanço na história sem igual.
              Esse enredo cumprido serve para muita coisa, para gente aprender, incluso. Afinal, erros fazem parte dos nossos futuros acertos. Galera, seguinte. Você que é mangaká, quadrinista, roteiristas e escritor de modo geral, saiba que você é responsável pelos seus canais de divulgação, fã não é adequado a essa função, por mais bem-intencionado que seja. Se você não pretende continuar a série, não mude o formato dela na metade. Evite spoilers. Ninguém gosta de revelação do enredo, as pessoas querem ler a obra.
              Pense em formas de financiamento, ou seja, vender os seus produtos. E autofinanciamento, o mesmo que dizer que você deve ter outras fontes de renda, tipo, um emprego. E faça como Ivan Lenonn, estude! Vá para uma faculdade, se for possível, mas estude. Estude o mercado, saiba se aproveitar das oportunidades. E mais importante, seja sincero com seus leitores. Eles merecem. Não seja antissocial, isso não funciona para artistas no Ocidente.
    Título: Nova Ventura
    Ano de publicação: 2010
    Autor: Ivan Lenonn
    Sinopse: Hyori Shibarai é um jovem domador de dragões. Ele está tentando chegar na UniNORTE e ser aceito na instituição, seu intuito é cumprir uma promessa e realizar seu o desejo mais profundo. Para sua jornada ele conhece acidentalmente Nina Ridart e o caçador Mikael Kanishi. Mas seu maior desafio será enfrentar um T-58 para sobreviver ao seu primeiro dia de calouro.
    Cap. 1 – O Homem Que Vai Ganhar O Mundo, nº de pág. 52.
  • As crônicas do Inferno I

