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Escolhas: medo e consequências

As ruas já não pareciam mais ruas. O concreto tornou-se discreto. O velho sabugueiro de galhos retorcidos refletia seu estado neste exato instante. Pensamentos confusos e distorcidos a impediam de enxergar o que lhe parecia estar logo à frente. Tal qual éter, qualquer previsão futura era demasiada volátil, dissipando-se no mesmo instante em que surgia. Medo e insegurança dominavam a superfície de seu corpo deixando-a arrepiada. Interiormente, conflito.
Sentimento engraçado o medo. Ele tem a capacidade de te fazer reagir, mas no mesmo instante pode paralisá-lo por completo. Tristeza e felicidade andam de mãos dadas, com os dedos entrelaçados, como se fossem um casal de namorados e nada pudesse separá-los. Mas o que seria da vida sem o medo? E o que seria do medo sem a vida? Embora não nos sintamos confortáveis com a presença do medo, sua ausência nos poupa experiências que não deveriam ser poupadas.
No alto de uma montanha, onde se parece conseguir ver o mundo, o vento faz com que os longos cabelos ricocheteiem em sua face. Sente-se mais leve que a folha seca que cai dançando uma sinuosa valsa com o vento. A leveza da decisão a alivia, mas o peso da consciência a sufoca.
1, 2, 3. Inspire. 3, 2, 1. Expire. E repita quantas vezes achar necessário.
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Atualizado em: Ter 17 Jan 2017

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