    As crônicas do Inferno
    Sociedade Atemporal 
    Por Srta Oliveira 
                      &
          Carry Manson
    Os primordiais
    No início havia apenas sombras e o
    vazio.
     O multiverso era cheio de potencial para a vida, mas permanecia
    deserto.
     Até que um dia uma destas forças
    evoluiu, e então ele nasceu com todo o
    esplendor de um titã. 
    Caos o primeiro ser a existir.
    Ele não era personificado, 
    não era fogo, nem água,
    era apenas uma força magnífica.
    E como para cada força há um
    oposto complementar, quando menos esperou não estava mais sozinho.
    Logo de cada ruína que gerava,
    nascia uma flor.
    Para cada vida destruída, nascia
    um novo ser.
    Era ela que estava ali. A doce e
    perfeita Harmonia.
    No início ele a detestava, 
    pois suas obras eram constantemente embelezadas.
    E ela o odiava, pois sempre tinha que
    consertar as suas falhas universais.
    Por isso certo dia fizeram um acordo:
    “Destruirei o quê quiser naquela direção, e você criará o quê desejar
    naquele espaço.”
    E naturalmente tudo seria perfeito para
    os dois, estavam livres para criar e destruir sem parar.
    No entanto Caos percebeu com o tempo, que logo não haveria mais 
    nada para transformar em pó 
    ou ruína.
    E Harmonia notou que sua criatividade
    diminuíra,  de acordo com o quê criava
    sem razão alguma.
    Eles precisavam um do outro para existir, e quando deram por si estavam
    apaixonados.
    Havia algo encantador nas flores que
    nasciam no deserto.
    E incrivelmente motivador quando toda
    a criação perecia, e tinha de se fazer 
    de novo.
    Por isso logo se tornaram um só, e deste delicioso amor nasceram 7 deuses, que
    deram origem as dimensões conhecidas.
    O Deus Solitário e a Deusa prometida.
    7 Deuses caminhavam pelo multiverso,
    cada um com seu poder, e sua dimensão. 
    Todos estavam felizes, pois de acordo com que cresciam, descobriam também o amor que os gerou. 
    Assim desta união, nasceram os 4 elementos principais. 
    Espírito foi o primeiro que
    surgiu.
    Fogo foi o segundo.
    Ar o terceiro.
    E por fim a Água.
    Sim a Terra, era algo que não existia até
    o momento, e por isso restou um Deus.
    Ao contrário dos outros, este era especial.
    Todos os opostos masculinos eram
    semelhantes ao Caos.
    E os complementares femininos a
    Harmonia.
    O quê gerava um equilíbrio perfeito.
    Mas este Deus solitário não estava feliz,
    e como Caos e Harmonia não tinham
    novos filhos, jamais teria um 
    par.
    Por isso se tornou a força do conhecimento, e seguiu tentando
    criar a parceira perfeita, com
    os remanescentes de seus
    pais.
    Certo dia Harmonia encontrou o filho
    desesperado tentando criar um par,
    e ao ver suas lágrimas negras, levou
    aquele corpo frágil e vazio para
    Caos.
    Ele logo se apaixonou pela criação do
    filho. Ela era como uma parte sua que até então desconhecia, e por isso ele
    e sua amada, derramaram seu poder
    orgástico, sob aquele material 
    estranho.
    Foi então que ela nasceu, 
    a Grande e Majestosa Deusa Terra.
    Ela era diferente dos outros.
    Não era apenas uma energia, tinha um 
    corpo, mas era tão poderosa quanto
    os outros.
    O Deus solitário se apaixonou a primeira vista, mas como tinha passado
    muito tempo no escuro, não demonstrou.
    Harmonia e Caos concordavam com tudo, porém a chegada de Cerridwen mudou isso. Ela era como Caos e por isso ele sempre a protegia.
    Ele a ensinou a caçar, guerrear, a ensinou tudo o que ele sabia e ela se tornou sua melhor guerreira. 
    Nos duelos de treinamento que havia ela sempre ganhava principalmente 
    de seu irmão mais velho Yaweh.
    “Você é mesmo um chorão Yaweh, não aceita perder.”
    “Lógico você é mulher, é uma lástima. Papai não deveria te ensinar a guerrear.”
    “Você esta é com inveja. Você é o protegido da mamãe. O que vai fazer? Vai chorar pra mamãe vai??? ‘
    Toda vez que ela fazia isso, Yaweh
     ardia de raiva por dentro, ele odiava ser desprezado por ela e odiava mais ainda a forma como ela zombava
    dele.
    “Você deveria parar com isso Cerridwen, uma dama não se comporta assim” Disse Harmonia séria, mas serena.
    “Sim mamãe, me desculpe.”
    “ Deixa a menina Harmonia, ela só esta se divertindo. E damas devem sim lutar e não ficar como sonsas em casa.” 
    Disse Caos abraçando a filha.
    O tempo foi passando Cerridwen se tornava mais bela e mais forte, guerreava em nome do pai dela e Yaweh sempre a vigiava de longe. 
    A olhava quando ela tomava banho no riacho, ficava escondido a admirando. Ele a amava, mas odiava este sentimento.
    Até que um dia o inesperado aconteceu durante uma batalha Cerridwen, foi ferida gravemente e Yahwen a salvou, com isso ela passou a ter uma gratidão por ele, mas ele viu uma ótima oportunidade para concretizar seus planos.
    A escuridão e a luz
    O dia do casamento chegou, todos estavam contentes menos a noiva, em seu quarto Cerridwen se preparava, fazia hora, enrolava. Só queria que alguém a matasse, mas infelizmente ninguém fez isso. Ate que ouviu passos atrás de dela era Karlandisht um dos seus irmãos mais velhos, e  mais apegado a ela.” Você parece tão triste!?” “Não quero me casar com ele, tenho nojo dele, a presença dele me da nos nervos. Tento gostar dele, mas não dá. Sinto que nunca irei gostar dele. Sinto que jamais irei amá-lo.”
    “Não pensei assim, um dia vai sentir o amor. Tenha calma.” O casamento parecia uma tortura. Cerridwen mal podia visitar os pais, sempre isolada em seu jardim. Se ele quisesse vê lá ele ia, se não quisesse não ia. Se ele queria beija lá, ela o beijava. Durante muito tempo ela se entristeceu, vivia chorando. Fez de tudo para amá-lo, mas não conseguiu. Até que um certo dia viu um ser no seu jardim. ”O que faz aqui?”
    “Sou Sammael, meu senhor pediu para que lhe trouxesse algo.” 
    “Seu senhor, diga a ele que não quero nada. Diga a ele para me deixar em paz.”
    “Senhora melhor aceitar. Ele é benevolente, misericordioso.” Disse-lhe de maneira automática, pois assim foi treinado.
    “Ele é o que? Nunca foi. Ele é um monstro. Um torturador que sempre quer que acatemos as ordens dele” Disse-lhe furiosa. 
    Os dias foram passando e a amizade entre os dois se fortalecia o anjo estava amando aquele ser, sua amiga de todas as horas como ele dizia. Passou a ir vê-la escondido, já que seu pai não permitia mais. 
    “ Você deve sempre estar equilibrado, sempre de olho no seu adversário.” Disse Cerridwen segurando uma espada. Por um momento só ouviam os barulhos das espadas, Cerridwen estava se divertindo depois de tanto tempo. Adorava a companhia de Sammael, amava tudo nele. Até que em um movimento ele a desarma e a segura  quando seus olhos se encontraram.
    “Você é linda!” Disse-lhe encantado “Ah...Obrigada...” ela tentou dizer, mas sua fala foi interrompida por um beijo de seu amado.
    Naquele instante tudo aconteceu.
    Os dois se amaram, e descobriram ali, que o amor deles era invencível.
    Tempos depois Cerridwen foi se 
    refugiar no reino de sua mãe a 
    procura de abrigo. 
    Estava grávida e não sabia o quê fazer.
    “Essa criança é a marca de seu pecado.”
    “Mas por que mamãe? Porque eu amei outro?” “Este outro é seu filho. Ele nunca te contou? Yahwen não deveria ter esconder assim. Olhe a tragédia que isso gerou.” “Vai ficar aqui, ate o nascimento dessa criança, depois veremos o que fazemos.”
    Naquele momento Cerridwen havia se preparado para dar a luz.
    Estava preocupada, principalmente com seu amado. Não sabia o que fazer.
    Quando a criança nasceu, ela sentiu algo, que nunca havia sentido. A menina era alva, de cabelos ruivos e olhos violetas. Era linda, naquele instante ela sabia que possuía um pequeno ser que precisava dela.
    “mamãe ela é linda!” “Sim querida, ela e igualzinha a você. Ela te puxou Cerridwen”.
    Do lado de fora escutam-se gritos, Yaweh estava furioso. 
    Rapidamente Harmonia entrega a neta a um emissário de Sammael, e Yaweh
     se encontra com Cerridwen.
    “ Aí esta você. Vagabunda. Achou mesmo que eu nunca iria descobrir? Achou mesmo que eu não saberia o que você fez?” “Yaweh calma, por favor, não faça nada com eles, por favor.”
    “Onde esta a criança?” “Não vou te contar. Não vai tocar na minha filha.”
    Ele a agrediu diversas vezes. Harmonia teve medo do filho pela primeira vez, por isso deixou que ele fizesse o que fez. Cerridwen ficou trancada em uma cela na torre norte do céu, sofrendo torturas, abusos. Totalmente sem esperanças.
    O bebê iluminado
    Ela era um bebê quando tudo aconteceu.
    Foi uma surpresa para os pais, e
    para o seu tio.
    “Você precisa protegê-la Miguel.”
    Disse-lhe Samael, e o arcanjo 
    detestou a ideia.
    “Ela é o fruto do pecado de vocês.
    Ela merece o destino que a aguarda.”
    Respondeu-lhe sem pensar duas
    vezes.
    “Ela é muito pequena e inocente.
    Como os querubins. Não pode lhe
    dá as costas assim.” Retrucou, ao
    segurar aquela criaturinha ruiva
    de olhos violetas.
    “Por quê não a escondem no jardim?
    Nosso pai nem vem por aqui mais.” 
    Perguntou o arcanjo, até que o irmão
    lhe deu a menina alada, e ele a
    segurou.
    “Ela é linda.” Disse para o mesmo, ao segurar a criaturinha, que ficou a brincar com o seu cabelo.
    “Exatamente como a mãe dela. Miguel por favor, me ajude a cuidar dela, o jardim não é seguro.” Suplicou
    quase desesperado.
    “Está bem. Está bem. Vou levá-la a minha estufa. Lá é meu canto particular, e ninguém ousaria entrar
    ali.” Disse embrulhando o rostinho
    da pequena. “É um ótimo lugar.
    Assim Yaweh não irá achá-la.” 
    Concordou.
    Infelizmente houve um traidor que descobriu sobre a pequena, e 
    contou ao criador.
    “Uma criança? Que não nasceu adulta?! Como isso é possível!?” Yaweh bradou
    furioso.
    “A culpa é minha senhor.” Samael ergueu a mão, e assumiu a responsabilidade.
    “Samael?! Como ousou ir contra a regra?!” Ele ficou surpreso com a descoberta.
    “Eu me envolvi com um anjo chamado Layla, e ela faleceu no parto.” O pobre
    pai, mentiu para salvar a amada.
    “Não existe nenhuma Layla. Acha que não sei de toda a verdade?! Não me
    subestime.” Disse com raiva o
    criador.
    “Por favor não a machuque. A culpa é
    minha! Fui eu que a procurei!” Berrou
    o pobre brigadeiro, com lágrimas
    na face.
    “Os dois são culpados. E já que gostam tanto daquele mundo sombrio, viverão
    lá para sempre!” O criador retrucou.
    Nenhum dos outros anjos na 
    reunião sabia do quê exatamente 
    se tratava.
    Ninguém tinha coragem de perguntar,
    e por esta razão permaneceram em
    silêncio.
    “A partir de hoje Samael está 
    morto, e agora você será conhecido como Lúcifer a estrela da manhã!” Disse-lhe totalmente transtornado 
    com a traição, e então quebrou
    11 dos seus 12 pares de
    asas.
    “Pois tal como a estrela de dia, você não será visto no mundo celestial.”
    Esclareceu, dando-lhe a 
    sentença.
    “E você Miguel. Meu bravo e poderoso filho. Irá com este traidor, para vigiá-lo e impedi-lo de cometer outra grande
    falha!” Deu a missão para o arcanjo
    , e assim os dois partiram.
    Muitos anjos ficaram insatisfeitos com
     a decisão do criador, estava claro que Lúcifer só tinha cometido o pecado de
    amar, e por isso o seguiram.
    Esta foi a primeira e grande revolução Luciferiana.
    E o nome que deveria ser um sinônimo de vergonha, se tornou motivo de
    orgulho para o caído.
    Outro amor proibido
    O bebê alado levou muitos anos para crescer.
    Mas ao atingir 1500 anos, se tornou uma linda adolescente, que vivia no laboratório do arcanjo.
    “Quando vou poder ir para superfície?” 
    Perguntava animada para o protetor.
    “Nunca e meio.” Respondia-lhe com
    frieza.
    “Mas eu quero muito conhecer este tal céu.” Retrucou fazendo manha.
    “É perigoso. Aqui embaixo, com seus familiares é mais seguro Luciféria.”
    Disse ao continuar a estudar os seus experimentos.
    “Não acho. Para mim, o perigo está em toda parte.” Disse sentando-se a 
    mesa.
    Com o seu vestido branco e curto, 
    bem na frente dele, deixando-o envergonhado.
    “Modos fazem uma dama.” Disse com 
    a face corada, coçando os cabelos
    louros e escuros.
    “Azazel diz que o importante é ser livre.” Rebateu como quem tem 
    razão.
    “Azazel só pode mesmo ser filho de Lúcifer.” Resmungou revirando os
    olhos, com um sorriso.
    Miguel era focado no trabalho, e 
    por mais atraente que Luciféria fosse, ele evitava vê-la com outros olhos,
    pois considerava um pecado
    mortal.
    Luciféria era livre como a mãe, e não
    conhecia termos como “moral” e “bons
    costumes.”
     Miguel tentou fazer dela uma dama,
    mas por mais educada que fosse, ela
    permanecia sendo um espírito
    rebelde.
    “Segure a taça desta forma.” O arcanjo disse, ensinando-a a ter boas maneiras, e como uma jovem deve se portar.
    “Que tal me ensinar como segura uma espada?” Perguntou entediada, imitando-o com exatidão.
    “Damas devem ser inteligentes, e não podem participar de batalhas.” Disse-lhe cortando a carne em seu prato.
    “Damas são chatas. Prefiro ser como a minha mãe.” Retrucou tomando os utensílios da mão dele.
    Miguel nem sequer imaginava, no começo. Mas quando ia para a batalha, o irmão mais velho dela Azazel, a levava para floresta, e tentava lhe ensinar a
    se defender.
    “Lucy. Não é uma dança é uma luta!” 
    Azazel ria, atacando-a com investidas bem violentas. 
    “Eu sei. Deixa de ser trouxa!” Rebatia toda desengonçada.
    Ao vê-la tão imponente, ele movimenta-se rapidamente, e a derruba. 
    Mas quando está para chegar no chão,
    a pega nos braços, e por pouco não
    a beija.
    “Respeite-a garoto. Ela é sua irmã.”
    Diz o arcanjo claramente descontente com aquele gesto carinhoso.
    “Pare de olhar para ela desse jeito querido tio. Ela é sua sobrinha.”
    Diz o anjo rebelde, parado na frente 
    do rival, com um sorriso malicioso, colocando a espada nas costas,
    e partindo.
    “Não tem jeito não é?” o anjo passa 
    a mão nos cabelos, totalmente desconcertado.
    “Eu quero muito lutar. Como a minha mãe. Ela é um exemplo para mim.” A
    jovem se explica, e o anjo cede.
    “Certo. Azazel não conseguirá usar  as suas qualidades.” Diz revirando os olhos.
    Ele não consegue se conter, por mais que tente, o seu ciúme ultrapassa o nível aceitável para um 
    familiar.
    “ A luta dele é selvagem, e você foi educada para ter graça e delicadeza.”  Diz o seu responsável, tentando colocar defeito no método do inimigo.
    “Eu sou frágil, intocável, e toda essa balela. Já vi que não vai me ensinar nada.” A bela lhe dá as costas, furiosa pois por mais que tenha sido cúmplice do seu nascimento, era tão machista
    quanto o pai.
    “Lucy.” Ele agarra seu pulso, e ela o olha com indiferença. 
    “Vou te mostrar que toda a sua graça e delicadeza podem ser mortais.” Sorri, deixando-a bastante animada.
    Miguel era um grande soldado. Esteve nas maiores batalhas, e era uma honra ser treinada por ele.
    Como ele sabia que ela queria muito lutar, a desafiou bastante, e testou
    as suas habilidades, para focarem
    em seus pontos fortes.
    Quanto mais tempo passava com ela, mais percebia seus sentimentos, por isso decidiu deixá-la sob os cuidados
    do irmão.
    “Você está certo” Assume o crime de imediato.
    “Eu sei. Só espero que não a machuque por isso, caso não sinta o mesmo.” Responde Azazel ajeitando
    a besta.
    “Ela sente. Mas isso não importa. É contra minha conduta, e não quero ser castigado por meu pai.” Diz entregando
    algumas coisas afiadas para o seu
    irmão.
    “Sempre o filho de seu pai. Não sei como é meu oponente.” 
    Azazel fala baixo, por mais que goste de Luciféria, é outro que não quer assumir.
    Mas neste caso é porquê não se acha bom o suficiente, para competir o 
    “fabuloso Miguel.”
    “Eu vou embora. Então como sei que você é um dos melhores alunos do meu irmão, quero que prossiga com o treinamento dela” Diz estranhando a reação do seu oponente, e colocando 
    o capuz azul marinho.
    “Ok. Mas isso vai magoá-la bastante.” Tenta ser altruísta, pois só deseja a felicidade de sua amada.
    “É para o bem dela.” O arcanjo se prepara para voar. “O dela ou o seu?”
    Azazel lhe pergunta, e o anjo olha
    para trás, com certo pesar.
    “É, acho que lutar com aquele maricas te fez bem. Uma mulher sabe como ensinar outra!” Diz Azazel percebendo uma melhora nas investidas da 
    ruiva.
    “Você odeia mesmo o Miguel não é?” Diz bloqueando os ataques com a
    sua espada de treinamento.
    “Não. Só acho ele extremamente covarde, e pouco confiável.” Azazel
    responde girando a lâmina, e a
    desarmando.
    “Ele só não faz o meu tipo.” Brinca e 
    lhe entrega a arma, para mais
    uma rodada.
    “Vocês passaram tempo demais juntos.” Diz atacando com ferocidade, mas a bela desvia de cada ataque.
    “Seus golpes são tão previsíveis quanto os dele!” Termina tirando a espada da sua mão, e segurando as duas.
    “Foi um bom treino. Amanhã nos vemos.” A abraça e recolhe o todo o equipamento. A bela continua parada, olhando para a mata e o rio.
    O jovem vai embora. Sentindo-se feliz, pois com a partida do seu rival, teria
    uma chance de se tornar o seu
    pretendente.
    No céu se vê a silhueta de um ser alado, e este desce até a jovem. Ao vê-lo seus
    olhos se iluminam.
    “Luci...Precisamos conversar.” Aquelas palavras a assombram, pois teme o
    pior, já que não tinha o visto o
    dia todo.
    “Azazel acha que temos passado tempo demais juntos.” Ela lhe disse. “Ele acha
    que tenho...sentimentos...Por você”
    Ele respondeu.
    “E você tem?” Ela perguntou. “Isso não importa.” Rebateu em defesa.
    “É seria errado.” Ela retrucou triste, e ele não resistiu e a beijou.
    O primeiro beijo de um amor esperado,
    é inesquecível, e aquele tinha sido o
    melhor beijo de todos.
    Mas ele não quis ir adiante, e preferiu não se comprometer.
    No lugar disso, partiu do jardim sombrio, e evitou vê-la.
    “É errado. Deus não vai me perdoar.”
    Era o quê pensava sempre que se
    pegava a pensar nela.
    Até que um dia não resistiu...
    Na tarde em que voltou ela ficou tão
    feliz, que o desejou por inteiro.
    Entre as folhas secas e a água, ele a
    fez mulher, e com ela conheceu o
    pior e mais delicioso pecado.
    “Eu te amo.” Foi a primeira vez que ele contou a ela, e ela não teve resposta,
    pois tinha realizado o seu sonho.
    Infelizmente nem tudo foram flores,
    e logo deste criminoso amor vieram 
    os derradeiros terremotos.
    O casamento e a queda
    Azazel foi quem os encontrou na floresta.
    Este ficou furioso, pois todas as suas
    esperanças, tinham virado cinzas.
    Miguel não só tinha retornado do nada,
    como agora parecia disposto a ficar
    com a sua amada.
    Sendo assim tudo o quê imaginava para eles, não passava de uma cruel ilusão
    de um apaixonado.
    “Mas no fim de tudo isso filho. Ela será sua. Apenas sua, e ninguém mais irá
    separá-los.” Era o quê se lembrava, ao vê-la adormecida e nua nos braços 
    do maldito soldado.
    O pobre ser de coração partido, não perdeu tempo, e contou tudo a Lúcifer 
    e Cerridwen.
    Ambos ficaram pasmos com a descoberta, e o pai da anjinha foi
    para cima do arcanjo.
    “Era para protegê-la! E não se 
    aproveitar de sua inocência!” Disse
    ao acertar-lhe socos contínuos na
    face.
    “Eu a amo Lúcifer! Não é o quê
    parece!” Berrou ao receber os golpes sem revidar, pois se sentia culpado.
    “Isso não pode ser verdade. Você nunca amou ninguém, a não ser a si mesmo.”
    Disse-lhe entredentes, pois não se esqueceu, que ele contou para o pai, sobre o nascimento da sua filha, e para proteger a si mesmo, fingiu não ter envolvimento algum com o
    caso.
    “Case-se com ela, assuma um compromisso, indo contra o seu pai então.” Disse Cerridwen utilizando 
    uma estratégia que sabia que iria funcionar.
    “Se é o quê é preciso. Tudo bem.” O
    arcanjo respondeu limpando o sangue
    do canto do lábio.
    Mesmo sob as piores condições, Luciféria ficou feliz com a
    união.
    Logo a notícia de um noivado tinha saído do jardim sombrio, e chegado aos
    ouvidos do impiedoso Yaweh.
    “Você foi enviado para conter Lúcifer e
    a filha!” Yaweh urrou em cima do seu
    jovem filho.
    “Eu a amo pai.” Disse com uma voz
    baixa, temendo a represália.
    “Amor? Foi o amor que a trouxe a vida,
    e me fez perder meu trunfo!” Gritou
    ainda mais alto.
    “Esta menina, é uma qualquer como a
    mãe dela. Nunca será ideal para você!
    Só irá machucá-lo!” Falou despertando
     a dúvida no arcanjo.
    “Não importa. É com ela que quero, e
    vou ficar.” Respondeu recuperado
    das incertezas.
    O céu não era o único infeliz com a notícia. No Inferno os pais de Luciféria
    temiam por sua infelicidade.
    “Lúcifer. Eu não pensei que ele aceitaria 
    , me perdoe.” Dizia Cerridwen entre
    lágrimas.
    “Não se preocupe Cerridwen. Eu sei que
    esse casamento não chegará nem no
    Eu aceito.” Respondeu-lhe o amado
    abraçando-a.
    “Papai e mamãe estão chorando por sua causa.” Disse Azazel para a mocinha.
    “Eles não entendem o quê é esse amor...Miguel não vai me machucar, 
    ele me ama.” Disse Luciféria, ainda saltitante pelo futuro.
    “Deixa de ser tonta. Se ele te amasse
    , não esperaria um ultimato para 
    se casar.” Retrucou Azazel.
    “E importa ter esperado tal condição?
    Eu a amo Azazel, e você não é capaz de entender tal sentimento.” Respondeu 
    o arcanjo, abraçando a noiva.
     Azazel não era o único fulo da vida,
    com o relacionamento de Luciféria e Miguel.
    A prima dela Eke, também não tinha 
    muito o quê comemorar.
    Era apaixonada por Miguel desde 
    muito jovem, e saber que ele seria para sempre de Lucy, lhe deixava furiosa.
    Todos estavam contra eles. 
    Mas ainda sim o casal permanecia 
    feliz, e seguiam adiante com o seu
    compromisso.
    A perdição de um caído por nascença.
    Mesmo contra a união, Lúcifer e Cerridwen foram ao templo.
    Lá encontraram Azazel, que após descobrir que era filho de Yaweh
    , tinha partido de casa.
    Foi um belo reencontro, ele parecia ter aceito que Luciféria seria do seu rival,
    e pediu para vê-la.
    “Ela é minha irmã, e já foi minha
    melhor amiga. Preciso mostrar que
    a apoio.” Pediu para Cerridwen,
    e esta lhe concedeu a entrada.
    Luciféria estava mais linda e radiante
    do quê nunca. Azazel ficou encantado
    com aquela visão, mas tentou apagar
    as segundas intenções.
    “O quê faz aqui? Veio dizer mais uma vez, que meu noivo não me ama?!” 
    Perguntou com raiva, colocando o
    véu vermelho.
    “Não. Vim te mostrar que não é com
    Ele, que deve ficar.” Respondeu o
    anjo, e ela gargalhou.
    “Como?” Perguntou com sarcasmo.
    “Vai se arrepender disso. Olhe nos
    meus olhos.” Disse encostando-a
    na parede.
    Ela o olhou, sem realmente vê-lo.
    “Olhe de verdade. Fixe em mim.”
    Disse-lhe com certa força, e 
    ela o fez.
    Ele se aproximou, e a imprensou ali.
    “Se você acha que é contigo que vou ficar, está muito enganado.” Ela se
    defendeu, e ele a beijou.
    No começo aquele toque de lábios
    , a deixou sem reação.
    “O quê está fazendo? Eu sou sua irmã.” Respondeu de olhos fechados, como
    se esperasse por mais.
    “E vai se casar com o nosso tio.” Ele
    rebateu sorridente, e a beijou uma
    segunda vez.
    Deste segundo beijo, veio a retribuição,
    e de tal gesto as coisas foram esquentando.
    O tempo foi passando, e nada da noiva chegar.
    Miguel ficou estarrecido, e Eke se dispôs a consolá-lo.
    A noite...Luciféria o procurou, queria muito lhe explicar porquê não podiam
    ficar juntos.
    “Cometi o adultério.” Disse-lhe sem
    pestanejar. “Azazel apareceu, eu não
    consegui resistir.” Continuou a tagarelar.
    “Miguel...” Ela tentou tocar em seu ombro, mas este se foi sem dizer uma palavra sequer, deixando-a sozinha
    na floresta.
    No dia seguinte...Procurou por Azazel,
    este podia entendê-la neste momento
    tão sombrio, e foi quando descobriu.
    Assim como Yekun, Azazel tinha sido contratado para levá-la a perdição,
    e destruir o coração do arcanjo.
    Amor? Não. Era apenas uma vingança pela constante rejeição, e isso a deixou desolada.
    Outra vez foi atrás de Miguel. Este agora não saia do laboratório.
    “Miguel...” Ao ouvir aquela voz, a imagem dela e Azazel se formou
    na sua mente.
    “Saia daqui.” Disse seco, e voltou
    ao trabalho.
    Ela insistiu, e ele então fechou a 
    porta.
    Por quê Luciféria não foi embora?!
    Por quê continuou ali?!
    No escuro ele a tomou para si,
    Não como sua amada, mas
    sim um objeto.
    Arrancou-lhe o vestido branco,
    e a penetrou como um animal.
    Sua mão cobria a dela.
    Ela chorava sem parar, estava
    sangrando, mas ele continuava
    , saindo e invadindo seu
    corpo.
    Dele nenhuma lágrima caia, as 
    chamas laranjas brilhavam em
    seus olhos.
    Ele não parecia mais um arcanjo,
    mas sim um monstro.
    Uma das bestas que vivera no universo
    , muito antes da existência dos 7 deuses.
    Ela não suportou e desmaiou, mas nem
    por isso ele parou.
    Até que percebeu que ela estava imóvel,
    e caiu no choro, desejando nunca tê-la conhecido.
    Seus olhos violetas se abriram, e ela se arrastou para a saída.
    Com todas as forças que lhe restava,
    correu pela lama, pois não conseguia voar.
    Caiu assim que alcançou um metro de distancia.
    E ele correu para ajudá-la.
    Ela estava tão destruída, 
    Que não tinha vida em seus olhos.
    “Me leva pra casa.” Disse com os
    lábios sujos de sangue escuro.
    Ele acatou seu desejo.
    A destruição de um anjo
    Ao entrar na sala azul, sua mãe estava
    sentada no sofá, inconsolável. 
    “Mamãe se acalme estou bem” Disse
    sentando ao seu lado.
    “Eu preferia que estivesse morta!” A
    linda deusa ruiva berrou.
    “O quê?!” A pobre dama ficou sem
    entender.
    “Eu vi! Eu vi você com meu Leviatã!”
    Cerridwen disse claramente perturbada.
    “Eu não...” Luciféria tentou se defender.
    “Estavam na cama. Aos beijos, sem
    qualquer pudor!” A acusou mais uma
    vez.
    “Eu não estava aqui.” Luciféria continuou a lutar para se provar
    inocente.
    “Não se faça de sonsa. Todo mundo sabe a piranha que é. Traiu seu noivo,
    e dormiu com o próprio irmão!”
    Continuou a atacá-la.
    “Pelo menos nenhum deles era meu filho!” Gritou a dama com desgosto.
    “Eu não sabia que Lúcifer era meu filho quando me apaixonei. Mas você jovem meretriz, tinha noção disso.” Rebateu.
    “Disso e de que Samael é seu pai.” Continuou a tentar lhe ferir.
    “É uma qualquer como Hécate! Dorme
    com todo mundo! E se faz de inocente!”
    Permaneceu a insultá-la.
    “É um erro. Um erro grotesco. Tire-a daqui imediatamente!” Ordenou a
    Miguel, que se sentindo culpado
    tentou intervir.
    “Cerridwen devia ouvi-la. Ela não é culpada. Estava comigo!” Disse escondendo parte dos 
    fatos.
    “Como se eu pudesse acreditar, no 
    anjo que foi traído, e continua com a vagabunda!” Respondeu com total
    frieza.
    “Vem Luciféria. Ela não vai te ouvir.
    Esta entorpecida pelo ódio.” 
    A esta altura a jovem não tinha mais voz, e ao ir embora com o seu agressor
    torceu para aquela ser a única vez.
    “O paraíso” é mesmo o Paraíso?
    “É minha culpa. Fui eu quem armou para você.” Disse Miguel entre lágrimas 
    na carruagem, e a jovem o encarou
    incrédula.
    “O quê mais você fez?” Perguntou com
    total falta de emoção.
    “Eu tinha que te segurar lá. Para Eke ir
    e seduzir o seu pai na sua forma.” Soltou a língua.
    “Então o abuso não fazia parte do plano.” Pressupõe ainda 
    mórbida.
    “Meu pai jamais trairia minha mãe comigo. Nos respeitamos demais para
    Isso.” Resmunga olhando para o céu
    azul marinho.
    “Por isso criamos uma confusão em Aldarin, e o substituímos por um sósia.”
    Continua a confessar, entre lágrimas.
    Se sente pior agora.
    “Se sente culpado por acabar com a minha vida? É tarde.” Diz em tom
    de ironia.
    “Não foi apenas uma traição Miguel.
    Eu realmente sinto algo por Azazel.”
    Diz sem pensar duas vezes.
    “Você deixou de me amar?” Pergunta
    assustado com aquela resposta.
    “Depois do quê fez comigo, não consigo
    te perdoar. Então acho que nunca te
    amei.”
    As últimas três palavras ecoam na cabeça do arcanjo.
    E logo toda a compaixão que tinha tido até ali, se transforma em ódio.
    “Não me ama? Tudo bem. Se achou ruim o quê eu fiz...Imagina o quê
    vai achar quando eles fizerem.”
    Disse jogando-a numa cela suja, cheia de jovens bestas, sedentas por 
    sexo.
    “Nunca te amei.” É a única frase que fica na sua cabeça, ao deixá-la para
    trás.
    Com o olhar sem qualquer sinal de vida, ela encarou o seu destino.
    Nada poderia ser pior que destruir o coração da sua mãe.
    A cada passo deles em sua direção, 
    o calafrio subia a espinha, mas
    estava pronta.
    “Eu vou ser o primeiro, afinal ela está aqui por minha causa!” Disse Azazel, 
    se aproximando da moça.
    “Por favor confie em mim. Tudo o quê farei é para te proteger.” Sussurrou em seu ouvido, e então tirou as suas roupas.
    Ele a olhou preocupado, pedindo permissão para ir adiante, mas para 
    ela nada tinha significado.
    Ele a possuiu na frente de todos, 
     e declarou que seria o seu torturador,
    desta forma nenhum outro anjo veio
    a se aproximar dela.
    “Deve está feliz.” Foram as primeiras palavras após dias de silêncio.
    “Não estou. O quê houve para vim acabar aqui?”  Perguntou assim
    ficaram a sós.
    “Fui expulsa de casa. Porquê minha mãe acha que dormi com meu pai.” Resume com sorriso de tristeza.
    “O quê?!” Azazel fica surpreso. “E no momento em que estava supostamente sendo uma puta, eu estava na verdade sofrendo abusos de Miguel.” Continua
    como se aquilo fosse normal.
    “Miguel fez o quê?!” O anjo ferreiro fica irado com aquela alegação. 
    “Me estuprou.” Responde com um sorriso ainda sem graça.
    “Eu vou matá-lo.” Conclui, e ela gargalha. 
    “Ele é Miguel. Se matá-lo, teu pai 
    acaba contigo. Não seja tolo, eu não valho nada mesmo.” Diz sem se importar com a justiça, ou a falta 
    dela.
    “Ele tem que pagar Lucy!” Diz incrédulo.
    “Ele não tem que pagar nada. Você que causou tudo isso, com a sua vingança infantil!” Rebate, tirando-lhe o manto de herói.
    “Você ainda o defende?” Diz Azazel
    totalmente exasperado. “Devia mesmo ter casado com ele. Pois nasceu para ser submissa.” É o último insulto antes de partir.
    A última batalha antes do Fim. Parte I
    Luciféria e Azazel viviam juntos, 
    desde crianças.
    Eram os melhores amigos, e os
    que guiavam os irmãozinhos
    na traquinagem.
    Foi na adolescência, quando Lucy
    descobriu o amor por Miguel, que
    eles se separaram.
    Pois Azazel detestava o arcanjo,
    por saber que era seu rival.
    Então quando ele cuidou dela na cela,
    esta reviveu os momentos de infância, quando ele cuidava de seus machucados.
    E se perguntou “Quando foi que a nossa amizade se destruiu?” 
    Eles tinham nascido um para o outro,
    tal como Harmonia para o Caos, e por
    isso nem a traição os separou.
    Logo tinham se tornado amigos outra vez, e desta amizade veio o sentimento,
    que sempre esteve ali, mas foi ocultado
    por uma paixão juvenil.
    Ele sempre a amou e tinha consciência
    disso, ela sempre o amou, mas não se
    deixava ver, para não perdê-lo.
    E Miguel soube.
    Furioso por saber que Azazel tomava conta da cela dela, decidiu libertá-la
    e levá-la consigo, para garantir 
    sua infelicidade.
    Mas ela preferiu ficar acorrentada e numa cela, sendo feliz. 
    Do quê partir com o arcanjo, e ser
    destratada para o resto da 
    vida.
    “Você ficou louca? Se ele te amasse.
    Teria te libertado, e levado para longe daqui!” Disse-lhe na porta da cela.
    “Me levaria para onde? Se graças a você e seu pai não tenho um lar!”
    Ela berrou.
    “Ele destruiu sua vida. Se não tivesse dormido com você, hoje tudo seria
    diferente.” Diz com certo pesar.
    “Você também me destruiu, e nem por isso deixei de sentir algo por ti.” São as palavras, que jamais deveriam ser 
    ditas, mas foram.
    O eco da porcelana quebrada, se fez no lugar, e ela viu Azazel partindo para longe.
    Seus passos tentaram alcançá-lo, e o
    arcanjo a seguiu.
    Ao vê-la junto do seu maior inimigo,
    pegou uma prisioneira em seus braços,
    e a beijou do mesmo jeito que beijava
    a anjo, que transtornada com aquilo
    , aceitou a carcerária liberdade.
    Luciféria optou por trair o seu povo, 
    pois queria morrer, e esta era a única forma.
    Azazel era sua última gota de felicidade,
    e tinha sido arrancada dela.
    Miguel detestou mais ainda o ferreiro, e odiou não ser a razão da morte de
    sua única amada.
    Ela fez um acordo com Deus para ser destruída, e mostrando a famosa 
    misericórdia, ele limpou seu
    nome.
    Disse-lhe que Luciféria não existiria mais, e agora seria Nahemah.
    Ela aceitou.
    Todos no céu, achavam que Miguel a tinha perdoado, e a detestavam por
    isso.
    Mas ele na frente dos outros, lhe defendia.
    Quando estavam a sós, ele a humilhava de todas as formas.
    Foi então que aconteceu...Lúcifer soube
    que a filha estava querendo cometer
    suicídio, e preparou as tropas para
    ir resgatá-la.
    Ele e o filho adotivo Azazel discutiram.
    “Acha mesmo que Deus lhe dará algo? Eu era o maior dos anjos, e nem a
    mim, ele poupou! Cresce garoto!” 
    Disse-lhe o caído.
    A dama estava pronta para morrer,
    mas quando o pelotão de Miguel veio até ela, para exterminá-la, esta se
    defendeu, e os matou.
    Miguel ficou furioso com a afronta.
    Achou que a morte dela, era um plano para atrair seus protegidos, e matar
    cada anjo no céu.
    Por isso ele a atacou, e os dois lutaram
    com espadas de luz.
    Ele era um esgrimista nato, e ela uma desastrada, por isso perdeu.
    No entanto quando veio o golpe de misericórdia, uma espada a 
    protegeu.
    Era Azazel, com uma armadura de metal, pronto para acertar as
    contas.
    Miguel sorriu. Estava louco por uma oportunidade de destruir o irmão.
    E o tilintar das espadas se encontrando,
    ecoou por entre as nuvens. Porém não
    foi o suficiente para abafar os gritos
    de dor de Nahemah.
    Ao ouvi-la Azazel e Miguel imediatamente pararam.
    O arcanjo queria vê-la sofrer, e o
    anjo a pegou nos braços.
    Ele a salvou. 
    Ao chegar no Inferno, ele a levou a sagrada fonte de cura, que ficava
    perto do penhasco das almas.
    Ela agradeceu, mas eles discutiram,
    e este foi embora com o rosto vermelho por causa de um tapa.
    Um fiel servo de Cerridwen a viu, e sem saber da verdade, fez o quê achou melhor para a sua senhora.
    A jogou no mundo dos humanos, e esta caiu.
    Aquele mundo, não lhe era tão estranho, já havia o visto antes, em suas viagens dimensionais.
    “Este aqui. Pode ser meu novo lar...
    Mas a verdade é que não quero
    existir.” Disse ao se jogar dentro do
    mar, afundando o punhal de Miguel
    contra o coração, e enfim
    morrendo.
    A tristeza de Cerridwen era grande,
    por saber que a filha tinha feito o quê
    fez, mas foi ainda maior quando 
    o seu irmão lhe contou a 
    verdade.
    Eke tinha ido longe demais, por seu amor doentio.
    Yaweh tinha ultrapassado os limites, 
    por falta de maturidade.
    Miguel já nem devia ser chamado de celestial, diante das atrocidades que cometera.
    Mas Cerridwen só conseguia culpar a si mesma, pela desgraça da filha.
    Onde estaria o pequeno fruto de amor, agora que tinha se tornado parte do
    multiverso?
    O espírito dela estava com Harmonia,
    adormecido, pois a titã não queria 
    acordá-la.
    “Ela não lhe pertence!” Cerridwen dizia
    para a mãe, com raiva e imponência.
    “Do momento em que retornou para mim, sim, ela é minha.” Respondeu-lhe
    a velha e sabia Harmonia.
    “Ela é minha filha! Você não tem direito algum sobre ela!” Continuou a brigar.
    “Ela é essência da minha essência, como você.” Disse ainda segurando o espírito da pequena.
    “Volte, e sirva a Yaweh de acordo para
    o quê foi feita. Sacrifique-se, e sua filha será libertada.” Cerridwen engoliu seco aquelas palavras, mas aceitou a
    condição.
    Como castigo, Yaweh que a criou 
    com a energia dos deuses, lhe tirou todos os poderes.
    “Você não tem serventia para mim.
    Mas terá para a minha criação.” Disse
    ao destruir seu corpo de deusa, e roubar-lhe a chama encantada.
    Assim fez Adão, e para ele deu sua esposa.
    Agora sem poder algum, totalmente regenerada, sem memória, e a
    batizou de Heva-Lilith.
    No início Heva e Adão eram felizes,
    de acordo com a vontade do criador.
    Mas dentro daquela deusa agora
    humana, ainda havia rastros
    de sua vida anterior.
    Por isso na hora das relações sexuais,
    Lilith não se sentia confortável, em
    ficar abaixo de Adão.
    Afinal de contas, de alguma forma
    isso lhe trazia a sensação, de que era
    errado, e que chegava a ser abusivo.
    Mal sabia a bela ruiva, que isto já havia acontecido antes, e pior sem o seu
    consentimento.
    Chorosa ela se sentia confusa, e por isso procurou um canto apenas seu.
    Foi lá que ela o conheceu, ou melhor o
    reencontrou. O seu amante, 
    amado.
    Logo de cara, ficou claro que eles se conheciam de algum lugar.
    O fogo e o desejo os consumiam, e por
    isso se entregaram um ao outro.
    Lilith não sabia quem era, mas Lúcifer
    sabia, e queria resgatá-la, para irem
    salvar também a pequena.
    Ele tentou não parecer um lunático,
    por isso pouco a pouco foi fazendo-a se recordar.
    Mas apenas no momento em que disse o seu nome, é que a bela se recordou
    de todo passado.
    Na sua forma humana, ela era ainda mais rebelde.
    Por isso espantou os 3 anjos com facilidade, e seguiu com seu amado Samael, em busca do espírito de
    Luciféria.
    Com o tempo, embora Harmonia discordasse, Cerridwen tinha feito a sua
    parte, e por isso esta permitiu que a
    bela Luciféria renascesse.
    Infelizmente outra Deusa veio, e desposou Adão.
    Os humanos a conhecem como Eva, ou Heca, ou Aisha.
    Nós a conhecemos como Eke.
    Eke não perdeu a memória quando entrou no plano humano.
    Ela se sujeitou a Adão apenas porquê queria causar ciúmes em Miguel, que
    continuava devastado com a perda
    de Nahemah.
    Notando que este nem sequer a olhava, esta fez uma manobra ousada, e pegou
    o sêmen de Lúcifer, e o colocou no
    próprio útero.
    Se Lilith desconfiasse de outra traição,
    ela ficaria infeliz, e se destruiria.
    Eke só desejava ver o circo pegando fogo, e que a família perfeita de
    Nahemah se desfizesse.
    Tudo o quê era bom e importante para Nahemah, tinha que ser destruído.
    Assim como seu coração foi, por Miguel por causa dela.
    Para a infelicidade de Eke, Lilith a reconheceu, e soube na hora que o filho que carregava na barriga, era um artificio.
    Eke furiosa, teve o pequeno Caim, e o
    jogou para morrer no rio.
    Ele não tinha nenhuma utilidade para o seu plano perverso, por isso podia ser
    descartado.
    Lilith salvou o bebê, e o criou como seu, junto do pequeno Asmodeus.
    Como tinha acabado de tê-lo, havia leite para os dois.
    Lúcifer e ela aguardavam pela volta da filha, acreditavam até que viria outra vez do útero de Lilith.
    Mas a pequena Nahemah, nasceu da descendência Luciferiana de Caim.
    Em homenagem ao seu nome celestial,
    eles a batizaram de Namah. 
    Ao ouvir que sua amada tinha renascido, Miguel e Azazel vieram 
    para a Terra.
    Ambos estavam preparados para lutar pelo coração da jovem outra vez.
    A novidade logo chegou aos céus escuros, e todos os seres da Sirius B, desceram também.
    Dando início ao evento conhecido como a queda dos anjos. 
    Os anjos ficaram encantados com 
    as humanas, e por estas se apaixonaram.
    Diz a lenda que Azazel desceu para ter relações com várias mulheres.
    Mas é uma mentira, ele só queria uma,
    a sua doce e indomável Luciféria.
    Miguel não é citado como um caído, pois este veio para supervisionar a
    baderna.
    Assim dizem. 
    Ele só queria vê-la outra vez.
    Desta vez Azazel foi o primeiro amor de Namah.
    “Você é um anjo?” Perguntou no primeiro encontro.
    “Sim, mas cometi um grande pecado.”
    Respondeu-lhe misterioso e com
    charme.
    “Qual” Perguntou-lhe curiosa.
    “Ter te amado acima de Deus.” 
    Respondeu, deixando-a 
    corada.
    O amor é o motivo de toda perdição.
    Foi por amor que caiu uma nação.
    O amor é perigoso, é saboroso
    Não é algo que te dá paz, mas te
    faz se sentir vivo e seguro.
    Todos os anjos da Sirius B, seguiam
    este lema, por isso não se preocuparam,
    e se envolveram com as filhas dos
    homens.
    Destes amores hediondos, nasceram
    os nephilins. 
    Miguel, Gabriel, e Rafael ficaram assustados com a quantidade de novos humanos, e denunciaram para Yaweh.
    Este com ódio da felicidade dos 
    anjos, então decidiu lavar a 
    terra.
    Para proteger Namah, Miguel a colocou na arca, e roubou a mente de Noé.
    “Você não tem culpa dos pecados de Azazel minha querida.” Disse-lhe ao
    empurrá-la para o barco.
    Namah não entendeu nada. Não tinha lembranças de Miguel, mas sentiu um belo calafrio percorrendo a 
    espinha.
    A última batalha antes do fim. Parte II
    A Terra agora era um campo de batalha, após a última investida de Yaweh. Todos os anjos estavam furiosos pela perda de seus filhos e amadas, e
    por isso declararam guerra ao
    céu.
    Azazel não sabia do paradeiro de Namah, por isso acreditou que esta teria falecido com sua filha dentro
    da barriga, e entrou na guerra.
    Yaweh foi atacado com lanças e luz,
    seus anjos lutaram contra os anjos
    de Lúcifer.
    Sangue inocente tinha sido derramado,
    os filhos não tinham culpa do pecado
    dos pais!
    Caos estava agindo como nunca, pois achava que o filho estava fora de
    controle.
    Sem mais o quê fazer ele o trouxe.
    O irmão gêmeo de Samael. 
    Bael o senhor dos raios.
    O implacável, o destruidor, o mentiroso, o ilusório.
    Era a sua última saída para acabar com a guerra, que estava favorecendo o
    seu inimigo.
    Por isso lhe deu a chama de Zebub.
    Um poder que nem ele podia conter, pois esta pequena chama, era uma importante parte de Caos.
    Era a sua última alternativa, e Bael abraçou aquele poder com todo
    o seu coração.
    Bael desceu então a Terra, e enviou as 7 pragas do Egito, para desmoralizar os
    templos dos anjos.
    Tamanho poder era maior até mesmo que o de Lilith e Lúcifer juntos!
    Por isso as tropas dos caídos foram recuando.
    Yaweh comemorou com gosto, estava feliz com a gloriosa vitória.
    Porém quando resolveu tirar a chama de Zebub, Bael se revoltou, e o subjugou.
    Bael não precisava mais de Yaweh, era mais forte que ele, por isso decidiu que seria o novo Deus.
    Mas como quase ninguém sabia da sua existência, ele precisou de um bom peão.
    “Ficarei por trás de você. Te comandarei. Mas o novo Deus sou
    Eu.” Disse para um famoso arcanjo.
    “Eu jamais...” Miguel se recusou de imediato, nunca quis o trono do
    pai.
    “Vi como olha para a humana. Sei do seu passado vergonhoso com ela. Se não o fizer, eu vou destruí-la para
    sempre!” Disse Bael para lhe
    convencer.
    “Eu tenho o poder primordial Mikael.
    Um estalar de dedos, e sua humana, deixa de existir.” Ameaçou-lhe, e o
    Arcanjo aceitou, fingir que seria
    o novo Deus.
    “Meu filho...Seus irmãos te odiarão.”
    Chorou o Deus criador, ao ver o jovem sentando-se ali no trono, e fingindo ter tomado o poder para proteger a sua eterna amada.
    Luciféria agora se chamava Isis, em homenagem a deusa.
    E pouco ou nada se lembrava, caminhava ao lado de Toth, sem saber que eram amantes divinos em outra vida.
    Ele fazia por ela, o mesmo que Lúcifer fez por Lilith. Tentava lhe devolver sua memória, e reascender sua chama 
    genômica.
    Ela pouco entendia, mas era fascinada pelos ensinamentos de Toth-Azazel.
    Até que certo dia despertou, e lembrou-se de tudo, incluindo dos filhos que tivera com Noé, que na verdade eram de Azazel.
    “Eles nasceram, cresceram, e se reproduziram meu amado, antes de voltar para os braços de Harmonia.”
    Disse-lhe com um sorriso, e isto
    trouxe paz ao demônio.
    “O importante é que vocês 3 estavam bem.” Disse-lhe caminhando ao lado
    dela.
    “Infelizmente esta é a nossa última notícia boa. Deus agora é implacável com seu guerreiro Bael, não temos
    chance de vencer.” Disse com
    pesar.
    “Sempre há chance para a justiça, por mais escuro ou claro que pareça.” Lhe respondeu olhando para o céu.
    “Nahemah.” Disse-lhe o sopro no ouvido, e então Miguel apareceu para ela, acima das montanhas, usando a coroa de um Deus.
    “É Isis na verdade.” Respondeu com
    indiferença. “Pra mim sempre será Nahemah ou Luciféria.” Disse sorrindo sem  jeito.
    “O quê queres anjo ?” Disse com certo desprezo.  “Meu pai é culpado por muitas tragédias, mas não é ele quem está causando estas.” Disse sem
    pensar duas vezes.
    “São semelhantes.” Retrucou com total indiferença.
    “Não são. Ele ama os humanos, não mataria crianças pequenas, apenas porquê um servo pediu.” Respondeu-lhe tentando defender o todo poderoso.
    “Ele matou milhares de nephilins.” Rebate sem acreditar na salvação.
    “Não eram puros.”  Miguel continua
    apreensivo. “Eram bebês!” Ela grita.
    “O sangue estava manchado. Não
    eram humanos, nem demônios eram
    aberrações!” Outra  justificativa 
    barata. “Já chega! Não importa quem está no poder agora! É tão injusto quanto seu pai!” Urra horrorizada com a forma como ele trata os demônios
    mirins. “Nahemah...” Ele tenta falar.
    “É Isis. Como a Deusa.” O corrige friamente.
    “Isis. Não se trata do meu pai mais.
    Bael quer mais poder, ele quer está acima do bem e do mal.” Conta-lhe
    com certo medo.
    “Precisamos unir forças.” Implora segurando-lhe as mãos delicadas. “Nunca me uniria você.” Responde
    deixando-o para trás. 
    “Mas a informação foi útil. Obrigado
    querido tio.”  Diz ao se retirar, e o deixa exasperado. Detestava ser chamado de tio por ela, porquê isso lhe trazia culpa,
    e demonstrava que ela não o queria
    mais.
    “Grande deusa Nuit.” A chamou. “Sabes que é minha filha. Não deve se ajoelhar para mim” Disse-lhe a deusa.
    “Prefiro desta forma ó grande Nuit, deusa soturna.” Responde com sarcasmo.
    “O quê deseja?” Lilith revira os olhos.
    “Um anjo veio até mim, e me contou que o tal Bael agora reina no céu.” Disse evitando o contato.
    “E o quê isso tem a ver conosco?!”
    Lilith exclamou sem entender.
    “Bael está sedento por poder, e segundo o anjo, ele quer o Inferno
    também.” Respondeu-lhe com 
    um pouco de indiferença.
    “Isso não é possível. Bael e seu pai tem caminhado juntos, são grandes amigos, e odeiam Yaweh, até fundaram a ordem de BAAL com seus filhos.” Lilith parece desacreditar da informação.
    “Qual foi o anjo?” Lilith pergunta desconfiada.
    “Miguel. Meu anjo da guarda.” Isis gargalha, e Lilith permanece 
    séria.
    “Miguel não mentiria para você. O passado tem um peso grande entre vocês. Vou averiguar isso” A deusa
    desapareceu do templo, e a jovem
    fez um sinal de reverência.
    “Então Miguel continua a te procurar...” Toth brinca realizando um feitiço. 
    “É...Mas é estranho. Não é como você,
    é como se nunca o tivesse o conhecido, e o odiasse mais que tudo.” Responde
    sentando-se a mesa.
    “Ainda tem sentimentos por ele. Sempre vai ter. Resta saber se o quê sente por mim é maior” Diz com total serenidade. Azazel era maduro, apesar de ser seus surtos de juventude, ainda era mais
    confiável que Miguel.
    “É claro que é. Já disse nem conheço aquele anjo.” Isis responde de imediato, e Toth ri. “Será mesmo?” É o quê pensa
    ao analisar o seu invento, uma esfera
    negra móvel, com anéis envolta.
    Lilith entra na sala em forma de coruja, e caminha até os dois jovens. 
    “Atrapalho?” Disse com um sorriso, e eles disseram que não.
    “Miguel estava certo. Notei nas conversas de Bael, insinuações de que anseia roubar o Inferno.” Lilith dá as notícias.
    “E o quê podemos fazer para impedir?”
    Azazel prontamente se mostrou para a batalha. 
    “Devemos reunir o conselho secreto.”
    Lilith fala porém nenhum dos 2 anjos entende o código.
    “O conselho secreto, é uma reunião entre deuses celestiais e infernais, com os titãs primordiais, para impedir uma catástrofe universal.” Explica-lhes e
    ambos esperam por mais informações.
    “Lúcifer e eu, não podemos presidir o conselho, pois somos oficialmente os aliados de  Bael. Mas você e Azazel
    podem, pois ambos renunciaram
    a coroa.” Lilith lhes dá uma luz, e os dois rapidamente recusam a proposta, porém a 00:00 do mundo humano, eles atravessam o portal, e vão para o Conselho Secreto.
    “Todos que estão aqui, se encontram sob o regimento do Conselho. Portanto as brigas de Luz e Trevas devem ser esquecidas, por um único objetivo,
    a nossa preservação.” Diz Harmonia sentando-se entre as árvores que parecem um trono.
    Para surpresa do jovem casal infernal,
    Miguel é quem fica no lugar do pai, e este evita encará-los, pois não deseja brigar, nem trocar farpas.
    “Existe um terrível rumor de que Deus foi destronado.” Inicia Harmonia.
    “Não é rumor, vovó Harmonia. Estou aqui para provar que é verdade.” Miguel então retira uma esfera do bolso, e dela saem imagens holográficas , na qual Bael lhe diz algo, e este se vê
    obrigado a fazer o quê ele quer.
    “Meu filho. Suas provas o incriminam.”
    Harmonia diz assistindo as imagens. “Não! Ele me obrigou!”  Miguel se defende, e Isis ri.
    “O quê ele lhe disse? Que Apep ia te pegar?!” Isis diz em tom infantilizado.
    “Não. Que ele te mataria se eu não o  fizesse.” Miguel fica cabisbaixo, pois sabe que não receberá gratidão.
    “Você não é meu marido. Se eu tiver de morrer por esta causa, eu vou. Não preciso de sua proteção.” Retruca com total ingratidão, e Miguel sorri com
    raiva.
    “Já chega vocês dois. Briga de casal não tem espaço nesta reunião. O problema aqui é maior que um romance que não
    deu certo.” A velha Harmonia, caracterizada com anos humanos diz.
    “Prossiga Miguel.” A anciã passa a palavra para o arcanjo, que olha com mágoa para a amada.
    “Bael não quer ser o Deus do Céu. Ele quer a Terra. O Inferno. Tudo!” Chega ao ponto principal.
    “Isso é muito grave! Bael está com a chama de Caos! Ele tem poder para ter esse tudo!” Harmonia entre em 
    pânico.
    “Sim, por isso sugiro uma união de forças opostas.” Miguel põe as cartas na mesa, e Azazel e Isis trocam 
    olhares.
    “Se for pela preservação de nosso povo.
    Nós aceitamos. Nos unir. A eles.” Isis responde de má vontade.
    “Eu irei conversar com a alta hierarquia infernal, e descobrirei quem serão os
    nossos aliados.” Azazel com sua mente estrategista, logo percebe que haverão
    traidores, por isso se dispõe a tirar isso
    a limpo.
    “Vou usar meu poder de Deus para conseguir mais aliados.” Miguel diz para os outros.
    “Eu vou ficar calada e observar.” Isis brinca, e Miguel sorri mas é o único.
    “Vou convocar meus melhores dragões, e irei até o reino da minha mãe, para conseguir bestas celestiais.” Revira os olhos, e assume um posto.
    “Ótimo. Estamos todos entendidos.
    Mas para evitar problemas diplomáticos, preparem suas armas
    silenciosamente.” Harmonia termina a reunião e os tronos somem.
    Findado o encontro, Miguel e Isis discutem, e Azazel se retira alegando
    que eles tem muito o quê conversar.
    Ao amanhecer Isis convoca sua mãe para uma reunião, e pede-lhe para entrar nos mundos de Tiamat.
    Azazel inicia um evento entre os demônios da mais alta patente do
    Inferno, e os analisa friamente.
    Miguel tenta evitar Bael, e o engana com visões falsas do futuro, onde ele é o Deus vencedor, e todos caem em ruínas.
    Naquela noite houve uma reunião...
    Bael estava com um enorme sorriso, e
    Lilith o observava com cautela, enquanto Lúcifer aparentava está
    despreocupado.
    “É claro que o Inferno é imbatível. Fez um excelente trabalho aqui irmão.” Disse Bael extremamente maravilhado
    com as terras sombrias.
    “Há regras que servem para sobreviver,
    e não são abusivas como as de Yaweh. É
    um sistema realmente perfeito.” Disse
    elogiando a gestão do reino.
    “Nossos filhos, e irmãos de guerra fazem sua parte direito. Por isso Bael que estas terras são tão perfeitas.”
    Lilith disse com um sorriso, mas Bael a ignorou, pois para ele as mulheres não podiam ter voz.
    “Estou vendo.” Disse-lhe com indiferença, e notando o incômodo da
    esposa, Lúcifer a encarou, e os dois
    inventaram uma desculpa para
    ficarem a sós.
    “Não se sente nada confortável com Bael não é?” Perguntou-lhe ao abraça-la por trás, sentindo o calor do seu 
    corpo quente e nu, sob o veludo
    vermelho.
    “Fora o fato de ser tão idiota quanto o seu pai. As crianças me contaram que ele quer o inferno.” Responde-lhe com
    um sorriso de prazer, e depois a sua
    expressão muda.
    “E como Luciféria saberia, se só conseguiu recuperar as memórias?” 
    Lúcifer logo percebe a fonte da informação, e a acaricia.
    “Como sabe que...?” Lilith nem termina, e seu amado lhe dá um beijo no pescoço.
    “Ela é a sua favorita, e também é a minha. Sempre será a primeira que nós
    vamos ouvir.” Respondeu, e a demônia
    girou, e o jogou nas almofadas, o
    fazendo sorrir.
    “Eu amo todos os meus filhos Lúcifer.” Lhe disse arrancando-lhe suspiros intensos.
    “Mas a Luciféria é a sua especial.” Lhe respondeu tentando respirar, pois a
    Rainha do Inferno, sabia bem 
    o quê fazia.
    “Calado.” Ordena pressionando-se contra o corpo dele, e deixando-o
    mais alegre.
    “Quem disse esta sandice do meu
     irmão para a Luciféria ?” Pergunta-lhe agarrando-a, e jogando-a nas almofadas.
    “O anjo da guarda dela.” Lilith também brincou, e ele a puxou, sentando-a entre as suas pernas.
    “Miguel é um traidor. Por causa dele, ela quase morreu quando era um bebê, e se matou na adolescência.” Diz sério,
    abraçando-a, e beijando-lhe o pescoço.
    Não é a toa que eram conhecidos 
    como o casal da luxúria, até para conversar sobre os assuntos sérios, 
    eles ficavam na “cama”.
    “Eu sei. Mas é inegável que a ama.
    Ele mudou bastante depois que a viu morrer.” Lilith tenta convencer ao marido. 
    “Miguel não ama ninguém. Só ao meu pai. Deve ter sofrido abusos na infância para ser tão apegado ao tirano.” Lúcifer se mostra descontente, e ignora o
    aviso.
    Infelizmente para o imperador, o aviso do celestial era real, e num dia qualquer
    houve o desastre.
    49 dos 72 demônios mais poderosos, 
    se voltaram contra Lúcifer e seus aliados.
    “Regras. Quem precisa delas?” 
    Diziam em coro, ao amarrar e amordaçar os demônios
    machos.
    Como acreditavam que as fêmeas 
    não representavam perigo algum, 
    as deixaram livres.
    Lilith correu para fora do inferno, levando suas 2 outras irmãs, e
    alguns sobreviventes.
    “Me diz que fez algo Luciféria!”
    Lilith berra em desespero, e a moça abre um portal para Tiamat.
    “Eu chamei eles para nos ajudar.”
    Luciféria chama os seus amigos gigantescos, 
    e as bestas caminham lentamente 
    para fora.
    “Se nem eles tiverem forças para derrotar Bael estamos perdidos.” 
    Lilith diz, e saca a espada para lutar contra os 49 traidores da causa.
    Luciféria monta em seu dragão azul acinzentado Graham, e parte  para a batalha, pronta para resgatar os
    irmãos e os menores.
    Após algumas horas...A princesa demônio, volta na sua forma humana,
    está exausta depois de prestar os
    primeiros socorros.
    “Nahemah.” Diz o arcanjo Miguel com
    tristeza, e se aproxima dela.
    Más notícias estavam a caminho, e ela sabia, por isso desceu do seu animal, 
    e correu até ele.
    Este tentou segurar sua mão, lhe dá
    apoio. No entanto quando ela viu o seu
    amado jogado numa maca, correu 
    para os seus braços.
    “Azazel!” Berrou ao ver as profundas 
    marcas no corpo do seu anjo demoníaco.
    “O quê você fez?!” Ela salta no pescoço
    do anjo, tentando enforcá-lo como
    se fosse mortal.
    “Se acalma.” O arcanjo disse com frieza, tentando não sentir a palma quente 
    dela em seu corpo.
    “Você o deixou a beira da morte!” Urra com lágrimas descendo pela face.
    “Eu não fiz nada. Esse idiota quis enfrentar Bael, e se não chego a tempo não estaria aqui.” Responde com 
    total compostura.
    “Luciféria...” Sussurrou o demônio ferido, e a bela se soltou dos braços do ser angelical, para se ajoelhar ao 
    lado dele.
    “Achou que apenas esse babaca faria de tudo para te proteger?” Riu e tossiu logo em seguida.
    “Isso foi idiota Azazel. Eu não quero que ninguém me proteja!” Diz chorando e
    beijando a mão do primeiro 
    sátiro.
    “Mas eu sempre vou. Não importa 
    se está comigo ou com ele. Você sempre
    será minha protegida.” Diz com uma
    voz rouca.
    “Faça ela feliz...Tem 500 anos antes 
    de voltar.” São suas últimas palavras
    antes de partir. 
    Ao ouvir aquilo a moça fica em pânico, e o anjo sem palavras. 
    Lilith observa tudo, e acata a vontade do filho. Colocando as mãos nas
    costas do casal.
    “Nahemah você está bem?” O anjo diz mais preocupado com o estado dela,
    do quê com a oportunidade.
    “Não.” É a única coisa que sai da sua boca, antes de voltar para o campo
    de batalha.
    Agora era como não ter nada a perder,
    por isso montou em Graham, e foi
    para o centro da luta.
    “Bael!” Gritou com fúria, erguendo a sua espada, enquanto o dragão seguia até ele. 
    Ao ver que ela estava prestes a cometer suicídio, o arcanjo entrou em pânico,
    e voou tirando-a dali.
    “Você enlouqueceu?!” O arcanjo 
    berra, ao chegar no deserto.
    “Responde!” Diz chacoalhando-a
    , mas ela está sem reação.
    “Ele vai voltar daqui há 500 anos. Não é para sempre!” Grita-lhe, tentando lhe
    fazer agir, mas esta fica a 
    chorar.
    “Por favor. Eu não quero te perder de novo. Não me importo se não ficarmos
    juntos, só não quero, não ter a chance
    de pelo menos tentar.” Diz entre 
    lágrimas, segurando as 
    suas mãos.
    Ao ver o desespero do arcanjo, 
    Lúcifer percebe que há sentimento
    da parte dele pela pequena.
    “Lilith não cansa de está certa?” Ele 
    ri seguindo na forma de um gigantesco dragão ocidental, tentando se libertar
    da prisão em que Bael lhe colocou.
    A última batalha antes do fim. Parte III
    As tropas de Lilith e Nahemah 
    seguem adiante.
    Sangue cai na areia, e o som do encontro dos metais ecoa.
    A princesa demônio está montada
    no seu dragão, acompanhada por
    Cérberos, e sua hidra de 
    estimação.
    A imperatriz infernal, está na 
    forma de uma gigantesca besta draconiana.
    De tortuoso corpo ocidental, com espinhos saindo de sua
    face.
    Ela é bela, porém por ser uma 
    deusa, pode tomar qualquer forma
    , incluindo a dos maiores pesadelos
    do inimigo.
    “Vamos para o norte.” Diz Lilith  
    com toda a grandeza de Tiamat, indo em direção ao abismo, junto das demônias guerreiras.
    “Está bem.” Nahemah aceita a ordem,
    e da a direção para as feras.
    Elas encontram uma gigantesca esfera,
    que parece um globo de vidro.
    Lilith vê Lúcifer preso no fundo, e logo
    ataca a barreira, cuspindo bolas 
    de energia.
    Ela precisa tirá-lo dali.
    Ele é o seu amado, sua vida, sua paixão.
    Percebendo que sua consorte quer libertá-lo.
    Lúcifer também tenta destruir aquele
    bloqueio.
    No entanto sozinhos não são páreos para tal força.
    Notando que seus pais precisavam de
    ajuda. Nahemah ordena que os dragões
    , ataquem a barreira em sincronia com
    a sua mãe.
    Ao ver todas as feras, as guerreiras 
    Infernais, usam os seus dons. Unindo
    as forças, elas criam uma rachadura
    , e eles usam todo o vigor para 
    quebrá-la.
    Ao destruir aquele muro mágico, os demônios correm para as suas amadas, e ficam felizes, pela regra de Lilith existir.
    Já que sem ela, as moças nem 
    sequer saberiam como usar suas habilidades.
    “Vocês foram brilhantes.” Diz 
    Lúcifer enrolando seu pescoço ao da 
    sua amada, enquanto ficam acima 
    da bela Nahemah.
    Todos os demônios fiéis a Lúcifer 
    e Lilith, se curvam em respeito a eles.
    E os dois se abraçam, pousando em
    cima de Graham.
    Logo Mammon, Caim, Asmodeus, e Solomon, se juntam a família, e
    eles ficam em Graham.
    “Este foi o primeiro passo. Onde está o meu guerreiro equivalente? Onde está Azazel?”Diz Lúcifer notando que o 
    ferreiro não está ali.
    Nahemah não tem palavras, apenas sinaliza em silêncio, negando com lágrimas descendo pela face.
    Lúcifer se enfurece. Embora fosse o 
    Filho de Cerridwen e Yaweh, ele o tinha criado e educado. Foi o primeiro filho
    que conheceu, antes de Lucy.
    Lilith também não estava feliz com a perda, queria assassinar Bael a sangue quente. Mesmo sabendo que não tinha chance, contra aquele que tinha parte
    do poder do seu pai.
    “Vamos destruir Bael.” Lúcifer disse com voz feroz, e Lilith concordou.
    “Nahemah.” Ouviu-se a voz do arcanjo, e a jovem virou-se para trás. Apesar da narrativa, Miguel era o único que lhe chamava por este nome.
    “Eu devo ir. Ele tentou salvar Azazel.”
    Diz caminhando pela fera, e Lúcifer fica de queixo caído. Jamais pensou que o
    arcanjo, pudesse fazer algo que não 
    lhe fosse conveniente.
    “Talvez se o seu pai e o meu se unirem,
    eles podem ter uma chance.” Diz Miguel
    , e a jovem apenas balança a cabeça.
    “Eu irei ajudá-los. Mas não posso entrar diretamente. Bael me destruíria.” Diz
    Harmonia, voando como um 
    fantasma.
    “Então o quê pretende fazer?” Pergunta a garota, sentindo o vento em seus
    cabelos.
    “Te dá a minha chama sagrada.” Diz a grande titã primordial, e o anjo fica
    com os olhos arregalados.
    “Nem pensar! Isso vai matá-la!” o 
    anjo grita, e a dama o encara com indiferença.
    “Não vai. Ela já é quase uma deusa, tal como a mãe. Só precisa deste poder.”
    Diz a velha Harmonia, sorrindo 
    para o jovem.
    “Ela é humana com a descendência de Caim. Ela tem o sangue de Lúcifer, que é filho de Cerridwen, portanto o poder do
    gene, se encontra adormecido nela.”
    Esclarece mas o arcanjo não se
    mostra convencido.
    “Além do mais, se ela não concordar com os meus termos, nunca mais verá o seu amado Azazel. Pois reencarnar ou não, depende apenas de mim.” A sábia anciã ameaça a moça, e seus olhos se
    arregalam.
    “É bem simples. Um favor por outro.
    Vire uma deusa, e escolha o próximo destino do seu parceiro, ou deixe-me escolher, e o mando para o portal.”
    A velha ri com maldade, e a dama congela. O portal era o pior lugar para onde Azazel poderia ser enviado, pois
    lá, tinham diversas criaturas nocivas, até mesmo para os deuses.
    “Aceito.” Nahemah concorda, e o arcanjo fica sem reação.
    “Como sempre fazem tudo pelos seus demônios. É melhor assim Miguel, esta menina tal como a mãe, jamais deve se unir a um celestial.” Harmonia julga
    a atitude da neta.
    “Então aceita o amor dos meus 
    pais?” Nahemah a provoca com sarcasmo.
    “É preferível que anjos e demônios são
    misturem mais.” Harmonia responde.
    O amor de Cerridwen e Lúcifer muito 
     a desagrada.
    Porém nada mais faz para impedi-los, apenas preserva seu querido 
    Yaweh. 
    “Eu não sou meu pai.” Miguel decide
    falar, em vez de apenas acatar a
    vontade da avó.
    Esta o reprimi imediatamente, mas
    ele não reage.
    Isto era preocupante, pois significava que a cópia perfeita de Yaweh, estava 
    a apresentar o defeito da falta de 
    disciplina.
    “Ela não vale a sua queda.” Diz a titã,
    e a jovem desvia o olhar. Já fazia um tempo que o evitava, e  não era 
    agora que iria parar.
    “Vamos ao que importa. Por favor. Como fará de mim uma deusa?” 
    a dama pergunta, desviando o assunto desagradável. 
    “Desta forma.” A criatura enfia um raio no coração da dama. 
    Fazendo seu corpo estourar por dentro, com tanta força que o sangue voa.
    Ela berra desesperada, e Miguel fica pasmo com a atitude da anciã.
    Suas mãos apertam os braços dele, 
    mas ele não a deixa cair no ar.
    “Eu não vou suportar!” Grita ao 
    sentir seu corpo se transformar 
    em energia.
    “Miguel!” É o seu último grito antes de
    explodir, nos braços do príncipe do
    mundo celestial.
    Mas assim como explode se refaz, tal como um Deus, agora é imbatível
    equivalendo-se a  Bael.
    “Agora eu vou matar Bael!” Ruge flutuando no ar, com asas de
    energia.
    “Não. Você vai libertar Yaweh, para que ele e o seu pai o derrotem. Tem apenas a minha chama, e o poder de Caos é
    muito mais destrutivo.” A velha a
    desanima.
    “Está bem. O quê faço?” Questiona, 
    e Harmonia lhe responde “Use sua criatividade. É uma deusa criadora agora”.
    A jovem então imagina o multiverso com milhões de cordas, e que pode manipulá-las.
    Sendo assim todas estas cordas, destinos, devem lhe obedecer, e por 
    isso não demora para achar 
    Yaweh.
    Ao entrar na prisão do avô, este fica surpreso com quem veio resgatá-lo, e não consegue deixar de se sentir mal, por tanto tê-la atormentado.
    “Não vim por você. Nós não somos 
    uma família. Apenas devia um favor a Miguel, ele tentou salvar meu amado.” Diz antes que venha o agradecimento
    do Deus caído, e Miguel dá razão a 
    nova deusa.
    “Preciso conversar com Cerridwen.” É
    a primeira coisa que diz. 
    “Terá tempo para isso. Vamos.” Diz 
    a bela, levando o criador para a liberdade.
    “Você não conseguiu não é?” Deus
    pergunta para o filho, e este ri
    baixinho.
    “Ainda não.” Diz olhando para 
    a criatura voadora, que o observa
    sem entender nada, e segue em
    frente.
    Yaweh e Cerridwen fazem um acordo 
    de ajuda mútua. Ao ouvir que o velho estava de volta, muitos anjos correm
    para servi-lo.
    Como diz o velho ditado. “Um rei nunca perde a sua  majestade.” Haviam os que estranhamente lhe eram gratos, os que gostavam do seu sadismo, e aqueles
    que o amavam acima de tudo.
    O exército de Bael reduziu rapidamente com a chegada de Yaweh, e ao ouvir que a filha o tinha libertado, Lúcifer
    ficou furioso.
    “Você enlouqueceu?! Só porquê o arcanjo mudou pelo que o fez sentir,
    não significa que Yaweh merece uma segunda chance!” Berrou para a
    jovem, que ficou em silêncio.
    “Ele torturou a sua mãe, quase te matou, e ainda destruiu nossa família por séculos. Como pode nos trair desta forma?!” O imperador do Inferno, disse batendo contra a mesa de pedra.
    “Papai eu não tive escolha.” É a sua primeira defesa, antes de pensar em
    outra resposta.
    “O quê? A velha Harmonia te ofereceu a oportunidade, de ser uma semelhante a sua mãe por completo, e você não a
    agarrou? Difícil de acreditar Luciféria Lilith II!” Responde-lhe com sarcasmo.
    “A vovó ameaçou jogar Azazel no portal, se ela não fizesse.” Diz Miguel invadindo o recinto com indiferença, e a bela por mais raiva que sinta deste, lhe agradece em silêncio, arrancando-lhe
    um sorriso.
    “Harmonia fez o quê?! Esta mulher já está passando dos limites!” Lúcifer fica exasperado, e os jovens se encolhem.
    “Oras Lúcifer sua filha é muito fácil de enganar. Jamais atiraria o moleque no portal, ele é o quê mantém ela longe
    do meu neto.” Diz o espectro de 
    uma idosa.
    Ao ouvir aquelas palavras, Luci se sente intrigada, e se retira daquele local. Indo
    para o meio da cidadela, onde observa
    as estrelas, e outra vez manipula as
    cordas do destino.
    “Miguel vai se apaixonar por esta criatura insignificante! Isto não pode acontecer! Ele deve protegê-la,
    e amar a criatura mais perfeita que
    criei para ele, a doce imitação de
    minha amada filha Hécate! ”
    É a mensagem que lhe vem a mente, 
    e então esta induz mais um dos cruéis ataques de Yaweh a Cerridwen, e este a engravida de um bebê, que no futuro se chamaria Azazel, mas nem a primeira sabia a razão disso.
    “ A chegada deste filho, criará um empecilho para o anjo apaixonado. Por ser mais jovem, e ser educado pela  Cerridwen, crescerá um rebelde, e fará
    um par perfeito para esta coisa de
    cabelos vermelhos.” 
    E assim vê-se o início da infância de Nahemah, onde ela e o irmão estavam sempre juntos nas maiores enrascadas, e Miguel apenas os supervisionava.
    Pois para Harmonia, o fato de seu 
    neto conviver com a sua perdição desde cedo, lhe faria vê-la com indiferença.  O quê ela não esperava, era que a moça é que iria despertar o amor pelo arcanjo,
    e não desistiria até conquistá-lo.
    “Nahemah” Ouve a voz do seu primeiro
    amor, vindo por trás dela, e uma lágrima cai.
    “Vá embora.” Diz de imediato, e seus pés que não tocavam o chão, afundam na areia fofa. Todavia o alado não só não parte, como fica a esperar uma resposta.
    “Não é hora, nem o momento.” Diz se preparando para ir, mas o arcanjo pega seu pulso, e nota que sua face está rubra.
    “O quê houve desta vez?” Pergunta-lhe secando suas lágrimas. 
    “Não importa. Apenas fique longe de mim.” Retruca e se afasta tomada pelas sombras da dúvida. Todo o sofrimento não só estava previsto, como foi escrito,
    para favorecer o príncipe sombrio, e
    agora ela se perguntava se o quê sentia
    era real, ou outra obra egoísta de sua
    avó manipuladora.
    “Nah...” Mas antes que prossiga, a bela o silencia com o indicador, o deixando
    confuso.
    “Sei que me chama assim, porquê significa Agradável, e poucas coisas são 
    na sua vida. Mas acho que Eke merece
    este nome mais que eu.” É tudo o quê
    diz antes de partir.
    Miguel fica sem entender nada do quê se passa. Nunca se interessou por Eke, na verdade a achava insuportável, por ser tão submissa, e sem vontade 
    própria.
    Se aquilo era ciúme. Era um ciúme infundado, por isso queria resolver logo
    , já que indicava que a bela ainda tinha sentimentos por ele. Pobre iludido.
    “Nah...Luciféria. Eu não sinto nada por Eke!” Disse o arcanjo, quando a viu atravessando a porta. Por ouvir isso, a jovem não se contém, e esmurra a
    mesa de pedra.
    “Diga para ele querida vovó.” A nova deusa encara a primordial, e esta foge do seu olhar, contudo usando o seu poder, a garota vira-lhe o rosto, forçando-a a olha-la.
    “Diga.” Soa como uma ordem, e os dois anjos mais bravos do céu e do inferno, ficam apreensivos por tamanha
    ousadia.
    “Você e Luciféria não estão juntos por minha causa.” Confessa a anciã, e aquilo não surpreende a ninguém, todos sabiam da sua onipotência gigantesca, e por isso a deusa menor, lhe joga um
    olhar para continuar.
    “Quando soube que Cerridwen tinha se apaixonado por seu próprio filho, temi o quê estava por vim, e quando vi que você se apaixonou pela filha dela, tive de tomar providências.” Prossegue deixando a todos de queixo
    caído.
    “Você não sabia do romance do meu pai com a minha mãe!” Grita-lhe com impetuosidade, e notando o seu grau de estresse, o anjo afasta-se do irmão, para lhe dá algum apoio.
    “Não? Ah deve ter visitado a linha do tempo errada, quando soube que um anjo o levaria a perdição, e mais tarde vi que era ruiva.” A velha ri da ingenuidade da pequena.
    “Eu sabia que ela iria machucá-lo.
    Você nasceu de um casal do perfeito matrimônio, e ela de uma abominação.” Responde olhando 
    para o rapaz, que se mostra também furioso agora.
    “Por isso antes que ela viesse, lhe dei o par ideal, para que vocês não ficassem juntos. Meu filho, Eke é o seu par, não
    Luciféria” Segura as mãos de Miguel
    , e este se solta com repulsa.
    “E o quê nós queríamos? Os sentimentos de cada um? Isso não
    valia de nada?!” Miguel é o segundo a gritar com a sogra do imperador, e este observa este momento, saboreando 
    a revolta contra ela.
    “Azazel realmente me ama? Eu o amo? Ou isto foi só parte do seu plano estúpido?!” A dama diz tremendo-se por completo, tomada pelas 
    lágrimas.
    “Já chega.” Diz Lúcifer silenciando a todos na sala. “Não importa se esta senhora lhe empurrou Azazel. Ele pode ter nascido para atrapalhá-los, mas não
    é obrigado a amar ninguém. Até porquê
    se tem algo que os primordiais não
    conhecem é o amor.” Prossegue tentando acalmar a filha.
    “Você! É tudo sua culpa! Se tivesse aceitado seu posto de soldado, e não se apossasse da coroa de Yaweh, nenhuma
    destas aberrações estariam aqui!” A
    primordial o acusa, e o demônio ri
    de tamanha hipocrisia.
    “É? Então para você o certo, seria deixar Cerridwen nas mãos de Yaweh, ou como Lilith nas mãos de Adão? Sendo humilhada por ambos, sem saber do próprio potencial?!” Urra como um
    leão, e a velha o ignora.
    “Se este é o correto, por quê não?” 
    A velha retruca, e o rei demoníaco ri de novo, claramente ensandecido. No entanto a mão delicada em seu ombro o silencia, é Lilith que se mostra bem
    calma, perante as sandices da
    mãe.
    “Não adianta discutir. Ao menos Yaweh parece entender, então em vez de perder tempo com essa senil, por quê não nos preparamos para deter Bael?”
    Diz com tanta classe e imponência, que todos se curvam perante a ela, menos
    a sua genitora. Sem dizer mais uma palavra, Lúcifer segue sua rainha, e a primordial se vai, deixando apenas o
    casal mal resolvido para trás.
    “Eu tenho que ir.” Luciféria se prepara para partir, porém o arcanjo não a deixa sair.
    “Não me importo com a vontade de Harmonia. Eu amo, e sempre vou amar você, somente você.” Diz em seu ouvido, e aquilo mexe com a sua cabeça, porém antes que aconteça algo, ela se lembra de Azazel, e se esforça para seguir
    para longe.
    “Meu marido acabou de morrer. Seria desrespeitoso.” Diz com a voz fraca, lutando para se soltar, e um sorriso bem saliente, se forma no rosto do arcanjo. “Mais desrespeitoso que ter relações com ele no dia do nosso casamento? Eu acho que não.” Rebate, beijando-a de surpresa, ela tenta resistir, só que não consegue. Seu coração ainda pulsava por ele, mesmo que agora fosse uma pequena parte, e por isso aqueles
    segundos se prolongaram.
    “Chega.” Tem força para empurrá-lo, e este passa a mão nos cabelos sedosos. “Só foi capaz de dizer isso agora?” Brinca fazendo referência ao tempo que passaram, sentindo seus lábios se tocarem.
    “Isso não vai acontecer novamente.” Sai um pouco envergonhada, ajeitando os seus cabelos ruivos, e para o seu azar a prima vê tudo.
    “Beijando a esposa do seu irmão? Nossa Miguel, você já foi mais certinho.” Diz a moça de cabelos negros, exibindo os seus seios enormes para o anjo.
    “Ela teria sido minha esposa, se você não contasse a Azazel onde ela estava no dia do casamento. O quê quer Eke?” 
    O soldado volta para o seu estado natural de desprezo e indiferença.
    “Eu quero você meu doce de abóbora.” Diz ela com voz infantilizada subindo de quatro na mesa de rocha, e o ser alado a ignora. Uma coisa era sensualizar, outra era o baixo nível de Eke.
    “Até mais, e se cobrir um pouco mais não vai te matar.” Diz se retirando do local, e a jovem sopra o cabelo no
    rosto.
    “Ela dorme com o seu irmão no dia do casamento, e fica com você no dia que ele morre, e eu que sou a meretriz?!” A morena provoca, e isto irrita bastante
    o ser celestial.
    “Não ouse sujar o nome dela. As coisas que Nahemah faz, são porquê ela ainda não se decidiu sobre nós 2. Mas assim como eu a beijei, tenho certeza que o idiota do Azazel a seduziu! Ela não
    é como você!” Discursa defendendo a sua amada, e sai do lugar, deixando vilã jovem enraivecida, pois sempre Luciféria, se livra da culpa, e não só é dona de um coração, como de 2 seres bem poderosos. O quê significa que tem chance de reinar no céu, ou no inferno, enquanto ela está fadada aos nobres, que considera os restos da hierarquia satânica.
    “Nahemah é? O quê diria se ela virasse uma prostituta na boca dos homens?” Diz Eke passando a língua entre os dentes, e então toma a forma de Isis, e resolve dormir com os 10 primeiros que encontra no oriente. 
    Fazendo-os espalhar a fama de que Isis da Suméria, era uma vagabunda, que não prestava, e aceitava qualquer coisa por umas moedas de ouro. 
    No entanto quando isto chega aos ouvidos de Miguel, este gargalha, pois agora que Luciféria tinha o dom da manipulação da realidade, podia não só vigiar a inimiga, como também provar suas artimanhas.
    “Vai deixar isto barato?” Diz Miguel ao mergulhar nas linhas do destino, e Luciféria cai no escárnio. 
    “É claro que vou. Meu nome de batismo é Luciféria. Se ela quer sujar Nahemah que vá em frente, mas aguente as consequências mais tarde.” Responde entre risos com o olhar diabólico.
    “Pra mim você sempre vai ser a Nahemah verdadeira.” Diz-lhe meio sem jeito, e a jovem se afasta dele. Tinha lhe dito que o fato não se repetiria, e se dependesse dela, não iria mesmo. 
    Só estavam juntos neste momento, porquê Luciféria e ele ficaram de vigiar as entradas do refúgio.Já que ninguém do inferno quis fazer par com a deusa
    angelical, por ter libertado Yaweh.
    “Foco na missão soldado.” Diz com a voz falha, e este ri da péssima 
    atuação.
    Após alguns anos...Luciféria e o 
    arcanjo, desenvolveram certa amizade, 
    o quê deixava os deuses apreensivos.
    “Seu filho não cansa de avançar em
    uma jovem viúva, não é Yaweh?” 
    Lilith culpa o arcanjo, cruzando os
    braços.
    “Sua filha é que não para de tentar encantar o pobre menino!” Yaweh
    rebate, observando os dois 
    rindo.
    Depois daquele estranho momento 
    na sala, o anjo lhe prometeu que esqueceria o romance, mas não iria
    deixá-la se sentir solitária. Algo que
    veio a calhar, pois depois de “trair
    o Inferno.” Amizade estava fora
    de cogitação.
    “Princesa Luciféria.” Disse-lhe uma 
    das criaturas infernais, e esta lhe deu atenção. “Eu sempre a admirei, mas não acredito que libertou Yaweh, não depois de tudo o quê ele fez.” Falou
    sem pensar duas vezes.
    “Foi por causa do arcanjo?” Pergunta sendo intrometida, e a bela levanta as mãos, pedindo uma pausa. “Não fiz isso por Miguel. Fiz por Azazel, ele é o meu par, e apenas por ele me sacrificaria”
    Respondeu-lhe com um sorriso. Sem saber que aquelas palavras, entravam como uma lança no peito do alado, 
    que apenas se distanciou, evitando por 
    hora aquele pequeno conflito.
    “Não espero que entendam. Mas que no mínimo compreendam, Harmonia faria pior, se eu não o libertasse.” Diz e a tal criatura se transforma na jovem e sedutora Éke Hécate II.
    “Não me importo com os seus atos. Faça o quê quiser, mas alguém que se importa, acabou de ser ferido, e eu estou pronta para consolá-lo” Diz 
    Indo atrás do anjo. 
    De certa forma aquilo lhe preocupa, contudo não considera uma má notícia,
    e por isso em vez de impedir Éke, de ir atrás do seu grande amor, apenas volta a caminhar e supervisionar as tropas
    dos demônios.
    As fofocas voam como moscas, e chegam aos ouvidos de Luciféria, que fica furiosa. “Eu não acredito que de fato chegou a este ponto.” Pensa
    ao ouvir o falatório dos
    guerreiros.
    Como de costume vai para um 
    canto deserto, longe de tudo e de 
    todos. 
    Só que desta vez, arranja companhia, sem sequer desconfiar que está 
    sendo seguida.
    Um ser que segue aos outros, a agarra por trás, e coloca uma lâmina na sua garganta.
    “Quieta princesa, sem nobreza 
    alguma. Primeiro veio o boato de que dormiu com o seu irmão, depois com o próprio pai, e agora beijou seu antigo noivo, no enterro do atual marido” 
    Disse-lhe o ser embrulhado em roupas típicas do calor.
    “É óbvio que gosta muito de coisas carnais, e eu estou louco para lhe dar uma.” Prosseguiu retirando o seu membro, e a jovem gritou sem pensar duas vezes, estava tão assustada com atual situação que se esquecia dos
    poderes.
    “Afaste-se dela.” Disse uma voz no 
    meio da areia, e o arcanjo pousou atrás do demônio abusado.
    “Ela gosta destas coisas.” Mas a criatura repugnante prosseguiu, e 
    ainda passou a mão na pele da 
    garota.
    “Todos sabem o quê você fez com ela, e ainda sim ela caiu nos seus braços.” O provocou. O arcanjo não se conteve, e
    o partiu no meio, derramando sangue
    sobre a princesa que estava em 
    silêncio.
    Após salvar a sua vida, e depois do tempo que passaram juntos, ele achou que poderia acalmá-la, mas quando colocou a mão em seu ombro, ela
    saltou para longe.
    “Eu não vou te machucar.” Disse ao guardar a espada, tentando se aproximar.
    “Fique longe.” Foi o quê conseguiu sussurrar, só que ele não cedeu, e lhe puxou pelo pulso para o seu peito.
    “Você, você não é o herói. É por sua causa, que não, não pude me defender” 
    Disse com os olhos grandes de medo,
    mantendo-se firme para não surtar.
    “Nem eu me perdoo por aquilo Nahemah.” Respondeu-lhe ainda mantendo-a no calor dos seus
    braços.
    Ao vê tal cena Éke surtou, e saiu berrando aos 4 ventos que Miguel tinha matado um demônio inocente, porquê a prima tinha tentado dormir com este, e o pobre agricultor a rejeitou.
    Percebendo o alvoroço, Lilith logo notou que havia algo errado, e abandonou a aula que estava dando, para ir atrás 
    da filha.
    “Luciféria está tudo bem?” Lilith 
    pegou no rosto da jovem, e esta continuava num estado de 
    catatonia.
    Como só encontrou ela e Miguel, logo
    quis acusá-lo de abuso, só que ao ver que a menina não largava a mão dele, e estava coberta de sangue roxo, soube
    que desta vez ele não era o 
    culpado.
    “O quê aconteceu?” Perguntou limpando a face da rebenta, sabendo que algo muito ruim havia acontecido.
    “É minha culpa. Eu a desrespeitei, e agora muitos outros pensam que podem fazer o mesmo, por sermos amigos.” Responde sentindo-se o 
    maior causador dos problemas, e 
    ele era mesmo.
    “Amigos? Você a beijou no mesmo 
    dia que o marido dela morreu!” Gritou Eke, e Lilith lançou um olhar de incredulidade para o rapaz.
    “Como eu disse, eu sou o culpado.” 
    Sorriu sem vontade alguma, apenas pela vergonha de encarar a rainha demônio.
    “Cuide dela. Não a deixe sozinha
    .Eu vou resolver essa situação.” Disse para os dois, e partiu até o marido.
    Eke detestou o fato, de Lilith dá a benção para Miguel resguardar a filha, e por isso foi até a sua avó, e lhe contou tudo, sobre o quanto Luciféria estava atrapalhando o destino, e que não
    abria mão do anjo.
    Para dar-lhe uma lição, e satisfazer o desejo da sua neta favorita, Harmonia então jogou a alma de Azazel no portal,
    e jurou que se Luciféria continuasse a interferir, iria destruí-la também.
    Luciféria após se recuperar do choque, sentiu-se ultrajada com tal afronta. Não foi ela que beijou Miguel, nem era ela que o procurava, porquê tinha que
    pagar e levar Azazel junto?
    Graças a Eke parte das tropas celestiais e infernais que tinham aprendido a conviver, agora lutavam entre si.
    De um lado os demônios acusavam Miguel de assassinato, e do outro os anjos diziam que foi para proteger a garota.
    E isso trazia velhas memórias, do porquê tinham batalhado uns contra 
    os outros anos antes do conflito.
    Tudo estava tomado pelas desavenças,
    como se o inimigo tivesse se infiltrado 
    dentro das colônias, para 
    separá-los.
    “Papai não é justo!” Grita a primeira filha do imperador infernal. “Eu sei minha pequena, mas ainda sim voltou
    a se relacionar com Miguel? Mesmo
    sabendo como terminou?” Diz um
    pouco surpreso com a notícia.
    “Foi apenas um beijo, e nem fui eu que o dei.” Retruca envergonhada, mexendo uma das pernas. “Mas você retribuiu. Senão Éke não contaria a ninguém.” 
    O pai rebate.
    “Filha eu amo você, e quero a sua felicidade. Sua avó é louca, só que sobre você e Miguel, eu concordo com ela, não é para acontecer de novo.” O rei
    lhe dá um sermão, e ouvir aquela frase
    sobre ser melhor evitar, lhe deixa um
    pouco triste.
    “Eu não o beijei. Nem o quero de volta.
    Miguel é só um amigo agora.” Tenta responder. “E será que ele sabe disso?”
    Diz Lilith interrompendo a conversa,
    e pede para o amado se retirar.
    “Luciféria desde que nasceu, sempre fiz o possível e o impossível para que não se magoasse.” Diz Lilith, acariciando a bochecha da filha, como se fosse uma criança.
    “Eu não me importo com Miguel! 
    Aquilo foi um erro! Eu só queria que Azazel estivesse bem, e não naquele portal, cheio de criaturas bizarras, de 
    onde só meu pai voltou!” Berra antes que venha outra lição, sobre a impossibilidade de se relacionar com um celestial. 
    Todavia a rainha que é bastante perceptiva, nota uma certa irritação quando lhe é negada a oportunidade de ter algo com o arcanjo. “Ela ainda não o esqueceu também.” Pensa com os seus sábios olhos de coruja. “Luciféria Lilith II.” Chama-lhe a atenção antes de 
    sair.
    “Você não pode mentir para nós. Nem para si mesma.” Diz encarando-a com calma, porém com seriedade, e a moça passa pela porta da frente. 
    “Você? Não morres cedo.” Diz ao ver
    o arcanjo encostado na porta, mas este não ri da piada, ao contrário dos outros, acha mesmo que Luciféria, só o vê como
    um bom amigo, e apesar de relevar isto
    , não gosta nem um pouco da ideia.
    “Não me afastarei de ti. Sabe-se lá, quantos mais poderão vim.” Responde com frieza, e a bela só o olha sem muito interesse. É quando um belo pardo vem
    ao seu encontro, e a cumprimenta.
    “Olá irmãzinha. Vou ser seu novo guarda. Papai não quer que ande com
    esse cara.” Asmodeus olha com raiva para o arcanjo, pois Azazel era mais
    que seu irmão, era seu melhor
    amigo.
    “Eu tomo minhas próprias decisões.
    Lúcifer não pode me impedir de ficar perto dela.” O arcanjo dá um passo
    a frente, com o peito estufado.
    “Ah posso sim. Ela é minha filha, e 
    eu não a quero com um psicopata como você.” Responde o rei, e os mais novos
    silenciam-se, assustados com esta
    intervenção direta.
    “Eu a salvei, de um dos seus babilônicos.” O arcanjo rebate com um sorriso de vitória. “É, depois de ter feito pior, e ter lhe levado a tirar a própria 
    vida!” O pai diz sem paciência, e notando o conflito, a jovem fica no
    meio dos dois. 
    “Por favor parem. Papai está certo, é melhor ir com Asmodeus, pelo menos desta forma, ninguém pensa coisa
    errada.” Diz indo embora com o irmão, e o arcanjo fica incrédulo, enquanto
    Lúcifer sorri com satisfação.
    A última batalha antes do fim. Parte IV
    Em meio há tantas desavenças, Lilith 
    se posicionou para defender a filha.
    “Eke foi a responsável por tal conflito.
    O demônio Arctus, não é inocente, e todas que o conhecem sabem 
    disso.” Anunciou para a multidão que
    lhe observava atentamente.
    “O único erro de Miguel, foi tê-lo matado tão rápido.” Disse 
    gargalhando.
    “Sabemos que nós somos diferentes.
    Porém são estas diferenças que nos farão vitoriosos na próxima batalha.
    Por isso guardemos as raivas que temos uns dos outro para o inimigo!” Exclamou com ferocidade e todos lhe aplaudiram, contentes por tê-la como
    líder.
    No entanto havia alguém não muito contente em meio a multidão.
    Embora discursasse como a deusa guerreira, a bela não despertava muita confiança em Lúcifer, por isso ele 
    saiu.
    Ao vê-lo partir Luciféria ficou desconfiada, e deixou Asmodeus no canto com uma linda alada, que estava interessada nele. Indo atrás do seu 
    pai de imediato.
    Notando que estava se colocando 
    em risco, o arcanjo foi atrás dos dois, para garantir que ninguém fosse atrás da garota outra vez, sumindo do meio da multidão, sem ser notado até por
    Eke.
    Quando chegou no fundo do deserto, onde não havia mais ninguém, Lúcifer virou furioso pegando-a pelo pescoço, 
    e atirando um raio em Miguel, achando que estavam tentando matá-lo.
    Contudo ao ver que era sua filha e 
    o irmão, baixou a guarda, e os soltou . 
    “Me perdoe Luci. Você não, você mereceu.” Disse para o arcanjo que
    apenas revirou os olhos.
    “O quê está acontecendo?” A dama lhe perguntou, e o pai ficou de cabeça baixa , não sabia como lhe contar, estava se sentindo envergonhado demais para
    falar.
    “Vamos papai diga!” Disse-lhe temerosa sobre o quê estava vindo a acontecer. “É sua mãe. Desde que o Inferno foi invadido, ela não é a mesma.” Responde com 
    tristeza.
    “Estes ataques mexem com a nossa cabeça mesmo. Não deve ser nada.” A jovem tenta acalmá-lo, e este fica um pouco chateado. “Ela tem sido infiel a mim!” Grita para a pequena, e os
    seus olhos crescem.
    “Como assim?” Miguel pergunta desconfiado, entrando na conversa sem ser chamado, mas Lúcifer está tão triste que resolve desabafar. “Oras ela tem se deitado com nossos servos, todas as noites, pelas minhas costas!” Berra
    em tom de fúria, e os dois se entreolham.
    “Não me importo com isso em si. A infidelidade aqui, a traição, é porquê 
    ela não me contou nada, eu tive que descobrir!” Diz com lágrimas douradas descendo pela face, e a filha o 
    abraça.
     “Eu que a fiz minha melhor amiga, 
    e agora ela vem e me apunhala  pelas costas!” Ele retribui o abraço, e a moça olha para Miguel, que fica apenas a
    analisar os fatos.
    “Apesar de achar que traição é comum na sua família, não acho que Lilith está fazendo tal coisa.” Responde o anjo, 
    e a princesa o fulmina com o 
    olhar.
    “Elas não cometem traição, sem haver sentimentos, e não creio que Lilith ame a todos os servos.” Conclui olhando nos
    olhos da dama, que fica desconcertada 
    com tais palavras, mas não desvia
    dele.
    “Há algo errado, e precisamos averiguar sem chamar a atenção.” É
    o quê fala para os infernais. “Então a minha Lilith, não é...?” Lúcifer pergunta voltando a razão, e Miguel ergue uma sobrancelha, indicando um talvez.
    “Deixem comigo. Eu tenho acesso 
    as cordas do destino, posso descobrir o quê está acontecendo.” Luciféria se 
    dispõe a ajudar, e os irmãos 
    concordam.
    A bela se afasta de seus familiares, 
    e vai para um canto silencioso, onde fecha os olhos, e se concentra nas
    linhas do destino de sua 
    mãe.
    Está tudo escuro, uma gosma de 
    plasma pinga no piso. Tudo o quê se houve, é o gotejar da água, que parece ecoar como se fosse dentro de uma 
    caverna.
    Lilith está colada a uma teia de 
    aranha, enrolada como se fosse um casulo, e sempre que as linhas brilham, esta agoniza, e cospe sangue. Há uma
    aranha gigante ali, pronta para lhe
    devorar, mas está a aguardar o
    momento certo.
    “Lúcifer por favor não acredite nela.” É o quê sussurra, como se estivesse num terrível pesadelo, e Luciféria volta a si,
    num suspiro profundo, caindo na 
    areia.
    “Nahemah! Tudo bem?” O arcanjo corre para ajudá-la a se levantar, e a moça o olha com indiferença. “Já disse que é Isis.” O corrige. “Já disse que é Nahemah.” Ele rebate.
    “O quê viu?” Lúcifer aguarda ansiosamente pela resposta. “Mamãe está em apuros.” A menina responde 
    se levantando, e quase desmaia pois
    o lugar, lhe sugou muita energia.
    “Cuidado.” O arcanjo a pega nos braços antes que caia, e esta fica vermelha de vergonha. “Estou bem, não preciso de...” Seus olhos se fecham outra vez, e ela vai para uma outra dimensão, onde se encontra em meio ao deserto, sentindo
    o vento árido em seu rosto.
    “Onde estou?” Pergunta erguendo o
    pulso contra a testa, para se defender
    do ataque do Sahara.
    “E importa?” Responde-lhe uma voz familiar, e ela reconhece como seu pai,
    mas basta ver os olhos negros para
    saber que não se trata dele.
    “Socorro!” Berra desesperada, e acorda no mundo das aranhas. “Luci está tudo bem?” O arcanjo lhe pergunta, e ela
    se solta, afastando-se de todos.
    O sol está raiando, o calor se faz presente, mas a princesa do inferno
    sente muito frio. Com as mãos na cabeça, ela cai no chão arenoso.
    E então uma mulher de cabelos negros,
    e olhos verdes como neon, vem ao seu
    encontro para socorrê-la. 
    “Você está bem?” Perguntou-lhe a moça. “Sim” Respondeu, mas quando sua palma entrou em contato com
    ela, a moça soube quem 
    era.
    “Você é a filha de minha irmã Lilith!
    Como está grande!” Cumprimentou-lhe
    , e a dama ficou confusa, e sem dizer
    nada, a mulher lhe roubou um
    beijo.
    Em vez da saliva comum, saiu um espírito verde da sua boca, que veio a entrar na garganta da jovem, como
    se fosse uma fumaça viva e
    brilhante.
    Após a menina engolir até a última
    molécula da energia, as estranhas veias
    secam, e a mulher vira pó. Ao sentir isso
    na pele, a dama não suporta a força
    em sua carne, e desmaia.
    “O quê é você?” Pergunta-lhe dentro
    da própria mente. “Eu sou você agora, e juntas formamos uma. Mas no futuro só uma restará, com poderes duplicados.”
    Responde-lhe a forma estranha.
    “Não, eu não quero lutar pelo  
    domínio do meu corpo.” Retruca. “Devia ter pensado nisso, antes de se matar.” É o quê rebate, em meio a gargalhadas
    de escárnio.
    “Aaaaah!” Ela grita em desespero, 
    e ao voltar a consciência, procura algo 
    para se cortar. “Não vai funcionar.” Lhe
    diz com confiança, e ela se força a
    vomitar.
    “Não.” Nega com alegria. Ao vê-la 
    se contorcendo, o arcanjo corre para lhe ajudar. “Saia daqui!” Ruge como um leão, e tal como o felino, salta
    para trás.
    “Nahemah? ” Ele pergunta assombrado com a voz demoníaca saiu da garota. A pobre, corre por entre o deserto, em completo desespero.
    “Socorro!” Grita aterrorizada, no 
    meio do nada, e ninguém vem para resgatá-la, pois estava longe, até 
     do quê até os deuses podiam
    alcançar.
    Ao adquirir tamanho poder, ficou
     tão veloz, que ao correr, pulou por
    mais de 5 das 9 dimensões 
    divinas.
    “Pequena criança, você precisa 
    de  ajuda não é?” Disse-lhe um ser, passando a mão em sua cabeça,
    enquanto ela ficava de 
    joelhos.
    “Papai?” Levanta o olhar, e se
    depara com o senhor supremo. “Não,
    é o titio Bael.” Respondeu-lhe com um sorriso, e esta se afastou indo para 
    trás.
    “Fique longe de mim!” Grita como 
    um humano, após ver o demônio. “Seu
    pai, e eu compartilhamos a mesma forma. Não há o quê temer.” Ele
     tenta lhe ajudar, mas ela 
    recusa.
    “Aceite. Tudo ficará bem.” Diz ao
    erguer a mão, e esta se levanta sem
    lhe dá outra oportunidade. “O quê
    queres de mim?” Inquire de
    imediato.
    “Tirar toda esta dor e sofrimento 
    minha pequena.” Responde, e ela ri
    “Em troca de quê?” Questiona de
    imediato, sendo sarcástica.
    “Você receberá fama, glória, e 
    fortuna.” Responde criando a maior
    ilusão de poder. “É tudo o quê sempre quis não é? Isis.” Alega colocando
    um colar de ouro em seu 
    pescoço.
    “Isis, o nome de uma deusa. Mas olhe para você, já foi uma princesa, adorada, respeitada, e amada, e no planeta em que vive agora, não passa de uma
    serva.” O diabo toca na sua
    ferida.
    “Eu sei o quê tem no seu coração. 
    Apesar de aparentemente ser feliz por
    servir os deuses, na verdade gostaria de voltar a ser um deles.” Passa a mão
    em seu ombro, rondando-a como
    uma serpente.
    “Isis. Você pode ter tudo isso 
    outra  vez, basta me entregar a chama da velha. Este poder, só te trará dor, e
    sofrimento, mas em mim será a
    razão do futuro.” Persiste em
    seduzi-la.
    “Um futuro onde todos curvam-se 
    para você? A onde minha posição irá se encaixar?” Pergunta-lhe com ironia. “
    Na imaginação deles, e todas as vezes
    que ouvirem o teu nome e te adorarem
    , você ficará mais forte.” Responde.
    “Sendo real e irreal?” O olha com dúvidas. “Exatamente. Querida aos meus aliados, tudo será permitido. Não
    Importam as regras, pois sou a favor da total liberdade.” Sorri, imaginando todas as atrocidades que irão
    permear o mundo.
    “E os outros?” Pergunta-lhe com 
    total ceticismo. “Eles não merecem esta honra.” É claro e objetivo. “Tem que me prometer, que não os machucará.” 
    Lhe impõe.
    “Suas mortes serão rápidas e silenciosas.” Promete-lhe, e a pega
    nos braços. “O quê está fazendo?” Ela
    pergunta. “Da mesma forma que o
    recebeu, deve transmitir.” Lhe
    esclarece.
    “Certo. Mas se a sua boca encostar
    na minha, eu enlouquecerei de tanto nojo.” Responde. “Eu sou tão belo quanto Lúcifer.” Retruca, sentindo-se
    insultado.
    “Será como beijar o meu pai. Tu Enlouqueceste?!” Grita, e ele tenta abocanhar o ser primordial. Ela lhe
    transmite, evitando o contato bucal, 
    até olhar para a mão deste, e notar 
    que os dedos estão cruzados.
    Sabendo que será enganada, em 
    vez de lhe transmitir o espírito, usa o
    magnetismo, e puxa a essência dele
    para si. Suas veias pulsam sem
    parar, seu corpo parece
    não suportar.
    A regra para receber a chama de Harmonia era clara, ela tinha que ser dada ao próximo, mas a de Caos só
    podia ser tomada, por aqueles que conseguissem dominá-la.
    “O quê está fazendo?!” O demônio
    grita com ela, mas esta continua a se
    manter com os pés firmes, e tenta em
    segundos dominar o Caos, com o
    poder de Harmonia.
    Notando que está sendo roubado, o
    diabo acovardado corre, e a moça cai de joelhos no piso. Ao ver que as suas
    células, estão se desfazendo sem 
    voltar ao normal, ela se
    assusta.
    “Socorro!” Berra ao voltar para 
    frente de Miguel, que a pega em seus braços, com estranheza. Para os seres
    carnais, só haviam se passado alguns segundos, como se ela tivesse se
    telestransportado.
    “Temos que salvar Lilith agora!” Grita
    em desespero, e seus cabelos começam a enegrecer, enquanto a pele empalidece.
    “Luciféria o quê fez?” Lhe pergunta 
    seu pai, e ao ver que o olho da menina está colorido com um violeta quase branco, descobre.
    “Você se encontrou com Bael!” Urra
    claramente furioso com o fato. “Ele, me procurou, mas, eu, disse, não.” Ela tenta responder. “Não, há, tempo.” Segura a mão de seu pai, e do seu tio, e os leva
    para o mundo obscuro.
    Ao chegar lá, se deparam com a 
    pobre rainha aprisionada num casulo, 
    e sem perder tempo, correm para lhe
    tirar dali. Contudo ao dar o próximo
    passo, Luciféria não suporta, e
    desmaia.
    “Vá resgatá-la, eu cuido da Lucy.” 
    Responde o arcanjo, quando o rei dos demônios, vira-se para ver se a filha está bem. O alado pega a jovem no
    colo, e tira seu cabelo do rosto, 
    para ver se está bem.
    “O quê houve Lucy?” Pergunta-lhe o 
    Jovem homem. “Preciso, salvar, todos.”
    Responde, e o agarra pela roupa, lhe beijando de surpresa. Mas não se
    trata de um beijo sentimental, 
    pois o faz de maneira 
    agressiva.
    “O quê foi isso?” O anjo lhe pergunta,
    sem entender porquê a dama o atacou, e antes que diga algo mais, ela o beija
    outra vez. “Retribua” Tenta lhe pedir,
    e este o faz, ainda desconfiado.
    “Nota-se que não está com Azazel 
    não é Luciféria Lilith II?” Diz-lhe sua mãe, saindo de trás de Lúcifer, que
    também não fica feliz com a cena
    , que está vendo.
    “Eu precisava descarregar a energia,
    e a melhor forma foi esta.” Responde e
    o anjo fica espantado. “Eu fui usado?
    Sem piedade?” Diz com o olhar 
    cheio de dor.
    “Não é hora para chorar. Eu estou 
    com a chama do Caos, e a de minha avó Harmonia, acho que não passo de hoje
    .” Mostra os braços, e olha para as
    veias radioativas no seu 
    corpo.
    “Como isso é possível?!” Lilith a questiona, sem entender o quê está havendo. “Bael tentou me seduzir com promessas falsas, e eu arranquei esse poder dele, fingindo ceder a chama.”
    Responde lembrando daquela
    estranha dimensão.
    “Como você tem a chama de Harmonia?” Inquire ainda abalada 
    Pelas revelações do dia. “Há quanto tempo roubaram a sua forma?” Ela
    Fica incrédula.
    “Desde que Belzebu invadiu o 
    Inferno.” Responde de má vontade.
    “E quem descobriu a verdade?” Ela
    pergunta, curiosa para saber a
    quem agradecer.
    “Fui eu.” Miguel dá um passo
    a frente. “Ah ninguém importante.”
    Passa pelo arcanjo, e abraça a
    sua filha.
    “Mamãe adoraria ver a reunião
    entre o filho renegado e a mãe que
    o despreza. Mas não há tempo.” É
    o quê diz, destruindo o clima de
    tensão.
    “O quê quer fazer  agora que tem 
    tais poderes ?” Pergunta desconfiada, e a dama desmaia em seus braços. “Lucy”
    Miguel é o primeiro a reagir com
    preocupação. 
    “Onde estou?” Se pergunta deitada no quê parece ser uma tela vazia, e então se levanta, observando ao redor. 
    Uma silhueta familiar vem ao seu encontro, parece ser o seu pai na forma demoníaca. O quê lhe trás apreensão, 
    pois acredita que é Bael.
    “Papai?” Pergunta desconfiada, 
    então ouve risos piedosos, mas a voz não pertence ao imperador, ou ao inimigo, o quê lhe intriga.
    “Não, mas ficará igualmente feliz ao
    saber” Responde, e o olhar dela brilha.
    Seus passos se tornam velozes, e ela
    se atira nos braços da criatura.
    “Azazel!” Dá um grito jubiloso, e 
    ele a carrega sem problema algum, 
    sentindo-se feliz pela recepção
    tão calorosa.
    “Como isso é possível?! Eu vi a 
    anciã jogar seu períspirito no portal!” Ela pega no rosto do amado. “Sim, 
    e ela o fez.” Esclarece, ainda a
    abraçando.
    “Então?” Questiona mostrando-se confusa. “Lúcifer e eu, já estávamos prontos, para tal eventualidade. Nós
    Já havíamos atravessado a barreira”
    Enfim revela. “Por quê?” Inquire em tom imperativo. 
    “Fora o fato de que era divertido, 
    nós acreditávamos, que nas outras dimensões, haviam materiais para 
    deter Yaweh, de uma vez por 
    todas.” Responde.
    “E para deter Bael?” Pergunta de imediato, e o charmoso demônio só abaixa a cabeça. “Yaweh era só mais 
    um Deus, mas Bael tem o poder do
    nosso avô.” Mostra-se um pouco decepcionado.
    “Então estamos fadados a nos 
    Render a ele?” Volta a interrogá-lo. “Não, se nós separarmos a chama
    de Zebub dele” Lhe dá uma 
    saída.
    “Que bom. Porquê eu consegui.” Ela o surpreende, e o faz sorrir. “Isso explica a aparência nova e soturna. Mas como?” Não consegue deixar de sentir 
    curiosidade.
    “Longa história. Só que em resumo: Ele me fez receber um poder, que acreditou que eu lhe entregaria, para voltar a ser
    reconhecida.” Conta-lhe com
    tristeza.
    “Tocou na sua maior ferida, e você quase lhe entregou, mas no fim se virou contra ele, e conseguiu roubar o poder do seu avô de volta.” Conclui, e ela
    se envergonha por quase 
    cair.
    “Exatamente, e estou amando cada segundo que desfruto com você, mas eu preciso voltar pro outro lado, antes que os poderes extremos do universo, me 
    despedacem, e gerem mais uma dimensão.” Responde se 
    afastando.
    “O quê vai fazer?” Lhe pergunta com
    certa preocupação, pois tal poder iria de fato matá-la para sempre. “Eu não sei,
    só sei que preciso consertar o mundo
    antes que seja tarde demais” Lhe
    diz, e ele a pega pelo 
    pulso.
    “Luciféria, tome cuidado.” Pede-lhe 
    com medo, e esta sorri sem vontade, se
    distanciando dele, até acordar num
    suspiro profundo.
    “Nahemah.” É a primeira palavra 
    que ouve, e já se irrita. “Já disse que é Isis.” Diz acordando num tapete, e olha para os seus pais, que estavam lhe
    esperando aflitos.
    “Precisamos fazer alguma coisa logo.”
    É o quê diz ao acordar, e então a mãe se ajoelha ao seu lado, empurrando o arcanjo para longe.
    “A sua avó deve saber o quê é melhor”
    Responde-lhe, e então a menina grita em desespero, sentindo o raio de Caos saindo do seu corpo. “Idiota. Achou
    mesmo que tinha domado o Caos
    por completo” Ouve-se na
    escuridão.
    E todos se preparam para lutar, mas
    o demônio gargalha, e rouba a menina diante dos seus olhos, tornando-a sua refém ao prendê-la contra o
    peito.
    “Se machucar a minha garotinha, 
    vai se arrepender do dia que saiu da prisão!” É o quê Lúcifer brada, com a saliva de ódio, escorrendo pelos
    lábios.
    “Ora irmãozinho, por quê eu destruiria alguém tão preciosa?” Pergunta-lhe ao tocar no rosto assustado da dama, que não consegue reagir, porquê ele está
    sufocando seu poder, tornando-o
    nulo.
    “Achou que meu propósito era 
    oferecer um pacto?” Pergunta para a jovem, e esta é libertada somente para falar. “Na, não era?” Responde ainda em pânico. “Não, eu queria que me
    sugasse a energia, para ter o total
    controle de você.” Revela.
    “Por, por quê?” Sussurra com a voz fraca, mostrando-se debilitada. “Oras por quê Harmonia fez o quê eu queria, te deu o poder da filha morta, para
    libertar Yaweh.” Continua  a
    falar.
    “O único poder que poderia atravessar o tempo, e tirar toda a minha capacidade.” Sorri, pegando no cabelo da jovem, que era estava ondulado, progredindo para o liso.
    “Mas... você, você disse que a vovó só me entregou a essência, não, não a  chama.”  O contesta, e este 
    gargalha.
    “E você é tão tola que acreditou.” A insulta, ainda atento ao possível ataque 
    que Lilith, Lúcifer, e Miguel planejavam com o olhar. “A mulher que vi...?” Se
    pergunta.
    “Era a Deusa que se foi. Ilusionismo necromântico, seu pai e eu fazíamos na infância, antes de Yaweh me prender, e o torná-lo o favorito.” Se interpõe, e
    a dama olha para o pai.
    “Isso é entre nós dois Bael. Sempre foi
    , achei que o tempo o faria amadurecer, 
    mas vejo que apenas apodreceu.” O 
    ofende, e este ri com escárnio.
    “Que seja. Mas vamos ver como a
     sua amada filha vai se sair no meu lugar!” Responde, e aperta a cabeça
    da menina, gerando uma corrente
    elétrica, que afeta os seus 
    nervos.
    A dama grita desesperada, e quando
    está livre para usar os seus poderes, ele volta a anulá-los. “Solte-a agora!” Grita
    o imperador dos demônios, e o arcanjo
    assisti aquilo, pronto para reagir.
    Só que Lilith pela primeira vez, em 
    um gesto de compaixão, segura no seu
    ombro, impedindo-o de se arriscar. Ele
    é o único dentre os três, que poderia
    servir de agente duplo.
    Já tinha provado que faria qualquer
    coisa por sua filha, e por isso embora ele tenha tentado proteger Azazel, o
    grande traidor, certamente iria 
    lhe chamar de volta.
    Só que se atacasse neste momento,
    iria colocar tudo a perder, e Luciféria não teria nenhum amigo, para lhe
    ajudar a escapar.
    A menina urra e seus olhos sangram
    com tanta intensidade, que o sangue se
    parece com tinta negra. Ela vai para o
    seu próprio inferno, no qual volta
    a reviver o dia que traiu
    Miguel.
    A cada segundo o impacto dele 
    contra o seu corpo, se repete, se iniciando apenas na hora que
    lhe causa dor.
    E desta vez é pior, pois ela sente algo
    dentro do seu corpo, mas vê o arcanjo ao longe, apenas observando tudo
    sem mover um dedo para 
    ajudar.
    Ao olhar para cima, descobre que 
    quem está montado sob as suas costas
    é o próprio Bael, e que seus olhos estão brancos como a luz solar. “Faça o quê
    lhe ordeno” Diz como se comandasse
    alguém.
    Num outro quarto escuro, há uma cortina caída sob a cama, e uma moça
    ruiva como Luciféria, sobe nos lençóis.
    Ela tira as roupas do pai, e se deleita
    em seus braços, fazendo-o lhe
    penetrar.
    “O quê?” Luciféria se  pergunta,
    vendo tal cena, não era sua mãe ali, não chegava nem perto disso. Era uma menininha de 1700 anos, só que ao
    vê-la, sua mãe lhe chamava de
    “Luciféria”.
    “Não! Não sou eu!” Ela esbraveja, horrorizada, tentando escapar do seu torturador, e este sorri deixando-a ali
    estirada, enquanto chama o arcanjo
    , para tomar o seu lugar.
    “Está feito. O coração de Cerridwen
    não será o mesmo, e logo Luciféria será
    destruída meu pai.” Diz o anjo com tanta felicidade, que assusta.
    “Você não falou que a destruíria!”
    Miguel se impõe entre Bael e Yaweh, e o executor se retira, deixando o pai e
    o filho discutirem.
    “Pai por quê fez isso comigo?” 
    A ruiva sussurra, e Yaweh e Miguel correm ao seu encontro, e ambos lhe
    fazem esquecer o ocorrido, dando-lhe
    novas memórias, aquelas que ela
    se lembrava antes.
    “Luciféria nunca mais pisará no meu
    castelo.” Diz uma voz familiar, e agora
    a jovem vê a floresta negra, na qual 
    ocorre um encontro.
    É a sua irmã mais nova, Lilá que está
    conspirando com Bael. E isto faz com a jovem grite, porquê a menina além de
    ter o seu sangue, era a sua melhor
    amiga, e tinha lhe traído.
    “Por quê ela fez isso?! Logo eu que sempre a protegi das represálias de nossa mamãe, e os castigos de
    papai!” Isso lhe atordoa.
    “Por quê!?” Ruge e os fatos se 
    repetem outra vez. Voltando sempre para a traição e o estupro, até que
    ela não suporta. “Por favor!” 
    Ela implora.
    “Por favor Bael faz isso parar!”
     As lágrimas vermelhas escorrem pelo seu rosto, e o deus sorri. “Como desejar.” Diz ele.
    Então todo o pesadelo se desfaz, 
    e se transforma num paraíso perfeito,
    no qual ela e Azazel estão felizes, e
    há um novo deus, o seu pai que
    trás felicidade a todos.
    Os gritos cessam, e ela fica em silêncio.
    Lúcifer observa aquilo com cautela. “O quê fez a Ela?” Pergunta entre dentes.
    “Apenas a mandei para um mundo
    maravilhoso.” Responde, e seus
    olhos ficam sombrios.
    “Luciféria, ataque-os!” Ordena, e os
    olhos da jovem brilham como neon, até carregar duas esferas de energia violeta nas palmas. “Nahemah..Não...” Miguel
    implora, lutando para não reagir, e
    a bela voa na sua direção.
    “Você não vai destruir os meus 
    pais!” Grita enquanto o ataca, mostrando que claramente não está naquela dimensão.
    O soldado, segura seus punhos, mas
     a dama lhe acerta o chute. “Vocês são
    Monstros! Devem ser exterminados!”
    Continua a atacá-lo violentamente,
    com voz de trovão.
    Lilith e Lúcifer se entreolham, e 
    ambos unem forças para atacar Bael. Eles voam na direção do senhor dos
    raios, e aterrissam transformados
    em dragões , só que o ser ri, e
    também muda de
    forma.
    Na forma de um ser com patas de elefante, e o corpo gigantesco, com vários tentáculos do rosto, e asas de morcego. Ao vê-lo, os dragões 
    arrancam-lhe a cabeça.
    Porém este gargalha, e o crânio 
    se refaz. A criatura solta um rugido forte, e os atordoa ao ponto dos 
    seres voltarem a forma 
    humana.
    “Behemoth.” Diz Lúcifer, e o Demônio 
    ri daquilo. “Com todo o poder de Caos e o universo, e você ainda lembra deste nome ridículo.” A criatura caminha,
    cercando-o.
    “Foi como nosso pai o chamou, quando atingiu a sua verdadeira forma irmão.” O eterno rei responde. “De fato, mas
    não altera a questão.” Retruca, e
    o ataca.
    Porém Lilith cria um escudo, e o impede de ser atingido. “Deixará sua mulher, te salvar mesmo?” O provoca, e este ri. “De forma alguma.” Olha para a
    bela, e esta entende o 
    recado.
    “Iremos resolver este problema 
    juntos!” Grita e os dois atacam em
    sincronia, atirando-lhe um raio, no
    meio de um dos 5 corações, que
    rapidamente se regenera.
    “Nahemah.” O arcanjo segura o punho
    da princesa, e bloqueia suas pernas. Ela podia ter grande energia, mas ele foi
    o seu mestre, e sabia como
    pará-la.
    “Vocês são monstros!” Esbraveja, sentindo-se vulnerável. “Acorda...Lucy.”
    O anjo segura-lhe o rosto, enquanto
    prende seus finos pulsos, com 
    a outra mão.
    “Como sabe o meu nome criatura?” 
    Pergunta-lhe claramente assombrada
    com a descoberta. “Porquê não sou um
    demônio.” A imagem do ser horrendo
    desvanece, e ela volta para o tempo
    atual.
    “Para onde me trouxe demônio?!”
    Ela grita, se afastando dele. “Lucy.” O
    ser a agarra. “Este é o mundo real. Não
    o outro.” Ele tenta fazê-la perceber que
    era tudo ilusão. “Do quê está falando?
    Num momento estou em casa, e no
    outro aqui não faz sentido.” É o
    quê lhe fala com desagrado.
    “Aquele lugar não é a sua casa.” Ele lhe responde. “É claro que é. É o lugar que o meu avô cedeu ao meu pai, depois de o perdoar por seus pecados.” Ela mostra
    está distante da realidade.
    “O quê? Não! Yaweh nunca perdoo
    Lúcifer! E por isso você sofreu, e eu tive
    parte no seu sofrimento.” O pobre se
    esforça para fazê-la lembrar, mas
    está evidente que não irá
    conseguir.
    “Yaweh perdoo meu pai sim! E ele e
    a minha mãe foram felizes! Assim como
    sou com o meu único amado Azazel.” A
    última frase, é como uma flecha 
    que o dilacera.
    “Você nunca se apaixonou por 
    mim, digo por Miguel?” Ele pergunta preocupado com o quê iria ouvir. 
    “Está louco? Miguel é meu tio, e 
    O marido da minha querida prima, a 
    quem eu nunca trairia.” Responde, 
    certamente o vendo como um
    ser das sombras.
    “Então no seu mundo perfeito, 
    nós nunca tivemos nada.” Aquelas
    palavras trazem dor ao arcanjo, e
    este se torna sombrio.
    “Com você nada mesmo demônio.”
    Ela responde sem pensar duas vezes,
    e ele abre as asas, levando-a para fora com o brilho no olhar, que lhe era bem conhecido. Era raiva, raiva provocada
    pela rejeição, pela dor, e o medo.
    “Tio o quê planeja?!” Ela grita, ao
    sentir os braços dele entorno dela, e vê que estava com Miguel, e não uma criatura grotesca.
     “Eu não sou um demônio. Demônios não tem asas de penas.” Responde, 
    e seus olhos se encontram.
    “Certo, tem anjos maus no reino do terrível Ismael, isso faz de você um demônio.” Ela o corrige, e este 
    sorri com furor. 
    “Não é o caso.” Levanta voo, em rumo
    a lua, que estava cheia.
    “Então o quê quer?! Yaweh não 
    gostará desta brincadeira.” Ela fica assustada ao ver o quanto estão
    distantes do chão.
    “Não me importo.” Retruca, e a
    moça fica incrédula. “Só quero que
    se lembre de mim outra vez.” É o quê diz, e a larga entre as nuvens. “Louco!
    O quê está fazendo?!” Berra, ao ser
    jogada há 50 mil pés do solo.
    “Eu não sou o marido de Eke!” Ele a
    pega nos braços. “O quê? É claro que é! Harmonia os uniu! Eu vi o casamento!” 
    Ela responde, se debatendo em seus
    braços, e este a solta outra vez.
    “Socorro!” Ela urra temendo a distância entre a areia e o seu corpo. “Eu fui o Seu noivo!” Ele conta. “Não foi nada! Só tive Azazel na minha vida!” Ela grita, e de
    novo, ele a deixa cair.
    “Você foi minha, e eu te amei, como você me amou!” Ele revela, e isso faz com ela sinta uma pontada no peito.
    “Eu não...Por favor para!” Ela lhe
    implora, antes que ele volte
    a arremessá-la.
    “Não sei que poção te deram. Mas 
    você está confundindo toda a história. Eke é a sua paixão, e a única que você ama!” Ela o pega pela gola da camisa, que fica embaixo da armadura, ele
    em desespero, olha-lhe com
    medo.
    Seus antebraços se enrijecem, e as
    mãos a puxam para o peito, enquanto
    os lábios dele, mergulham nos seus
    em um beijo roubado.
    “Como pode achar que eu amo Eke?
    Se você foi, e sempre será a mulher da minha existência.” Ele sussurra, e ela lhe dá um tapa. “Bem que Eke me
    falou que era cafajeste!” diz
    ao limpar os lábios.
    “Lucy não...” Ele diz com aqueles 
    olhos azuis de gato assustado, mas ela nem se esforça para lembrar, pois tem certeza de quê está certa. “Eu não 
    sou nada do quê pensa.” Se
    defende.
    “Eu te defendi pra Ela. Disse minha prima Ele só tem olhos para Você, e é assim que me retribui? Fazendo com que seja uma das suas conquistas?!” A dama rebate, demonstrando sua
    raiva.
    “Eu e você somos amigos?” Ele lhe pergunta. “Sim, éramos. Azazel não irá gostar disso, nem Eke, e eu não posso seguir sabendo de suas intenções 
    insidiosas.” Ela responde, e isso 
    de certa forma o entristece. 
    No mundo real eles eram um par, e 
    se amavam intensamente. No perfeito 
    nunca deram sequer um beijo. Porquê
    se juntaram a outros pares, e ele
    não passa de um canalha.
    “É assim que é perfeito para ti Lucy?”
    Ele questiona. “Não ter nenhum tipo de envolvimento, com o pior marido que há? Sim.” Ela fala sem sequer 
    analisar.
    “Tudo bem. Me perdoe pelo beijo, 
    vamos fingir que não aconteceu.” Ele
    cede ao mundo em que ela quer viver,
    mesmo que isso o machuque, e que
    não seja o seu desejo.
    “Não posso. Eke é como uma irmã
    que nunca tive, seria errado.” Ela lhe
    diz. “Faça o quê achar melhor.” Ele
    responde com voz fraca e sem
    ânimo.
    “O melhor, é você voltar pra sua 
    mulher, e nunca mais se aproximar 
    de mim.” Ela responde, e ele só
    balança a cabeça.
    “Como quiser.” Ele pousa na areia,
    e a deixa ir. “Não me levará de volta pra casa?” Lhe inquire. “Você vai achar o seu caminho, tenho certeza.” Diz
    deixando-a para trás.
    “Nem sei onde estou. Este lugar tão sombrio, cheio de lama e lodo, me dá calafrios.” Caminha ao lado dele, e este ri sem vontade, de fato ela permanece presa ao controle de Bael. “Se sou
    tão ruim...” Inicia descendo 
    a montanha.
    “Por quê está seguindo comigo?” Ele
    ergue a sobrancelha, curioso pelo que há de vir. “Eu não conheço este lugar,
    e Yaweh te nomeou, um dos seus
    generais.” Diz de imediato.
    “Ah tá.” Respira fundo, Bael foi bem esperto, deu a ela elementos reais, só para garantir que jamais acordaria. “O beijo foi ruim?” Ele pergunta. “Não
    quero falar.” Responde com
    indiferença.
    No fundo se sente envergonhada, no
    mundo perfeito, jamais tinha beijado a outro anjo, pois seu corpo e espírito,
    eram somente do marido.
    “Se não responder, serei obrigado a
    fazê-lo outra vez.” Ele brinca, e a bela congela. “Por quê é importante? Eke 
    me disse que já beijou várias.” 
    Tenta desviar o assunto.
    “Várias me beijaram, mas eu só 
    beijei uma.” Ele a corrige, e ela o ignora. “A sua mulher.” Responde seca. “É, se 
    é no quê quer acreditar.” O soldado 
    do céu, revira os olhos, com o 
    seu sorriso maldoso.
    “O quê quer comigo?! Por quê veio
    me perturbar tão de repente?!” Ela o inquire, movendo os braços, e ele a
    joga contra o ar, prendendo-a
    aos seus braços.
    Para ela, foi jogada contra a árvore
    , e esta desapareceu. Sua mente fica a falhar, e cenas sombrias dominam a sua cabeça. “Eu quero que lembre de mim.”
    Ouve ao longe, vendo a sua verdadeira
    vida, se passando como um filme
    antigo.
    Uma dor extrema, lhe faz fraquejar,
    e gritar aos ventos. Ao ver que surtiu 
    efeito, ele tenta elevar o choque, e
    a abraça forte.
    Novamente os lábios dele, vão de encontro aos seus, e ela o empurra em pânico. “Miguel você perdeu o parafuso foi?! O outro beijo foi só para diminuir a carga de Harmonia, não confunda as coisas !” Grita, e ao ver que voltou 
    ao normal, ele volta a beijá-la
     de alegria.
    “Você voltou!” Ele a cumprimenta, e
    esta o estranha. Do quê estava falando
    ? E onde estavam? Eram perguntas que não se calavam. “É uma longa história.
    E o beijo foi necessário.” Ele responde
    , e sai com um sorrisinho de
    vitória.
    “Volta aqui, pervertido.” Ela o segue, 
    e ele vira. “Quer repetir a dose?” Ergue a sobrancelha, sentindo-se atraente e
    irresistível. “Não.” Diz friamente,
    e ele continua rindo.
    “Está agindo como um idiota.” Ela o
    julga, mas a felicidade dele é tanta, que
    isso não o atinge. “Um idiota feliz, por
    saber que minha amada, voltou a
    se lembrar de mim” Lhe
    diz.
    “Está amando outra pessoa? Porquê
    eu não lembro de ti!” Ela fica defensiva,
    e ele outra vez a agarra. “Eu sei que se
    lembra. Não adianta esconder.” Diz
    olhando-a no fundo dos 
    olhos.
    “Um beijo pra não morrer, e fica assim.”
    Ela o desdenha. “Três beijos na verdade. 
    Para te fazer lembrar de mim.” Retruca.
    “Três?!” Ela se horroriza. “Ou mais.”
    Passa na frente dela, com o
    olhar confiante.
    “Você deve beijar mal mesmo. Por isso
    demorou tanto para eu voltar” Brinca, e ele olha sério para ela. “Quer testar ?”
    Questiona, e ela nega repetidas
    vezes.
    “Então não diga mentiras.” Segue
    bem animado, levando-a para longe do conflito. Infelizmente sua felicidade não dura, a grande luz os cega, ele se põe
    na sua frente, e segura-lhe atrás
    dele.
    “Nahemah Lilith.” Diz a voz de Bael, 
    e esta retorna para o seu controle, deixando o arcanjo, para seguir
    com o novo Deus.
    “Lucy não!” O arcanjo diz ao vê-la
    indo para os braços do demônio, que
    a acolhe, e diz algo no seu ouvido,
    que o guerreiro não é capaz
    de entender.
    A dama então voa na direção dele,
    e passa direto, indo até os humanos
    que assassina um a um, drenando
    o sangue deles, com uma única
    mordida.
    Quando não, os abre ao meio com
    um sorriso macabro, tendo piedade dos bebês, mas não dos adolescentes, aos
    quais acerta golpes, que são fortes
    para arrancar-lhes o 
    coração.
    Devido a alguma frase que o sol 
    negro lhe disse, ela assassina mais de
    mil pessoas, em questão de minutos, e
    pouco á pouco, vai pintando o mundo
    de sangue inocente e culpado, até
    restar só os que seguem a
    Bael. 
    Fim?
  • Assassino Familiar

    Todos estavam festejando e brindando com as suas caras garrafas de champanhe em um pequeno círculo. Era fim de ano e toda a família estava comemorando por estarem bem e juntos em uma bela cobertura de frente para o mar. Não era uma família muito grande, tendo uma esposa e seu marido, que tinham uns 45 anos, e seus 4 filhos: um casal de gêmeos com 20 anos, uma menina com 18 e um menino de 15 anos. Antes mesmo da meia-noite e ainda com vários pratos à disposição para serem devorados, todos estavam dormindo e nem os fogos de artifício que brotavam de todos os cantos foram capazes de acordar essa família.
    O primeiro a acordar foi o jovem de 15 anos. Ele abriu os olhos bem devagar como se as suas pálpebras pesassem dezenas de quilos e percebeu que ainda estava de noite. Ele tentou se levantar jogando um dos braços para a frente para se apoiar no chão, mas não conseguiu e acabou com a cara no chão. Na queda, mordeu a língua e uma dor aguda foi direto para o seu cérebro, fazendo todos os músculos faciais se revirarem. Foi aí que percebeu que os seus braços e pernas estavam amarrados de maneira bem firme, chegando inclusive a doer um pouco. E o cheiro, o cheiro também era forte e confundia os sentidos. Ele vinha de todos os lugares: das roupas, das paredes e da enorme poça em que estava sentado. Finalmente percebeu que estava em uma piscina inflável que nunca tinha visto antes com outras três pessoas ainda desacordadas. Piscou algumas vezes tentando aumentar a velocidade dos seus olhos para fazer com que o seu cérebro pegasse no tranco. Depois de uma dezena de piscadas, percebeu que o cheiro era de gasolina. E que não era pouca, pois parecia que tinha uns três postos à sua volta em um dia bem movimentado de promoção. Sentiu o seu estômago se revirar por causa do cheiro e do medo crescente. Os seus olhos começaram a marejar, mas pouco antes de sua visão ficar encoberta pelas lágrimas identificou que aqueles que estavam ao seu lado eram a sua família com a exceção dos gêmeos.
    Ele não tinha forças o suficiente para voltar a ficar sentado, então foi tentando se virar de barriga para cima para tentar achar os seus irmãos. Quando se virou para o lado oposto, o seu rosto ficou paralisado tentando entender o que estava acontecendo. Ele viu a sua irmã segurando uma faca enquanto encarava o gêmeo que estava amarrado em uma cadeira de madeira. Ela sorria com os seus olhos vidrados no gêmeo, sem desviá-los nem mesmo por um segundo. Ainda deitado no chão, ele tentou falar alguma coisa, perguntar o que estava acontecendo, o porquê disso tudo ou qualquer outra coisa que levasse a algum diálogo, mas só conseguiu balbuciar alguns sons sem sentido. Foi o suficiente para que ela virasse o rosto. Embora os seus olhos parecessem aterrorizados, o sorriso macabro continuava em seu rosto. Ela deu alguns passos em direção a ele e ao resto dos seus familiares amarrados, mas repentinamente e bruscamente parou na metade do caminho. Ficou os encarando por uns 10 segundos antes de começar a falar:
    — Finalmente acordaram para o show! — a sua voz estava trêmula — Não é nada pessoal com nenhum de vocês, só quero me divertir um pouco. Se me deixarem em paz, a vida continuará! — ela voltou a andar na direção deles, levantou o irmão que estava no chão o deixando sentado e depois deu as costas e voltou a encarar o seu gêmeo. Durante toda a fala os olhos dela estavam marejados e assustados, mas o sorriso maníaco não saiu em momento algum.
    Todos da família estavam assistindo atentamente cada movimento que ela fazia sem pronunciar nenhuma palavra. Ela ficou olhando para uma mesa que, pela distância, a sua família não conseguia saber o que tinha nela. Depois de quase um minuto em que ficou quase sem se movimentar, a não ser por uns leves movimentos de não com a cabeça, ela pegou um martelo e um prego de uns 8 centímetros, posicionou o prego no joelho do gêmeo que não parava de repetir a palavra “não”, tomou distância com a mão, disse “sim” e com apenas uma martelada enfiou o prego inteiro bem na articulação do joelho. O gêmeo deu um enorme grito de dor e recebeu um soco por causa disso. Ele chorava como um recém-nascido e, talvez por causa do barulho, ela amordaçou o gêmeo. Os seus pais começaram a implorar para que ela parasse e por isso foram amordaçados também. Os outros dois irmãos não emitiram nenhum som. Eles olhavam, mas não acreditavam. Talvez pensassem que era um pesadelo ou que tinha alguma droga alucinógena no champanhe, aquilo só não podia ser real. Mas para o gêmeo era real e ficava ainda mais a cada minuto que passava e a tortura aumentava.
    Logo quando terminou de amordaçar os pais, voltou para o gêmeo e pregou o outro joelho dele. A família tentava desviar o olhar, mas sempre um acabava vendo alguma parte da tortura. As unhas sendo arrancadas lentamente com alicate ou rapidamente com pedaços de madeira embaixo delas, os diversos cortes feitos pelo corpo, a órbita ocular sendo arrancada com uma colher, a língua sendo arrancada com uma faca quente e as articulações sendo rompidas uma a uma. Essas foram apenas algumas das que eles tiveram estômago para ver. Normalmente elas aconteciam depois de um momento de alívio quando tudo ficava em silêncio. Esse silêncio era a esperança de que o gêmeo tinha morrido e que o seu sofrimento tinha acabado. Mas em todas as vezes ele só tinha desmaiado e em todas elas o gêmeo era obrigado a acordar seja por injeções de adrenalina ou por cheirar amônia, a tortura tinha que continuar.
    Ela só acabou depois de umas duas horas quando ela encharcou o corpo do gêmeo com gasolina e ficou parada na frente de todos com o seu maldito sorriso e com lágrimas saindo dos seus olhos.
    — Todos nos comportamos muito bem e por isso vamos sobreviver. Logo tudo isso irá acabar e poderemos voltar a viver nossas vidas normalmente. — Ela acendeu o isqueiro e ficou com ele no ar de olhos fechados enquanto as lágrimas aumentavam. Depois de uns quinze segundos a sua mão ficou mole e o soltou, caindo em uma poça de gasolina no chão e iniciando um incêndio sobre o corpo do gêmeo. Todos da família assistiam sem acreditar no que os olhos viam, quietos, pasmos. Eles viram o fogo atingir primeiro as pernas do gêmeo, fazendo com que os músculos da panturrilha se contraíssem em meio aos gritos de dor. Quando o fogo atingiu a barriga e o peito, os punhos já estavam fechados, mas os músculos da nuca se enrijeceram forçando o pescoço a virar a cabeça para o alto como se os seus gritos praguejassem contra um deus cruel. Até que um silêncio quase total atingiu a cobertura, a não ser pelos choros e pelo baixo estalar do fogo. O gêmeo agora parecia uma estátua de pedra completamente cinza e sem vida, mas que ainda transmitia a dor e o sofrimento que a artista queria provocar.
    Logo depois que os gritos acabaram, o resto da família foi dopada novamente e posta para dormir. Eles só acordaram quando a polícia chegou e todos esperavam que os policiais dissessem que tinha sido só um pesadelo. Quando era confirmada a realidade, o choro intenso voltava a acontecer. A gêmea também foi encontrada desacordada e quando voltou a consciência não parava de repetir que foi forçada a fazer tudo. Durante os depoimentos da família à polícia, tudo a apontava como culpada, mas ela insistia em sua inocência. Segundo sua versão, ela também foi dopada e acordou um pouco antes de todos. O seu irmão gêmeo já estava amarrado e, por mais que tentasse, não conseguia tirar o sorriso do rosto que parecia pregado na face. Foi aí que começou a ouvir uma voz em seu ouvido direito como se tivesse outra pessoa falando em um ponto nele. Era essa voz que estava ordenando cada ação que ela fazia e, se sequer hesitasse em obedecer, a voz dizia que toda a sua família iria sofrer e morrer por culpa dela. Então ela teve que decidir quantos iriam morrer e ela optou pela opção que tinha menos vítimas.
    Apesar de uma extensa investigação, nenhuma prova que sustentasse a versão dela foi encontrada. Não havia sinal de toxinas em seu organismo que pudessem ter causado o sorriso e nem algum vestígio de qualquer equipamento eletrônico que pudesse justificar as vozes em seu ouvido. Quase toda a sua família acreditava que ela era um monstro, com exceção do seu irmão que se apegava ao terror que viu nos olhos dela no dia do ano novo. Mesmo com o apoio dele, ela foi condenada a quase cem anos de prisão em um hospital psiquiátrico. Será nele onde passará o resto de sua vida como uma vilã sádica para alguns e, para outros, como uma heroína que se sacrificou para que sua família pudesse sobreviver.
  • Bem-vindo ao Mundo Fantástico

    Minhas produções preferidas na cultura pop são àquelas voltadas para a ficção fantástica. Esse tipo de obra reúne a fantasia, a ficção científica e o terror, somado aos seus mais variados subgêneros. Particularmente, produzo nas três vertentes, mas as que mais me dão prazer é a fantasia e a ficção científica, pois, esses dois me dão maior sensação de maravilhamento, motivo maior pelo qual os lemos.
                A fantasia brasileira nunca esteve tão ema alta como está agora. Desde antes do fim da primeira década desse século, já a partir de 2012, centenas ou até milhares de títulos de fantasia foram lançados no mercado editorial brasileiro pelos patrícios. O RPG de mesa, e outros board games que todos julgavam obsoletos tiveram incríveis mudanças e o ganho de um novo público. O mercado da fantasia se revigora em todas as frentes.
                Quando conheci a Cartola Editora através do site Antologias Abertas, fiquei surpreso e feliz da casa editorial se valer do financiamento coletivo para publicar os seus livros. Método esse que havia não apenas previsto, mas também proposto em artigos sobre escrita e publicação. Assim há maior engajamento dos leitores, desoneração dos autores e o tão esperado financiamento da editora.
                Para uma jovem editora como a Cartola Editora, o financiamento coletivo para além de uma necessidade é uma forma inovadora de produzir livros. Com alta aceitação de ambas as partes, eu incluso. Voltando ao site, reparei que durante o ano de 2019, a editora se propôs a publicar uma antologia por mês. A primeira tinha como tema a fantasia. Jamais perderia uma oportunidade dessa!
                A antologia O Encontro dos Mundos Fantásticos, organizada pela editora e uma das fundadoras, Janaina Storfe, recebeu o meu conto Caon contra o quibungo. Esse conto é uma fantasia que se passa no período Pré-Colonial. Conta o tipo de história que eu gostaria de ler mais: uma tribo indígena chamada Caiang recebe a visita de uma poderosa criatura, o quibungo Notala. Ele rapta o filho de Píriti, o morubixaba e exige um poderoso artefato em troca do garoto. Com a vida de seu filho em risco, ele recorre a Inteligência através da força. Para minha felicidade, meu conto foi aprovado.
                Depois do período dos trâmites legais, financiamos a obra durante um mês. Arrecadamos o dobro da meta, com direito a lançamento e tudo mais. Quando o livro chegou, mal pude acreditar na qualidade gráfica do livro, sem contar a seleção de textos maravilhosos da Janaina Storfe e a capa fenomenal do Rodrigo Barros, mais conhecido como Rodo, um dos editores e fundadores da antologia.
                Como toda coletânea de contos, vemos diversos estilos narrativos e subgêneros de fantasia. Alguns até de realismo mágico, o que também não deixa de ser fantasia. Eu gostei muito do resultado e fico feliz de dividir espaço com tantos escritores talentosos. Nenhum conto sou destoante da antologia. Há contos para todos os gostos, e muitos, assim como o meu, são inspirados no nosso folclore e se passam no Brasil.
                Como sempre faço em resenhas de antologias longas como essa, vou analisar dois contos que eu mais gostei, e dois que eu menos gostei. Esses critérios são subjetivos e visam dar uma dimensão do que o leitor encontrará na obra. Isso reflete apenas a minha opinião e não é uma verdade universal. Bom e que o leitor possa ler o livro e ter sua própria opinião sobre o assunto.
                O primeiro conto que eu mais gostei é A maga na torre, conto da Thaís Scuissiatto. Para mim, foi em termos de roteiro, o mais inteligente. Ada, uma neófita em magia está prestes a cumprir uma última prova para se tornar uma maga de verdade. Um Conselho de três magos a leva para o topo de uma torre e dão um prazo de três dias para ela descer até a campina, usando apenas as suas habilidades e estranhos objetos dispostos numa mesa. Qual dos estranhos artefato ela vai escolher e como ela conseguirá cumprir sua missão antes do prazo se esgotar? Parabéns a essa autora, pois, para além da pirotecnia da fantasia, ela fez uma situação corriqueira algo fantástico, com muito suspense e um tirada genial.
                O segundo conto que mais gostei foi O homem, a moral e a fera, da cartolete Tábatha Gagliera. Esse é o conto que me atraí muito a minha leitura. Jamais poderia ler um texto tão rico em expressões e profundo em significados e ignorar! Com um pé no realismo mágico, vemos uma fantasia em que um certo homem faz uma viagem para dentro de si mesmo e caba se deparando com um cenário ao mesmo tempo comum e distante. Lá, duas entidades o interpelam, a primeira se apresenta como a Moral, a outra, é conhecida apenas como Fera. As duas tentam convencer o homem com diversos argumentos sobre a liberdade. Essa obra mostra que fantasia pode sim explorar e fazer debates mais profundos da nossa realidade e sobre nós mesmos. Fantasia não precisa ser desmiolada, ou non sense, ao contrário, pode filosofar e questionar também.
                Os dois contos que eu menos gostei, não significa depreciar o trabalho do colega, ao contrário, apenas tive menos conexão com Um toque de um mundo fantástico, da autora Fabiane Rodrigues da Silva. Achei a narrativa um pouco infantil e a trama não me trouxe nenhum questionamento mais profundo. Agradará um público mais infante, de fato. Alium do escritor Guilherme de Oliveira não é de todo ruim, mas parece ser um prólogo de algo maior, algo que não dá para ser desenvolvido num único conto. Um grupo de garotos chegam a um mundo fantástico, e são impedidos de voltar, ficamos sem saber quais as consequências práticas de suas vidas nesse lugar. As vezes esses finais em aberto nos dão uma sensação de quero mais, noutras uma sensação de incompletude.
                A antologia conta com 35 autores selecionados, mais um conto do Rodrigo Barros. São ao todo 43 contos, nos mais diversos subgêneros da fantasia, desde a alta fantasia até o dark fantasy, tudo disposto em ais de 200 páginas de ótima literatura. O livro possui orelhas, papel pólen 80 g/m2 e um marcador de páginas exclusivos. A obra possuí pouquíssimos erros, não são nem perceptíveis e uma segunda revisão vai tirar de letra.
  • Caçadores de emoções... e aventuras

              O Estúdio Armon está se firmando como um dos maiores expoentes do mangá nacional. Sem desconsiderar iniciativas anteriores, e outros quadrinistas independentes, a Revista Action Hiken acabou reunindo uma Geração de Ouro dos mangás brasileiros no século XXI. Digo isso não por preciosismo, mas pelo fato do grupo não apenas publicar de modo impendente, mas manter uma frequência e aumentar sua qualidade e quantidade.
              Um desses mangakás a ganhar uma vaga na publicação é o Israel Guedes. O autor publicava o mangá T-Hunters em um aplicativo online de webcomics, mas quando passou a publicar na Action Hiken n. 43, junho de 2019, aumentou em muito a visibilidade do seu título. Foi uma decisão acertada do autor, e da antologia, que teria mais uma ótima série. O Israel é bem experiente e demonstra ter uma grande maturidade profissional.
              Após a morte de seus pais, Hanako “Hana” Hanajima acaba fugindo de casa para se salvar. O assassino matou seus pais a sangue frio. Não restou nada a jovem, de apenas 10 anos. Em contrapartida, temos o protagonista o Ken’ichi “Ken” Akamatsu. Esse jovem de apenas catorze anos está atrasado para o funeral da sua irmã mais velha. Ambos tinham uma boa relação, mas também um conflito de personalidades, pois, ela era alguém muito altruísta, já o Ken é um pessimista.
              Antes de chegar ao funeral, acidentalmente, acaba em meio a uma luta entre um Treasure Hunter (T-Hunter) e um caçador de recompensas. O T-Hunter o salva, e o caçador foge após ser ajudado por uma misteriosa companheira. A partir desse momento, uma série de acontecimentos irá unir os destinos de Ken e Hana. O personagem irá descobrir uma guerra entre poderosas organizações secretas, magias e cidades misteriosas.
              A primeira coisa que me chamou atenção nesse mangá: o traço. Olhando pela capa, você acha que vai ler algo meio shoujo, mas o autor não poupa em violência gráfica. Nada de autocensura aqui, até me impressionei com a veracidade da violência. O desenho tem boas referências, os traços são grossos, pesados, mas ainda assim dinâmicos. Me lembra mangás mais adultos.
              A página tem muitos quadros, o autor apela para closes e planos detalhes. O traço é seinen, a diagramação é shoujo, o mangá é shonen. Eu achei uma escolha acertada. Em paisagens, ou melhor, ambientes externos, o desenho é pouco detalhado, passando as informações necessárias. Os personagens se destacam muito em relação ao cenário. Já os personagens, sempre são detalhados em cabelos, roupas e adereços. Cada um tem seu próprio visual. O Israel faz bom uso das retículas, agregando em contrastes.
              O volume 1 possui cinco capítulos. Os dois primeiros oferecem alguma ação, os outros três, os quais o mangaká chama erroneamente de “capítulos de transição”, buscam apresentar protagonistas, o mundo e suas possibilidades. Sendo assim, o correto seria dizer que ainda estamos num volume introdutório. Teríamos transição se estivéssemos perto de uma segunda saga ou arco narrativo, o que não se configura.
              Como de praxe em muitos mangás shonen, a idade dos personagens parece destoar do físico deles, sobre o Ken e o Chiru, você até entende, mas o Satoshi só tem oito anos, parece bem mais. A personalidade do Satoshi também parece muito adulta para um personagem de oito anos, achei pouco factível. Já no que diz respeito a Hana, eu gostei do tratamento dispensado. Inclusive, ela tem um ótimo potencial narrativo.
              O autor tem boas referências no CLAMP e Hiroyuki Takei, não só em desenho, mas também no roteiro. Optou por conduzir a trama inicial através de conflitos internos e interpessoais. Uma ação minimalista. O artista empregou muito bem a personalidade de cada um em suas expressões faciais, gestos e modo de falar. A obra possui diversas críticas sociais impregnadas, basta uma leitura cuidadosa e você a verá.
              Entretanto, minha crítica é que depois do capítulo 2, apesar de já termos um conflito anunciado, não senti uma sensação de perigo tão iminente. Parecia que o núcleo principal fazia turismo. É uma série que vai investir em mistério e aventura, conflitos psicológicos e de personalidade, mas esperava que as situações dos capítulos 1 e 2 oferecessem um pouco mais de desconforto aos protagonistas no restante do volume.
              O Israel Guedes fez um ótimo mangá. Se passa totalmente num universo ficcional alternativo, muito semelhante ao atual Japão, talvez para receber uma melhor aceitação do público. Bem poderia acontecer em qualquer lugar através de sua dinâmica e mitologia. Muita coisa a ser abordada. O autor em experiência em desenhar e narrar, é professor na escola Japan Sunset, possui um canal no YouTube chamado Canal do Izu.
              Ele é bem crítico de obras japonesas e faz um estudo de desenho e narrativa deles, mas também é autocrítico e otimista, duas qualidades que admiro muito em qualquer artista. O mangá possui mais de 180 págs., orelhas, galeria de fanarts, making of do desenvolvimento. Veio com marca página exclusivo.
  • Caçando demónios por aí

    Certa vez, enquanto lia a Revista Action Hiken, descobri um shonen de traços bem legais. Mas quando comecei a ler, me deparei com uma linguagem formalista. Um português truncado e de leitura arrastada. Eu achei os diálogos engraçados. Juro, as vezes eu tinha que ler duas vezes para entender. Por um momento, levando em consideração o contexto da história e os personagens, achei que deveria ser um elemento narrativo.
              Pesquisando um pouco mais sobre o mangá Demon Hunter, e o seu autor, o Diogo Cidades, descobri que se tratava de um jovem mangaká português. Aí sim ficou claro aquele modo de escrever tão distante de minha realidade. Convenhamos, salvo raras exceções, somos todos coloquiais. A península Ibérica é um celeiro de mangakás. Espanha e Portugal tem diversos talentos nesse estilo de desenho, o Diogo é um deles.
              Demon Hunter possui caracter designer que se encaixa perfeitamente em sua proposta: entreter. Confesso que os traços me remeteram automaticamente ao autor Hiro Mashima. Um desenho simples, mas dinâmico, caricato e de expressão cômico. Mais que simpático, funcional. É um shonenzão, e isso é bem positivo, levando em consideração a antologia em que está sendo publicado e o público alvo.
              A história se inicia com um acampamento de May Lionheart e um amigo, que estava cheio de más intenções. Infelizmente, naquela floresta e àquela hora da noite, eles acabam se separando. Para piorar de vez a noite de terror, acabam sendo atacados por um capeta dos zinfernos, ou como os portugueses dizem, um demónio. Nesse momento, surge nosso protagonista de cabelos prateados e salva a noite, Mike Seikatsu, o caçador de demónios.
              Depois disso, a May é levada pelo Mike até o mosteiro onde vive. Lá, só habitam ele e o seu avô, o Mayuge Seikatsu, um velhote safado, pra variar. Ao longo dos cinco capítulos, vemos o desenvolvimento da amizade entre ambos os protagonistas. Uma relação cheia de química, com direito a alguns echis, nada exagerado, viu crianças! É um quadrinho sincero em sua violência, afinal, são demónios a serem combatidos.
              Mas, se eu tivesse que tratar de um ladrão de cena, bem, esse é o Steve, o macaquinho cozinheiro. A cena da luta entre Steve e Mike é impagável, e provocaria elevação de ânimos entre ambientalistas. O autor desenvolve bem as personalidades ali presentes, lhes dando profundidade, sem cair na exposição desnecessária de muitos shonen. Ele vai com calma, sabe onde está indo, e isso te empolga a descobrir mais.
              Pouco do universo foi apresentado no vol. 1, mas podemos ver ali uma série de mistérios, que, se bem desenvolvidos, trarão ótimas reviravoltas dentro de seu universo. Por exemplo: qual a origem dos poderes do Mike? Porque os demónios se transformam em pérolas ao morrerem? Quem controla esses seres? Enfim, teremos uma longa saga a ser acompanhada.
              A decisão dos editores de adaptarem alguns termos da escrita do Diogo Cidades, foi uma ótima decisão. Ajudou muito. Os países lusófonos, como Brasil e Angola, falam português oficialmente, mas, possuem uma variação muito complexa. Deve ter dado trabalho adaptar a linguagem para ambos os leitores de ambos os países, deixou a escrita mais fluída sem perder o seu sotaque português.
              Teve só uma coisa que me incomodou no mangá: onomatopeias. Em alguns quadros, são grafadas em caracteres latinos, em outros, em japonês, noutros, aparecem em japonês e latino! Tá meio bagunçado isso aí. Tem que padronizar. Isso gera uma cacofonia visual. Sem contar que deve ser difícil ficar mudando a editoração a cada página ou capítulo, perde-se muito tempo nisso. Embora, não atrapalhe a leitura de ninguém.
              Sobre o desenho do Diogo Cidades, ele tem boas influências e vem de uma boa escola de estilo. Alguns desenhistas evoluem ao longo de anos, outros a cada obra, alguns ainda por capítulo, o Diogo evolui a cada quadro. Sério, o traço do cara evolui proporcionalmente a cada virada de página. Muitas vezes, quadrinistas como os da Action Hiken é o que não encontramos em algumas antologias japonesas semanais.
              Fiquei mais que satisfeito em conhecer esse mangá luso-brasileiro — espero que o autor não veja problema nisso, afinal, é produzido em Portugal, mas é editado e publicado no Brasil. A obra tem mais de 140 páginas, orelhas, galeria de fanarts e curiosidades da produção. Senti falta das páginas coloridas, mas, entendi os motivos, encareceria a produção. E sobre a qualidade gráfica?
              Olha, serei sincero com vocês, se outras editoras tivessem o mesmo esmero em suas publicações como o Estúdio Armon, teríamos HQs melhores produzidas na estante. O projeto gráfico e a impressão estão excelentes. Nada de off white xexelento. A capa, a lombada, a colorização, gente, tá tudo muito bom. O único defeito do negócio, é que ainda não temos previsão do volume 2. Parabéns ao Diogo Cidades e ao Estúdio Armon.
  • Capiitura involuntaria

    Epílogo do Capitulo 1.
    15 de julho de 1974 -Segunda feira, 06 : 50 h. O Jorge Luiz finalizou o seu primeiro dia de trabalho na Base Aérea e caminha para a parada do ônibus quando é surpreendido com a ocorrência, uma aeronave que passou veloz pela cabeceira da pista quebrando o muro do aeroporto e parando entre a calçada e a avenida. Refeito do susto correu para o local do acidente e para a sua surpresa verificou que estava se aproximando da aeronave uma equipe de militares em 02 veículos, um jipe e um caminhão com vários soldados, antes da chegada das equipes de socorro do aeroporto. Foi possível perceber que os uniformes e os veículos não possuíam identificações e o militar que comandava a equipe ao se aproximar foi logo perguntando para o Jorge o que ele estava fazendo no local pois não foi permitido a qualquer militar da Base Aérea participar daquela operação e o Jorge estava fardado quando a caminho da parada do ônibus.
    Os comentários do Jorge não foram aceitos e recebeu ordem de detenção daquele oficial e foi levado com o indivíduo que foi capturado dentro da aeronave estando desacordado para um outro veículo, o qual surgiu em transito na avenida, aparentava ser um veículo civil do tipo caminhão baú e ao ser aberto as portas traseiras identificou ser um veículo frigorífico e comportava em seu interior o que parecia ser uma unidade médica uti sob os cuidados de uma equipe de 04 pessoas com roupas especiais do tipo utilizada na contenção de vítimas contaminadas.
  • Capitão Pindorama 2: O Androide de Kim 

    Dois anos depois da batalha de São Paulo, Rick Thomson vive em Willians D.C capital de Pindorama e trabalha para a agência de espionagem AIP, Rick conhece Mike Rock ex sargento do exército e os dois conversam um pouco até que Paggy Kuliak a Gata Negra chega e leva Rick embora, Rick e Paggy Kuliak a Gata Negra e alguns agentes da AIP, são enviados para uma missão, libertar reféns de um navio de cargas de Pindorama que foi sequestrado por piratas, a missão é um sucesso e Rick retorna para São Paulo, mais tarde na sede da AIP, Rick conversa com Wilson sobre a missão.
    Dr Kim um cientista maluco e ex membro do infame Grupo Red Cord que em busca de vingança contra Capitão Pindorama desperta seu melhor Android conhecido como  Androide de Kim, que já foi usado em muitas missões para o Red Cord, esse Androide tem força e reflexo sobre humano, além de ser muito bom em combate corpo a corpo, Dr Kim manda o Androide para uma missão, matar Capitão Pindorama e todos os responsáveis por destruírem o Red Cord, o primeiro da lista que Androide deve matar é Nick Wilson, Nick sai da sede da AIP para ir para sua casa, mas no caminho é emboscado sendo atacado por um misterioso soldado, Nick é baleado mas consegue fugir e vai até a casa de Rick que o ajuda, Wilson diz que vai ficar bem e que não conhece a pessoa que o atacou, de repente acontece uma explosão que deixa Nick desacordado, Rick chama resgate para Nick enquanto persegue o Androide, mas ele acaba escapando, Nick é levado para o hospital onde é declarado morto, no dia seguinte, Rick se junta a Paggy, para descobrirem quem é o assassino, depois de um tempo de pesquisa acessando arquivos de várias agências de espionagem pelo mundo eles descobrem que o assassino de Nick é conhecido como Android de Kim e é responsável por vários assassinatos nos últimos anos a mando do grupo Red Cord e mesmo depois do fim do grupo continuou agindo como um assassino de aluguel, Rick acredita que o Androide vira atrás dele, Paggy então diz que eles irão atrair o Androide e quando ele vier atrás de Rick eles o Pegam, os dois vão até a antiga base do Red Cord, lá eles encontram um esconderijo secreto com um computador que conta a história do Red Cord, eles descobrem que o grupo  foi fundado após a Segunda Guerra Mundial, e desde lá vem semeando o caos global na esperança de um dia conquistarem e governarem a humanidade, eles também acham uma lista com nomes de membros da Red Cord que estão infiltrados no governo das principais potências mundiais, Gata Negra pega a cópia dos dados da Red Cord para pesquisar mais sobre o grupo, Rick sem querer ativa uma bomba que explode e destrói o local, Rick e Paggy conseguem escapar e recorrem a ajuda de Mike Rock, Rick e Paggy se encontram com Mike um ex-militar e paraquedista, de quem Rogers se tornou amigo, durante a visita, Mike revela que pilotava um traje de vôo especial, chamado de Águia, enquanto isso, Dr kim, convoca o Androide para matar Rick e Paggy de uma vez por todas, Rick, Paggy e Mike interrogam um ex membro do Red Cord que diz que a única coisa que ele sabe sobre o Androide de Kim é que ele é uma máquina de matar e não para enquanto não cumprir sua missão, no caminho para a sede da AIP o grupo é atacado pelo Androide, Capitão Pindorama enfrenta pessoalmente o Androide e quando a máscara deste cai, Rick o reconhece como James Oliver, seu melhor amigo, que foi dado como morto, o qual, porém, não o reconhece, Rick abaixa a guarda e é fortemente golpeado pelo androide, o trio é capturado por ele porém, Agente B aparece, ela atira no Androide com um dispositivo que drena sua energia o deixando imóvel, mas mesmo assim, ele acaba fugindo, Agente B os leva para um local seguro, onde Nick Wilson está, ele conta que teve que forjar sua Própria morte para procurar quem mandou o Androide atrás dele com mais calma e que Agente B o ajudou, e com isso descobriu que um ex cientista do Red Cord chamado Kim quem criou e mandou o Androide, pois quer destruir a AIP e matar ele e Rick como vingança por derrubarem o Red Cord, Nick também descobriu a localização do laboratório do dr Kim e que o Android quer invadir a reunião da ONU que acontecera no dia seguinte na cidade para atacar e chamar a atenção da AIP, Rick deduz que James Oliver passou por algum tipo de experimentos e depois de ter sua memória apagada, vem sendo usado como um soldado assassino por eles, e que sua namorada Elizabeth Montenegro também deve estar viva e não descansará enquanto não encontra-la, Paggy diz que depois que eles derrotarem o Androide de Kim ela o ajudará a procurar por Elizabeth, mas que agora eles devem se concentrar na missão, enquanto Paggy e Nick vão para o laboratório do dr Kim, Rick e Maik vão para a reunião da ONU, e a Agente B fica dando suporte na sede da AIP, os membros do Conselho da ONU começam a chegar para a reunião, Rick avisa sobre o ataque e o lugar é evacuado, Paggy invade o laboratório de Dr Kim e tenta achar alguma informação, Dr Kim aparece e a rende com uma arma, ele mostra um dispositivo e diz que se ela tentar algo ele explodirá o local, Paggy pergunta o porque dos membros da Red Cord resolverem tudo explodindo as coisas, Dr Kim diz que essa é a maneira mais fácil e eficaz de resolver as coisas, Paggy pergunta sobre os outros androides e Dr Kim diz que os enviou para outro laboratório quando descobriu que a localização de seu laboratório foi descoberta, Nick aparece e imobiliza Dr Kim e o força a revelar o local do outro laboratório, mas Dr Kim começa a dar risada e diz que o Red Cord ainda vive maior e mais forte, o laboratório começa a explodir e Paggy e Wilson correm pra fora e conseguem sair com vida, enquanto isso Rick e Maik estão ajudando a evacuar o local da reunião, o Androide de Kim aparece, e destrói o uniforme de Maik e trava uma longa luta com Rick, Capitão Pindorama luta com o Androide, mas se recusa a matá-lo, tentando fazer com que ele se lembre de quem é, mas sem sucesso, de repente o prédio explode e começa a desabar Mike consegue escapar, mas Rick, ferido, é atacado novamente pelo Androide, mas se recusa a lutar com ele, pois ele é seu amigo, confuso, o Androide tem um flashback de quando ele e Rick entraram para o Exército, mas logo depois o prédio desaba de vez, James o resgata do meio dos escombros e logo depois vai embora e desaparece, alguns dias depois Nick retorna a AIP, ele conversa com Rick, Paggy e Mike recém ingressado na AIP, Rick, Paggy e Wilson agora chamado de Asa Vermelha, irão atrás de James e procurar provas de que Elizabeth está viva, enquanto que a AIP vai investigar os membros do Red Cord.
    Escrito por Mi Rodrigues
    Personagens
    Rick Tomsom – Capitão Pindorama
    James Oliver – Androide de Kim
    Paggy Kuliak – Gata Negra
    Dr Kim – Cientista maluco
    Nick Wilson – Diretor da AIP
    Agente B – Assistente de Wilson
    Em um pais que fica ao norte da Romênia chamado Heves, Barão Lokia  e um cientista conversam, em um laboratório do Red Card sobre a morte de Dr Kim o cientista diz que Dr Kim traiu o Red Card ao não revelar pra onde mandou seus androides, Barão Lokia diz que não precisa mais dos androides e observa uma pedra magica, do qual ele tem extraído energia, e dois prisioneiros, um com velocidade sobre-humana e outra com poderes telecinéticos.
    Capitão Pindorama retornará em Salvadores: Era de Sky Dark 
    Em Breve
    Os Defensores da Galáxia #1 – outubro
     Salvadores: Era de Sky Dark – novembro
    Uma Breve História dos Heróis – dezembro 
    Extra
    James Oliver pesquisa por seu nome na internet e vê notícias sobre o seu desaparecimento, reconhecendo sua verdadeira identidade.

     

  • Capitão Pindorama vs Vigilante de Ferro

    Em 2010 na Antártida, a Red Cord acorda James Oliver o Androide de Kim, e o envia em sua primeira missão que é abordar um veículo e roubar amostras do Soro do soldado perfeito criado pelo Cientista Joseph Foster, mas nenhuma amostra de soro é encontrada no veículo. Seis anos depois, em Tegucigalpa, Honduras os Salvadores – Rick Thomson, Paggy Kuliak, Mike Rock e Olga, impedem Titanium ex agente da Red Cord infiltrado na AIP de roubar uma arma biológica. Derrotado pela equipe, o vilão aciona uma bomba acoplada nele mesmo com fim de se matar e levar quem está ao seu redor junto, incluindo o Capitão Pindorama, em uma tentativa de impedir o ato, Olga usa seus poderes para levitar o vilão, que acaba por explodir em um prédio cheio de civis, o acidente tem grande repercussão negativa, o que abala a equipe, Enquanto isso, em uma apresentação das Indústrias Evans, John Evans é abordado por uma mulher cujo filho morreu em Heves e conversa com ele sobre seu filho morto deixando John profundamente tocado, em um local na Romênia um homem chamado Benny invade a casa de um antigo membro da Red Cord e o mata, Benny revira a casa até encontrar um pequeno caderno de anotações, Benny explode a casa e vai embora enquanto a casa queima, mais tarde no quartel general dos Salvadores, o Secretário de Estado Timothy Hurt informa ao grupo que a Organização das Nações Unidas preparou uma lei para regulamentar os heróis, o "Tratado de Heves", aprovado por 117 países, estabelece um painel que seria responsável por controlar os heróis, decidindo quando eles deveriam agir ou não, Evans, que se sente culpado pela criação do Ultron e dos acontecimentos em Heves, apoia o acordo, bem como, Paggy Kuliak, Willian Tahan e Sintosoide, enquanto Rick Thomson e Mike Rock discordam que esse seja o melhor para a equipe, pouco depois, em uma conferência da ONU em Viena, o Tratado está a ser ratificado, quando uma bomba mata o Rei D’Mot, de Umax, pais que fica no centro do continente africano, em um vídeo de segurança mostra que o responsável pelo atentado foi James Oliver o Androides de Kim, furioso, o filho do rei D’Mot e futuro rei de Umax D'Moe jura matar Oliver para vingar seu pai, com ajuda da Agente B, Rick e Mike vão até Bucareste em busca do Androide de Kim antes que as autoridades o matem, desobedecendo as novas normas estipuladas pelo Tratado. O Capitão aborda seu antigo amigo e ele alega não ser o responsável pela explosão na ONU, os dois conversam pouco, pois são atacados por uma equipe especial enviada para matar Oliver, Mike e Oliver entram em combate com os agentes ao mesmo tempo em que Rick tenta convencer seu amigo a vir com ele. D'Moe logo chega em seu traje de Leão Dourado e confronta Oliver, que é ajudado por Rick e Mike, Segue-se uma perseguição pelas ruas da cidade até que Willian Tahan o Águia de Ferro chega com agentes do governo e prende os quatro indivíduos, eles são levados a Thomas Strauss, chefe da força tarefa responsável pela captura de Oliver, onde John e Paggy explicam que Rick e Mike agora são considerados criminosos, Pouco depois, a instalação é atacada por Benny, que, conhecendo os métodos de lavagem cerebral que a Red Cord usou em Oliver, ativa o Androide de Kim, o qual ataca vários agentes enquanto foge, por fim, Oliver tenta escapar em um helicóptero, mas é impedido por Rick que o captura com a ajuda de Mike. Depois de recuperar seus sentidos, Oliver explica a Rick que em uma base da Red Cord na Antártida, foram criados outros Androides iguais a ele, e que Benny pretende libertá-los e usá-los para seus próprios interesses, Rick pergunta a Oliver sobre seu sequestro e como a equipe da AIP foi pega e o que aconteceu com sua namorada Elizabeth, Oliver diz que eles foram pegos em uma emboscada quando cruzavam uma ponte e uma bomba explodiu, ele ficou descordado e quando acordou já tinha sido transformado em Androide, mas não sabe a localização dos outros membros da equipe pois não viu mais nenhum deles na base, Rick diz que acredita que ela está viva e não vai parar de procurar, Oliver diz que Rick não mudou nada e sempre foi determinado e brinca dizendo que se lembra de Rick arrumava confusão com os valentões da rua por causa de sua teimosia e aí sobrava pra ele o defender, os dois conversam e relembram de algumas coisas que passaram juntos, no dia seguinte Rick vai falar com Mike, sabendo que precisarão de ajuda, eles entram em contato com Jeremy Marston e  Edward Dixon o Homem-Átomo, enquanto isso, Hurt dá a John 36 horas para capturar os renegados Capitão Pindorama, Asa Vermelha e o Androide de Kim, John pede para Paggy pedir a ajuda de D’Moe, ela pergunta o que ele vai fazer e John responde que vai buscar mais um herói para ajudá-los, no complexo dos Salvadores, Olga está sob contenção de sintosoide por ordens de John, que acredita que ela seja perigosa demais para estar livre entre civis, Sintosoide tenta deixar Olga o mais confortável possível e ela acha isso muito fofo, mas Marston aparece e estraga todo o clima, ele a convoca para ajudar Rick, Olga aceita mas Sintosoide tenta impedi-la de sair, mais ela o derrota e foge da base com Marston, A equipe de Rick se reúne em um aeroporto em Paris e o Capitão explica seu plano para deter os Androides, mas a equipe de John chega e começa um grande embate entra as equipes, de um lado está Vigilante de Ferro, Águia de Ferro, Sintosoide, Gata Negra, Leão Dourado e o jovem Leonardo O Garoto Atômico, do outro lado está Capitão Pindorama, Asa Vermelha, Androide de Kim, Gavião Negro, Olga e Homem-Átomo, todos ficam impressionados com a incrível força de Leonardo, mas sem experiência em combate ele logo é detido por Oliver, sabendo que o verdadeiro objetivo era deter Benny, a equipe de Rick decide criar uma distração para que Rick e Oliver possam escapar, enquanto os heróis lutam, Olga usa seus poderes para criar uma barreira e proteger Rick e Oliver a dupla rouba uma aeronave e, com a ajuda de Paggy, que muda de lado na última hora, decolam do aeroporto. Águia de Ferro tenta derrubar o jato, mas é perseguido por Asa Vermelha e, ao pedir ajuda a Sintosoide, Águia de Ferro acaba sendo atingido pelo colega e cai, os aliados de Rick são capturados enquanto Willian é socorrido, mas fica paraplégico, John descobre a localização do jato graças a um rastreador escondido e logo em seguida parte para a Antártida, sem saber que está sendo seguido por Leão Dourado, Na base na Antártida, Rick e Oliver abordam Benny, porém, eles descobrem que o vilão já tinha matado os Androides, pois seu verdadeiro plano não era usá-los e sim atrair os Salvadores até o local, John chega ao local e aborda Rick e Oliver, o plano de Benny era, na verdade, dividir os Salvadores, fazendo-os brigarem entre si e se destruírem, o plano funciona e John ataca Oliver, que é defendido por Rick e John é forçado a enfrentar os dois. Benny tenta fugir mas é capturado por Leão Dourado, agora ciente de o verdadeiro responsável pela morte de seu pai é Benny que lhe explica que perdeu sua família em Heves e desde então dedica-se a destruir a equipe, soldados de Umax aparecem e levam Benny preso, de volta ao combate entre Rick, Oliver e John; John nocauteia Oliver, mas Rick continua lutando até conseguir atingir o reator enérgico da armadura de John, derrotando-o. Rick parte com Oliver, o embate marca a separação definitiva de Rick e John, saindo da base Rick encontra Leão Dourado que lhe conta que o verdadeiro responsável pelo atentado na conferência da ONU em Viena foi Benny e que ele incriminou Oliver propositalmente. 
    De volta ao complexo dos Salvadores, John cuida da recuperação de Willian com pernas sintéticas, ele recebe uma carta de Rick se desculpando por tudo o que aconteceu e um velho celular para que entrem em contato caso a Terra esteja em perigo, enquanto isso, Rick ajuda seus aliados a escaparem da prisão e Hurt liga imediatamente para John, que, porém, ignora a ligação.
    Personagens 
    Rick Thomson - Capitão Pindorama
    John Evans - Vigilante de Ferro
    Benny
    James Oliver - Androide de Kim 
    Paggy Kuliak - Gata Negra 
    Jeremy Marston – Gavião Negro
    Olga Zhirkov
    Sintosoide
    Mike Rock – Asa Vermelha
    Willian Tahan – Águia de Ferro
    D'Moe - Leão Dourado 
    Leonardo Brady - Garoto Atômico 
    Edward Dixon - Homem-Átomo
    Agente B – ex agente da AIP
    Timothy Hurt  - Secretário de Segurança 
    Em Umax, D'Moe dá asilo a Oliver, que se congela para não causar mais problemas. 
    Em breve...
    Os Feiticeiros #1 - março
    Os Defensores da Galáxia parte 2 - abril
    Garoto Atômico #1 - maio
    Titã: Apocalipse - junho
    Leão Dourado #1 – julho 
    Leonardo está em sua casa e conversa com sua tia que lhe pergunta sobre o olho roxo e pergunta quem fez aquilo com ele, mas Leo diz apenas que foi um cara que ela não conhece, ela sai do quarto e Leo pega um novo brinquedo que ganhou de John, uma espécie de relógio com um único botão, ao apertar o botão deste aparelho, um traje especial aparece e envolve Leo que se transforma no Garoto Atômico.
    Garoto Atômico retornará...

     

  • Caso Noir

    A pálida luz do luar iluminava os sinuosos becos da cidade, as notas do sax ecoavam enquanto o piano encorpava o som boêmio, a bateria marcava o ritmo dos lascivos corações. Os bares estavam cheios dos amantes e na rua reverberava as vozes excitadas e alteradas pelo álcool. O cheiro do uísque era quase palpável naquela taciturna noite.
    Wesley se afastava da área boemia e conforme penetrava no obscuro lado da cidade os sons alegres diminuam e davam lugar a sussurros, latidos e uivos. A atmosfera ébria tornou-se carregada com os aromas de suor, lama e mijo. Por onde passou notou que alguns olhos o seguiam, e os mais ousados lançavam insultos, mas ele já aprendeu a ignorar esses tipos de julgamento e no momento tinha algo mais importante a fazer. Procurar e interrogar o suspeito do esquartejamento da rua 2.
    Há 15 dias foi encontrado o corpo de uma jovem a beira do rio que passa sob a ponte na saída da cidade. A vítima estava dentro de uma mala de viagem com os membros cortados depositados nos bolsos menores enquanto o tronco se encontrava no compartimento maior. Apesar do estado de decomposição, os legistas estimam em 15 dias, foi possível identificar a garota.
    Wesley entrou em mais um beco e finalmente se deparou com a casa de número 52. A frente tinha uma cor esverdeada pelas ervas que cresciam e dominavam quase toda parte frontal. Há pelo menos uma semana que chove, então o musgo estava molhado. Era perceptível para Wesley que a casa deveria ser usada para outros fins que não seja viver nela.
    Wesley deu três batidas na porta e depois de um longo tempo uma mulher abre somente o suficiente para colocar a cara para fora.
    — Pois não? — A mulher deve estar entre seus 35 a 40 anos, ou então não se cuida muito. Seus cabelos, cor de palha estavam desalinhados, as olheiras marcavam bem seus olhos (ela provavelmente não dormia bem há dias), seus lábios estavam ressecados e Wesley notou pequenas rachaduras neles.
    — O senhor Marvin se encontra? — ele sabia que sim, estava na cola de Marvin Reis há um tempo. A pergunta era para saber o nível de envolvimento da mulher.
    — Não mora ninguém aqui com esse nome- a voz, os dentes amarelados e o hálito dela entregavam que ela era fumante. — E o que alguém como você quer aqui na minha casa? — ela pronunciou cada palavra lentamente e colocou um peso maior no “você”.
    — Quero apenas conversar com ele- Wesley não se deixou abalar com o insulto.
    — Eu já disse que ele não está aqui, está surdo?
    — Você não acabou de dizer que não morava ninguém aqui com esse nome? E agora ele não está? — Wesley não conseguiu conter o sorriso de canto de boca.
    — Eu me confundi, só isso. Vá embora logo. Vá procurar sua gente, ou eu chamo a polícia.
    A porta se fecha com um estrondo. “Porque eles nunca colaboram?” pensou enquanto se afastava da fachada para ter uma visão geral da casa. “Agora terei que recorrer a meios não ortodoxos”.
    A estrutura era simples e de um andar, toda ela se mesclava em tons de verde e preto. Na parte de cima uma janela com um vidro quebrado e outra com as tabuas podres. Observando, ele não via como subir, não tinha uma escada e nem muro e o musgo molhado dificultaria muito escalar. E agora começava a chover de leve. Na casa ao lado tinha uma escada que ele poderia usar para pular para a casa de Marvin, era arriscado, mas não tinha outra alternativa.
    Wesley subiu com facilidade a úmida escada, tomou uma certa distância e se lançou na sacada da casa do Marvin aterrissando quase sem nenhum barulho. O chão molhado quase o derrubou, mas ele conseguiu manter o equilíbrio. Wesley se aproximou da janela com tabuas podres, encostou as costas na parede e com cuidado aguçou os ouvidos. Por um tempo só ouvia as gotas de água caindo na rua e no telhado, molhando seu casaco e seu chapéu. Após minutos no frio ele ouve “vou ao banheiro”, pela voz ele reconhece a mulher que falou mais cedo com ele.
    Cuidadosamente ele se movimenta até a janela com vidro quebrado e tenta observar no quarto, a janela tinha uma cortina para proteger a chuva de molhar o recinto, mas o vento a mexia e ele conseguiu ver. No escuro quarto somente uma vela em cima do criado mudo iluminava, na cama Marvin fumava, de costas para a janela, um cigarro e lançava para o alto fumaças em círculos irregulares. Ninguém mais no quarto. Era sua chance. Wesley pega sua pistola e de um ímpeto se joga no quarto, rápido como um gato ele já estava em cima de sua presa. Marvin nem teve oportunidade, quando deu por si, tinha um homem negro alto de cerca de 1,80 com as roupas encharcadas e com uma arma apontada na sua cara.
    Marvin tenta falar, mas uma mão calejada tapa sua boca e o pressiona contra a cama. Ele tenta se debater, mas o homem estava sobre suas pernas e ele era muito pesado. Pouco tempo depois Marvin reis estava rendido, ele não conseguiria fugir então desistiu de tentar.
    — Tenho algumas perguntas para você-Wesley percebendo a desistência do outro sai lentamente apontando a arma.
    — Que barulho foi esse? — a voz da mulher vinha abafada do banheiro.
    — N... nada não, eu só deixei cair o cinzeiro- Marvin respondeu com o frio cano em sua têmpora.
    — Pois trate de limpar, não vou dormir com o quarto fedendo a cinzas.
    — Vamos para aquela mesa, ficaremos mais confortáveis- Wesley apontou com a cabeça para uma mesa que ficava no canto.
    — Então senhor Marvin, o que estava fazendo no dia 8 de janeiro? — perguntou Wesley após sentarem a mesa.
    — Como assim? E eu lá vou saber. Primeiro, quem é você? E porque invadiu a minha casa? — A voz de Marvin era grave e entregava seus 50 anos de idade.
    — Sou eu que faço as perguntas aqui e você me responde. Mas já que isso aqui na minha mão (ele balança a arma) não é prova o suficiente disso- Wesley tira do bolso um distintivo dourado preso a uma corrente prateada, cravado nele com letras negras dizia “detetive criminal”.
    — Agora que estamos devidamente apresentados me fale. Onde estava no dia 8 de janeiro senhor Marvin?
    — Já disse que não faço ideia, não lembro o que comi ontem. Como vou lembrar disso? — O suspeito falava rápido.
    — Suponho que seja mais fácil lembrar de um assassinato do que de uma sopa de camarão acompanhada de meia porção de arroz que servem no restaurante Flor do Lar, não acha senhor Marvin? — Wesley se deleitou com o espanto do homem.
    — Com... você anda me seguindo? — os olhos dele pareciam dois ovos de tão abertos que estavam.
    — Esse não é meu trabalho, senhor Marvin? Mas já que o senhor tem a memória tão curta assim, vou refrescá-la — Wesley tira do casaco um envelope e coloca na mesa.
    No dia 8 de janeiro o senhor foi visto no bordel vermelho, testemunhas dizem que saiu de lá com uma jovem. Conhece essa pessoa da foto? — Wesley tira do envelope algumas fotos e mostra para o suspeito a de uma jovem de 20 anos, com cabelos escuros e rosto oval.
    Sem resposta. Marvin olha para a foto e depois de um longo tempo de silêncio diz:
    — Sai com essa prostituta sim, lembro agora.
    — Essa jovem não retornou para o bordel naquela noite e nem nas noites seguintes. Ela foi encontrada dentro de uma mala próxima ao rio, o que me diz sobre isso?
    — E eu lá sei. Uma meretriz pode ter mil outros clientes. Eu a deixei, depois que o programa acabou, na fonte da rua principal. Vai saber com quem ela saiu depois
    — Reconhece esse símbolo aqui? — o detetive aponta para um pentagrama talhado com uma lâmina nas costas da jovem.
    — Um pentagrama, o que deveria ser isso? — Wesley percebe uma mudança na voz e no rosto do suspeito, ele esboçou o que parecia uma expressão de contentamento.
    — O senhor poderia facilitar as coisas aqui- Wesley estava ficando impaciente.
    — Não falarei mais nada, exijo um advogado- ele falou com pompa na voz.
    — Ora, ora, e não é que um ex-vagabundo começou a entender da lei, mas receio que a situação aqui não é formal o suficiente para atendermos os parâmetros legais. Então, vamos facilitar as coisas. O senhor confessa o assassinato e eu consigo uma proteção para você na cadeia. E sim, foi o senhor que a matou. Para mim, é mais que claro.
    — EU NÃO PRECISO DE PROTEÇÃO NENHUMA.
    Quando Marvin exalta a voz a mulher que estava no banho sai com os cabelos molhados e com a toalha envolta do corpo, ela ia falar algo, mas antes de formar qualquer frase viu Wesley a mesa, e seu rosto se contorceu todo em medo. Wesley levanta e apontando a arma para Marvin tenta acalmar a mulher, ele não queria perder o controle da situação.
    — Mantenha a calma senhora, eu e meu amigo aqui estamos tendo uma conversa civilizada. Se a senhora puder nos fazer o favor de voltar ao seu banho ficaremos grato- A mulher não tirava os olhos da arma.
    — Marvin o que esse sujeitinho faz aqui? — as palavras saiam tremulas.
    — Barbara, volte para o banheiro agora. Isso não lhe interessa!
    A mulher relutando volta para o banheiro e se tranca lá. Wesley volta a atenção para o suspeito.
    — Então? Ah sim! A proteção. Marvin, Marvin. Você ascendeu ao poder muito rápido não foi? Há poucos meses era apenas um bandidinho comum, vivia do que recebia do Carlos. Lembra-se dele? O antigo chefe do tráfico dessa região, ouvi falar que ele foi traído por um homem que ele confiava, homem esse que estava começando a ficar importante. Carlos, dizem, não está nada feliz e anda reunindo os poucos que ainda estão ao seu lado. Sim, ele está na cadeia, mas infelizmente um homem do cacife do Carlos consegue se comunicar mesmo na cadeia.
    — Essas suas ameaças não são nada para mim, tenho dinheiro. Se eu for preso não vou ficar um dia lá, logo serei solto. Esse é o poder que o dinheiro tem detetive- realmente Marvin acreditava nisso.
    — Devo admitir que o senhor está certo. Não irá durar um dia lá. Deixa-me lhe contar algo. Eu tenho um amigo no departamento, Golias, ele é o responsável pelos trâmites legais e meu senhor, como ele é lento. Uma papelada simples ele demora dois dias para resolver, isso sem ninguém o atrapalhando, agora imagina um pedido de habeas corpus de um assassino, o quão demorado vai ser?
    — Eu... eu irei amanhã com o meu advogado até a delegacia- a voz do homem estava vacilando.
    — Senhor Marvin, você irá agora comigo e... — Ele não concluiu a frase porque foi atingido com um pedaço de madeira na cabeça.
    Wesley viu o mundo girando por um segundo até recobrar o equilíbrio, mas o tempo foi o suficiente para Marvin se lançar sobre ele na tentativa de pagar a arma. Eles estavam em uma luta de cobras, rolando no chão um por cima do outro. Wesley leva uma joelhada no abdômen e fica sem ar, mas retribui com um soco na boca de Marvin, o suspeito estava quase tomando sua arma quando ele recebe outro golpe do pedaço de madeira e só não perdeu a consciência por sorte, a mulher não tinha tanta força assim. Ele finalmente empurra o homem para longe, mas no processo a arma cai no chão e Marvin vê a oportunidade, corre para a janela e se defenestra.
    — NÃO SE MEXA, NEM MAIS UM PASSO! — Wesley ofegante aponta a arma recém-recobrada para a mulher que já estava pronta para outro golpe. Ela abaixa o que parecia ser o pé de algum móvel e recua até o canto.
    O detetive corre rápido para a janela e, na escuridão, avista Marvin mancando tentando fugir. Wesley respira fundo e pula, mas com experiência e treinamento ele consegue aterrissar quase ileso, só mais tarde quando estiver em casa ele vai perceber a dor no joelho. Agora a adrenalina movia seu corpo. Ele corre em direção ao assassino e quando o mesmo estava próximo à esquina Wesley lhe passa uma rasteira e com a arma em mãos pega o homem.
    — Quietinho aí senhor Marvin, o senhor está preso- E com a arma ele golpeia Marvin e o algema.
    ***
    Ele acordou com uma dor de cabeça enorme e os remédios tomados horas atrás não fizeram efeito. Sentia dores por todo o corpo e ao se levantar seu joelho deu uma fisgada forte. “Porque eu ainda faço isso?” ele sempre se pergunta isso, e até hoje não encontrou uma resposta, mas também não consegue ficar parado. Ele ia voltar a dormir quando o telefone tocou. Do outro lado o chefe da polícia solicitava sua presença com urgência na delegacia.
    Depois de um banho rápido ele chega à delegacia, o horário era cedo então poucos policiais estavam lá, somente os mais disciplinados deles, e isso era difícil hoje em dia. “Por mim também não estaria aqui essa hora”.
    Entrou na sala do delegado e o velho estava na sua habitual cadeira, na mesa papeis e mais papeis. A sala era simples, somente a mesa e um armário a decorava.
    — Marvin confessou, mas ainda estamos com problemas legais, aparentemente ele chegou aqui machucado- o delegado tinha lá seus 70 anos e mantinha os cabelos brancos como um troféu da profissão, poucos policiais envelhecem tanto assim.
    — Realmente a cidade está perigosa, nem um assassino está livre da violência urbana.
    — Sem gracinhas. Seu trabalho era trazer o suspeito para interrogatório e não o fazer por conta própria, mas sua visita o amoleceu. Ele já confessou e deus os detalhes, quer saber?
    — Depois. Me chamou aqui só para me repreender? Está muito cedo e estou todo quebrado, a repreensão sempre é mais tarde.
    — Não foi só por isso. Ah! E a mulher que lhe deixou assim também está presa, mas não ficará por muito tempo. Aparentemente ela não tem vínculo com o assassinato. — O delegado mexe em uns papéis na mesa- O curioso é esse símbolo que ele desenhou nas costas da vítima, ele disse que não é nada de mais, fez por fazer.
    — Hum!
    Wesley vira-se ao ouvir uma balbúrdia vinda de fora da sala. Matheus entra na sala com pressa.
    — Senhor, encontraram o corpo de uma mulher próximo à casa de repouso, ela está dentro de uma mala...
    — Wesley vai com você investigar- O semblante do delegado estava carregado.
    ***
    Após uma hora de viagem ele chega até a cena do crime. A casa de repouso é o local onde se abriga as pessoas sem casa. Um prédio de cinco andares mais acabado que se estivesse abandonado.
    — Já sabem quem é? — Wesley pergunta para o jovem forense que chegou antes dele.
    — Jovem, provavelmente 20 a 25 anos. Morta recentemente, não deve fazer nem seis horas ainda- o jovem era promissor, tímido, mas entendia um cadáver como ninguém.
    — Senhor Wesley, o mais estranho é isso aqui- o Jovem retira o pano negro por cima do corpo e deixa a mostra a mão pálida da vítima, e nela, estava talhado o desenho de um pentagrama.
  • Centaurus A cap. 3

    Capítulo 3
    Em um reunião na Tornado, Michelle diz para sua equipe que eles tem muito trabalho a fazer já que são a única equipe de exploração disponível no momento, ela diz que eles tem uma lista de planetas para explorarem e um cronograma a seguir, por isso todos devem estar preparados, Scott e Barby são os únicos que demonstram confiar realmente em Michelle o que a deixa frustrada, depois que a reunião termina todos saem da sala menos Scott que conversa com Michelle pois percebeu que algo a incomoda, Michelle então diz que não se sente pronta pra assumir o comando pois não teve o treinamento necessário e não passou muito tempo com o comandante Thomas, Scott diz que ele acredita nela pois conhece Michelle a muito tempo e sabe das muitas dificuldades que ela passou e enfrentou na vida e no exército, mas que ela venceu todas e vai vencer essa também, Michelle diz que ele esteve com ela todo esse tempo e sabe que ele confia nela, mas não sente isso nos outros, Scott olha nos olhos de Michelle e diz para ela conquistar a confiança deles fazendo o que ela sabe fazer de melhor. Mais tarde Michelle conversa com o piloto da Tornado, Ligon um simpático braho, eles planejam a rota para o primeiro planeta a ser explorado e falam um pouco sobre os comandos da nave e sobre o perigo da nuvem de energia que vaga pelo espaço de Centaurus A,  Barby chega e diz que tudo está pronto e Michelle deve escolher o primeiro planeta para ser explorado, ela vai até o mapa da galáxia onde tem os planetas já disponíveis para exploração e escolhe o planeta B501 que o mais próximo deles, lá também já tem uma base da iniciativa e a equipe que estava no planeta parou de mandar sinal a um tempo, a equipe vai até o planeta, B501 é um planeta deserto que órbita dois sóis, mais tem atmosfera, oxigênio e água subterrânea, a equipe vai até o prédio principal da base da iniciativa más não conseguem abrir as portas, com a ajuda de sua I.A, Michelle procura uma forma de abrir as portas do local, eles vão até uma outra estrutura e descobrem que a energia da base foi desligada, então Michelle procura uma forma de restaurar a energia, mas não encontra nada, o grupo chega em outra estrutura e tentam entrar, mas a porta também está trancada por dentro, de repente alguém fala com eles de dentro da sala que achando que eles são saqueadores os mandam sair do local, Michelle diz que eles são exploradores enviados da Colônia para analisar o local, mas o homem diz que essa será uma missão difícil, Michelle pergunta como restaurar a energia do local e o homem explica, mas diz que cortou a energia para não chamar a atenção dos ponts alienígenas que estão explorando uma estrutura estranha no planeta, Michelle diz que já encontrou esses alienígenas antes e que pode lidar com eles, o homem misterioso não acredita muito nela, mas lhe deseja sorte, o grupo vai até o terminal de energia que fica em uma torre, Michelle sobe na torre e restaura a energia da base, nesse momento os ponts chegam ao local e uma batalha começa, o grupo derrota os inimigos facilmente e voltam para a base e se encontram com o homem desconhecido que se apresenta como Phill Arquist, engenheiro mecânico membro da iniciativa ele diz que se alistou para a AEEU em 2012, chegou ao planeta a um ano e que tempestades de areias e os ponts mataram muitos da equipe os que sobraram ou se ajuntaram com um grupo de saqueadores ou saíram para explorar o planeta e nunca mais voltaram, apenas um bavan chamado Donj aparece as vezes para trocarem mercadorias ou saqueadores aparecem de vez em quando para saquear alguma coisa, Michelle diz que irá explorar o planeta e restaurar a base, e dar uma olhada na estrutura misteriosa que tem no planeta pois acredita ser a mesma que viram no planeta 3568B e também vê se encontra algum membro da equipe, Phill lhe diz que a um veículo chamado Oásis projetado para andar nesse planeta e mostra a ela onde está, mas no veículo cabem apenas três pessoas, enquanto conversam mais ponts aparecem e começam a atirar na equipe, dessa vez são muitos e a equipe encontram mais dificuldade, mas mesmo assim derrota os vilões, mas de repente um monstro dos ponts aparece, as armas da equipe não consegue penetrar a dura Pelé desse monstro é aí então que Donj surge e joga uma granada na boca do monstro que explode, Donj se apresenta a equipe e diz estar feliz que eles apareceram, Michelle pergunta se ele conhece bem o planeta Donj diz que sim e Michelle pede sua ajuda para explorar o local, Donj aceita e juntos Michelle, Barby e Donj partem no Oásis, Michelle pede para Donj os levarem até a estrutura misteriosa a qual Donj a chama por pirâmide, chegando lá, Michelle com a ajuda de sua I.A investiga o local enquanto alguém os observa de longe, Michelle está usando uma espécie de computador ligado a um console da estrutura e encontra um enigma que ela resolve com a ajuda de sua I.A logo ela percebe que esse console está diretamente ligado a outros dois consoles que Michelle vai verificar, mas não consegue muita informação, é nesse momento que surge Lyla uma guerreira Kaisan que diz estar impressionada como Michelle resolveu o enigma  rapidamente e pergunta como Michelle fez isso, Michelle diz que não dirá nada sem antes saber quem é a garota misteriosa, Lyla se apresenta e diz que fazia parte da equipe de segurança da base, mas que agora se dedica a entender sobre as pirâmides e diz que existem outras no planeta, Michelle diz que vai ajuda-la pois com sua I.A podem desvendar o mistério bem mais rápido Lyla gosta da ideia e diz que toda ajuda é bem vinda e da a localização da próxima pirâmide para Michelle, Lyla então parte com sua nave e diz que os encontraram lá, Donj pergunta se podem confiar em Lyla e Barby diz que as kaisans são confiáveis por natureza, e por isso confia nelas, Michelle diz que está animada para o que vem a seguir a equipe entra no Oásis e partem para a pirâmide.
    Equipe
    Barbara Fernandez - Especialista em Operação, segunda no comando.
    Scott Mackie – Especialista em Segurança e Resposta.
    Lyla - Especialista em Segurança e Resposta, uma Kaisan.
    Gronya - Especialista em Segurança e Resposta, uma Itaipa.
    Donj - Especialista em Segurança e Resposta um bavan. 
    Ligon – Piloto, um braho.
    Natasha - Oficial Científica.
    Fiok Kaisan – Médica uma das poucas Kaisans que não são guerreiras, ela também atua como psicóloga do grupo e vive brigando com Lyla por seu comportamento infantil.
    Gil – Engenheiro Chefe e Oficial Técnico.

     

  • Centaurus A cap. 4

    Capítulo 4
    Michelle e sua equipe continuam explorando o planeta 3568B, com a ajuda de Lyla ela encontra e desvenda os enigmas das pirâmides alienígenas e descobrem que elas estão de alguma forma sugando a energia vital do planeta, Michelle então desativa os consoles e as pirâmides explodem e são destruídas, Michelle se reúne com sua equipe na base da iniciativa, Lyla se junta a equipe e ajudam eles a explorarem o planeta, depois de alguns dias tudo está pronto e uma coletiva da Colônia chega ao planeta para deixa-lo pronto pra receber os primeiros moradores, com isso a equipe resolve seguir para o próximo planeta, Donj e Lyla os acompanham, pois Donj deseja tentar encontrar outros bavans que estão desaparecidos enquanto que Lyla quer estudar as pirâmides de outros planetas, antes de partiram Michelle tem uma breve conversa com a capitã de Colônia Pamela Mazza que agradece Michelle pelo bom trabalho no planeta, Michelle diz que não teria conseguido sem a ajuda de sua equipe, Pamela fala que ela é uma boa líder e teve raiva dela no início pois acreditava que a morte de Thomas foi culpa de Michelle, Michelle diz que precisa encontrar sua equipe e sai, em uma conversa com Barby e Scott, Michelle diz que Pamela é uma falsa interesseira, Barby acredita que Pamela só quer ganhar créditos com os colonos pois viram que eles apoiam Michelle e ela pretende ser reeleita como capitã da colônia, depois de uma breve conversa a equipe então parte do planeta 3568B agora chamado de Planeta Duna, Michelle escolhe o próximo planeta o planeta 3545B, enquanto isso os ponts estão reunidos em uma grande nave onde está o líder deles, outros ponts aparecem e um deles diz que uma membra do grupo inimigos desvendou rapidamente o segredos das pirâmides e que ela pode ser a chave para os ponts dominarem toda a galáxia, o líder se vira e ordena que tragam essa pessoa até ele. Michelle em sua nave conversa com cada membro da equipe individualmente para conhecê-los melhor, logo eles chegam ao planeta 3545B e logo o mapeiam e partem para o próximo planeta depois de algumas semanas a equipe já explorou e mapeou quase todos os planetas de zona da AEEU, e enfrentaram e derrotaram muitos ponts, a equipe se prepara para ir para o próximo planeta 4891C um planeta com uma vasta floresta tropical, uma equipe da colônia já haviam criado uma base no planeta e mandaram informações dizendo haver ali uma raça de alienígenas aparentemente pacíficos, mas já fazem alguns dias que pararam de mandar qualquer sinal, preocupada Michelle vai até o planeta com sua equipe para averiguar a situação, durante a viagem Michelle conversa com Barby sobre Natasha, Barby diz que percebeu que as duas ficaram muito próximas nas últimas semanas e algo está acontecendo entre elas, Michelle diz que sente algo por Natasha, mas não sabe se é uma boa ideia se relacionar com alguém da equipe e Barby diz que não tem nenhuma lei proibindo isso, Michelle diz que vai chamar Natasha pra sair quando voltarem pra Colônia, as duas conversam mais um pouco e Barby pergunta se Michelle também gosta de homens, Michelle diz que gosta de pessoas e já se relacionou com todo tipo de pessoas, inclusive sua primeira vez foi antes de sua transição com um garoto da escola depois esse garoto começou a praticar Bullying com ela e a perseguir, Barby diz que muitos gays não conseguem se assumir e passam a agredir e atacar outros gays, as duas conversam mais um pouco e logo a nave chega ao planeta, depois de encontrarem um bom lugar para pousar eles encontram com alienígenas, usando o sistema de tradutor universal eles perguntam sobre seus companheiros que estavam no planeta, uma alienígena se apresenta como Sondial e diz que eles são biólogos do planeta Stel e que estão naquele planeta para coletar informações biológicas, Sondial diz que os terráqueos estão em uma base ao norte e que a alguns dias uma grande tempestade destruiu a torre de sinal e por isso nem eles nem os terráqueos conseguem se comunicar com quem está fora do planeta, Sondial da um mapa da região para Michelle e mostra onde está sua equipe e a torre de sinal e pergunta para Michelle se ela ou alguém da sua equipe pode consertar a torre pois todos os stels no planeta são biólogos e não sabem consertar a torre, nem os outros terráqueos conseguiram, Michelle aceita, mas primeiro quer ver os terráqueos, Michelle vai com sua equipe até a base da colônia e encontram o dr Luiz Santos da AEEU, ele diz que há três dias ponts apareceram na base e levou todos presos, mas ele se escondeu e conseguiu escapar, a equipe vai até o local pra onde os cientistas foram levados e confrontam os Ponts, um dos ponts ferido diz para Michelle que seu líder há quer, mas morre antes de dizer pra que deixando Michelle intrigada, depois disso a equipe concerta a torre e mandam um sinal para a colônia dizendo que o planeta já está esta bem mapeado e está tudo certo para criarem uma base definitiva ali, Michelle vai conversar com Sondial que lhe apresenta Gruj um guerreiro de elite dos Stels que havia acabado de chegar no planeta, Michelle pergunta para Gruj se o seu povo quer fazer uma aliança com a Iniciativa, mas Gruj diz que seu povo não confia em alienígenas pois há algum tempo os ponts apareceram no planeta Stel oferecendo uma aliança política e militar, os stels aceitaram e teve o planeta saqueado e destruído pelos ponts sobrando apenas uma pequena parte com condições de abrigar vida, eles conseguiram derrotar os ponts, mas desde então são perseguidos por eles e muitos stels são sequestrados e em menor número não sabem até quando vão aguentar, Michelle diz que ela e sua equipe podem ajudá-los a derrotarem os ponts pois eles vieram de uma galáxia distante e agora Centaurus A é o novo lar deles e não deixará que ninguém fique em seus caminhos, Gruj diz que vê sinceridade nas palavras de Michelle, mas que a decisão não é dele e convida ela e a equipe irem ao planeta Stel conversar com Suly a governadora dos stels, eles partem do planeta rumo a Stel, Ligon leva a nave até o ponto de salto mais próximo e Michelle da a ordem para partirem, mas algo parece dar errado e a nave vai para outro lugar uma grande nave muito maior que a colônia aparece e começa a puxar a Tornado a atraindo para dentro, mas Ligon usa toda sua experiência e habilidade os tirando dali e os levando para Stel, Michelle está confusa pelo o que acabou de acontecer Gruj diz que agora entende como os ponts sequestra seu povo, eles interceptam os saltos da nave pelo buraco de minhoca e muda as suas rotas os levando até a localização deles, Barby pergunta como isso é possível, mas Gruj não tem certeza, mas acredita que seja devido a tecnologia super avançada dos ponts. A equipe chega em Stel e pousa a Tornado, eles são recebidos por guardas e Gruj diz que aqueles são guardas da governadora que os levam até ela, um stel secretário da governadora anuncia sua chegada e exige que a equipe se ajoelha, Michelle se ajoelha e pede para os outros ajoelharem, todos se ajoelham e os stels começam a rir deles, a governadora aparece da uma bronca em todos e pede para Michelle e sua equipe se levantarem, Gruj brinca  com Michelle e diz que os stels também sabem fazer piadas, a governadora se apresenta como Suly e chama Michelle até seu escritório para conversarem, enquanto isso o resto da equipe são levados por Gruj para conhecerem a cidade.
    Equipe
    Barbara Fernandez - Especialista em Operação, segunda no comando.
    Scott Mackie – Especialista em Segurança e Resposta.
    Lyla - Especialista em Segurança e Resposta, uma Kaisan.
    Gronya - Especialista em Segurança e Resposta, uma Itaipa.
    Donj - Especialista em Segurança e Resposta um bavan. 
    Gruj é um stel, que se torna membro da equipe para ajudar na batalha contra os Pontes que sequestra os stels para escravisa-los.
    Ligon – Piloto, um braho.
    Natasha - Oficial Científica.
    Fiok Kaisan – Médica uma das poucas Kaisans que não são guerreiras, ela também atua como psicóloga do grupo e vive brigando com Lyla por seu comportamento infantil.
    Gil – Engenheiro Chefe e Oficial Técnico.

     

  • Centaurus A - Capítulo 1

     

     

    Depois dos alienígenas Centaurys atacarem a terra e serem derrotados pelos Salvadores, o governo de Pindorama ficou com a tecnologia avançada Centaury que ficou na terra, eles começaram a desenvolver uma tecnologia de viagens espaciais, com o apoio de outras nações, Pindorama começou a trabalhar em um projeto de viagem e colonização de outros planetas foi criada assim a AEEU (Agência Espacial Exploradora Universal), as galáxias da Via Láctea e Andromeda já estavam bem mapeadas então a galáxia escolhida foi Centaurus A pois era a galáxia mais próxima ainda não mapeada, com a ajuda de cinco planetas parceiros da Via Láctea, foram criadas cinco naves cruzeiros com capacidade de viajem intergalácticas em rotas seguras (pontos de Saltos) e mapeadas pelos principais planetas do universo, depois de três anos se preparando a AEEU finalmente lança a nave cruzeiro da Terra com cerca de 20 mil pessoas e partem para a longínqua galáxia de Centaurus A.

    A nave cruzeiro da Terra chega a Centaurus A, mas não conseguem contato com a Colônia que é o centro de operações da iniciativa e foi construída na galáxia de Centauros A, Thomas Gomes o comandante explorador reúne sua equipe de exploradores composta pela especialista em operação, Michelle Rodrigues, os especialistas em segurança e resposta, Scott Mackie, Barbara Fernandez, Joe Kelly e Alan Bean, os pilotos Ened Lee e Xarles Monk e decidem ir explorarem o planeta 3568B, eles entram na nave exploradora e descem ao planeta, tudo está ocorrendo bem até que a nave é atingida por algo e começa a cair, Michelle acorda no planeta e logo encontra Scott, os dois saem para procurar os membros da equipe, ele tentam se comunicar com o resto da equipe pelo rádio, mas não consegue sinal, Michelle começa a andar pela superfície do planeta que está em colapso, diferente da informação que foi passada a equipe, Michelle olha algumas plantas do planeta e colhe amostra para levar para a equipe científica da iniciativa analisarem, Michelle e Scott resolvem ir para um lugar mais alto e tentar se comunicar com a equipe, eles continuam andando quando ouvem pedidos de socorro e correm em direção ao grito, eles encontram Xarles Monk ferido em meio aos destroços da nave, ele diz que Joe, Barbara e Scott estão mais a frente, de repente alguém atira neles, Michelle se esconde atrás de uma rocha ela olha e vê alienígenas desconhecido atirando, ela atira de volta mantando dois deles, Scott mata o último alienígena e os três vão até Xarles e o encontram morto com um tiro na cabeça, eles ficam se lamentando, Michelle diz que eles devem seguir em frente e procurar o resto da equipe, eles andam mais um pouco e Michelle olha o rádio comunicador que ainda está sem sinal, mas o rastreador começa a indicar o sinal de Thomas e vão em sua direção, o grupo chega a uma espécie de construção com uma arquitetura esquisita e entram dentro dela, lá eles encontram Thomas e o resto da equipe explorando a nave e corpos alienígenas no chão, Michelle pergunta para Thomas se eles quem mataram os alienígenas e ele diz que sim, ela diz que Xarles está morto, Thomas fica chateado e diz que Xarles tinha uma família na nave cruzeiro que haviam partido antes dele e iriam se encontrar lá, Scott pergunta se aquela é a casa dos alienígenas, mas Thomas acredita que não e acha que os alienígenas estão explorando o local e tentando entender a tecnologia dessas arquiteturas no planeta, Thomas usa sua inteligência artificial criada por John Evans para tentar fazer a leitura da tecnologia, e descobre que aquilo é uma espécie de enigma, algum tempo depois com a ajuda de sua inteligência artificial Thomas consegue desvendar o enigma e uma porta se abre, eles entram na outra sala que tem uma espécie de console de comando altamente avançado no meio, Thomas começa a olhar o console quando de repente mais alienígenas aparecem e começam a atirar, Thomas Pede para os outros combaterem os alienígenas enquanto a sua inteligência artificial cópia os dados do console, o grupo mata os alienígenas e Thomas consegue copiar os dados, eles se preparam para sair do local quando de repente um dos alienígenas que aparentemente estava morto atira em Thomas, Michelle mata o alienígena e vai socorrer Thomas, mas ele está muito ferido, Thomas transfere seus dados e sua I.A para Michelle e pede pra ela continuar sua missão de mapear e explorar Centaurus A e que acredita nela, Thomas morre nos braços de Michelle enquanto uma nave resgate da AEEU pousa no planeta e os levam de volta a nave cruzeiro, algum tempo depois os alienígenas chegam ao local onde Thomas foi morto e descobrem por meio de imagens registrada por um dispositivo usado por sua espécie que Thomas e seu grupo tem a chave para desvendar o segredo dessa tecnologia misteriosa.

    Equipe Terra 

    Thomas Gomes – Comandante explorador 

    Michelle Rodrigues  - Especialista em Operação

    Scott Mackie – Especialista em Segurança e Resposta

    Barbara Fernandez - Especialista em Segurança e Resposta

    Joe Kelly - Especialista em Segurança e Resposta

    Alan Bean - Especialista em Segurança e Resposta

    Ened Lee - Piloto

     Xarles Monk - piloto auxiliar 

    Dia 12/01 Centaurus A capítulo 2 

  • Coisas

    Palavra

    falada,

    calada

    palavra

     

    Palavra

    calada,

    falada

    palavra

     

    calada

    palavra

    falada

     

    falada

    palavra

    calada

     

     

     

     

  • Como eu estou escrevendo?

    Então aqui vou deixar um pouco do que sei escrever e quero que avaliem de 0 a 10, fiquem a vontade para dar opniões sobre o texto abaixo. Eu vou apresentar dois tipos diferentes do que eu escrevi o 1° tipo é uma história com descrição e o 2° tipo é uma sem descrição.
    Mark Krieger um garoto jovem de 17 anos com cabelos castanhos escuros e olhos castanhos claros que era um espadachim e tinha uma espada comum e morava em uma vila chamada Carmine, estava em casa ajudando sua mãe Mafalda Krag uma mulher dona de casa com cabelos castanhos e olhos castanhos com uma idade de 44 anos, quando de repente seu amigo Noah Shideki um jovem da mesma idade de Mark, Loiro e de olhos azuis e que tinha um costume de usar uma faixa na cabeça e que é um lutador de artes marciais, chega e entra dentro da casa de Mark, em seguida olha para Mark com uma cara de preocupação e começa a conversa.
    Noah: Mark preciso da sua ajuda no dojo agora. – Falava Noah preocupado
    Mark olha para Noah com atenção.
    Mark: O que aconteceu? – Falava Mark com duvida
    Noah: Alguns goblins invadiram o dojo e estão saqueando tudo que estão vendo pela frente. – Falava Noah preocupado
    Mark: Ue, mas seu avô não consegue dar conta deles, o veio é forte o suficiente para dar uma surra em um exercito de goblins e de olhos fechados ainda.
    Noah: Eu sei que o velho é forte, mas ele me deixou tomando conta do dojo e me disse: Noah tome conta do dojo enquanto eu saio pra comprar chá, se os goblins saquearem o dojo ou invadirem ele, hoje você ira dormir com hematoma em formato de bastão no meio das costas.
    Mark repara na situação de Noah e começa a rir e zuar seu amigo.
    Mark:  Hahahahahaha! Mal posso esperar para ver o Noah dormir com hematoma em formato de bastão nas costas HAHAHAHAHA! – Mark ria e zuava com a cara de Noah
    Noah: É mais tem um porem que o meu avô me disse: Se acontecer algo e seu amigo Mark recusar a ajudar, eu vou fazer questão de deixar um hematoma em formato de bastão no meio das costas dele também. – Dizia Noah olhando seriamente para Mark
    Mark fica sério e começa a refletir o que Noah disse.
    Mark: “Que droga, tomar uma surra do velho não deve ser nada bom, imagina só dormir com as costas pelando de fogo por causa da paulada que o veio vai dar nas costas, o pior ainda vai ser quando eu for tomar banho, ah mas que velho maldito”. Então vamos lá Noah não quero tomar uma surra do velho. – Falava Mark com medo de tomar uma surra do avô de Noah
    Noah: Eu também não quero tomar uma paulada nas costas, então vamos rápido antes que os goblins fujam. – Falava Noah também com medo de tomar uma surra de seu avô
    Em seguida os meninos saem daquela casa, enquanto os meninos saiam de casa a mãe de Mark olha para ele e diz.
    Mafalda: Mark não volte muito tarde para casa, e juízo nessas cabeças. – Falava mãe de Mark sorrindo
    E Mark enquanto saia de casa olha para sua mãe e dizia em voz alta.
    Mark: OK MÃE, TCHAU – Falava Mark saindo de casa
    Noah e Mark vão correndo até o dojo do clã Shideki um lugar onde os membros do clã Shideki treinam artes marciais, chegando lá encontram 5 goblins, sendo 4 deles armados com uma adaga e o outro armado com um arco e flecha, eles estavam roubando as coisas do lugar, Noah assim que se depara com aquela cena fala em voz alta com os goblins.
    Um goblin são criaturas geralmente verdes que se assemelham a duendes.
    Noah: EI SEUS IDIOTAS PAREM O QUE ESTÃO FAZENDO AGORA!!! – Dizia Noah um pouco furioso
    Os goblins olham para o Noah e começam a rir da cara dele e o goblin que estava com arco e flecha começa a falar com Noah.
    Goblin arqueiro: Acha mesmo que vamos parar o que estamos fazendo só por que um pirralho disse? –Falava o Goblin arqueiro tirando sarro da cara de Noah com seus companheiros goblins. “Garoto insolente acha mesmo que vamos parar de roubar esse dojo só por que ele quer, vou ensinar uma lição a esse moleque” – Pensava o Goblin arqueiro.
    O goblin arqueiro aponta o dedo para o Noah e Mark e ordena os outros 4 goblins.
    Goblin Arqueiro: Vamos rapazes ensinem uma lição a esse garoto. – Falava o goblin enquanto apontava o dedo para Noah e Mark
    Goblin com adaga: Sim chefe, vamos ensinar a esse garoto a não se meter com a gente. – Falava um dos goblins que estavam armados com uma adaga.
    Os 4 goblins vão em direção ao Mark e Noah, Noah na hora começa a sussurrar com Mark sobre um plano
    Noah: Mark presta atenção, você fica com os dois goblins que estão vindo pela esquerda que eu pego os outros dois que estão vindo pela direita. – Sussurrava Noah.
    Mark concorda com a ideia de Noah fazendo um sinal positivo com o polegar, e em seguida Mark avança pela esquerda e Noah pela direita, em seguida Mark desembainha sua espada e vai em direção dos dois goblins e executa uma técnica em um deles.
    Mark: GOLPE CONCENTRADOOOO!!! – Dizia Mark ao concentrar realizar um golpe especial.
    Mark consegue acertar o goblin bem no meio do peito com seu golpe concentrado, em seguida o outro goblin vem em sua direção  e grita em voz alta.
    Goblin com adaga: MORRA SEU PIRRALHO MALDITO!!! – Gritava o goblin com Mark
    Mark enxerga o movimento do goblin e consegue desviar rapidamente, e em seguida Mark realiza um golpe normal no primeiro goblin que ele atacou, e logo depois o goblin desmaia por não resistir aos golpes que sofreu, em seguida o goblin arqueiro mira em Mark e o acerta com uma flecha na perna direita na região da coxa, e Mark sente uma dor bem forte na sua coxa direita devido a flechada e grita.
    Mark: CARALHO VELHO, ISSO DÓI PRA PORRA MANOOO!!! –Gritava Mark sentindo muita dor
    No momento em que Mark se distrai devido a dor que sente na sua coxa direita o goblin vai para cima dele e tenta realizar um ataque, só que Noah chega a tempo e consegue realizar uma técnica especial.
    Noah: SOCO CONCENTRADO!!! – Dizia Noah ao efetuar sua técnica de combate para acertar o goblin
    O goblin fica atordoado devido ao golpe forte que ele levou na cabeça e quase desmaia, em seguida o goblin arqueiro com medo da uma ordem aos outros goblins
    Goblin arqueiro: Vamos embora rapazes esses pirralhos são demais para nós.
    Em seguida todos os goblins se levantam e vão embora deixando as coisas que eles iam roubar. Enquanto os goblins fugiam Mark gritava de dor e pedia para Noah ir ajuda-lo
    Mark: EI NOAH SERÁ QUE VOCÊ PODERIA MEU AJUDAR, CARA EU TÔ COM UMA FELCHA ENFIADA NA MINHA COXA DIREITA ME AJUDA PORRA!!! – Gritava Mark sentindo muita dor
    Noah: Calma Mark vou olhar se aqui no dojo tem o kit de primeiros socorros que meu avô guarda – Procurava Noah um kit de primeiro socorros
    Mark: VAMOS LOGO CARA EU NÃO TENHO O DIA TODO – Gritava Mark enquanto Noah procurava o kit de primeiros socorros
    Noah: Achei, esse aqui deve servir – Falava Noah quando achou o kit de primeiros socorros
    Em seguida Noah vem em direção de Mark e começa a fazer os curativos
    Mark: Vai doer muito? – Perguntava Mark com um pouco de preocupação
    Noah: Acho que vai, mas você já passou pelo pior então não vai doer tanto assim – Dizia Noah enquanto preparava os curativos para fazer em Mark.
    Mark: Nossa cara olha como esse dojo ta uma bagunça, o velho vai bater na gente será? “Imagina só a força que aquele velho tem, uma paulada de bastão nas costas deve doer até na alma” – Perguntava Mark e em seguida pensava, enquanto Noah fazia os curativos.
    Noah: É só a gente arrumar isso aqui rapidinho que o velho nem vai saber o que aconteceu – Dizia Noah sorrindo e finalizava a frase com um sinal positivo com o polegar
    Mark e Noah começaram a arrumar a bagunça que estava do dojo enquanto conversavam
    Mark: Noah cadê o pessoal que treinava aqui no dojo? – Perguntava Mark
    Noah: Eu não sei para onde eles foram exatamente, pois alguns foram até a capital da região e outros foram pra Nagasun fazer o teste para se tornar samurai e alguns para se tornar monge ou melhorar as artes marciais.
    Nagasun é uma região que fica ao extremo norte, uma cidade com uma cultura e visual oriental, onde também é realizado o teste para se tornar samurai,ninja e monge. Há também outros tipos de testes que guerreiros vão atrás para se tornar, mas a maioria que vai para a capital de Nagasun procura sempre se tornar as 3 classes citadas.
    ==========================================================================================================
    Agora irei colocar um sem descrição
    Mark Krieger um garoto jovem de 17 anos com cabelos castanhos escuros e olhos castanhos claros que era um espadachim e tinha uma espada comum e morava em uma vila chamada Carmine, estava em casa ajudando sua mãe Mafalda Krag uma mulher dona de casa com cabelos castanhos e olhos castanhos com uma idade de 44 anos, quando de repente seu amigo Noah Shideki um jovem da mesma idade de Mark, Loiro e de olhos azuis e que tinha um costume de usar uma faixa na cabeça e que é um lutador de artes marciais, chega e entra dentro da casa de Mark, em seguida olha para Mark com uma cara de preocupação e começa a conversa.
    Noah: Mark preciso da sua ajuda no dojo agora. – Falava Noah preocupado
    Mark olha para Noah com atenção.
    Mark: O que aconteceu? – Falava Mark com duvida
    Noah: Alguns goblins invadiram o dojo e estão saqueando tudo que estão vendo pela frente. – Falava Noah preocupado
    Mark: Ue, mas seu avô não consegue dar conta deles, o veio é forte o suficiente para dar uma surra em um exercito de goblins e de olhos fechados ainda.
    Noah: Eu sei que o velho é forte, mas ele me deixou tomando conta do dojo e me disse: Noah tome conta do dojo enquanto eu saio pra comprar chá, se os goblins saquearem o dojo ou invadirem ele, hoje você ira dormir com hematoma em formato de bastão no meio das costas.
    Mark repara na situação de Noah e começa a rir e zuar seu amigo.
    Mark:  Hahahahahaha! Mal posso esperar para ver o Noah dormir com hematoma em formato de bastão nas costas HAHAHAHAHA! – Mark ria e zuava com a cara de Noah
    Noah: É mais tem um porem que o meu avô me disse: Se acontecer algo e seu amigo Mark recusar a ajudar, eu vou fazer questão de deixar um hematoma em formato de bastão no meio das costas dele também. – Dizia Noah olhando seriamente para Mark
    Mark fica sério e começa a refletir o que Noah disse.
    Mark: “Que droga, tomar uma surra do velho não deve ser nada bom, imagina só dormir com as costas pelando de fogo por causa da paulada que o veio vai dar nas costas, o pior ainda vai ser quando eu for tomar banho, ah mas que velho maldito”. Então vamos lá Noah não quero tomar uma surra do velho. – Falava Mark com medo de tomar uma surra do avô de Noah
    Noah: Eu também não quero tomar uma paulada nas costas, então vamos rápido antes que os goblins fujam. – Falava Noah também com medo de tomar uma surra de seu avô
    Em seguida os meninos saem daquela casa, enquanto os meninos saiam de casa a mãe de Mark olha para ele e diz.
    Mafalda: Mark não volte muito tarde para casa, e juízo nessas cabeças. – Falava mãe de Mark sorrindo
    E Mark enquanto saia de casa olha para sua mãe e dizia em voz alta.
    Mark: OK MÃE, TCHAU – Falava Mark saindo de casa
    Noah e Mark vão correndo até o dojo do clã Shideki um lugar onde os membros do clã Shideki treinam artes marciais, chegando lá encontram 5 goblins, sendo 4 deles armados com uma adaga e o outro armado com um arco e flecha, eles estavam roubando as coisas do lugar, Noah assim que se depara com aquela cena fala em voz alta com os goblins.
    Noah: EI SEUS IDIOTAS PAREM O QUE ESTÃO FAZENDO AGORA!!! – Dizia Noah um pouco furioso
    Os goblins olham para o Noah e começam a rir da cara dele e o goblin que estava com arco e flecha começa a falar com Noah.
    Goblin arqueiro: Acha mesmo que vamos parar o que estamos fazendo só por que um pirralho disse? –Falava o Goblin arqueiro tirando sarro da cara de Noah com seus companheiros goblins. “Garoto insolente acha mesmo que vamos parar de roubar esse dojo só por que ele quer, vou ensinar uma lição a esse moleque” – Pensava o Goblin arqueiro.
    O goblin arqueiro aponta o dedo para o Noah e Mark e ordena os outros 4 goblins.
    Goblin Arqueiro: Vamos rapazes ensinem uma lição a esse garoto. – Falava o goblin enquanto apontava o dedo para Noah e Mark
    Goblin com adaga: Sim chefe, vamos ensinar a esse garoto a não se meter com a gente. – Falava um dos goblins que estavam armados com uma adaga.
    Os 4 goblins vão em direção ao Mark e Noah, Noah na hora começa a sussurrar com Mark sobre um plano
    Noah: Mark presta atenção, você fica com os dois goblins que estão vindo pela esquerda que eu pego os outros dois que estão vindo pela direita. – Sussurrava Noah.
    Mark concorda com a ideia de Noah fazendo um sinal positivo com o polegar, e em seguida Mark avança pela esquerda e Noah pela direita, em seguida Mark desembainha sua espada e vai em direção dos dois goblins e executa uma técnica em um deles.
    Mark: GOLPE CONCENTRADOOOO!!! – Dizia Mark ao concentrar realizar um golpe especial.
    Mark consegue acertar o goblin bem no meio do peito com seu golpe concentrado, em seguida o outro goblin vem em sua direção  e grita em voz alta.
    Goblin com adaga: MORRA SEU PIRRALHO MALDITO!!! – Gritava o goblin com Mark
    Mark enxerga o movimento do goblin e consegue desviar rapidamente, e em seguida Mark realiza um golpe normal no primeiro goblin que ele atacou, e logo depois o goblin desmaia por não resistir aos golpes que sofreu, em seguida o goblin arqueiro mira em Mark e o acerta com uma flecha na perna direita na região da coxa, e Mark sente uma dor bem forte na sua coxa direita devido a flechada e grita.
    Mark: CARALHO VELHO, ISSO DÓI PRA PORRA MANOOO!!! –Gritava Mark sentindo muita dor
    No momento em que Mark se distrai devido a dor que sente na sua coxa direita o goblin vai para cima dele e tenta realizar um ataque, só que Noah chega a tempo e consegue realizar uma técnica especial.
    Noah: SOCO CONCENTRADO!!! – Dizia Noah ao efetuar sua técnica de combate para acertar o goblin
    O goblin fica atordoado devido ao golpe forte que ele levou na cabeça e quase desmaia, em seguida o goblin arqueiro com medo da uma ordem aos outros goblins
    Goblin arqueiro: Vamos embora rapazes esses pirralhos são demais para nós.
    Em seguida todos os goblins se levantam e vão embora deixando as coisas que eles iam roubar. Enquanto os goblins fugiam Mark gritava de dor e pedia para Noah ir ajuda-lo
    Mark: EI NOAH SERÁ QUE VOCÊ PODERIA MEU AJUDAR, CARA EU TÔ COM UMA FELCHA ENFIADA NA MINHA COXA DIREITA ME AJUDA PORRA!!! – Gritava Mark sentindo muita dor
    Noah: Calma Mark vou olhar se aqui no dojo tem o kit de primeiros socorros que meu avô guarda – Procurava Noah um kit de primeiro socorros
    Mark: VAMOS LOGO CARA EU NÃO TENHO O DIA TODO – Gritava Mark enquanto Noah procurava o kit de primeiros socorros
    Noah: Achei, esse aqui deve servir – Falava Noah quando achou o kit de primeiros socorros
    Em seguida Noah vem em direção de Mark e começa a fazer os curativos
    Mark: Vai doer muito? – Perguntava Mark com um pouco de preocupação
    Noah: Acho que vai, mas você já passou pelo pior então não vai doer tanto assim – Dizia Noah enquanto preparava os curativos para fazer em Mark.
    Mark: Nossa cara olha como esse dojo ta uma bagunça, o velho vai bater na gente será? “Imagina só a força que aquele velho tem, uma paulada de bastão nas costas deve doer até na alma” – Perguntava Mark e em seguida pensava, enquanto Noah fazia os curativos.
    Noah: É só a gente arrumar isso aqui rapidinho que o velho nem vai saber o que aconteceu – Dizia Noah sorrindo e finalizava a frase com um sinal positivo com o polegar
    Mark e Noah começaram a arrumar a bagunça que estava do dojo enquanto conversavam
    Mark: Noah cadê o pessoal que treinava aqui no dojo? – Perguntava Mark
    Noah: Eu não sei para onde eles foram exatamente, pois alguns foram até a capital da região e outros foram pra Nagasun fazer o teste para se tornar samurai e alguns para se tornar monge ou melhorar as artes marciais.
    ===========================================================================================================
    Bem isso é tudo, se alguém puder me ajudar como escrever isto melhor ou avaliar para mim eu ficaria muito grato
  • Contos da Lua (caes de guerra) 2

    2. Dificil escolha

    Raul era considerado entre seu pessoal alguém esperto, de pensamento rápido e cheio de artimanha, contudo, naquele momento ele sentia-se a pessoa mais confusa não conseguindo entender o que estava acontecendo. A 20 minutos ele havia recebido ordens para que junto dos soldados Florisvaldo e Moacir pegassem os seus equipamentos e se dirigissem para o centro de comando do exército brasileiro. Chegando no lugar eles são recebidos por ninguém menos queo sargento Alberto, alguém que várias pessoas odiavam incluindo Silva que agora estava parado ao lado do mesmo calmamente.
    — Bom porque você demorou? E que cara é essa?
    — Desculpe sargento, não é nada.
    Tudo bem, agora sente-se vamos começar logo. Enquanto se acomodava Raul observa a dupla improvável diante dele apesar de nenhum ferimento visível o estado dos uniformes de de Alberto e Silva deixava claro que havia acontecido uma luta entre os dois provavelmente para decidir quem seria o líder da missão, afinal não tem melhor argumento do que os punhos para aqueles homens.
     
    — Agora todos fechem a mataraca sei que nenhum de vocês gostaria de estar aqui acreditem quando digo que eu seria o primeiro a sair se pudesse, porém recebemos uma missão especial. Nós vamos partir imediatamente para as montanhas ao norte para descobrir  o que ocorreu com a 38° companhia e neutralizar seja lá o que estiver naquelas montanhas. Para garantir o sucesso da missão, todos os presentes foram selecionados por suas habilidades únicas.
    — Sargento eu entendo a gravidade da situação, mas não acho que esse bando de pulguentos possa ser de alguma ajuda,  as palavras do subordinado de Alberto caem como uma bomba fazendo com que Raul e os demais se levantassem prontos para lutar.
    — Quero ver você repetir isso na minha cara seu viralatas sarnento! Raul começa a transformação e todos em volta abrem espaço já sabendo oque vem a seguir. Entretanto, antes que o pior acontecesse Silva e Alberto se colocam entre os brigões.
    — Isso acaba agora, não haverá mais brigas.
    — Mas sargento…
    — Eu disse sem brigas cabo Nascimento e para ajudar vocês a entenderem o próximo que quiser brigar vai se ver comigo ou com Alberto vocês podem escolher. Com as palavras de Silva todos no local se calam e voltam a sentar calmamente.
    — Continuando para nos auxiliar na missão, o Tenente Tavares irá nos acompanhar. Todos os presentes protestam contra aquela decisão , pois era de conhecimento geral a opinião  de Tavares a respeito de outras espécies.
    — Sargento silva eu acho que falo por todos quando digo que essa é a pior ideia possível, não tem um homem aqui  que não gostaria de rasgar a garganta daquele almofadinha.
    — Eu compreendo, porem ele e necessario por seu conhecimento em inglês, alemão e italiano então façam força para suportar esta bem? a mais um problema. nosso guia dessa vez sera um civil que não tem conhecimento da verdade então vocês tem  que se controlar. Isso é tudo dispensado. cabo nascimento fique preciso falar com você, enquanto todos saiam para fazer os últimos preparativos  raul se reúne com Alberto e Silva que  repete em detalhes a reunião que teve com o alto comando mais cedo.
    — O que vocês acham? 
    — Olha Silva eu não sei. E verdade que não são muitas espécies que tem olhos amarelos, mas só isso não dá para dizer se é um de nós ou não. Alberto acena com a cabeça concordando com Raul, Eles eram Tardo uma das várias espécies que habitam o mundo a tanto tempo quanto o homo sapiens com suas características parecidas com a dos lobos eles ficaram conhecidos como lobisomens.
    — E verdade, contudo eu acho difícil um bando se aliar aos chucrutes.
    - Sim, faz sentido Alberto então vamos tratar logo de conversa fiada, descobrir quem é acabar com essa palhaçada antes que sobre pra gente.
    Ao sair da tenda Silva se depara com um novo problema em fila estavam oito pessoas aguardando prontos para partir, sete desses eram guerreiros experientes do seu bando e do de Alberto, entretanto o oitavo  era uma criança.
     — O'Que diabos está acontecendo aqui? Quem deixou esse filhote entrar? Antes que Silva expulsasse a ponta pés o jovem um soldado toma a frente.
    — Sargento esse e o Francesco ele será o guia de vocês senhor.
    — Isso é algum tipo de brincadeira? Ele mal aguenta com o próprio equipamento de que forma ele pode ser útil? Não e não!  Deve ter outra pessoa que possa ser nosso guia.
    — Lamento sargento, mas e tudo o que temos e também…
    — Também o que soldado? Desembucha logo.


    — Os outros guias senhor estão com medo de ir para as montanhas dizendo que a tal vila e  um lugar "maledetto'' sabe amaldiçoada
    — Ai minha santa Rita de Cássia eu mereço. Silva caminha até Francesco o  agarrando  pelo colarinho e o levanta até  altura de seus olhos.
     — Eu vou falar somente uma vez abre bem os ouvidos filhote se eu disser fica você fica, se dizer corra e pra correr porque se  algo acontecer e você acabar morrendo eu te mato fui claro?
     — Si sergente! Silva larga Francesco que se estabaca no chão o'que tira gargalhada dos presentes que param imediatamente quando percebem o olhar de Silva  em suas direções.
     — Agora vamos! Enquanto os homens começam a marchar, Silva aproveita e entrega um envelope a o soldado que apresentou Francesco om ordem de que fosse entregue a Carla na vila próxima. quando já estavam a 3 quilômetros da base um jipe corta o caminho de Silva e sua unidade desse pula um Tenente Tavares fulo de raiva enquanto lutava para colocar o equipamento.
     — Como ousa partir sem mim Sargento Silva?  Eu vou pessoalmente garantir que voce seja preço. E você garoto carregue minhas coisas. É melhor que todos se lembrem que eu sou o oficial de maior patente aqui. Silva escuta  a ladainha  de Tavares sem dizer nada enquanto observa o jipe se afastar, quando finalmente tem certeza  que não poderiam ser vistos por ninguém, ele dispara um soco que atinge  Tavares no estômago que com a força do golpe vai ao chão vomitando. O tenente olha em volta a procura de ajuda, mas encontra apenas olhares de desprezo.
     — Você…cof..Você vai para a corte marcial eu vou… Um novo soco silencia Tavares que sente que algo havia quebrado dentro dele. Novos golpes são desferidos por Silva enquanto todos observam a cena calmamente.
     —Por favor, já basta. Silva  para enquanto observa o homem diante dele encolhido  chorando como uma criança.  
    — Patético, cabo Raul você assume a partir de agora.
     — Sim Sargento Senhor! Raul se aproxima de Tavares que recua assustado temendo uma nova surra e rapidamente arranca as divisas do uniforme do homem.
     — A Partir de hoje você  faz parte do nosso bando, está me entendendo? sua patente não vale nada, sua origem não vale nada, sua vida bom acho que já sabe não e? Um bando só sobrevive se tiver união, respeito, lealdade, honra.  Vivemos por essas regras morremos  por elas  a escolha e sua. Agora levante-se soldado e marche bem vindo aos cães de guerra.
  • Contos da Tyrra - 1 - A espada negra, o deus caído e o torneio

    Quando a mais antiga e remanescente estrela brilhava no vasto horizonte de Tyrra, o último forjador do cosmos, feito da mais pura das penumbras, colocava o seu suspiro final em uma pequena espada, claro, pequena para a grandiosidade daquele ser feito de trevas. Por algum motivo, após a criação da última raça draconica, raça essa que futuramente acarretaria para o avanço da magia em todas as regiões da Tyrra, os forjadores, seres cósmicos responsáveis pela criação do universo e além, começaram gradualmente a serem perseguidos, mortos, e esquecidos pelas suas criações, mesmo sendo vistos como “deuses” não foram aptos o suficiente para guerrilharem com as suas criações.

    Na região de Lumviscol, região semidesértica onde as altas temperaturas reinam durante o dia e o frio extremo perante a noite, seres com sangue-frio, em suma maioria seres reptilianos ou com características semelhantes, faziam diversos torneios e competições para o controle de recursos, esses que por sua vez eram extremamente escassos. No maior torneio de Lumviscol, o torneio Grenfowld, vários homens lagartos, homens serpentes e homens sapos, se encontrava na gigantesca arena Bastiam, localizada na capital Kit’al. Um homem com uma cauda semelhante à de um jacaré se encontra totalmente encoberto por uma manta negra, sua respiração, meio densa, mas controlada, encobria o seu nervosismo, aparentemente era a sua primeira vez em um torneio.

    “Senhoras e senhores, aqui e agora, eu, o seu humilde narrador dessa ilustre arena, dou o início ao maior torneio de toda a Lumviscol! Sejam bem vindos ao torneio Grenfowld” disse uma voz advinda de um homem baixinho, o mesmo estava elegantemente vestido com um terno, se encontrando no meio da arena.

    Todos os participantes do torneio se encontravam em um canto remanescente da arena, o local era um tanto quanto apertado, mas cabia apropriadamente todos os participantes. Todos os participantes se encontravam ansiosos para o começo do combate.

    “Para o primeiro combate convocamos o misterioso e intrigante homem lagarto cuja aparência nem sequer sabemos, mas sabemos do seu pseudônimo chamado Mysterion!” A plateia aplaudia entusiasmados com a convocação do primeiro convocado, no mesmo momento homem com a cauda de jacaré subia na arena, totalmente encoberto com a sua manta negra “E agora, no lado oposto da arena, um serpentino, advindo de uma nobre família de guerreiros serpetidianos, por favor, senhoras e senhores aplaudam ao grande guerreiro J’algun!” ao dizer o nome do homem meio cobra toda a arena aplaudia pelo guerreiro que entrara sem ser percebido.

    O serpentino não possuía pernas ou membros inferiores desse tipo, boa parte do seu corpo, da cintura para baixo, era formado por uma gigantesca cauda da cor esverdeada como o musgo que nasce de baixo das árvores, a mesma cauda conseguia sustentar o rapaz, deixando o mesmo sobre ela, seria como se ficasse em pé, o que lhe dava algo entorno de 2(dois) metros de altura, já a parte superior do seu corpo lembrava a de um humano, sendo sua pele, humana, de cor negra, os seus olhos eram amarelados, não possuía pálpebras, sempre eram abertas, por isso uma espécie de escama transparente protegia os olhos.

    “Senhores, creio que vocês já sabem a regra, é deliberado todo e qualquer tipo de ferramenta, magia, etc nesse combate, a luta termina somente quando um dos dois morrer ou desistir, tendo isso em mente, os senhores ainda querem continuar?” Perguntou o pequeno apresentador, como se estivesse realmente preocupado com um dos dois, ou seria melhor dizer, torcendo para que um dos dois desistisse daquela batalha, visto que, após as lutas, os competidores que perdiam ou desistiam, sofreriam uma espécie de vaia que advinha do público.

    Sem o menor pingo de remoso ou hesitação, ambos, Mysterion e J’algun, balançavam a cabeça, como uma forma de concordância e progressão.

    “Então comecem!” Gritou o narrador de uma forma excitada. Sem uma troca de palavras ou qualquer tipo de comunicação, Mysterion, retirava da sua manta uma espécie de punhal, uma pequena adaga formada por um metal negro e brilhante, a guarda do punhal era feito de coro de Lumphantes, animais da região de Lumviscol semelhante a camelos, e possuía uma espécie de corrente que entrosava-se com o braço do homem encapuzado. Encontra partida, J’algun, partia de forma mais rápida e furtiva na direção de Mysterion, sem segurar nenhum tipo de ferramenta. J’algun, utilizando-se da sua enorme cauda, aparentava bater no homem encapuzado, que com uma certa facilidade esquivava do ataque, a cauda do serpentino batia no chão com uma força tremenda, o suficiente para criar uma névoa de areia que encobria boa parte da arena.

    “Agora, você não posssui mais a sua vissão” falou J’algun com a sua voz neutra e com o típico sotaque de um serpentidiano, puxando sempre o “S”.

    Aproveitando da incapacidade de enxergar do adversário, J’algun começava a desferir ataques com a sua enorme e potente boca de serpentino. Em algumas tribos de serpentinos, é normal que os homens treinassem desde pequenos as suas potentes mordidas, que conseguiam com extrema facilidade chegar a uma pressão de 680(seiscentos e oitenta) quilos, mordida essa que com facilidade conseguia imobilizar boa parte das suas presas, mas J’algun era um caso especial, após muitos anos de treino recluso com um antigo ancião serpentino, J’algun, conseguiu desenvolver uma técnica que imbuia nas suas mordidas magia de pressão, o que aumentava drasticamente a pressão das suas mordidas fazendo elas chegarem a 1(uma) tonelada, mas em troca de tal magia, J’algun ficava incapacitado de utilizar a sua boca novamente perante um tempo.

    Sem conseguir enxergar, Mysterion, se via preso em uma constante frenesia de ataques que viam constantemente em suas direções, ataques esses que não eram realizados por cauda, punhos ou ferramentas, viam sempre como se fossem arranhões que perfuravam aos poucos a sua pele. O homem encapuzado não conseguia em nenhum momento contra-atacar, mas, mesmo naquela situação de extrema dificuldade, o homem caçoava do seu oponente.

    “Isso é tudo que tem serpente? “Falou o homem encapuzado que aos poucos tinha o seu capuz destroçado devido aos arranhões que vinham das mordidas de J’algun.

    “Você fala muito para alguém que não conssegue nem sequer revidar os meus ataques ou ssequer ver-me” Disse o homem serpentino enquanto atacava e se escondia na fumaça.
    Gradualmente a fumaça ia se desfazendo e Mysterion conseguia recuperar a sua visão. Todos que estavam a observar a batalha, com extrema dificuldade devido à névoa de areia, viram pela primeira vez o rosto de Mysterion, uma face desengonçada que fazia contraste com a sua pele verde musgo, os seus olhos eram amarelados, e claramente ele era da raça dos homens lagartos, tanto pelo porte físico, quanto pela gigantesca cauda de jacaré. Todos na arena olhavam o homem lagarto com um certo arrepio e temor, não se sabe porque, mas o ser emanava uma aura extremamente densa, era visível que ele se encontrava furioso com a atitude de J’algun

    “Sabe… eu não gosto muito de aparecer em público” Falava Mysterion olhando fixamente para J’algun

    “Possso perguntar o motivo de não gosstar?” Questionava J’algun para o homem encapuzado enquanto olhava fixamente para a cauda esverdeada.

    “Bem… eu entrei nesse torneio com a mente de pegar aquela espada, perdendo ou ganhando, por isso, não posso chamar muito a atenção, porque caso eu perca tomarei aquele prêmio a força” falava Mysterion enquanto lançava a adaga na direção do serpentino, que com a sua grande velocidade, conseguiu escapar sem muitas dificuldades.

    “Entendo… então você é um ladrão” Disse J’algun após desviar da adaga que havia sido arremessada pelo homem lagarto.

    “Mais ou menos… eu sou um Magic Hunter, sou uma espécie de colecionador de artefatos místicos e objetos correlacionados a magia” Falava Mysterion como uma forma de resposta a J’algun

    “ SSabe... eu não me conssidero um herói ou algo do tipo, mass detessto de verdade qualquer tipo de trapaça, por isso irei derrotar-te aqui e ago...” Sem perceber, J’algun sente a suas costas sendo perfuradas brutalmente pela adaga que Mysterion havia arremessado a pouco tempo “Mass como é possível? “Perguntou o homem serpente incrédulo com o que havia acabado de ocorrer.

    “Bem... Não me diga que você pensou que a corrente na minha adaga era só de enfeite? Essa corrente possui um encantamento raro, ela consegue atrair de volta para mim todos os objetos que ela agarra, tudo que tive que fazer foi mudar o posicionamento de onde a corrente estava, e então voilà, a adaga voltou na sua direção” Respondeu à pergunta de J’algun

    Se aproximando devagar do corpo do serpentino, Mysterion, com um sorriso largo e espreito que somente um homem lagarto conseguiria dar, chega perto do ouvido de J’algun

    “Quer saber porque a minha adaga possui a lâmina negra? Bem... ela está encantada com um veneno mortal, por isso, mesmo que você desistisse após ser acerto uma única vez por ela, bem... você sabe, irá morrer” Falou Mysterion enquanto sussurrava no ouvido do serpentino

    “Eu desis…” Tentou falar J’algun, mas fracassa miseravelmente, pois, Mysterion colocara a mão na boca do homem serpente. Sem mais forças para sequer tentar mover a sua enorme cauda, J’algun vê-se perto do seu fim eminente.

    Como havia pensando, J’algun, realmente havia falecido nas mãos do homem lagarto. Toda arena se encontrava em um estranho e incomodo silencio, como se esperassem que alguém, ou algo, falasse o resultado. Após um curto período, o narrador, que até então se encontrava em silêncio pensando no que iria falar, finalmente se pronuncia.

    “Senhores e Senhores, temos aqui e agora o primeiro resultado do torneio Grenfowld, a vitória vai para o misterioso e curioso Mysterion!” Falava o apresentador com um entusiasmo “Estamos a presenciar o primeiro competidor que está mais próximo de ganhar a espada negra de Avalon, além de termo o primeiro defunto! Que grande luta, que espetáculo!”

    Sem dar alguma palavra ou comemorar os aplausos que toda arena o dava, Mysterion, carregando o corpo do falecido J’algun saia da arena e voltava para a recepção, onde estava o restante dos participantes.

    “Que homem, senhoras e senhores, que homem, Mysterion está a levar para enterrar o corpo do falecido J’algun, aplausos senhoras e senhores, aplausos” Disse o pequeno narrador para sua plateia que aplaudia o homem lagarto

    Com o corpo do seu falecido oponente em mão, Mysterion, começa a devorar o corpo do homem serpente com um soberbo prazer, afinal de contas ele era sua presa, o homem lagarto apenas havia conquistado o seu prêmio, nada mais justo que comer a sua caça, que outros seres Mysterion estaria prestes a saborear durante esse magnífico torneio? Eram essas perguntavas que passavam pela cabeça do homem lagarto.
  • Contos de Heróis #1

    Nesta edição apresentaremos 6 curtas histórias de super heróis.
    1 Nasce O Vigilante de Ferro
    Em 2008 num laboratório secreto, John Evans mostra uma nova invenção aos oficiais de defesa militar de Pindorama. Ele desenvolveu uma fonte de energia chamada de Reator Enérgico capaz de alimentar e criar armas poderosas, fortes o suficiente para abrir uma grossa porta de metal à distância. Eles aumentam a força magnética mil vezes! John impressiona os militares com suas novas invenções.
    Longe dali o malvado tirano Escarlate assume outra pequena vila no Japão, derrotando seus homens mais fortes em competições de Karatê. Enquanto isso, John chega ao Japão para observar os testes de armamento movido ao reator enérgico, que permitem criar armas a lasers poderosas. Acompanhando um esquadrão de soldados equipados com seu armamento em uma patrulha, ele acidentalmente aciona um arame que detona uma mina terrestre. O ferido John é capturado pelas forças de Ham Lee e levado para o quartel-general próximo. Ham Lee percebe que seu prisioneiro é um “famoso inventor Pindoranense” e decide que o colocará para trabalhar para ele, embora os médicos determinem que o jovem inventor só tem alguns dias de vida antes que estilhaços da mina terrestre cheguem ao seu coração.
    Ham Lee promete falsamente que fará com que um cirurgião salve a vida de John se ele concordar em desenvolver novas armas de alta tecnologia para ele. Mesmo tendo percebido através das palavras de Ham Lee suas verdadeiras intenções, de fazê-lo trabalhar até sua morte, John concorda, a fim de tentar salvar sua própria vida com suas habilidades técnicas e os recursos de Ham Lee. Tendo acesso a sucata e ferramentas, John promete entregar uma “arma fantástica”, mas decide construir um mecanismo que ajudará a impedir que os estilhaços penetrem em seu coração. Ele recebe um assistente chamado Nielsen, um físico famoso sobre quem John leu enquanto estava na faculdade. Trabalhando juntos, os dois finalizam o trabalho no projeto de John: um traje de ferro alimentado por um reator enérgico improvisado que manterá os estilhaços afastados de seu coração.
    Assim que John vestiu o traje salva-vidas e começou a alimentá-lo com corrente elétrica de um gerador, Ham Lee tenta verificar seus prisioneiros. O professor Nielsen percebendo corre para o corredor gritando com Ham Lee e é morto a tiros por guardas armados, ganhando os preciosos segundos que John precisava para carregar totalmente a armadura. John Evans, como Vigilante de Ferro, ouve o assassinato de seu amigo e fica muito triste. Ele tenta se levantar e se firmar na armadura, mas descobre que é como aprender a andar novamente. Ele rapidamente pega o jeito de operar a armadura e evita a detecção de Ham Lee saltando para o teto e se segurando em uma brecha. O tirano sai para um duelo de Kung Fu.
    O Vigilante de Ferro desce do teto e encontra um casaco e um chapéu para cobrir sua armadura, e sai para encontrar Ham Lee jogando pessoas na arena de luta. O Vigilante de Ferro desafia Ham Lee, depois tira o casaco e o chapéu para revelar o rosto chocante do Vigilante de Ferro! O monstro de metal caminha até Ham Lee pega-o e gira-o antes de jogá-lo no mato. Ham Lee exige que seus guardas abram fogo contra o Vigilante de Ferro, mas as balas simplesmente ricocheteiam na placa de metal do peito da figura blindada. O Vigilante de Ferro então usa o “magnetismo reverso” para repelir as armas inimigas. Ham Lee tenta chegar aos alto-falantes e entra no predio, mais o Vigilante de Ferro derruba a porta do prédio usando uma serra elétrica movida ao reator enérgico, mas assim que ele entra, Ham Lee o derruba com um grande guindaste.
    Ham Lee escapa para ordenar a execução de todos os seus prisioneiros, mas Vigilante de Ferro, com pouca energia e fraco demais para continuar a perseguição, usa o sistema de lubrificação de sua armadura para lançar um fluxo de óleo em direção a um depósito de munição perto do fugitivo Ham Lee. Ele então ateia fogo ao fluxo de óleo usando seu isqueiro, fazendo com que o depósito de munição exploda e aparentemente matando Ham Lee. Com as baterias recarregadas, o Vigilante de Ferro veste seu casaco e chapéu e sai do local.
    2 Zephyrus
    Em uma galáxia distante, em um planeta chamado Zephyrus, lar de uma civilização avançada e tecnologicamente desenvolvida, vivia uma jovem chamada Maya, dotada de habilidades especiais que a permitiam controlar os elementos da natureza.
    Quando Zephyrus estava prestes a ser destruído por uma terrível ameaça cósmica, Maya usou suas habilidades para combater o perigo iminente. Com coragem e determinação, ela enfrentou desafios impossíveis e conseguiu salvar seu planeta.
    Após sua vitória heroica, Maya foi ovacionada como a salvadora de Zephyrus. O povo a celebrava como uma verdadeira heroína e ela se tornou uma figura admirada e respeitada por todos.
    No entanto, com o passar dos anos, o sucesso subiu à cabeça de Maya. Ela começou a se envolver cada vez mais com a fama e a busca por adoração. Movida pelo egoísmo e pela sede de poder, ela passou a usar suas habilidades apenas para benefício próprio, negligenciando as necessidades do povo que antes tanto idolatrava.
    Maya se tornou uma falsa heroína, realizando atos grandiosos apenas quando havia câmeras para registrar sua suposta bondade. Ela buscava aplausos e adulação em vez de ajudar verdadeiramente aqueles que precisavam.
    O povo de Zephyrus começou a perceber a mudança em Maya. A decepção tomou conta daqueles que um dia a admiraram. Aos poucos, sua popularidade foi diminuindo, e o povo passou a questionar suas verdadeiras intenções.
    Enquanto o egoísmo de Maya crescia, o planeta Zephyrus enfrentava novos desafios. Desastres naturais, conflitos e problemas sociais surgiram, e a heroína falsa se recusava a ajudar. O povo clamava por um verdadeiro salvador, alguém que os protegesse e os inspirasse novamente.
    Nesse momento de crise, surgiu um jovem corajoso chamado Liam. Ele havia testemunhado a queda de Maya e se recusava a aceitar um mundo sem esperança. Liam decidiu usar suas habilidades para o bem, inspirado pelos verdadeiros heróis que existiram no passado.
    Com humildade e compaixão, Liam começou a ajudar seu povo, enfrentando os desafios de Zephyrus com coragem e determinação. Ele não buscava fama ou adoração, mas sim a segurança e o bem-estar de todos.
    À medida que os atos heroicos de Liam se espalhavam pelo planeta, as pessoas começaram a reconhecer sua bondade genuína. Ele se tornou um símbolo de esperança e inspiração para todos os habitantes de Zephyrus.
    Enquanto Liam conquistava os corações do povo, Maya assistia de longe, percebendo seus erros do passado. Ela finalmente compreendeu que o verdadeiro poder não estava na adoração egoísta, mas sim em usar suas habilidades para fazer a diferença na vida das pessoas.
    Com humildade e arrependimento, Maya procurou Liam e ofereceu sua ajuda para reparar os danos que havia causado. Juntos, eles se uniram para reconstruir Zephyrus e restaurar a confiança do povo.
    Assim, o verdadeiro herói emergiu, não apenas salvando o planeta da destruição, mas também ensinando uma valiosa lição sobre a importância de agir com altruísmo e responsabilidade. A história de Maya e Liam se tornou um lembrete de que o poder verdadeiro está no serviço ao próximo e na busca pelo bem comum.
    3 Estrela Vermelha
    Em uma galáxia muito distante no pequeno planeta Ncox vive Zel e sua amada Nep os dois se amam muito, um dia uma estrala vermelha aparece no céu, Nep acha ela muito linda, mas Zel percebe que há algo estranho, os cientistas do planeta vão investigar e descobrem que aquela é a Estrela Vermelha que rouba os recursos naturais dos planetas, Zel é escolhido para fazer parte da equipe que vai destruir a estrela, ele se despede de sua amada e parte dizendo que voltará para ela, A Estrela é destruída, mas Zel acaba morrendo, agora para Nep só restam as doces lembranças de seu amado Zel.
    4 Jornada na Galáxia
    Com medo de passar a vida inteira como um mísero anônimo, Leo em uma viagem pelo espaço chega ao planeta Leglos, preso ele acaba se tornando um escravo, um dia Leo frauda o mural da profecia do planeta e se torna o novo rei. Com o poder lhe subindo à cabeça na construção de uma estátua dele de milhões de metros que acabou rejeitando quando pronta, os conselheiros decidem destituir Léo do poder e ele foge do planeta e vai parar na Terra onde conhece o simpático Bem.
    5 Estelar
    Em um planeta da Galáxia de Andrômeda, sob as ordens de Helly, os Saqueadores são enviados à Onra para resgatar seu filho Seoya. No entanto, eles sequestram por engano o jovem príncipe do planeta, Fey, que concorda em se juntar a eles para explorar a galáxia. 20 anos depois, Fey se torna um famoso mercenário fora-da-lei galáctico conhecido como Estelar. Após adquirir um diamante raro e muito valioso em Shia, Fey e os Saqueadores são abordados por Neysa, que propõe um assalto para roubar as sementes do Gênesis, uma forma de poeira cósmica capaz de terra formar ecossistemas. Neysa e Dargas se encontram com Prince de Voer em Voer, enquanto Fey se infiltra em sua coleção para encontrar as sementes. Ele descobre uma espaçonave no planeta contendo uma mensagem de seu pai, rei Hey. Mas Neysa aparentemente trai os Saqueadores, fazendo com que Fey seja capturado e exibido para a avaliação de Prince de Voer. Mais tarde, ela resgata os Saqueadores, revelando que ela e Fey bolaram um plano para que ela pudesse adquirir as Sementes. Fey consegue escapar de seu confinamento e luta contra Prince de Voer com a ajuda de Dargas. Os dois prendem Prince em sua própria cela antes de passar o controle para sua assistente Melina. Depois disso, os Saqueadores seguem para Onra, onde Fey se reúne com sua família no palácio real. Em outro lugar em Onra, Seoya trabalhando em uma plantação é abordado por Helly.
    6 Estrela Galáctica
    História se passa no universo 19000000
    Em um futuro distante, a humanidade conquistou a capacidade de viajar pelo espaço. Em uma missão de exploração, a nave espacial “Estrela Galáctica” parte em busca de novos planetas habitáveis. A tripulação é composta por cientistas, engenheiros e pilotos altamente treinados.
    Durante a jornada, a equipe da Estrela Galáctica descobre um planeta desconhecido, rico em recursos naturais e com uma atmosfera semelhante à Terra. Ao se aproximarem para investigar, eles são surpreendidos por uma civilização avançada que os recebe pacificamente.
    Os habitantes do planeta se chamam “Ethereos” e possuem tecnologias incríveis. Eles convidam a tripulação para explorar sua cidade subterrânea, onde descobrem que os Ethereos são seres feitos de energia pura. Eles não possuem corpos físicos como os humanos, mas são capazes de se manifestar em formas sólidas quando desejam interagir conosco.
    Os Ethereos revelam que estão cientes da existência de outras formas de vida no universo e têm observado a humanidade por milênios. Eles compartilham seu conhecimento avançado com a tripulação da Estrela Galáctica, ensinando-os sobre energia sustentável, medicina avançada e viagens interestelares mais rápidas.
    Ao longo do tempo, humanos e Ethereos estabelecem uma parceria duradoura, compartilhando conhecimentos e recursos para o benefício mútuo. Juntos, eles exploram o universo, desvendando os mistérios do cosmos e encontrando novas formas de vida.
    Essa parceria entre humanos e Ethereos se torna um marco na história da humanidade, abrindo portas para uma era de progresso e cooperação intergaláctica. A Estrela Galáctica se torna um símbolo de união entre diferentes espécies e um farol de esperança em um universo vasto e cheio de possibilidades.
  • Contos de Heróis #11

    Primeira História: O Vôo da Rapina!Enquanto Vigilante de Ferro protege uma instalação das Indústrias Evans durante um teste de uma nave intergaláctica, Rapina da Equipe M, voa para o campo de teste. Vigilante de Ferro o vê e tenta avisá-lo do perigo. Só então, a nave voa. A armadura do Vigilante de Ferro o protege, mas Rapina é atingido pela nave e bate a cabeça, corrompendo sua personalidade e tornando-o mau. Depois de se recuperar da explosão, o Vigilante de Ferro usa suas novas botas a jato para voar alto e verificar Rapina, que foge dele. Vigilante de Ferro o persegue até que suas botas a jato cedam, fazendo-o cair em direção à Terra. Enquanto cai, ele usa seu “repelente magnético” para criar uma força contrária para ajudar a amortecer sua queda. Ele bate no telhado de um armazém das Indústrias Evans, mas felizmente sai ileso.
    Rapina corrompido retorna à Escola para Jovens Superdotados de Mateo e anuncia a Equipe M, que está deixando à escola e se juntando à Família dos Mutantes do Mal, “pois eles são muito mais divertidos”. A Equipe M tentam faze-lo desistir disso e, à medida que a situação piora, tentam, sem sucesso, impedi-lo de partir. Enquanto ele voa para longe, Rapina ignora o comando mental do Professor M para retornar. O professor fica se perguntando se ele falhou com seus jovens pupilos. O Professor M tenta usar seu dispositivo de comunicação ultrassecreto para entrar em contato com os Salvadores em busca de ajuda. O Esmagador, Titã , Gigante e a Mulher-Átomo não recebem o chamado. Apenas o Vigilante de Ferro, como Chris Evans, ouve a convocação. Sentindo-se responsável pela loucura de Rapina, ele resolve fazer o menino voltar a si. Enquanto Rapina sobrevoa a cidade de São Paulo, ele imagina que se fizer um show grande o suficiente, os Mutantes do Mal tentarão contatá-lo. Ele rouba algumas bananas de dinamite de um local de demolição e fica furioso, jogando-as no céu, na água e perto de pontes. Embora isso não consiga atrair os Mutantes do Mal, atrai a atenção do Vigilante de Ferro. Vigilante de Ferro persegue Rapina pelo céu, eventualmente chegando a um impasse. O Vigilante de Ferro então puxa Rapina para o chão e tenta colocar algum juízo nele. Rapina tranca o Vigilante de Ferro dentro de um prédio e tenta fugir, mas o Vigilante de Ferro derruba à porta trancada e continua a persegui-lo. Ele avista Rapina no topo de uma torre de água, esperando que os Mutantes do Mal apareçam, e coloca em ação um plano ousado e arriscado. Ele corre em direção da Rapina e o ataca, derrubando-o da torre de água. Sem desistir, eles correm em direção ao céu, subindo cada vez mais, até que finalmente os jatos do Vigilante de Ferro ficam sem energia e ele começa a cair. O Vigilante de Ferro revela que está apostando que Rapina é realmente bom e não permitirá que ele caia para a morte. Durante muitos segundos tensos, nada acontece. Então, no último segundo, Rapina percebe que não quer que o Salvador blindado morra e desce para agarrá-lo pouco antes de ele atingir o solo. Isso serve para trazê-lo de volta à realidade, revertendo os efeitos corruptores que a pancada tinha em sua mente. Posteriormente, o Vigilante de Ferro explica a Rapina que sua personalidade foi afetada pela pancada em sua cabeça. A Equipe M chega ao local, tendo observado a batalha, e agradecem ao Vigilante de Ferro por salvar seu companheiro de equipe de seu eu maligno. O Vigilante de Ferro voa de volta para as Indústrias Evans. No caminho, o Professor M se comunica com ele, dizendo que agora está em dívida com o ele.
    História 2: Raio Estelar, o Guardião do Planeta X — História postada originalmente em Contos de Heróis #2
    Em um distante planeta chamado Xanadu, localizado em uma galáxia distante, havia um herói chamado Raio Estelar. Xanadu era um lugar pacífico e próspero, habitado por seres alienígenas de diversas espécies. Raio Estelar possuía poderes cósmicos únicos, adquiridos quando ele foi atingido por um raio estelar durante uma tempestade galáctica. Esses poderes concederam a ele a capacidade de manipular energia estelar e controlar os elementos do espaço. O Planeta Xanadu estava sob a ameaça de um vilão chamado Drakon, um ser malévolo que buscava conquistar o planeta e subjugar seus habitantes. Drakon possuía poderes sombrios e comandava um exército de criaturas monstruosas. Raio Estelar assumiu a missão de proteger seu planeta natal e seus habitantes. Ele se tornou conhecido como o Guardião do Planeta X, lutando contra as forças do mal com coragem e determinação. Ao longo da história, Raio Estelar enfrentou muitos desafios perigosos. Ele explorou os confins do espaço, enfrentou criaturas intergalácticas e frustrou os planos malignos de Drakon. Com sua sabedoria e poderes cósmicos, ele sempre encontrava uma maneira de superar os obstáculos. No confronto final, Raio Estelar enfrentou Drakon em uma batalha épica nas profundezas do espaço. Com sua habilidade de controlar a energia estelar, ele derrotou o vilão e salvou Xanadu da destruição iminente. A vitória de Raio Estelar trouxe paz e prosperidade de volta ao Planeta Xanadu. Ele se tornou um símbolo de esperança e inspiração para todos os habitantes do planeta, que o admiravam como seu verdadeiro herói. E assim termina a história de Raio Estelar, o Guardião do Planeta X, um herói corajoso que protegeu seu planeta natal contra as forças do mal. Que seu legado viva para sempre nas estrelas!
    Próximas Histórias
    Histórias de Heróis #12 dia 23
    Don Valente, O Garoto de Alvorada #4 dia 30*
    Jornada Pela Via Láctea #6 dia 30*
    Contos de Horrores anual: Especial de Halloween #1 dia 31

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